Ir ao conteúdo

Posts recomendados

  • Membro VIP
Postado

Não se trata de mais uma versão do Guia do mochileiro das galáxias e sim de um novo e longo artigo abordando diferentes pontos de vista em torno dos SSDs com um convite bem humorado a reflexão se você é um sucateiro ou não.

Nem todo mundo é acumulador ou colecionador de algum tipo de objeto especifico, para quem acumula é visto como ouro precioso e para quem não acumula, é visto como lixo.

 

Uns são atraídos e outros são repelidos como se fôssemos um imã.

 

Se você acumula itens de informática mesmo depois que ficam obsoletos então, você é um sucateiro e não tem desculpa ou justificativa, seja algum parafuso ou uma memória EDO afinal, vai que um dia no futuro apareça um velho 286 com a memória ruim ou faltando um parafuso?

 

E para entrar no assunto do SSD precisamos antes dar uma viajada prévia nos HDDs:

Quantos tem em sua gaveta? Quais não funcionam mais? Porque você os guarda?

 

Basicamente vamos dividir as motivações em 3 frentes;

 

1 - Preservação da informação;

2 - Aproveitamento de partes ou peças;

3 - Motivo que só você sabe, como aquele projeto de HDD bomba inspirado no velho disquete bomba, apenas para ouvir o barulho do girar do motor e o bater das agulhas e até uma uma finalidade educativa ou forense;

4 - Não usa, não tem perspectiva alguma de usar, mas vender pelo preço que vale não supera a vantagem de ter um SSD backup para alguma emergência.

 

Na parte da informação sempre tem aqueles arquivos sem backup dos quais um dia pretende recuperar, reza a lenda que quanto menos mexer no HD, maiores são as chances de recuperação na empresa especializada, já que as tentativas anteriores de restauração tendem a degradar os componentes porém, a maioria se esquece que a superfície magnetizada do Disco também se deteriora com o passar do tempo.

 

O aproveitamento de partes ou peças também serve no trabalho de recuperação de dados, digamos que seu HDD tenha pifado o motor ou uma placa lógica e justamente estas peças vão servir para que o HDD volte à vida o tempo suficiente para resgatar as informações.

Estas mesmas peças também podem ser reaproveitadas em outras situações como robótica ou algum outro projeto louco. A minha parte preferida dos HDDs são os imãs. Qual é a sua parte preferida?

 

Agora sim, podemos entrar no assunto dos SSDs, digamos de forma chula que o HDD pode ser dividido em duas partes, a eletrônica e a física, jogando fora a parte física da caixa com o disco e as agulhas e preservando a placa lógica ou eletrônica, temos a arquitetura de nosso SSD.

 

As informações saíram de um disco de metal e entraram dentro de uma memória de circuito integrado, não é mais preciso uma sala limpa ou uma caixa de proteção do pó para trabalhar com a mecânica do disco. Menos espaço, menos peso e mais fácil de juntar e acumular.

 

Neste novo universo a classificação dos sucateiros de plantão expandiu os horizontes das possibilidades.

Por exemplo; no caso dos Voyagers, ou bisbilhoteiros ficou mais barato a caça de informações, a procura de HDDs sucata hoje em dia parece estar maior para projetos envolvendo as partes físicas como imãs e motores e bem menor para os componentes eletrônicos.

Antes, um SSD com defeito custava mais caro que um HDD com defeito e também antes era mais fácil comprar um computador defeituoso com o HDD e hoje em dia é mais difícil o computador vir com HDD ou SSD.

 

As pessoas estão mais conscientes na proteção de informações. No HDD uma simples gravação de zeros em toda a superfície ainda deixava traços que podiam serem revelados numa restauração profunda, tinha que regravar de 3 a 6 vezes para ficar totalmente ilegível, já no SSD, regravou uma vez, não recupera mais.

 

A febre de comprar HDDs com defeito para restaurar e revender passou. Ou pelo menos o valor agregado ao HDD foi transferido a descartabilidade do SSD, antes não existiam falsificações de HDD e hoje em dia, boa parte dos SSDs comercializados são falsificados, com componentes de baixa qualidade e informações de capacidade de armazenamento adulterada.

