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Pois é, mas apesar de tudo o esquema TN, colocando tudo na balança, é bem seguro, desde que o neutro esteja aterrado localmente.

O TT tem muito mais chances de ocorrer tensão de passo, além de sem manutenção vai se deteriorar ao ponto de não servir pra nada, ao contrário do TN, que mesmo se deteriorando, você ainda conta com o aterramento da CIA que esperançosamente, recebe manutenção melhor e ainda tem o atenuador de diversos pontos aterrados ao longo da rede. O TT pode sofrer de tensão de contato perigosa caso não se use DR e tensão de passo tem mais chances de ocorrer no TT do que no TN.

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  • mês depois...
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Bom dia, caro _Rau_ um aterramento mau feito e em local incorreto, pode danificar uma fonte dessas chingling e assim danificar a mobo?!

Grato. Grande abraço.

___________________________________________

Fonte: Clone 350W Reais / Mobo: G31M-ES2C / HD: PATA Seagate 160gb _-_ Samsung 80gb / Mem: Kingston 2gb 667mhz / Proc: Pentium Core-Duo 2.25Ghz / SO: WinXp 64bits Sp2

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Em principio não, vai tudo operar tranquilamente, até cair um raio cair próximo ou diretamente na rede elétrica. Ele gerará um impulso elevado que colocará o neutro da rede em diferença de potencial (tensão) ao aterramento mal feito, não equipotencializado. Essa ddp colocará em risco o estágio primário das fontes, onde possum capacitores entre neutro e aterramento, ele poderão até explodir nessa descarga. Outro problema é que as linhas neutro e terra passam próximas dentro da fonte e poderia nesse caso também ocorrer arcos elétricos entre essas linhas que podem causar outros danos.

Antigamente, década de 70, 80, início de 90, os equipamentos informáticos eram muito mais suceptíveis a esses problemas, mesmo sem raios pequenas ddp's entre neutro e terra poderia vir a ser desastroso pro equipamento sendo que esse assunto era muito bem tratado em qualquer data CPD da época. Felizmente os equipamentos de hoje tão mais imunes a disturbios em modo comum - toda classe de disturbio que tem o condutor de proteção, terra, envolvido, ainda assim a questão hoje ainda envolve compatibilidade eletromagnética e principalmente queda de raios.

Esse aterramento chingling tb só ajuda a dissipicar cargas estáticas ou pequenas fugas de energia naturais das fontes, que provocam aqueles choquinhos no gabinete, mas num fuga alta, que cause choques mortais, sem tomar certas precauções, um aterramento feito de qualquer maneira, não ajuda.

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Olá Rau! Olha eu aqui outra vez... Rsrsrs.... Cara, tô chapado de dúvidas! Li uma cacetada de posts e parei devido as vistas se cansarem. Li até a página 10! Aí corrí pra cá, é mais fácil! :D Se liga, não entendi o lance da equipotencialização e lógica de fazer um aterramento a partir do neutro tudo bem (TN-S é isso?), porém se usar uma barra separada pra fazer o aterramento (TT), aí ferrou tudo? Porque a concessionária que instalou o poste padrão colocou a barra no chão assim como eu! O que é essa DDP que pode acontecer? Me explica isso e esse lance de impendância que tá embaçado de entender! Hehehe... (Tem mais paciência pra isso?) Mas se for explicar, explica de maneira informal pois sou burro de entender! Rsrs....

Como já te disse, fiz um da topologia TT... Mas a distância da barra do Neutro do Medidor e dessa barra que soquei no chão para o Terra é de 50 mts (A distância do poste até minha casa). Só que fiz uma grande besteira... Separei no quadro de distribuição as tomadas, chuveiro e iluminação, dois pra cada... O problema é que comprei uma quadro pra 6 disjuntores! Aí já viu a m-e-r-d-a, né? Será que tem como instalar um DPS e algum outro lugar e um DR (E onde encontro esses DPS)? O que tu me aconselha fazer? Ví na página 10 tu falando para um membro fazer a equipotencialização com um fio de cobre nu interligando as duas barras? Pra que tem que fazer isso? Aqui, já não consigo mexer mais, pois toda a minha fiação do poste vem por debaixo da terra num conduíte rígido (mangueira rígida) de 3/4" que foi uma briga só para passar esses fios dentro! Quebrar os 10 cm de concreto para emendar o neutro no terra nem pensar! Será que posso fazer essa emenda no quadro de distribuição? Obs.: Comprei o filtro de linha PRO7 da APC. Então, Rau.... Só tenha paciência comigo por favor.... Não me demita! :lol: KKKK! O que tu me sugere????

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Vamos por partes... :)

Tem duas lógicas em se derivar o fio terra de um ponto comum onde o neutro da concessionária é aterrado localmente perto do medidor e vou tentar explicar de forma simples:

- A primeira razão pra isso tem haver com a necessidade básica para a proteção do usuário contra choques que a energia seja desligada instantaneamente quando houver uma fuga elevada - um curto-circuito - com o fio terra. O fio terra de todo equipamento é preso diretamente na sua carcaça de metal. Sem o fio terra, se a fase da rede tocar na parte de metal, por qualquer motivo, o usuário que entrar em contato com esse equipamento vai tomar um chocão, podendo até vir a falacer. Bem, pra minimizar esse risco, o disjuntor que alimenta a tomada desse equipamento deve cair durante esse acontecimento. Mas isso não deveria ocorrer num terra TT também? Deveria, mas não ocorre e quando ocorre demora demais porque a corrente indo ao terra TT que naturalmente tem uma impedância elevada não permite a corrente subir ao "infinito", o que é caracterizado como um curto-circuito pleno que provoca o desligamento instantaneo do disjuntor!

