Usando rolo fusor nu sem película só no alumínio insensatez

[Pincipi]

O mundo está cheio de pessoas insanas, uns atirando nos outros, alguns descendo ladeiras com carrinhos de supermercado e outros fazendo barbaridades com impressoras, cada louco com sua mania e como tem muita gente que aprecia ficar olhando o que acontece ai vai minha insensatez do dia.

Tudo começou quando apareceu um erro de impressão e foi constatado que o rolo fusor estava com defeito, se quiser mais detalhes, ai vai o post:

Em razão disto, comecei a pesquisar as diversas soluções que encontrei no mercado, levar em assistência fica caro, trocar a unidade fusora seria mais barato entretanto, não encontrei à venda, a troca do rolo fusor ficou bem viável.

Tanto comprando no Brasil:

Como importando:

Também apareceram outras opções, ligadas à recuperação do rolo fusor:

Várias empresas oferecendo o serviço do que parece ser a substituição da película danificada por uma cobertura de teflon:

Achei muito interessante o assunto e fiquei com algumas dúvidas, do tipo será que funciona mesmo? Se funciona porque os fabricantes não estão lançando no mercado?

A cada pergunta encontrei mais dúvidas, removendo a película o rolo fica mais fino, será que dá problema? Do tipo menor pressão entre os rolos.

Pelo que entendo, o rolo de alumínio se aquece e transfere o calor para a película e esta entra em contato com a folha, nesta operação ocorre uma perda de calor, o calor do rolo é em parte absorvido pela película, ou seja, só uma parte deste chega na folha. Com o rolo sem a película e apenas uma camada de teflon eu imagino que o rolo pressor vai assar igual ao frango no forno dentro da bandeja de alumínio coberta com uma camada de teflon, eu entendo que não vai haver a perda de calor pela película e o calor suportado pelo rolo pressor e a folha vai ser bem maior que o normal. Se bem que na unidade fusora tem uma espécie de sensor de temperatura, quem sabe ele serve para avisar e evitar que tudo se queime.

Como resolvi comprar o rolo do fornecedor Chinês por ser mais barato e este disse que estava comemorando o ano novo Chinês e só enviaria no final do mês, minha mente foi tomada por uma grande curiosidade (insanidade momentânea) e resolvi remover totalmente a película danificada do rolo fusor e depois lavar com uma bucha de cozinha, do lado verde que é mais abrasivo, deixando um pouco áspero, para fazer uns testes.

Ficou assim.

Continuando no plano, depois, se as peças ainda sobreviverem, vou tentar polir o alumínio para ficar com um espelho e testar também, tudo pelo nome da ciência! Eu nunca atirei em ninguém e nem desci ladeiras montado em carrinhos de supermercado, do meu ponto de vista, eu me considero normal e acredito que brincar com impressoras é uma atitude saudável e dentro da normalidade.

Eu sei que existem diferentes tecnologias de rolos pressores, só não sei bem a diferença deles, pelo que vi alguns rolos tem só a película de reposição, o que parece ser uma tecnologia diferente da que estou usando, a qual não tem a película disponível, só tem o rolo completo.

Numa avaliação prévia eu apostei numa perda total do rolo pressor, acredito que ele vai se derreter ou se queimar ficando cheio de bolhas, também apostei na possibilidade da folha ficar amarelada com o calor. Outras hipóteses também me ocorreram, a impressora poderia dar alguma mensagem de erro do tipo super quente desligando automaticamente ou até mesmo começar a pegar fogo.

Com tudo montado, ficou assim:

Liguei a impressora, a primeira coisa que notei foi um cheiro de roupa sendo passada a ferro, quando ia desligar da tomada, percebi que o visor mostrava a mensagem alternada das palavras “arrefecendo”, “ aguarde”.

No momento do clique da máquina, as palavras mudavam e não consegui capturar o “aguarde”.

Esperei alguns instantes e apareceu a mensagem “pronta”.

Esta impressora quando usava o rolo fusor normal nunca tinha dado este tipo de mensagem, rapidamente ia para “pronto” ao ser ligada e já saia imprimindo.