 

Hoje em dia, com o mesmo preço para se conseguir uma unidade, consegue-se várias unidades, ai o bisbilhoteiro recupera as informações e revende o lote de SSD ou HDD praticamente pelo mesmo preço que pagou. As técnicas caseiras atuais dispensam o uso de complexos e caros aparelhos destinados à recuperação de dados, colocar no forno pré aquecido, apertar a memória com um prendedor de roupa, trocar componentes como fusíveis, CIs, bobinas e capacitores não é tão difícil com apenas um ferro de solta e um microscópio.

 

Acho que devido à má qualidade em geral dos SSDs no mercado, não vingou ainda a febre de recuperação e revenda de SSDs, o que reduz o valor da sucata oferecida.

 

Fica assim mais barato o acesso para o pequeno público dedicado a aprender ou treinar nas sucatas.

Salvo melhor juízo, é mais fácil e barato comprar outro SSD do que tentar recuperar um com defeito.

E então, eu lhe pergunto; Qual é o seu nível ou classificação de sucateiro de SSD?

Mais adiante pretendo comprar algumas sucatas de SSDs e ver o que pode ser feito com eles.

  • Curtir 1
  • Obrigado 1
  • Haha 2
Postado

Muito bom tópico kkk, me fez sentir que estou ficando velho.

Particularmente também amo os super imãs do HDD, sempre que consigo eu pego e coloco nos meus kits de chaves de fenda para aumentar o poder de luta deles.

 

Já com relação a SSDs, é muito raro achar quem faça manutenção neles, e mais raro ainda achar algum que tenha estragado. SSDs são resistentes ao ambiente e quando estão começando a falhar devido ao numero de escritas, tudo que fazemos é tirar um backup e passar o cajado para outro dragão guerreiro.

 

Com relação a sucatear SSDs, talvez os de 120GB sejam os que mais são considerados "inúteis" atualmente, com tão pouco espaço de memória, apenas maquinas para colaboradores de setores administrativos usam eles no dia a dia, visto que o mais avançado que chegam é usar o excel.

 

Eu pessoalmente sempre tive a vontade de colecionar esses SSDs para brincar com RAID, mas nunca tive a oportunidade.

  • Curtir 3
Postado
1 hora atrás, Pincipi disse:

Quantos tem em sua gaveta? Quais não funcionam mais? Porque você os guarda?

Basicamente vamos dividir as motivações em 3 frentes;

1- Preservação da informação;

2- Aproveitamento de partes ou peças;

3- Motivo que só você sabe, como aquele projeto de HDD bomba inspirado no velho disquete bomba, apenas para ouvir o barulho do girar do motor e o bater das agulhas e até uma uma finalidade educativa ou forense.

 

Eu proponho o 4...

Não usa, não tem perspectiva alguma de usar, mas vender pelo preço que vale não supera a vantagem de ter um SSD backup para alguma emergência.

 

É quase a mesma razão por ainda ter um Xbox 360 Slim (desbloqueado caseiramente por mim mesmo... motivo de orgulho alias) com Kinect e etc. Tem coisas em que o valor de mercado não é o suficiente para valer o esforço nem o retorno financeiro da venda.

 

Eu tenho um SSD que comprei usado por preço de banana, só para completar o valor de um RaspberryPi 5 e conseguir qualificar para um cupom do ML de R$ 500 de desconto em compra de R$ 1000. Não tenho a menor ideia do que fazer com ele, heh.

  • Curtir 2
  • Membro VIP
Postado

Adicionado o 4.

Aproveitando, um caso prático em Jul23 comprei 9 SSD Lenovo de 120GB FRU 00KT008, achei que seria algo de qualidade porque encontrei um datasheet, saiu a R$ 33,52 cada um.

Primeiro eu comprei dois e depois comprei os outros sete.

O vendedor atualizou os SSDs da empresa e anunciou os usados, em julho de 2023 120GB já não eram suficientes para o caso dele ou quem sabe apenas atualizou por segurança, tipo trocar a cada determinado período de tempo.

Coloquei na gaveta com várias ideias de usar em projetos, tipo formatar cada unidade com um sistema operacional diferente e pegar a unidade mais surrada e ficar gravando e regravando até ela travar e ver quanto ela aguentou.

Ai anunciei uma colocando as telas do CrystaldiskInfo, vendeu rapidinho pelo dobro do valor que paguei, ai anunciei outra e foi vendendo, quando me dei conta já tinha vendido todas.