Conseguir um aterramento TT com impedância baixa o suficiente pra fazer com que haja um curto-circuito pleno e logo o desligamento do disjuntor de forma rapida, não é tarefa simples. Já num esquema TN-C-S o TN-S, uma falha desse tipo citado acima seria a mesma coisa que um curto fase-neutro, o disjuntor cairia na hora. O neutro tem impedância nativamente baixa...

O que ocorreria numa falha desse tipo num sistema TT? A corrente saturaria o ponto onde está escoando na terra e disso geraria por exemplo uma possibilidade grande de tensão ("tensão"), aparecer tanto em volta da haste, como na carcaça do gabinete, só nisso já se desfez as vantagens do aterramento contra choques.

Impedância de forma simples, é o impedimento criado por N motivos, no sistema elétrico, que dificulta a fluidez dos elétrons. Uma alta impedância impossibilidade a corrente se elevar quando ela de fato deveria se elevar. No nosso caso aqui precisamos dessa elevação rapida e consistente pro disjuntor atuar, coisa que um aterramento TT quase sempre não permite.

Sobre a DDP. DDP é uma diferença de potencial (tensão) entre um fio e outro e é basicamente isso que faz elétrons fluires e fazer funcionar um equipamento. O problema acontece quando temos uma DDP entre duas linhas que estão ligadas num ponto comum, que seria a terra, o solo. Toda vez que há uma DDP entre duas linhas elétricas, elétrons ou corrente flui de um lado de maior potencial pra um lado de menor potencial. Daí você pode pensar, se as linhas terra (TT) está separada do neutro, como os elétrons podem fluir de uma linha pra outra? Aí é que se engana, essas linhas tem uma relação indireta dentro dos equipamentos, mais especificamente dentro das fontes de alimentação. Há componentes montados entre essas duas linhas que não suportam grandes picos de energia, apesar de hoje em dias as fontes de PC's estarem muito mais resistentes nesse quesito - as marcas de qualidade claro!

E o que é capaz de criar uma diferença de potencial tão grande entre essas duas linhas? somente um raio! E é esse único evento em que o assunto equipotencialização tem a maior importância de existir. E o que é equipotencializar. Equipotencializar é equalizar ou igualizar - como dizem nossos irmãos de portugal - a tensão ("tensão") em duas linhas. E como isso é feito na prática? Interligando as duas linhas em pontos estratégicos. Dois fios ligados no outro naturalmente zera a tensão entre eles e logo é teoricamente impossível que elétrons fluam por esses dois condutores, evitando assim danos durante descargas atmosféricas intensas.

Cara pra aumentar o espaço no quadro, é mais simples comprar um quadro maior, quebrar em volta e "chumbar" com gesso. Dá pra faze isso numa manhã, o gesso endurece bem rápido. Não recomendo instalar o DR e os DPS's se não for dentro de um quadro elétrico pra isso.

Se você interligar as hastes, você automaticamente está colocando as duas linhas em equipotencialidade, em "igualidade" de potencial - tensão. Mas no seu caso como a distância é grande, nesse caminho seria recomendado ir ponto uma haste pelo menos à cada 5 ou 10 metros.

Não recomendo fazer a emenda no quadro de distribuição, o que eu recomendaria era puxar mais um fio direto do parafuso do neutro, dentro do quadro do medidor, que seria o terra, lá do poste do medidor até o quadro de distribuição e daí em direção as tomadas. Mas como você disse que não tem como mais puxar os fios porque o conduite é fino e tá embaixo da terra, você poderia criar outro caminho, outro conduite, só pro fio terra.

O filtro APC te dará um nível razoável de proteção contra DDP's entre neutro-terra, ela tem uma proteção interna pra isso. Você poderia colocar a mesma proteção por DPS, entre neutro-terra, dentro do quadro de disjuntores e manter seu sistema TT. Ah, é claro, instalar o DR. porque o DR detecta ja de cara qualquer fuga pequena de energia pro fio terra, desligando rapidamente a energia, fazendo o papel, por assim dizer, do sistema TN-x que provocaria um curto-circuito e o disjuntor normal desligaria instantaneamente.

O sistema TT não é condenável, tanto é que em alguns locais com atmosfera explosiva, o sistema tem que ser o TT porque qualquer curto-circuito gera faiscamento e isso não pode acontecer num local com atmosfera explosiva, logo um DR desligaria a energia na minima fuga de eletrons ao terra sendo que pra que isso ocorra o aterramento pode ser de alta impedância. Lembrando que quanto mais alta a corrente, maior a impedância do meio elétrico condutor.

Ah, DPS você encontra em casas elétricas boas, mas na Internet vende. Veja a loja virtual da Clamper, www.clamper.com.br, tem tb na Atera, www.atera.com.br.

Depois te ajudo a escolher o DPS correto. Por enquanto acho que consegui responder suas duvidas. Se tiver passado algo ou ainda esteja com duvida, só postar ai, ainda tenho paciência! :)

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Caro Rau... Parabéns pela paciência de digitar tudo isso e sinceramente pela grande atenção e preocupação em passar aquilo que é o mais indicado fazer... Admiro muito você e o Faller por incríveis tópicos, posts e grande inteligência! ;) Mas deixando essa babação de ovo de lado :D, vamos a mais algumas perguntas:

Tem duas lógicas em se derivar o fio terra de um ponto comum onde o neutro da concessionária é aterrado localmente perto do medidor

Tá aí tu falou a primeira lógica de uma barra estar aterrada próxima ao medidor... Beleza! Mas a segunda lógica ficou meio vaga, pois tu começou falando do aterramento TT e perdeu um pouco a ídeia... Aí você chegou onde eu estava querendo! Qual a lógica de se ter uma barra próxima do poste e ser efetiva e afundar outra barra idêntica em outro lugar e essa não ser efetiva? Porque do medidor, não sai fio algum em direção ao neutro e o fio do neutro só sai da terra direto pra minha casa!

