

Testes de Sobrecarga
Após os testes de carga básicos nós tentamos extrair ainda mais potência da PSH-650V para ver qual era o máximo que esta fonte podera fornecer mantendo as suas saídas dentro das especificações.
Nosso procedimento aqui é reconfigurarmos o testador a partir do teste 5 aumentando a corrente das entradas +12V1 e +12V2 do testador, ligando a fonte diretamente nesta nova configuração. Se ela ligar e se suas saídas estiverem dentro das suas especificações de tensão e ruído, desligamos a fonte e aumentamos mais um pouco as correntes. Continuamos assim até descobrirmos o limite máximo da fonte.
Após testarmos algumas configurações a fonte explodiu! Tomamos um baita susto, pois inclusive pudemos ver um foguinho dentro da fonte.
Neste momento estávamos puxando 33 A em cada entrada de 12 V do testador (as demais configurações eram as mesmas do teste 5). Bem, se você parar para fazer as contas vai ver que estávamos forçando a barra tentando puxar 866 W da fonte a 50° C, mas é para isso mesmo que estamos aqui, não é mesmo?
O grande problema não foi a fonte ter explodido, mas as suas proteções de sobrecarga de corrente (OCP) e sobrecarga de potência (OPP) não terem entrado em ação, desligando a fonte e evitando este problema.
Após termos aberto a fonte descobrimos que foram os transistores do PFC ativo que explodiram (ver Figura 8). Como comentamos durante a nossa análise do primário desta fonte, a Mtek PSH-650V usa transistores com limites de corrente muito inferiores aos usados por fontes de alta potência de marcas de primeira linha. Não que os transistores usados nesta fonte estejam subdimensionados, os transistores usados pela fontes de primeira linha é que estão superdimensionados. Como dissemos, não haveria problema algum usar estes transistores, desde que a proteção da fonte desarmasse a mesma em caso de sobrecarga.
Outra coisa que nos chamou a atenção foi o fato que os retificadores da saída de +12 V terem um limite máximo de 60 A. Como nesta condição extrema nós estávamos puxando 66 A das saídas de 12 V, só isso já teria de ser mais do que suficiente para a proteção da fonte desligar a mesma. Ou seja, se não tivéssemos queimado os transistores do PFC ativo com certeza teríamos queimado os retificadores da linha de 12 V (nós os testamos e eles estavam intactos).
As proteções contra curto-circuito das linhas de 12 V e 5 V, por outro lado, funcionaram corretamente, como pudemos ver efetuando este teste através do nosso testador de carga.
Durante nossos testes pudemos ver a velocidade da ventoinha da fonte aumentando de acordo com o aumento da temperatura interna da fonte. Com a temperatura da fonte abaixo de 30 graus a ventoinha gira lentamente e a fonte é bem silenciosa. A partir desta temperatura a velocidade da ventoinha começa a aumentar, bem com o nível de ruído. Mas mesmo com a ventoinha girando em sua velocidade máxima o nível de ruído da fonte é relativamente baixo.
Um recurso muito bom desta fonte é que caso a fonte esteja muito quente quando você desliga o micro a ventoinha continua girando para resfriar a fonte e aumentar a sua vida útil.
Respostas recomendadas