Nessa eu aprendi que anunciar com a tela do CrystalDiskinfo mostra ao comprador o que ele exatamente está comprando e vende mais fácil.

Também aprendi que quando existe datasheet do SSD, significa que é equipamento de qualidade e foi ai que comecei a me dar conta de que sou um sucateiro de SSDs.

  • Membro VIP
Postado

O primeiro HD que comprei novo foi um Samsung IDE de 80GB na época do Windows 98, num fornecedor que zombou de mim quando fiz o pedido porque 40GB era o topo de linha.

Ainda tenho um último IDE Barracuda de 120GB, etiquetado com defeito que está na gaveta pronto para ser anunciado como sucata junto com os próximos HDD que vierem a dar defeito mas, os cabos IDE vão permanecer guardados, vai que precise algum dia.

  • Curtir 1
Postado
20 minutos atrás, Pincipi disse:

os cabos IDE vão permanecer guardados, vai que precise algum dia.

 

Ah sim... os de 40 e os preciosos 80 vias. E os de floppy também, claro.

Outros cabos bons para guardar são os que ligam a saída de audio dos drives de CD à placas de som.

  • Curtir 1
Postado
20 horas atrás, Pincipi disse:

O primeiro HD que comprei novo foi um Samsung IDE de 80GB na época do Windows 98, num fornecedor que zombou de mim quando fiz o pedido porque 40GB era o topo de linha.

Ainda tenho um último IDE Barracuda de 120GB, etiquetado com defeito que está na gaveta pronto para ser anunciado como sucata junto com os próximos HDD que vierem a dar defeito mas, os cabos IDE vão permanecer guardados, vai que precise algum dia.

 

Talvez consiga recuperar esse barracuda esfregando um lápis borracha nos contatos metálicos da placa eletrônica dele mas terá que usar chave TORX pra soltar ela.

  • Curtir 2
  • Membro VIP
Postado
18 minutos atrás, Henrique - RJ disse:

Talvez consiga recuperar esse barracuda esfregando um lápis borracha nos contatos metálicos da placa eletrônica dele mas terá que usar chave TORX pra soltar ela.

No passado eu recuperei muitos Maxtor de 20GB apenas fazendo isto e sem ter a chave torx.

O caso deste barracuda eu abri uma ficha para ele com o diagnóstico, deve ter até um tópico aqui no CDH mas, o tempo passou e não me lembro o que fiz com a ficha e nem qual seria o defeito dele.

  • Curtir 1
  • Membro VIP
Postado

Continuando a linha de pensamento do sucateiro de SSD, por comparação pode-se usar o exemplo do vicio de fumar, tem pessoas que não fumam ou não são sucateiros e tem pessoas que fumam ou são sucateiros, apenas em comparação e não que todo fumante é um sucateiro ou que todo sucateiro é um fumante. Cada fumante tem o seu nível ou situação atual que independente de classificações oficiais do ministério da saúde eu vejo ou classifico de outra forma, considerando que o fumante resolveu tentar parar de fumar, a primeira fase dele seria deixar de comprar cigarro, a próxima fase seria deixar de cerrar o cigarros dos outros fumantes e a fase final derradeira seria deixar de aceitar o que lhe oferecem.

 

O sucateiro também tem as suas fases bem definidas, o mais comum é o sucateiro eventual que começa quando um de seus SSDs apresenta algum problema e ele o guarda.

Considerando que neste estágio inicial, o cara que não é sucateiro já dá um destino para o SSD ou até mesmo para o equipamento completo, joga no lixo, manda para reciclagem, vende, doa ou faz qualquer outra coisa para sumir de sua vista enquanto que o sucateiro retém, acumula ou coleciona as peças defeituosas.

 

Importante observar que armazenar SSD novo ou usado em pleno funcionamento não caracteriza o sucateiro.

 

Tem a questão das empresas que trabalham na área, seja em vendas, assistência  ou em recuperação, neste caso o acumulo de unidades com defeito faz parte do processo empresarial, inclusive são excelentes fontes para aquisição de lotes, tem empresa que faz leilão, tem outras que doam para quem vier retirar e tem outras que vendem. O processo é mais ou menos assim; no caso de vendas algumas unidades retornam na garantia, tem fabricante que resgata a peça defeituosa e tem fabricante que dispensa deixando o fornecedor dar o destino que lhe convier.