Não recomendo fazer a emenda no quadro de distribuição, o que eu recomendaria era puxar mais um fio direto do parafuso do neutro, dentro do quadro do medidor, que seria o terra, lá do poste do medidor até o quadro de distribuição e daí em direção as tomadas. Mas como você disse que não tem como mais puxar os fios porque o conduite é fino e tá embaixo da terra, você poderia criar outro caminho, outro conduite, só pro fio terra.

Não te disse que o conduíte é fino, e sim que é de 3/4"! O problema que eu te disse é quebrar 50 mts de piso pra poder adicionar mais um fio dentro desse conduíte que é impossível de fazer... Nem com passa fio! Eu e meu pai tivemos que cortar o conduíte no meio pra poder passar 25 + 25 mts e estávamos usando um passa fio! A bitola do fio que usei pra alcançar o quadro é de 6 mm² e rígido. Sei que é errado, porém se eu comprasse fio de 10 mm² pra chegar até o quadro eu iria gastar cerca de R$ 800,00 e como já estava terminando a construção o dinheiro não iria dar... Conversei com eletricistas aqui no trampo e outros conhecidos que falaram que a bitola correta seria de 10 e o correto era instalar DR... Não fiz por falta de grana, mesmo! Outra coisa, estou no terreno do meu pai e quero comprar minha casa própria (a casa é minha, pois fui eu quem construí com meu pai), com meu terreno, escritura e tudo! Não pretendo ficar aqui pra sempre, por isso não investi muito! Agora, pra adicionar outro conduíte na terra meu pai iria me matar, além do mais, que meu pai tem umas casas pra alugar aqui e esses 50 mts são o corredor de passagem para os locatários. Aí ele sabe que não gosto de alvenaria e é ele quem iria fazer isso! Ele foi quem fez toda a alvenaria e eu quem fiz a elétrica e hidráulica da minha casa!

Se você interligar as hastes, você automaticamente está colocando as duas linhas em equipotencialidade, em "igualidade" de potencial - tensão. Mas no seu caso como a distância é grande, nesse caminho seria recomendado ir ponto uma haste pelo menos à cada 5 ou 10 metros.

Equipotencializar... Entendi! Agora me explica o seguinte... Se na barra de aterramento Neutro há sempre a passagem de elétrons indo em direção a terra devido a tensão 110 v existir em minha casa, não é isso? Se eu equipotencializar as duas, como os elétrons fazem o caminho mais fácil, então eles se dividirão entre as hastes? Daí se cair um raio, as duas hastes serão energizadas, mais a minha fonte do PC?

O filtro APC te dará um nível razoável de proteção contra DDP's entre neutro-terra, ela tem uma proteção interna pra isso. Você poderia colocar a mesma proteção por DPS, entre neutro-terra, dentro do quadro de disjuntores e manter seu sistema TT. Ah, é claro, instalar o DR. porque o DR detecta ja de cara qualquer fuga pequena de energia pro fio terra, desligando rapidamente a energia, fazendo o papel, por assim dizer, do sistema TN-x que provocaria um curto-circuito e o disjuntor normal desligaria instantaneamente.

Então, o que ficaria mais fácil era fazer isso Rau, já que minha casa é nova (1 ano) e eu não iria ter paciência de quebrar tudo de novo... Me diz uma coisa, qual a lógica de atuação do DPS, tu sabe? Como ele atua entre Neutro e Terra? Se cair um raio ele abre o contato? E como ele sabe que é um raio? Devido a descarga alta de energia? Como escolher um DPS?

Aí, se eu instalasse isso aqui, como eu faria? Primeiro o DPS, depois o Disjuntor e por último o DR? Se eu adicionasse mais uma barra uns dois metros depois dessa que instalei para o terra, iria melhorar alguma coisa?

Cara, agradeço muito tua paciência... É muito bom poder conversar com pessoas como você.... Valeu!

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Amigo, to indo dormir porque amanhã tenho q acordar cedo, mas lá pro final da tarde eu te dou uma resposta. T+

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Primeiramente me desculpe se tem algum erro de português abaixo ou algo que ficou digitado de forma confusa, to com preguiça de ler tudo agora, apenas digitei e postei:

Bem, vou tentar explicar a "história" do aterramento da conscessionária, que no caso seria o aterramento do condutor neutro, tentando assim simplificar mais o assunto. Só não sei se conseguirei fazer que você entenda! :)

Primeiro o neutro não é aterrado só aí na sua casa, geralmente no "pé" da caixa medidor, ele é aterrado em vários postes e em cada casa, mas pra que que é feito isso? O neutro é ligado digamos assim no centro das fases dentro do transformador, no meio, e nessa configuração se consegue uma tensão baixa, como 127 ou 220V entre o centro do enrrolamento do transformador e a cada fase. Já as tensões conseguidas entre uma fase e outra são mais altas, mas esse é outro assunto. O que ocorre é que o há um bom tempo atrás foi exigido que o neutro fosse aterrado pra aumentar a confiabilidade da rede, evitando que a tensão do neutro subisse em condições específicas, o que não é desejável, a conexão com a terra permite manter o potencial de um condutor sempre perto de zero volts. Além do que uma rede com neutro multi-aterrado é mais segura, fornecendo um caminho fácil de escoamento de descargas elétricas atmosféricas direto pra terra, que é o lugar pra onde elas devem ir e as CIAs fazem maciçamento o uso de descarregadores, chamados de para-raios, ligados direto no neutro.