Primeira grande observação, perdi a aposta de mensagem de erro que impedisse a impressão.

Segunda observação, o cheiro de queimado, ou melhor, cheiro de roupa sendo passada, a impressora antes nunca tinha emitido tal cheiro. Ela costuma emitir um cheiro próprio característico de impressora a laser, o qual não sei descrever.

Aproveitei e dei uma olhada no ferro de passar de minha esposa, vi que ele tem uma camada de teflon.

Por prudência desliguei sem imprimir nada, desmontei e passei a analisar os danos iniciais, estava tudo quente como sempre fica quando em operação normal.

O rolo pressor não aparentava danos, inclusive, antes de iniciar o teste, o inspecionei e achei um pequeno dano, tipo um beliscado:

Tive o cuidado de anotar previamente a localização dele e por incrível que pareça o beliscado sumiu, não pareceu mais:

Será que descobri um método regenerador de rolo pressor? Sei lá, talvez seja característica do rolo pressor se manter integro com o calor e se deformar com a temperatura normal.

Todos os demais componentes estavam normais, sem sinais de danos.

Remontei e liguei de novo, novamente ela demorou alguns segundos a mais que o normal para dar o sinal de pronta, imprimi uma folha de teste e desliguei em seguida:

Analisando a folha, notei que começou perfeitamente a impressão, porém, seguida de um erro de repetição, escolhi um ponto em destaque com a bolinha vermelha.

Abaixo o detalhe da repetição escolhida da mesma imagem à medida que a folha passava pelo rolo.

Acima é a primeira imagem, sem nenhum problema, perfeita, depois ela se repete abaixo na sequência a cada volta do rolo.

Nesta última quase não se percebe a repetição.

Agora voltando à atenção para o rolo, deu para notar que ficou impresso nele o padrão da folha de teste, ao inverso.

Desmontando tudo:

Abaixo o detalhe da figura destaque em vermelho na página de teste:

Muito interessante, fazer isso não é tão insano assim, até que é divertido aprender com a novidade.

Passei um papel higiênico no alumínio e nenhum resíduo saiu, passei novamente com mais força e nada, parece que grudou.

Agora a situação ficou assim, pelo jeito o tal do teflon vai evitar que a impressão fique no cilindro, do mesmo jeito que o frango assado não se adere na forma de alumínio coberta com teflon, isso é uma grande observação técnica! Me sinto como se tivesse descoberto a América!

Pela lógica o serviço oferecido pelas empresas de recuperação de rolo fusor é algo que funciona mesmo.

Antes de passar para a próxima fase que planejei, ou seja, testar com o cilindro polido como um espelho, estou pensando em imprimir folhas em preto completo ou em cores variadas, para ver se crio uma camada no rolo e ver se ela se repete ou não conforme se dão as voltas no rolo.

Quem sabe se depois de bem derretido e grudado no alumínio, o pó de toner se torne uma película que funcione igual ao teflon? Se bem que acredito que vai virar um verdadeiro pastelão de manchas que repassarão a sujeira para as folhas impressas.

Acredito que estas experiências serão um preparatório para criar eu mesmo alguma solução caseira para substituir o teflon, agora sim me sinto um insano. Venha insanar comigo e me passe suas ideias ou compartilhe experiências.

[Pincipi]

Pensei bem no assunto e achei que é melhor imprimir uma folha em branco, pela lógica, já se passaram mais de 24 horas e se tiver que ficar grudado já ficou grudado, e se tiver que desgrudar e manchar a folha, vai manchar mesmo, esta é a hipótese mais aceitável.

O resultado da folha em branco ficou assim:

Quase não dá para perceber mas, ampliei o mesmo detalhe que fiz da primeira folha:

Este é o de cima, na parte mais alta e ficou claro que à medida que ia se repetindo ele ficava cada vez mais fraco a cada volta, tipo assim, molha um carimbo na tinta e vai carimbando na folha de forma sequencial, a cada carimbada a imagem vai ficando mais clara.