 

No caso das assistências, além da parte mencionada acima, existe todo um mercado negro em volta do processo, isso varia muito de uma assistência para outra, pode ser conveniente ou não manter estoque de peças com potencial de aproveitamento parcial ou recuperação. A parte mais sinistra ocorre quando recebem equipamentos para orçamento e não sendo aprovado, retiram peças boas e montam peças defeituosas antes de devolver ao interessado. Este mesmo esquema também pode ser aplicado lesionando os fabricantes, como por exemplo um notebook entra para assistência com um erro lógico no SSD, fácil de ser resolvido mas, o técnico relata que o SSD deu defeito e precisa ser trocado, ai o fabricante ou revendedor autoriza a ordem de serviço e o técnico fica com o SSD bom e apresenta o SSD sucata que tinha no estoque.

 

No caso das recuperadoras de informações, é muito conveniente manter estoque de peças defeituosas, inclusive também são utilizadas nos cursos de treinamento que oferecem.

 

No caso das empresas de reciclagem, é natural separar e picar as partes para entrarem na reciclagem em si porém, nada impede o separador de desviar algum SSD para dar outro destino a ele. Ai está outro tipo de sucateiro.

 

E no topo da lista, ou no estágio terminal ou último estágio, está o sucateiro rei, dono de empresa de sucata de informática.

 

Voltando no assunto de como alguém se torna um sucateiro de SSD; igual ocorre com o cigarro onde alguém ofereceu ou então viu outra pessoa fumando que resolve fazer igual, o sucateiro de SSD nasce quando ele retém seu primeiro SSD com defeito, seja porque ganhou de algum parente, achou no lixo, comprou novo ou usado e depois deu defeito.

 

Não existe essa de ter um certo limite no estoque de SSDs com defeito para se definir se é um sucateiro ou não, há quem defenda que ter até dez SSDs com defeito não o classifica como sucateiro, a triste realidade é que basta ter a posse de um SSD com defeito que legalmente na luz do lei do sucateiro, você é um sucateiro de SSD.

Assim sendo, não tem meio termo, se você tem a posse de um único SSD com defeito, você é um sucateiro e se quiser deixar de ser, precisa se livrar dele e se não consegue se livrar dele permanecerá como um sucateiro até a sua morte.

 

Esteja ciente que não adianta levar seus SSD com defeito para o caixão porque para onde você vai, não terá acesso a eles.

 

Outro ponto importante da lei dos sucateiros é que a posse ou utilização de apetrechos, ferramentas ou equipamentos de manutenção ou reparos em SSD não lhe classifica como sucateiro. A posse ou utilização destes materiais faz parte da vida dos não sucateiros.

 

Existe uma linha tênue no caso da pessoa que utiliza um SSD com defeito até ele parar de vez ou não ter mais utilidade, neste caso legalmente ela não é sucateiro ainda, é apenas um aspirante, acólito ou profano, em latim "profanu" que dentre outros significados tem a interpretação de estar diante do templo ou do lado de fora dele, querendo entrar e se tornar sagrado. O termo pro significa estar a frente de e o termo fano significa pequeno templo. Para o sucateiro, templo é todo lugar que tenha ou propicie acesso ao SSD, seja ele com defeito ou sem defeito.

 

Igualmente ocorre para a pessoa que está cogitando comprar ou adquirir SSD com defeito, sabendo da situação do defeito, ele se torna um sucateiro quando faz a aquisição.

Na situação de comprar um SSD sem saber que está com defeito, a pessoa só se torna um sucateiro no instante que depois de tomar conhecimento de que está com defeito, decide permanecer com o SSD defeituoso, caso devolva ao vendedor ou dê qualquer outro destino a ele mesmo que por simples venda, deixa de ser um sucateiro.

 

Muitos são os casos em que o sucateiro é penas momentâneo, passageiro ou provisório. A consagração, ordenação ou entrada na ordem dos sucateiros só é efetivada quando mantém o SSD com defeito e não o utiliza, não importa por quanto tempo seja, o sucateiro de SSD só deixa de ser sucateiro quando se livra de alguma forma da posse do SSD defeituoso.