Ainda explicando o porquê de se aterrar o neutro temos que em condições anormais da rede, como por exemplo, quando o neutro perde o contato com o centro do enrrolamento do transformador por qualquer acidente que faça o fio se romper, acontece um fenômeno elétrico onde as tensões de fase poderão aparecer no fio neutro de toda a extensão onde o cabo se rompeu e se o neutro não fosse aterrado, aumentaria e muito as chances de queimar vários equipamentos ligados nas fases da rede de distribuição. Por exemplo, você poderia medir até 220V onde era pra tá em 127V ou 380V onde era pra tá 220V. Com o neutro solidamente aterrado, essas chances são bastante reduzidas, desde que a malha de aterramento da porção em que o neutro se rompeu esteja boa ou o consumo elétrico não esteja muito elevado, porque essa malha seria a responsável por arrastar a tensão do neutro pros teóricos 0V.

Tá certo, o neutro é aterrado por razões de segurança, confiabilidade e proteção na rede, isso tá claro pra você, acredito eu, certo? Pois bem, e o danado do aterramento, fio terra ou condutor de proteção, esse que vai ao terceiro pino da tomada?

Bem, essa parte que creio que você tenha ficado confuso, a de ser "necessário" ter duas hastes idênticas enterradas em pontos diferentes. Aí é que tá seu engano, NÃO HÁ ESSA NECESSIDADE! :) Você pode muito bem aproveitar a haste única que a CIA instalou no pé do medidor e se quiser, pra aumentar a eficiência dessa sua malha local, tanto pode como deve, se você quiser, criar uma malha melhor, com mais hastes. A lógica disso tá no que falei acima ou seja, e se o seu neutro romper bem no ponto que entra no poste do seu medidor? Todo o seu neutro interno vai depender dessa malha local pra arrastar o danado à todo custo pra 0V, que é a tensão segura que o neutro deve ficar ou seja, sem tensão. Na prática isso não é fácil, mas era o que deveria acontecer e vai depender simplesmente da qualidade dessa malha local, sua condutividade com o solo e a quantidade de energia que está sendo consumida no momento. De qualquer forma, é uma condição perigosa que deve ser sanada...

Dentro do quadro do medidor tem uma porca que recebe o cabo que vem da haste que a CIA (se o seu não for assim, tem algo errado aí) enfincou na terra e desse ponto aí poderia ser derivado o "terceiro" fio que daí em diante passa a ser chamado popularmente de "fio terra". Desse ponto em diante o sistema de aterramento seria um digno TN-S - aterramento de ponto único - neutro e terra convergindo pra uma única malha ou haste(s) o que traria as vantagens já explicadas por mim - baixa impedância, risco reduzido de criar tensão de passo, equipotencialidade, etc. Veja como o neutro tá ligado dentro de um quadro de medidor típico, saindo junto com fase/neutro/terra:

diagrama.jpg

Eu disse que o conduíte é "fino", pro que tem que fazer, passar vários fios. Geralmente um conduite principal deveria ser de pelo menos 32mm, o 3/4 tem 20mm.

Você pode bolar um meio de passa o fio terra externamente, presa num muro por exemplo e depois sobe pra dentro do teto ou algo semelhante... O fio 6mm2 quadrado pode ser mantido, desde que você limite a corrente nele em 35 Amperes, por meio de um disjuntor geral, mesmo assim a distância de 50 metros dá uma queda de tensão boa, por isso a recomendação de 10mm2, pra diminuir essa queda de tensão, mesmo que use apenas 35A de corrente. Já a instalação do DR deve ser feita por um cara que entende, que meça se não há fugas de corrente na instalação e equipamentos, pra não ter dor de cabeça com DR caindo a todo instante, o que é um pé no saco.

E não, engano o seu, não há "sempre" a passagem de elétrons na haste do neutro, isso pode ser comprovado medindo com um alicante amperímetro, e já fiz isso. Só vai ter corrente descendo pela tua(s) haste(s) local(is) em uma condição, se o fio neutro que vem da rua romper bem na sua entrada. No caso de você conectar as duas hastes por meio de um fio, sim, nessa condição anormal de rede os elétrons se dividiriam entre as hastes. Bem, não sei se a palavra dividir é o termo correto, mas sim, eles desceriam em dois pontos e nesse instante ambas as hastes ficariam com um mesmo nível de tensão ou seja, potencial.

Na queda de um raio que seja desviado para o neutro, existem dezenas, senão centenas de pontos pra energia descer pra terra, sua haste local do neutro faz parte de toda malha dos arredores, uma parcela muito pequena desceria pela sua(s) haste(s) local(is). E no caso de mesmo assim haver uma elevação de potencial da malha ou das duas hastes, como você pergunta, sua fonte, ou melhor o componente eletrônico que tá ligado entre neutro e terra, elevaria também a tensão. Mas nesse caso o que danifica não é a tensão em si, mas a corrente ou seja, se ambas linhas neutro e terra se elevasse pra digamos 4000V, o que ocorreria se as duas linhas tivessem numa condição de equipotencialidade, não teria como corrente fluir nem pra um lado nem pra outro, os elétrons não fluiriam, a não ser que houvesse uma DDP entre essas duas linhas, aí sim o estrago seria feito facilmente. Sua fonte, por assim dizer, elevando o potencial junto com a malha, estaria em teoria, protegida!