Este era mesmo o resultado que se poderia esperar, ficar pensando que vai conseguir imprimir com perfeição é ideia de insano mesmo.

Uma coisa que notei de diferente desta vez foi que a impressora depois de ligada levou 3 segundos para dar o sinal de "pronta" e só então subiu o cheiro de passar roupa com ferro, sendo que após imprimir, ela ficou cerca de 20 segundos com a mensagem de "aguarde arrefecendo" até voltar a pronta.

Comparando com a primeira impressão, fez o contrário, lá arrefeceu antes de pronta e agora ficou pronta antes de arrefecer, parece que ela está se auto ajustando as condições.

Mais um detalhe que percebi é que a folha apresentou uma espécie de enrugamento:

Esta foi a melhor imagem que consegui fazer, é difícil capturar este tipo de detalhe, o que pude reproduzir parcialmente usando uma folha como uma roupa sendo passada a ferro, se quiser faça ai na sua casa para se ter uma ideia e não deixe alguém ver, podem pensar que está ficando louco.

Comparando a primeira folha com a segunda, o enrugamento foi bem maior na segunda folha, enquanto que na primeira, quase não se percebe.

Realizei uma breve pesquisa sobre teflon e tintas teflonadas ou que suportem alta temperatura, na esperança de obter uma solução caseira.

Ficou meio extensa e achei melhor não publicar, vou apenas mencionar as conclusões à que cheguei, no caso do teflon, é um processo industrial simples embora que, requer um grande investimento financeiro e não dá para fazer em casa como se pode fazer por exemplo chinelos com uma máquina, a tinta teflonada tem um preço acessível sendo uma aplicação ligada a não ficar fixada, apenas preenche micros buracos no metal e se remove com o atrito, ao contrário da tinta de alta temperatura, também barata, que resiste ao atrito e fica fixa entretanto não evita o "grude" como o teflon.

Havia uma quarta alternativa encontrada que não consegui entender nada dos termos técnicos e nem vou mencionar.

 

De todo o contesto das experiências realizadas até agora, deu para notar que o toner preto foi o que resistiu mais tempo manchando a folha e isto abriu mais uma desculpa para uma nova insanidade, desta vez em homenagem ao Clube do Hardware vou imprimir uma frase no Word em tamanho de letras normais para ver como fica:

Ficou assim:

A imagem não conseguiu capturar bem o que consigo ver a olho nu, mesmo assim vou dar a descrição do que ocorreu:

-Foi dada a largada! Todas a cores iniciaram bem, na primeira volta a cor amarela não apareceu e a vermelha ficou bem clarinha, permanecendo a preta e a azul um pouco fracas, na segunda volta o vermelho ficou só o cheiro resistindo bravamente a preta e a azul, na terceira volta só apareceu um restinho de preto e azul e finalmente na quarta volta sobraram apenas o cheiro da preta e da azul, sendo declarada campeã por melhor visibilidade a cor preta.

Tem gente que se diverte com muito pouco!

Como subiu um cheiro de borracha queimada, a brincadeira acabou por hoje.

Analisando previamente os danos até agora, o rolo pressor não apresenta danos aparentes e pretendo poupar ele porque não quero comprar outro, o cilindro ainda apresenta as mesmas marcas iniciais pretas, sem nenhuma alteração, a terceira folha ficou terrivelmente enrugada, diferente das outras que apresentaram as rugas concentradas nas bordas, a terceira marcou riscos longitudinais, eu tentei capturar uma imagem mas, não consegui.

 

[Pincipi]

Uma observação importante, liguei para algumas empresas que realizam a recuperação do Rolo Fusor com uma camada de Teflon, disseram que nas impressoras coloridas não dá certo, não sabem dizer o que acontece com a tecnologia, as primeiras folhas até que saem bem mas, nas demais aparece o erro de repetição, eles acreditam que o emborrachamento das coloridas é o diferencial que só permite a utilização do rolo original.

Nas impressoras monocromáticas funciona bem.