 

Outra situação sui generis admitida na ordem dos sucateiros é a figura do sucateiro Honoris Causa, a caracterização da obtenção deste título se desenrola da seguinte forma, no estágio inicial a pessoa comum não sucateiro de SSD se torna um sucateiro de SSD ao acessar um SSD com defeito e através de meios próprios, seja por conhecimentos adquiridos por terceiros ou não, consegue lograr êxito na recuperação ou conserto do SSD de forma que ele venha a se tornar operacional de novo.

Neste caso em específico o Sucateiro de SSDs perde a designação de sucateiro porque o SSD deixou de ser defeituoso mas, não retorna ao status original de não sucateiro, passando a ter o direito de ostentar o título de sucateiro honoris causa.

 

Atenção, o fato de você mandar alguém consertar o seu SSD com defeito, não lhe dá direito ao título. Você só terá direito ao título se efetuar o reparo por si só, mesmo que obtendo ajuda de terceiros.

 

Importante também distinguir que o reparo apenas para se obter ou resgatar os dados ou informações gravados no SSD, de forma temporária, o tempo suficiente para o resgate e depois o SSD retorna a situação de defeito ou inoperante se caracteriza como ato de oficio de não sucateiro e não dá direito ao uso do título.

 

No aspecto do nível de reparos; seja ele lógico como uma atualização de firmware, um remapeamento ou uma simples formatação ou no nível físico eletrônico como eliminação de mau contato ou curto, troca de componentes, recuperação de trilhas etc. Todas estas possibilidades garantem a manutenção perpétua do título, independente do proeminente autor da façanha deixar ou não de possuir SSDs com defeito.

 

Essa é a lei do sucateiro.

  • Membro VIP
Postado

Continuando, agora no aspecto da aquisição do acervo, pode ser o caso clássico de ter comprado novo e deu defeito, passando por ganhar de algum parente ou amigo e chegando nos casos mais graves e críticos, quando o sucateiro começa a comprar lotes de sucata de SSD.

Os locais de oferta são os mais variados, como sites, lojas especializadas ou assistências, também tem os leilões oficiais e os locais de reciclagem eletrônica, geralmente a reciclagem não deixa passar nada por fora mas, no jeitinho brasileiro se consegue até que o separador vá reservando tudo de seu interesse.

A parte de negociação dos valores é bastante variada, cada um pede o valor que acha mais conveniente, os leigos na grande maioria pedem a metade do valor que pagaram pelo SSD e os mais desapegados chegam a ofertar a R$ 5,00 cada unidade, já as lojas de informática em sua grande maioria ofertam entre R$ 20,00 e R$ 30,00 a unidade.

O meu preço máximo para compra é de R$ 10,00 a unidade e quando ultrapassa o valor que quero pagar, tento negociar com o vendedor para conseguir um valor melhor.

Tem site em que é possível negociar antes da compra e tem site que precisa comprar para depois abrir um canal de comunicação com o vendedor.

Tem todo um esquema, pelo nome do vendedor já se encontra a respectiva loja na internet só que, direto na loja o preço é mais caro do que no site.

Ainda não achei loja vendendo por quilo como ocorre com outras sucatas.

O filé do mercado é a unidade sem tentativas de recuperação, geralmente em muito bom estado, sem marcas de uso, com o lacre original e ausência de etiquetas ou inscrições com a palavra defeito, brick, bricado, BK, algum tipo de porcentagem ou qualquer outra marcação do gênero

Alguns anúncios são selecionados com uma unidade ou em lotes de 10 ou mais unidades de mesma marca e modelo, outros anúncios selecionam os lotes com variações de marcas e modelos. Tem também os família vende tudo que juntam o estoque completo numa caixa e anunciam.

Nessa miscelânea, muitos HDD vem no meio.

Nunca observei grande concorrência para comprar a sucata, pelo menos não como ocorre no caso das baterias que são disputadas por pessoas que as usam na mobilidade elétrica ou então nas placas solares, a minoria são os que recuperam para o uso em notebooks.

Existem poucos bisbilhoteiros que compram a sucata apenas para coletar informações e depois revendem, fora isso, restam as empresas de recuperação de dados que só compram para renovar o estoque ou num caso específico de algum serviço que entrou.