A lógica da atuação do DPS é colocar uma linha em sobretensão em contato direto e temperário com um caminho de baixa impedância, escoando essa tensão/corrente excessiva pra terra. Fazendo uma analogia, um DPS funcionaria como um ralo de um tanque só que com abertura e fechamento automático. Num tempo de resposta baixíssimo, o DPS abre o ralo e em seguida fecha, passada a condição anormal da rede. Entre neutro/terra ele atuaria de forma a equipotencializar temporariamente neutro e terra e vou me estender aqui te explicando a lógica de se instalar essa proteção, mesmo com neutro e terra partindo da mesma malha. "Ih, lá vem esse cara complicar mais ainda minha cabeça, você deve tá pensando..." Neutro e terra já não estariam equipotencializado na entrada...???" Aí vem outra complicaçãozinha! :)

Quanto mais longe neutro e terra estão do ponto equipotencial, começam a aumentar novamente as chances de um DDP ocorrer entre essas duas linhas por uma característica chamada de indutância ou melhor, a auto- indutância de um condutor. Indutância é o fenômeno no qual tensão é induzida, gerada no condutor em si devida uma condição anormal. Pelo condutor não ter resistividade nula, essa resistividade cria um impedimento do percurso da energia que por si gera tensão no fio. Numa condição normal, em 50 ou 60Hz, que é a frequência da onda elétrica alternada, a auto-indutância é desprezível, o problema são os raios, que podem passar dos 100Khz - 100.000Hz. Quanto maior a frequência da onda num condutor, ele consegue auto-induzir tensão. Dando um exemplo aqui, se você tem o neutro equipotencializado com terra na entrada, tudo que for induzido no neutro externo, por um raio, não cria uma DDP entre neutro-terra, mas ainda temos o fio fase que terá um aumento de tensão muito maior que o neutro, que está aterrado. Daí lá dentro da tua casa tem um protetor, DPS, o que seja, que joga essa energia em excesso toda no neutro que está há 50 metros do ponto equipotencial. Nesse caminho até o ponto equipotencial a fiação em si é capaz de induzir milhares de volts, com uma corrente altissima, na casa dos kA, em relação ao terra que percorre os mesmos 50 metros. E como se protege contra isso, colocando DPS entre neutro-terra o mais próximo possível do equipamento a ser protegido! Ele terá o papel de equipotencializar momentaneamente essas duas linhas e voltar ao estado de repouso, fechado ou de altissima resistencia, entre essas duas linhas. Mas e porquê então não equipotencializar permanentemente o neutro em diversos pontos da instalação, você poderia se perguntar, mas não vou responder porque isso tá respondido na primeira mensagem desse tópico, onde explico o porquê ser inseguro ligar o neutro e terra dentro da caixinha de uma tomada por exemplo. Mas caso queria que eu explique de novo, outra hora...

A instalação dos DPS's num quadro de disjuntor pode ser feita de duas formas e depende de como e quantas linhas chegam no quadro, quantas fases o neutro e o terra. O DPS tem o tamanho aproximado de um disjuntor e vai na mesma posição de um disjuntor. Usando o exemplo aqui de que chega 1 Fase, 1 Neutro e 1 terra no quadro, precisariamos de apenas dois DPS's que poderiam ser ligados de duas formas:

Forma 1:

De um lado, qualquer lado, do DPS, você ligaria o fio Fase em um DPS e o Neutro noutro DPS. Do outro lado você ligaria o neutro no DPS que tá a fase e no DPS que tá o neutro você ligaria o fio terra.

Forma 2:

Ligaria Fase e Neutro da mesma forma que da Forma 1 e do outro lado você ligaria o fio terra nos dois DPS's. Veja o exemplo da ligação na forma 2:

Foto0020.jpg

A disposição dos DPS's em relação ao DR e disjuntor deveria ser, DPS após um disjuntor geral, que poderia ser o da caixa do medidor mesmo, não teria em principio necessidade de adicionar um geral no quadro interno, mas quanto ao DR os DPS's idealmente devem ser instalados antes das fases e neutro entraem no DR. Se for utilizada a forma 1 de ligação, o neutro que vai na saída do DPS que recebe a(s) fase(s) deve ser o neutro antes de passar pelo DR.

Se você instalasse mais uma haste proxima dessa haste sua não ajudaria em nada, você continuariam com um esquema TT com seus potenciais riscos a não ser que instale o DR + DPS's, o que reduziria bastante os riscos.

De nada, sei que talvez ainda tenha duvidas, pode postar aí.

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Beleza, Rau! Agradeço mais uma vez a paciência e consideração! Já entendi... Agora são poucas e outras dúvidas! Aí vai....

Indutância é o fenômeno no qual tensão é induzida, gerada no condutor em si devida uma condição anormal.

Essa condição anormal é só um raio? Pois da forma como você postou, parece até que aquele nível alto de frequência na onda elétrica (100 Khz) só pode ser causado por um deles... Ou estou enganado e existe outras "condições anormais" pra causar auto-indutância?

Sobre o aterramento: Se eu puxar um fio da haste do Neutro, posso conectá-lo e emendá-lo na haste que aterrei no chão para fazer o suposto Terra, equipotencializando-os? Se eu fizer isso, ainda assim, há a necessidade de um DPS? Acredito que DR não seria necessário fazendo isso, né? Ou engano? Pois tenho uma pequena noção da instalação de um desses e como você disse, é um saco!

Agora sobre os DPS... Confesso que nunca vi um desses... Na foto postada, seriam esses três componentes vermelhos da Clamper? Se for, ok! O problema é a ligação deles que não entendi muito bem....

