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Quais os “limites” do Proteus ?


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Olá amigos. Recentemente um amigo me passou o Proteus e já brinquei um pouco. Eu  me considero um eletrônico da velha guarda já a caminho dos 6.0 e sempre fiz prototipagem em protoboard assim como acho que todo o pessoal da minha época. Agora outro dia vi num tópico que alguém fez uma configuração que poderia queimar a saída de um 555 na “vida real”. Queria saber quais as diferenças básicas da simulação do Proteus, se ele leva em conta por exemplo a impedância de entrada e principalmente a de saída de um operacional específico, os limites de corrente de um transistor… Pra resumir: onde realmente ele ajuda e onde ele “peca”. Obrigado.

  • Solução
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@Andreas Karl ,

 

Eu uso o Proteus fazem muitos anos .... também sou da velha guarda, e ainda insisto nos microcontroladores de 8 bits para tudo .... também os 6.2 me limita muito e não consigo entender a linguagem C e suas semelhantes, programando tudo em Assembler e Basic, desde 1979 ....

 

Na simulação de microcontroladores, tem muitos recursos que me ajudam muito, diminuo muito o tempo de design e programação , e entrego projetos e produtos em menos de 1/5 do que demoraria sem ele.

 

Na simulação de analógicos, ele usa modelos para simulação, muitas vezes fornecida pelo proprio fabricante do componente.

 

Ele peca bastante no uso de indutores e transformadores, principalmente quando se usa acoplamentos entre espiras.

 

Também não é bom para uso em altas frequências, principalmente quando se envolvem harmônicos.

 

Ah, e tem uma vantagem... pode fazer a besteira que quiser que o componente nunca queima kkkk !

 

No geral é um produto fantástico para quem lida com microcontroladores.

 

Ah esqueci do módulo de PCB dele, que é fácil de usar e com ele faço eu mesmo os meus projetos.

 

Paulo

 

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  • Obrigado 1
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Ola,

 

eu gostaria de saber dos mais experientes usuários do PROTEUS 

por que vive dando estes Erros ( Erros mostrados nas print´s ) 

 

já tentei várias configurações aprendidas pela internet , mais nenhuma sanou esse erro chato 

que por qualquer motivo ele aparece do nada 

 

se alguém puder me ajudar com isso, agradeço e muito 

PROTEIS__1.PNG

PROTEUS__2.PNG

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@ENDEL NEIVA ,

 

Poste o arquivo do Proteus que eu vejo de noite em casa ok ?

 

Esse é  um circuito com realimentação, tem de dar uma mexida no estado inicial da simulação.

 

Eu tive um problema desse tipo no projeto de um filtro fazem muitos anos, e o suporte me orientou a mudar o estado inicial dos capacitores nos elos de realimentação e deu certo, mas não me lembro mais com fiz isso ...

 

Paulo 

Postado
51 minutos atrás, aphawk disse:

@ENDEL NEIVA ,

 

Poste o arquivo do Proteus que eu vejo de noite em casa ok ?

 

Esse é  um circuito com realimentação, tem de dar uma mexida no estado inicial da simulação.

 

Eu tive um problema desse tipo no projeto de um filtro fazem muitos anos, e o suporte me orientou a mudar o estado inicial dos capacitores nos elos de realimentação e deu certo, mas não me lembro mais com fiz isso ...

 

Paulo 

o circuito é este ai das print´s mesmo ........ ou você quer o circuito inteiro no caso ?

se for isso , me conforme que eu posto sim 

Postado

@aphawk

Em primeiro lugar obrigado pela resposta. Desculpe a demora pra responder, comentar. Minha saúde meio que vem e vai. Na verdade vou aproveitar a oportunidade e vou meio que contar minha trajetória de vida e o que sou já que você é um dos mais próximos aqui do CH e acho bom que os mais chegados saibam o motivo do meu comportamento um pouco estranho. Sempre fui digamos, pouco comum, misturando ilhas de genialidade com um mar de deficiências. E só descobri o que era isso com 40 anos de idade quando fui enfim diagnosticado: autismo de alta desempenho ou, como era chamado até pouco tempo, síndrome de Asperger.