Basicamente existem dois tipos de bisbilhoteiros; os que apagam os dados na hora de vender e os que enchem o SSD de dados para dificultar ou atrapalhar outro bisbilhoteiro.

Os sucateiros de SSD ainda agem nas sombras, sem chamar a atenção e sem divulgar seu comportamento ou técnicas.

Existe a parte profissional que grita mais forte, eles dizem: Eu estudei muito e investi muito dinheiro nisso, porque eu iria distribuir meus conhecimentos de graça sem receber nada em troca? Eu Preciso de ter um retorno financeiro.

Finalizando a etapa de aquisição do acervo, entramos na fase do contato com o SSD, o namoro propriamente dito que pode resultar em casamento ou não;

Eu particularmente adoto o sistema de triagem igual ocorre no hospital, o paciente dá entrada preenchendo uma ficha com seus dados para depois iniciar os exames e tratamentos, eu anoto tudo que está no lado de fora da carcaça, marca, modelo, firmware, numero de série etc.

Também observo todos os tipos de etiqueta como as do fabricante, do montador, das manutenções especializadas e qualquer outra. As mais raras são as etiquetas de fábrica apontando algum defeito.

Na sequência observo possíveis danos, muito comuns no conector e na carcaça, veja se não faltam parafusos, se foram espanados ou adulterados.

A análise interna eu só faço depois de espetar no computador, sempre começo apenas com o SSD e nenhuma outra unidade, anoto se foi ou não detectado no setup, o nome da detecção, se travou ou não e se subiu o sistema.

A próxima verificação é com o SSD como escravo, vejo como aparece no Crystal Disk Info, anotando o serial, a firmware, a saúde e quantas vezes foi ligado, horas de uso e eventualmente os GB gravados.

Observo como o sistema detectou ou não o SSD anotando detalhes da partição.

Cada um tem o seu método, tem pessoas que preferem usar um adaptador USB e fazer as análises iniciais apenas por ele, eu não gosto de fazer assim porque gera muito relatório falso negativo, como por exemplo uma unidade zerada sem sistema pode ser confundida e descartada como sendo danificada, quando na realidade não está.

Existe uma etapa de tentativa de restauração ou recuperação de dados, que é a parte dos bisbilhoteiros, eu só tento fazer isto quando quero testar alguma nova técnica ou quando o SSD está criptografado, eu nunca consegui quebrar uma criptografia.

Olhar os dados do usuário só serve para se determinar se o sistema era pirata ou não e também a possível causa do SSD ter vindo parar na sucata.

Todas estas técnicas de recuperação despendem um tempo enorme e prefiro apagar tudo e partir para fazer a verificação de setores.

Isso tudo considerando que o SSD ainda é detectável e pode ser manipulado entretanto, na maioria dos casos a peça simplesmente não é detectada.

Pode ser um defeito lógico ou um defeito físico, só Deus sabe.

Nestes casos as técnicas para se ressuscitar o SSD podem ou não envolver a análise eletrônica bem como a atualização de firmware.

Conforme o programa ou método de recuperação da firmware, os dados gravados são perdidos ou não.

Os mais fáceis de usar automaticamente apagam os dados quando atualizam a firmware.

Toda vez que me aventuro nesta área eu já considero todos os dados perdidos definitivamente.

Apenas por uma questão de aprendizagem, primeiro tento os métodos de recuperação que de alguma forma preservam os dados.

Quando se tenta entrar neste mundo de restauração de SSD, não tem outra forma mais educativa de se iniciar senão pela metodologia utilizada no processo de fabricação do SSD.

Uma coisa de louco que não encontrei curso em lugar nenhum mas, para nossa sorte, o YouTube bem como a internet estão abarrotados de informações.

Em português não tem quase nada, tudo que é realmente útil está em outro idioma.

A base do conhecimento está voltada para a recuperação de dados, este é o fim e o SSD é apenas o meio para se alcançar.

No geral o sucateiro não se importa com as informações, ele se importa com a saúde da unidade, para ele a informação é o meio para se atingir o objetivo que é o funcionamento do SSD.

No começo é aterrador ver os programas utilizados e aquele monte de instruções passo a passo mas, com o passar do tempo e as tentativas de utilização as interfaces acabam ficando mais amigáveis.