Tenho que ligá-los no QD, depois dos disjuntores do medidor, certo? Então seguiria assim: Disjuntor Geral, DPS e Disjuntores de Distribuição, correto ou errado? Agora, a fase entraria no DPS e seria "jumpeada" para o Disjuntor? Isso que não entendi! Pensava que a fase entrava pelo DPS e sairia para entrar no Disjuntor.... Ah, esqueci de te dizer! Aqui é bifásico... Tenho 4 fios pra fazer as distribuições no Quadro de Distribuição.... 2 Fases, O Neutro e o Terra! Quando eu chegar em casa, vou postar uma foto do QD da minha casa... Estou no trampo e não dá pra usar nenhum site carregador de fotos, pois é bloqueado, ok? Como te disse.... O problema é quebrar 50 mts de piso, por mais um conduíte, mais um fio.... Aff! É trampo pra burro, pois aqui nesse corredor, como é de acesso aos locatários, ainda tem uma escada de 5 degraus! :eek:

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A auto-indutância é algo inerente de qualquer meio elétrico, um fio que seja, é passível de auto induzir energia, ele funciona como um transformador elevador de tensão rudimentar, por assim dizer. Mas o problema mais sério ocorre apenas com a queda de raios.

Sobre o aterramento, se você puxar um fio por fora e leva-lo até a outra haste, e dessa haste levar o fio pro seu uso final, teoricamente criariamos uma equipotencialização, mas só na teoria porque pra isso funcionar direito, devido a grande distância entre uma haste e outra, o ideal é que de x em x metros esse fio fosse ligado numa haste diretamente na terra, isso criaria diversos pontos de escoamento e não permitiria que uma corrente elevada fluisse de um lado a outro, diminuindo os efeitos ruins da auto-indutância explicada de forma básica, porque nesse caso teríamos pelo menos 50 metros de fio até se encontrar no ponto onde o neutro está aterrado pela ultima vez que por si ainda causaria uma DDP. Mas não vejo qual impedimento você teria em ligar um fio a parte direto lá na haste do medidor, passando-o então fora do conduite, apesar de o ideal mesmo é vir todos juntos pelo menos caminho, e puxar pra dentro de casa - esse fio no seu caso tem que ser da mesma "bitola" do neutro e fase. A não ser que você esteja com "dó" de isolar aquela haste que você enterrou. :)

A equipotencialização não elimina a necessidade do uso de DPS's, a equipotencialização não tem como principio apenas a proteção dos equipamentos. E mesmo que fosse, ainda não eliminaria os surtos entre Fase-Neutro.

DR é necessário independente do tipo de aterramento usado, isso é norma, obrigatório desde 1997. Não quero deixar a mensagem grande, mas há questões que foram estudadas há anos atrás que faz com que o DR tenha se tornado obrigatório desde 1997 em nosso país, independente do esquema utilizado.

Antes, até 1997, em nosso país, desconsideravam o contato direto com uma parte energizada, tipo um pino fase de uma tomada, um fio desencapado, etc. Sendo que em nada adianta aterramento nesse caso, você vai tomar choque de qualquer maneira. Antes só se preocupavam com a energização acidental de alguma carcaça de metal de algum aparelho elétrico e nesse caso recomendavam apenas o DR para o esquema TT, pelas razões já explicadas. Só que estudos "recentes" passaram a levar em consideração não só os contatos diretos em partes energizadas, como outra questão que é muito importante, concluida nesses estudos, que tinha haver com o tempo de exposição do corpo humano ao choque e o nível de corrente que fluia pelo coração durante o choque. Ficou concluido então que em determinadas condições, mesmo num aterramento TN-x ainda havia um risco. Nesses estudos definiram que o corpo humano aguenta por um tempo X um nível Y de corrente e que se no caso de uma falha interna do equipamento que visse a jogar energia nas carcaças, um aterramento TN-X faria com que o disjuntor desligasse em X milisegundos. Mas encontraram um ponto crítico nesse assunto. Quanto maior a distância de um circuito final, tomada, do disjuntor que ela atende, maior o tempo que o disjuntor leva pra desligar, e aí que viram que se a fiação for muito longa - existe uns calculos complicados pra definir isso - o disjuntor vai demorar mais tempo pra atuar e o usuário poderia morrer eletrocutado tocando numa parte energizada. E foi daí que surgiu a obrigação de se usar um dispositivo DR no mínimo pra todas áreas em que o piso está sujeito à estar molhado e o usuário descalso, como cozinhas, banheiros, áreas, etc. Eu pessoalmente uso DR pra todos os cômodos, tomada devidas precauções pro DR não ficar desarmando. Não é um saco instar o DR, o DR é apenas inimigo de mals eletricistas e equipamentos de baixa qualidade, apenas isso. Sanado os problemas da instalação, que antes estavam ocultos, o DR funciona maravilhamente bem.

Lembre-se, o DR é pra proteção pessoal e não de patrimônio, no sentido de proteção contra disturbios elétricos.

A instalação do DPS está correta do jeito que você expôs. Sim a fase entraria no DPS por um lado, E DO MESMO LADO, seria jumpeada pro disjuntor ou DR. Por que do mesmo lado? Porque como expliquei ao pra cima, o DPS não conduz nada de um lado pro outro, a não ser em condição de surto elétrico. Se ele fizesse isso constantemente, seria um curto-circuito, entende? Em essência, a proteção contra surtos causa um breve curto-circuito de duas linhas, sendo que a carga (equipamento protegido) enxegaria teoricamente 0V durante esse curto-circuito, 0V da componente da tensão natural da rede + alguns volts de tensão residual gerada pela descarga elétrica que o DPS deixa passar.

Como aí é bifásico você precisaria de 1 DPS pra cada Fase + 1 pra proteção entre neutro-terra.

Os DPS's vêm em várias capacidades diferentes, e existe alguns critérios para selecionar o DPS correto...

beleza, quebrar ta fora de cogitação, mas você talvez tenha como puxar o fio terra lá da haste, por fora, seguindo mais ou menos o mesmo caminho do conduite atual, mas por cima do piso ou na lateral de uma parte, se possivel seguindo a mesma distância ou o mais proxima possivel, do caminho que percorre a fiação principal atual, bolando um jeito pra esse fio entrar no quadro.

