A maioria das pessoas que não são técnicas confunde o termo "linha digital" com o termo "central digital". Mesmo em grandes meios de comunicação, como revistas, jornais e TV, essas nomenclaturas são geralmente confundidas.
A rede telefônica funciona basicamente com aparelhos, linhas (o fio que linha o aparelho até a central) e centrais. As linhas servem para conectar os aparelhos às centrais. As centrais são conectadas a outras centrais, de forma que a sua chamada telefônica possa ser completada.
Existem basicamente dois tipos de centrais: as centrais analógicas, construídas até a década de 80 e início da década de 90 e as centrais digitais (também conhecidas como CPA), construídas a partir da década de 90. A comutação das chamadas telefônicas em centrais analógicas é feita através de dispositivos mecânicos ou eletro-mecânicos (chaves e relés). Já em centrais digitais, a comutação é feita através de circuitos integrados, que são circuitos bem menores e que não geram ruído. Daí a primeira conclusão óbvia: há muito mais probabilidade de centrais analógicas gerarem ruídos do que as centrais digitais. Além disso, o tamanho das centrais digitais é muito menor, além de comportar um número mais de conexões simultâneas.
No início, outra característica que diferenciava uma central analógica de uma digital era o tipo de discagem: centrais digitais operam nativamente com a discagem por tom ao invés da discagem por pulso. Entretanto, atualmente isto já não é mais uma característica exclusiva das centrais digitais. A TELERJ tem implantado conversores em suas centrais analógicas para permitir que os aparelhos telefônicos conectados a essas centrais possam discar por tom. Grande parte das centrais do Rio de Janeiro - mesmo as centrais analógicas - já permite a discagem por tom.
Todos os usuários que dizem que tem "linha digital", estão querendo dizer que possuem, na verdade, um aparelho telefônico conectado à uma central digital. A linha continua sendo analógica. Afinal, o fio que conecta o aparelho à central continua sendo igual ao utilizado por aparelhos conectados a centrais analógicas.
Todas as linhas telefônicas comuns são analógicas, utilizando um tradicional par de fios de cobre. Este tipo de linha possui como características o ruído e, no caso de comunicações por modem, a incapacidade de trabalhar com taxas de transferência acima de 35 Kbps.
Ué? Mas não falam tanto de modems 56 K? Como é possível? Para que os modems 56 K funcionem, eles necessitam de uma alteração na estrutura do provedor Internet: uma conexão digital entre o provedor e a companhia telefônica. Em outras palavras, uma linha digital. Com esta mudança, conexões até 53 Kbps são possíveis (na verdade os modems 56 K funcionam a, no máximo, 53 Kbps).
Linha digital é possível para usuários comuns, através de um serviço chamado RSDI (Rede de Serviços Digitais Integrada), que permite conexões de até 64 Kbps por canal. Como a linha RSDI possui dois canais, conexões até 128 Kbps são possíveis. Para utilizar este tipo de serviço, entretanto, você precisará de modems especiais para serem conectados a linhas digitais. Este serviço também é conhecido como ISDN (Integrated Services Digital Network).
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