 

Voltando à sua resposta:

 

Apesar do meu curso técnico na Escola Técnica Federal de São Paulo não abranger microprocessadores nem programação até que fui um bom programador nos “áureos tempos”. Comecei com a calculadora programável Texas TI 58C que abriu minha mente para a lógica de programação. Depois meu pai comprou um CP-500 que, como você deve lembrar era um “clone” do TRS-80. Posso dizer que virei eles do avesso. Fazia programas enormes em BASIC sem nenhum fluxograma. Cheguei a aprender um pouco de assembler do Z-80 mas a empresa de telefonia na qual fiz estágio baseava tudo no 8085, fora que lá estagiário não programava, só montava protótipos com “wire wrap”. Meu pai também se recusou a colocar drives de disquete no Cp-500 o que abriria novas fronteiras abrindo mais comandos com o BASIC -DISCO. Sem falar no s*** de armazenar tudo em fita cassete… Como o estágio foi muito traumatizante graças aos psicopatas de plantão que faziam o inimaginável com os estagiários, ainda mais os “esquisitos” resolvi que não trabalharia mais em empresas.

 

Como sempre tive um pé na música resolvi junto com um amigo projetar e fabricar amplificadores para instrumentos musicais já que, depois da era dos valvulados, na década de 80 ninguém no Brasil fabricava aparelhos transistorizados decentes para esse fim. Nessa acabei no interior de São Paulo com uma pequena indústria (grande erro). Com isso abracei o analógico e o digital ficou pra trás. Até comprei um IBM PC XT pra calcular custos e tentei voltar com a programação, comprei livros sobre Basic compilado, acho que chamava Quick Basic. Mas tocar uma empresa com inflação altíssima e depois digerir as consequências do plano Collor detona a cabeça de qualquer um.

 

Quando saí da empresa comecei a “dar tiros pra tudo que é lado”, me dividi entre voltar a atuar como músico, manutenção de equipamentos pra PA, sonorização de eventos, gravação de áudio principalmente produção de Jingles e passei a estudar a fundo a programação de sintetizadores e samplers, o que não tem nada a ver com linhas de código. Mas quando a gravação digital se tornou acessível para os mortais investi todas as fichas nisso, comprei mesa digital, Adat, um dos primeiros gravadores de CD (junto com a controladora SCSI necessária na época custou mais de mil doletas em 97) e mexi só com isso até 2012 quando se juntaram as consequências do autismo e a terceira “separação matrimonial” com profissionais de saúde mal intencionados e um acidente de carro. Tive que fechar o estúdio de gravação que ia muito bem. Foram três anos da cama pro sofá e do sofá pra cama dos quais nunca me recuperei nem física muito menos psicologicamente.

 

Duas das consequências ou “comorbidades” do autismo que até então eu conseguia administrar “galoparam”: excesso de sono (narcolepsia) e o maior inimigo do eletrônico: distúrbio grave de atenção e organização. Imagine o que é trabalhar numa bancada com um cérebro que comanda mãos e braços a agirem por conta própria e fazem parecer que as ferramentas e componentes “tem pernas” rs. Um trabalho de meia hora hoje pode levar uma manhã inteira devido ao tempo perdido procurando tudo que some kkk. Hoje, sem conseguir me aposentar apesar de tudo (Brasil sil sil ...), trabalho como músico mas AMO eletrônica e tento recuperar o tempo perdido e me atualizar. Aqui é um bom lugar pra isso, e também posso fazer uma coisa que eu gosto que é passar o que eu sei pra frente, embora infelizmente nem sempre dá para participar como eu gostaria.

  • Curtir 2
Postado

@Andreas Karl ,

 

Opa, acredito que esta resposta deveria ser dada em outro tópico, o original da nossa conversa .... neste ficou estranho kkkkkk

 

Sinto em saber dessa sua condição, meu amigo, todos temos problemas de algum tipo, mas prefiro sempre ignorar os meus quando posto algo aqui.

 

Temos histórias muito semelhantes.... eu primeiro trabalhei com som, que sempre foi minha paixão, e depois fui para a eletrônica industrial onde comecei um trabalho com microcontroladores 8080, 8085, NEC V20, Z80 e 6502. Como você, sempre em Assembler ou em Basic. 

 

Quanto aos computadores, eu comecei com o Sinclair ZX-81, depois um TK-85, e depois um Apple ][ , passando por um sistema de desenvolvimento CP/M chamado GEPETO, com duas poderosas unidades de disco de 8" com capacidade imensa de 120K em cada disquete .... e em 1986 parti de vez para um IBM-PC.

 

O legal é ter passado por tudo isso, ter de aprender na marra a contornar tudo para poder trabalhar, em uma época em que um BIOS de computador tinha 64K kkkkkkk

 

Quanto aos psicopatas do tempo de estágio, eu graças a Deus não passei por isto, e repudio todo tipo de brincadeira justamente por ter a possibilidade de deixar traumas.