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Veja porque é difícil fazer isso de novo... E outra coisa, meu pai vai encher o saco falando que isso é besteira e tudo mais.... Dá uma olhada!

corredor238.jpg

Observe que a foto não acaba ali no topo, ainda continua....

Entrar no quadro de distribuição com o fio? Piorou! Teria que quebrar a parede inteira por dentro e por fora, pois conectei essa mangueira que tu tá vendo aí na foto, direto no QD... Veja, a entrada é por baixo do quadro e a distribuição se dá na direita:

qd500.jpg

Por isso que te perguntei se poderia vir com o fio do poste, quebrar tudo isso de novo (é lógico) e conectá-lo na haste do terra que eu afundei no chão, pois aí era só conectar por fora entendeu? Entendeu o porquê de não ser dó de isolar a barra? A não ser que eu use o fio apenas pra emendar e saque a barra fora, ficando apenas com o aterramento do poste! Depois eu vejo se tem outra foto com mais calma... Aí eu posto aqui... A única coisa que estou vendo que fica mais viável pra mim, era quebrar o quadro e aumentar, mantendo esse aterramento TT mesmo... Pois se colocar o DPS e o DR, já aumenta bastante a segurança não é?

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Sobre a primeira foto, teoricamente daria pra passar um fio pelo muro e o fio não necessariamente precisaria entrar pela mesma "mangueira" dos fios principais, poderia seguir até a mangueira pra onde sai os fios do circuito finais, mas caso não queira passa-lo pelo quadro de disjuntor, pode leva-lo até o ponto onde o fio atual da haste separada entrada e subir por esse ponto, porque pra falar a verdade esse quadro de disjuntor tá pequeno, não dá pra fazer muita coisa aí nele, nem colocar DR, nem DPS, só o DR ocupa o espaço de 4 disjuntores desses daí.

Sim, pode ficar com o aterramento só lá da entrada, não tem problema.

Pra colocar DPS e DR aí, só aumentando o quadro e se for pra manter o terra TT, o fio terra tem que passar pelo quadro, pra liga-lo aos DPS's.

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Sobre a primeira foto, teoricamente daria pra passar um fio pelo muro e o fio não necessariamente precisaria entrar pela mesma "mangueira" dos fios principais, poderia seguir até a mangueira pra onde sai os fios do circuito finais, mas caso não queira passa-lo pelo quadro de disjuntor, pode leva-lo até o ponto onde o fio atual da haste separada entrada e subir por esse ponto, porque pra falar a verdade esse quadro de disjuntor tá pequeno, não dá pra fazer muita coisa aí nele, nem colocar DR, nem DPS, só o DR ocupa o espaço de 4 disjuntores desses daí.

Sim, pode ficar com o aterramento só lá da entrada, não tem problema.

Pra colocar DPS e DR aí, só aumentando o quadro e se for pra manter o terra TT, o fio terra tem que passar pelo quadro, pra liga-lo aos DPS's.

O que você está recomendando então é quebrar o corredor de novo e não mexer no quadro, para pelo menos eu ter um aterramento descente?

Bem, já tem o fio (4 mm² rígido) terra da haste que aterrei separada e está por fora da mangueira, logo abaixo do quadro... Poderia quebrar tudo e emendar o novo fio que vem da barra do neutro nele, sacando a barra que coloquei a mais fora, não é? Poderia até tirá-la e colocá-la uns 5 metros depois da que está perto do medidor pra melhorar a malha de aterramento?

Bem, sobre o quadro já tinha te falado... O problema é quebrar de novo... Mas se for necessário posso até fazer! Digo isso se o aterramento for modificado para esse TN-S que você disse...

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Não cara, pra ligar o fio lá na haste da CIA precisa quebrar? Não tem jeito de ligar o fio naquela nessa haste e puxa-lo até o ponto que entra o fio da outra haste que você pos? Depois simplesmente isola essa haste que você pos ou se quiser, até pode mante-la, interligando o fio que parte lá da haste da entrada com a haste nova.

A questão do quadro é opção sua, colocar um maior...

O jeito mais próximo do ideal a se fazer, sem quebrar o piso e nada mais, é da forma que falei ai no primeiro paragrafo, ou a haste da CIA tá com um piso em cima tb? Aí você teria que quebrar onde ta a haste, colocar uma caixinha de inspeção, que é bem baratinha, e dai derivar o fio terra por fora, beirando o muro, pelo chão. você pode colocar um conduite daqueles amarelinhos, proprios pra passar fio, beirando o muro, e depois joga cimento em cima...

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O pior de tudo é consultar técnicos que fariam o serviço e todos proporem um aterramento que simplesmente é ligar o fio-terra direto da barra de cobra até a tomada.

Fica inviável contratar alguém pra fazer esse serviço.

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Por outro lado:

O que vejo de sugestões pra apartamentos é ligar um 'fio-terra' no encanamento de água (se for mesmo de metal) ou na barra de estrutura do prédio. Mas isto não é o mesmo que tantos técnicos sugerem pra casa, que é o "simplesmente é ligar o fio-terra direto da barra de cobra até a tomada"?

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Sim, é o mesmo ou pior!

Ligar o fio terra na estrutura do prédio é ruim por várias razões, uma delas é que essa estrutura pode está no caminho de descida do para-raios.

O encanamento de água pode não estar equipotencializado, você poderá introduzir correntes perigosas nesse encanamento que poderá prejudicar alguém. Outra, numa manutenção alguém pode trocar uma conexão de metal por outra de PVC tb...

