Teste de desempenho
O programa que usamos para medir o desempenho do disco rígido, DiskSpeed32, é um programa que efetua testes realmente demorados, pois ele lê todos os setores do disco, registrando a taxa de transferência obtida e traçando um gráfico.
Como a plataforma de testes usada para o Omega UHD 231 não foi a mesma de outros testes anteriores, não pudemos fazer uma comparação direta. Dessa forma, fizemos apenas a comparação do desempenho do mesmo disco rígido (Seagate ST3802110A, de 80 GB) dentro do gabinete externo e ligado internamente no micro, diretamente na porta ATA-133 da placa-mãe.
Normalmente a taxa de transferência do disco rígido varia de acordo com a parte do disco rígido que está sendo lida. A taxa de transferência do disco é maior nas bordas do disco, diminuindo à medida que se aproxima do centro do disco. Isso ocorre por conta da setorização multi-zona: em trilhas mais longas (as mais afastadas do centro do disco) cabem mais setores, e, com isso, mais dados são lidos a cada rotação do disco rígido. Por esse motivo, os programas apresentam três resultados: taxa de transferência máxima (obtida nos primeiros cilindros do disco, isto é, nas trilhas mais externas), taxa de transferência mínima (obtida nos últimos cilindros do disco, isto é, nas trilhas mais internas) e taxa de transferência média, que na maioria das vezes é o dado que o usuário comum está interessado em saber.
Por conta desse efeito podemos explicar também a necessidade de desfragmentarmos o disco rígido e o porque desfragmentadores profissionais, como o Norton Speed Disk, permitem que você desfragmente movendo os arquivos do sistema operacional para o início do disco rígido. Como explicamos, dados armazenados no início do disco rígido são lidos a uma taxa de transferência maior do que no restante do disco.
No gráfico abaixo você verifica os resultados de nossos testes (em KB/s) e, em seguida, a nossa análise.
O desempenho do disco rígido dentro do Omega UHD 231 foi muito parecido com o dos outros gabinetes externos USB 2.0 já testados (ValuePlus SPIO 352 e o Sarotech HardBox) o que nos leva a crer que essa taxa máxima de desempenho na ordem de 25 MB/s é uma limitação dos chips conversores do barramento ATA para USB 2.0, até mesmo por ser uma taxa de transferência próxima à metade da disponível numa porta USB 2.0.
Também fica claro que o desempenho do disco é bem maior quando instalado diretamente dentro do micro do que num gabinete externo USB 2.0, embora nesse caso não tenhamos a vantagem de conectar ou desconectar o disco a qualquer momento com o micro ligado, nem a portabilidade dada por esse tipo de gabinete externo.
Quando instalado dentro do micro, o nosso disco rígido foi, em média, 120% mais rápido, ou seja, um disco rígido quando instalado neste gabinete é acessado a menos da metade do seu desempenho normal, isto é, quando está instalado dentro do micro. Mas, como dissemos, esta é uma limitação de todos os gabinetes externos USB 2.0.
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