Introdução
Já se passou um ano desde que a AMD anunciou a compra da ATI e nós decidimos fazer uma análise detalhada tanto no aspecto técnico quanto no aspecto financeiro desta operação. Nós descobrimos alguns dados preocupantes. Confira.
A compra da ATI pela AMD provavelmente foi a notícia mais comentada dos últimos 12 meses. Apesar de terem ocorrido várias outras aquisições, fusões e falências no mercado, nenhuma delas foi da magnitude da transação da AMD e ATI, oficialmente avaliada em US$ 5,4 bilhões.
Apesar de a negociação ter sido anunciada no dia 24 de julho de 2006, o negócio só foi concluído no dia 25 de outubro de 2006, três meses depois. Portanto ainda não completou um ano da compra da ATI pela AMD; este é o primeiro aniversário do anúncio da negociação.
Para os especialistas em hardware, a compra da ATI pela AMD faz muito sentido: trata-se de um fabricante de processadores comprando um fabricante de chips gráficos de modo a aumentar sua participação no mercado. Como a AMD planeja lançar um processador com chip gráfico integrado no futuro, a compra de uma empresa especializada em chips gráficos faz muito sentido.
Na verdade a ATI não era um fabricante de chips gráficos na verdadeira acepção da palavra, mas sim uma empresa que projetava chips gráficos, já que eles não tinham nenhuma fábrica. Eles projetavam os chips e enviava os projetos para fabricantes de chips terceirizados como a TSMC e a UMC (a mesma coisa acontece com a NVIDIA, diga-se de passagem). É por esse motivo que existe um grande retardo entre o projeto do chip e a sua chegada ao mercado. Como a AMD tem suas próprias fábricas, eles poderiam começar a fabricar chips gráficos, diminuindo assim o tempo entre o projeto e a chegada do chip ao mercado. E não é só isso. Tendo suas próprias fábricas é possível fazer ajustes finos que melhoram tanto o projeto do chip quanto a sua produção.
Mas várias questões vieram à tona na ocasião da compra. Esta fusão faria da AMD uma empresa mais forte? Aumentaria a participação da ATI e/ou AMD no mercado? E em relação aos seus concorrentes diretos, NVIDIA e Intel? Será que eles iriam juntar forças? A fusão da AMD e ATI aumentaria ou diminuiria a força da NVIDIA ou da Intel? Essas são algumas questões que gostaríamos de analisar neste artigo.
“Isto faz sentido” foi - e provavelmente ainda é - o sentimento preponderante para a comunidade e a indústria de hardware para PCs. Mas qual é a opinião do Sr. Mercado?
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