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Não cara, pra ligar o fio lá na haste da CIA precisa quebrar? Não tem jeito de ligar o fio naquela nessa haste e puxa-lo até o ponto que entra o fio da outra haste que você pos? Depois simplesmente isola essa haste que você pos ou se quiser, até pode mante-la, interligando o fio que parte lá da haste da entrada com a haste nova.

A questão do quadro é opção sua, colocar um maior...

O jeito mais próximo do ideal a se fazer, sem quebrar o piso e nada mais, é da forma que falei ai no primeiro paragrafo, ou a haste da CIA tá com um piso em cima tb? Aí você teria que quebrar onde ta a haste, colocar uma caixinha de inspeção, que é bem baratinha, e dai derivar o fio terra por fora, beirando o muro, pelo chão. você pode colocar um conduite daqueles amarelinhos, proprios pra passar fio, beirando o muro, e depois joga cimento em cima...

Não, beleza! Entendi o que você quer dizer... O problema é exatamente o que eu te disse uns posts lá pra cima... Que ali como tu viu, é um corredor de passagem para os locatários! Jamais meu pai iria deixar um fio saindo do poste beirando o muro à exposição ou fazer um "calombo tipo solda" de massa até minha casa... Nem eu também, acho que iria deixar mais feio ainda... Pensei no esquema do conduíte de 1/2" pra fazer isso! O Neutro tem que quebrar também, mas tem a caixa de inspeção! O problema é que o fio segue pela direita (como na foto), mas o poste está do lado esquerdo, entende? Tem que quebrar do mesmo jeito! Não dá pra deixar um fio exposto cruzando a passagem! Outro problema é gastar pra comprar 50 mts de fio 6 mm² (não compro o rolo porque não vou usar tudo) que vai sair por volta dos R$ 120,00... Mas, beleza... Vou seguir tua orientação e vou tentar fazer isso! Só uma última perguntinha :D! Com isso já melhora e muito a segurança não é? Pois fazendo isso, acho que não vou mexer no quadro então... Tu falou pra interligar... Mas qual é o ideal? Manter a barra interligando-a no neutro pra equalizar, isolar a barra e ficar só com a da CIA ou sacar a barra fora e aterrar um pouco distante (5 mts) daquela da CIA pra melhorar a malha? Essa era a dúvida...

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Desde que o fio terra saia lá da haste da CIA, você pode passar ela pela haste que você mesmo pos e dela puxar o fio terra pras tomadas. Essa é uma opção. A segunda você poderia manter só o fio que vem da haste da CIA e isolar a descartar a sua haste. A terceira opção é tirar a sua haste de onde tá hoje, e enterra-la mais proximo da haste da CIA e interligar as duas e dai puxar o fio terra pras tomadas.

Sim, a segurança da parte do aterramento melhora, não elimina a necessidade entretanto, de colocar boas proteções contra picos de energia, ao mesmo após as tomadas. Como vai dar trabalho trocar de quadro, então use ao menos boas proteções pros equipamentos após a tomada.

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Desde que o fio terra saia lá da haste da CIA, você pode passar ela pela haste que você mesmo pos e dela puxar o fio terra pras tomadas. Essa é uma opção. A segunda você poderia manter só o fio que vem da haste da CIA e isolar a descartar a sua haste. A terceira opção é tirar a sua haste de onde tá hoje, e enterra-la mais proximo da haste da CIA e interligar as duas e dai puxar o fio terra pras tomadas.

Sim, a segurança da parte do aterramento melhora, não elimina a necessidade entretanto, de colocar boas proteções contra picos de energia, ao mesmo após as tomadas. Como vai dar trabalho trocar de quadro, então use ao menos boas proteções pros equipamentos após a tomada.

Ok.... Valeu Rau! Fico por aqui então.... Obrigado pelos esclarecimentos e paciência! Sem dúvida, foi uma aula grátis sobre aterramentos! :D Valeu mesmo! Obrigadão cara, vou ver se faço esse upgrade no aterramento, então! Abraço!

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beleza, qualquer dúvida a mais, posta aí. Lembre-se, antes sem aterramento, do que de qualquer jeito. Mesmo que você mantenha o seu TT, tente encontrar um jeito, trocando o quadro, pra colocar um DR e os DPS's dentro do quadro.

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Rau, olha eu de novo! Rsrsrs... Ví tu recomendando para um camarada novo aqui no fórum, o Mushra, pra comprar um multímetro, por na tomada e verificar se tem aterramento....

Pergunta 1) Como sabe-se se tem aterramento, "setando" o multímetro pra 750 V, medindo as fases?

Pergunta 2) Tu recomendou um multímetro do camelô mesmo... Tava afim de comprar um... Mas é bom? Ou é melhor comprar na casa de materiais elétricos, um de confiança? De multímetro não conheço nem marca! Pode indicar um?

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As tensões medidas entre Fase-Neutro e Fase-Terra têm que ser a mesma pra apenas poder dizer que o terceiro pino da tomada, o pino de aterramento, tá ligado na terra, seja da forma que for, mas não vai dizer nada, ABSOLUTAMENTE NADA, se esse aterramento está bom.

Recomentei por em 750V porque é a escala mais segura pra se medir, já que não sabia se a rede dele era 220 ou 127V.

Os mesmos vendidos em camelôs você encontra em lojas de material elétrico, praticamente o mesmo valor. Multimetro bom são de marcas mais conceituadas e pra trabalhos mais profissionais com energia elétrica de corrente alternada, recomenda-se que seja um TRUE RMS, que custam acima de 200 reais na maioria das vezes.

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Ok, Rau! Agradeço mais uma vez pela explicação... Então posso comprar um desses de camelô mesmo, só pra fazer medições simples, não é mesmo?

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