 

Eu imagino a sua dificuldade em brincar na bancada com o cérebro tendo esses episódios complicadores, esquecimentos posicionais, deve ser muito difícil mesmo.

 

Nos dias em que não me sinto bem para trabalhar, eu pego velhas músicas do Pink Floyd e fico viajando com elas, viagens ao passado servem tanto para lembrar das coisas boas como para nos perdoar das coisas ruins que fizemos, e assim me sinto melhor.

 

Mas o que posso lhe falar? A vida tem de continuar, meu amigo, a gente tem de ir se adaptando às nossas condições, e principalmente sempre participando de comunidades onde podemos passar a nossa experiência, tanto profissional com a de vida particular, e esperar que pelo menos alguns consigam aproveitar de nossa experiencia e conhecimento.

 

Força aí viu!!!

 

Paulo

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  • Obrigado 2
  • 2 semanas depois...
Postado
Em 08/10/2022 às 10:57, aphawk disse:

Opa, acredito que esta resposta deveria ser dada em outro tópico, o original da nossa conversa .... neste ficou estranho kkkkkk

Nós autistas somos estranhos mesmo kkk. Não temos muita noção do que é hora certa ou errada, somos ruins em “convenções sociais”. Prestamos atenção em coisas que ninguém nota como perceber um harmônico de 360 Hz no meio de um zumbido de 60 Hz. Na verdade é ao mesmo tempo um dom e uma “maldição”. Estudos revelaram que é um desvio de várias funções do cérebro que, em vez de exercerem suas funções normais, se voltam para “o” ou “os focos” do autista que tende a ser um especialista naquilo que entende e gosta, até porque estuda a fundo e por conta própria os assuntos que fazem parte do seu “mundo a parte”. Mas aquilo que o autista não gosta ele não aprende: quando eu estudava para uma prova de geografia lia várias vezes as mesmas páginas do livro em vão, não absorvia nada e a nota “tendia a zero” kkk. Foi um dos motivos que ao terminar o curso técnico gritei pra mim mesmo: escola, faculdade? Nunca mais

 

Em 08/10/2022 às 10:57, aphawk disse:

todos temos problemas de algum tipo, mas prefiro sempre ignorar os meus quando posto algo aqui.

Entrar aqui é uma “válvula de escape”, uma maneira de me sentir útil de novo.

Em 08/10/2022 às 10:57, aphawk disse:

fui para a eletrônica industrial onde comecei um trabalho com microcontroladores 8080, 8085, NEC V20, Z80 e 6502. Como você, sempre em Assembler ou em Basic. 

Quando pifou a placa-mãe do meu IBM PC XT  trocaram por uma com um NEC V-20. Inclusive veio com 1 mega de RAM ao invés dos tradicionais 640 K. Está aqui até hoje, há uns 10 anos quando liguei pela última vez ainda funcionava.  Tenho até o teclado com a chavinha XT/AT kkk

xt.thumb.jpg.c7c3d64bf041baaf5b7a7ce93f30f5c0.jpg

Em 08/10/2022 às 10:57, aphawk disse:

Quanto aos computadores, eu comecei com o Sinclair ZX-81, depois um TK-85, e depois um Apple ][ , passando por um sistema de desenvolvimento CP/M chamado GEPETO, com duas poderosas unidades de disco de 8" com capacidade imensa de 120K em cada disquete .... e em 1986 parti de vez para um IBM-PC.

 

O legal é ter passado por tudo isso, ter de aprender na marra a contornar tudo para poder trabalhar, em uma época em que um BIOS de computador tinha 64K kkkkkkk

 

O CP-500 tinha isso de memória total, 16 k do interpretador Basic e 48 K de RAM kkk .

 

O que eu achava legal no final da década de 70 e início da década de 80 é que ter um computador em casa era “coisa de nerd”, de “louco”, não era de jeito nenhum pra qualquer pessoa. Ram era um bichinho esquisito que cantava no brejo rs. Era gostoso saber lidar com uma coisa que quase ninguém tinha ideia de como funcionava. No curso técnico tínhamos uma turminha de “cientistas malucos” apaixonados por tecnologia que viviam esses “primórdios” da computação e da eletrônica em tempo integral e não só na escola. Artigos de revistas estrangeiras eram devorados, se possível montados e testados. Meu avô viajava muito pra Alemanha e as vezes trazia coisas não muito disponíveis aqui como os CIs “Bucket Brigades” pra fazer delays, flangers e chorus. Eu cheguei a montar um circuito de atraso digital com uma memória 4164 e modulação delta que como você deve saber usa um trem de pulsos de um bit só. Sem processador, só com contador digital e um "multiplexador" pra mandar o "ras" e o "cas"  Era interessante parar o clock e ver quanto tempo a memória dinâmica podai ficar sem refresh sem degradar os dados. Era bem mais que o datasheet dizia, chegava a vários segundos. Voltando ao grupo de "doidos", cada um tinha seu “TK zinho” e eu tinha a sorte de meu pai ter um CP-500, portanto a turma (pra desespero dele) vivia la em casa. Alias ele não quis comprar drives de disquete porque “aí vai vir mais gente encher o meu s*** aqui ainda” rs. Um deles realmente era um “Einstein” na vida, imagina um cara com um cabelo comprido, despenteado e espetado que, em 81, cabulava aula pra estudar robótica no saguão. Quando precisávamos de uma sub-rotina em assembler era por conta dele. Mais tarde chegou a ser um alto funcionário da HP.

Em 08/10/2022 às 10:57, aphawk disse:

Nos dias em que não me sinto bem para trabalhar, eu pego velhas músicas do Pink Floyd e fico viajando com elas, viagens ao passado servem tanto para lembrar das coisas boas como para nos perdoar das coisas ruins que fizemos, e assim me sinto melhor.

 

Eu também adoro um rock progressivo. Até fiz a minha singela  "homenagem" compondo e gravando um em 91:

Bom, existem bandas e existe Pink Floyd. Talvez existam bandas melhores, mas iguais não tem e, pelo andar da carruagem, não vai ter mesmo. Nada de “malabarismos musicais”, nada de solos cheios de notas, só muito feeling e uma criatividade sem igual. Hoje, sabendo o que a tecnologia oferecia na época do auge deles fico mais assombrado ainda. Eu tocava mais guitarra quando era adolescente e não entendia como o David Guilmour fazia aqueles glides mágicos na guitarra pra descobrir depois de velho que na realidade era guitarra havaiana (pedal-steel) com distorção. Sintetizadores monofônicos que só faziam uma nota de cada vez… Um monte de gente carregando gravadores de fita com gravação de som de relógios dentro de um estúdio pra fazer o efeito de “Time”...

 

Mas essa tecnologia vintage tinha algumas criações surpreendentes. Quando li sobre circuitos de órgãos, 12 osciladores e um monte de flip-flops pra dividir as frequências por 2 pra obter as oitavas inferiores fiquei cabreiro: como foi possível o famoso órgão Hammond da época das válvulas ter dezenas de flip-flops??? Demorou alguns anos e veio a resposta: as frequências eram geradas com um sistema mecânico com até 91 rodas dentadas com captadores semelhantes a cabeçotes de fita magnética nos dentes das rodas. Somado com as caixas Leslie e seus alto-falantes e drivers com tampas e cornetas rotativas (que alias o Pink Floyd usava também na voz e no piano) o órgão Hammond fixou uma marca definitiva no rock e no Jazz. O som de coral? Uma “gambiarra” chamada Mellotron que tinha um monte de fitas magnéticas esticadas por um peso com uma gravação de 8 segundos, uma fita para cada tecla. Ao soltar a tecla um mecanismo puxava a fita rapidamente de volta, acho que com uma mola. Funcionava tão bem que li que o Rick Wakeman levou dois pra um lugar deserto e tacou fogo kkk. Além do coral, dependendo do "cartucho de fitas" instalado fazia entre outros som de orquestra de cordas e de flauta que dizem foi usada em “Stairway to Heaven”. Já aquele coral maravilhoso de “I’m not in Love” foi um trabalho maluco de um engenheiro de gravação que gravou várias vezes a voz do produtor num multi pistas depois mixou e reorganizou as notas necessárias para algumas delas. E “tocou” as notas nas chaves “on off” dos canais da mesa de som. Os “ecos de fita” ou solta dando “voltinhas” na parte de cima da coisa ou na lateral de um disco como as Binson…

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Reverbs feitos com molas ou as enormes unidades “plate reverb”. E pra terminar aqueles multi pistas de 24 canais com fita de 2 polegadas… quando visitei o estúdio “Transamérica” no comecinho da década de 80 tinha dois deles sincronizadas. Que coisa linda…

Em 08/10/2022 às 10:57, aphawk disse:

Força aí viu!!!

Valeu !!!!

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  • Amei 2

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