Este guia do sucateiro de SSDs não lhe dá todas as respostas, apenas o encaminha na direção delas e é você quem deve trilhar seu próprio caminho.

 

 

Postado
42 minutos atrás, Pincipi disse:

A base do conhecimento está voltada para a recuperação de dados, este é o fim e o SSD é apenas o meio para se alcançar.

 

Alias... por falar neste aspecto, outro dia fui inadvertidamente exposto a existência de um programa de código aberto chamado IPED

https://github.com/sepinf-inc/IPED

 

Descobri que entre os usuários (e colaboradores) do projeto estão até a Policia Federal do Brasil e algumas agencias de policia internacionais.

 

Parece uma opção bem interessante para recuperação de dados.

  • 2 semanas depois...
  • Membro VIP
Postado

Continuando, pela lógica, a próxima fase, etapa ou capitulo é o sucateiro de posse do SSD com a ficha dele completa e pronto para iniciar os testes ou diagnósticos, o que seria o equivalente a por a mão na massa mas, antes de começar a falar sobre isso, é necessário contar uma historinha de onde vem os bebes, de onde vem as cegonhas que trazem os bebes e o que o papai Noel tem a ver com tudo isso.

Imagino que você saiba muito bem de onde vem os bebes e que essa da cegonha trazer o bebe é apenas uma historinha para boi dormir, desenvolvida apenas para trabalhar com a parte lúdica das crianças igual acontece com o conceito de papai Noel.

Então, lhe convido a baixar suas barreiras e fazer de conta que acredita em tudo isso pois, não existe outra forma de explicar de onde vem os SSDs, como eles funcionam e como se faz corretamente um diagnóstico.

Em resumo ou apertada síntese nossa historinha tem que começar com os computadores; há quem diga que o primeiro foi o ábaco e dai foi evoluindo, de fato, para o sucateiro nem todo tipo de informação importa como por exemplo saber o conceito de válvula e nem saber o nome do Eniac, o que interessa mesmo é saber o conceito do dispositivo de entrada de dados e saída de dados, dentro desta questão é que começa a lógica do funcionamento que todo sucateiro deve ter em mente para que possa compreender as coisas que fará no sentido de recuperar o pleno funcionamento do SSD.

A informação entra no dispositivo, é processada e depois sai do dispositivo, tudo isso dentro da lógica binária da combinação de zeros e uns (0 e 1), ligado ou desligado, não tem um meio termo, ou está ligado ou está desligado, a partir dai cadeias de combinações de zeros e uns formam um conjunto de informações que traduzidas para um determinado código fonte ou linguagem passam a ser um arquivo ou conjunto de instruções.

Como esse conjunto de informações foi se tornando muito longo para ser digitado ou inserido toda vez que fosse executado, encontraram uma forma de gravar em fitas magnéticas, que depois evoluiu para discos magnéticos, que passaram a usar padrões de setor e trilhas de leitura e escrita.

O que interessa para o sucateiro é saber que estes padrões de zeros e uns e de trilhas e setores permanecem até hoje.

O básico do funcionamento do computador é que ao iniciar ou receber a energia elétrica ele executa uma série de informações pré determinadas e salvas na BIOS ou SETUP, no sentido de conferir se tudo que precisa está operante e funcional, como por exemplo processador e memória, se neste self test faltar algum componente ou ele estiver com mau funcionamento, o sistema não vai para a próxima fase e paralisa, mesmo que não se tenha um teclado ou monitor.

Considerando que está tudo certo, o sistema envia a ordem de verificação para a parte onde deveria estar o HDD ou SSD, tipo assim, oi, tem alguém ai? Ai o SSD responde estou aqui! o sistema pergunta, você tem um sistema operacional? Se o SSD responder que tem, imediatamente começa a enviar os dados e acontece o milagre que vemos na tela mas, se ele não tiver ou estar corrompido, alguma mensagem de erro aparece e o milagre não acontece.

Este é o momento de retornar ao começo para falar de memória volátil; enquanto tiver energia elétrica a memória do computador vai ter todos os zeros e uns gravados mas, se a energia for interrompida, tudo volta a ficar em zero e precisa ser gravado de novo.

As pessoas gostam de dizer que uma memória RAM é como um conjunto de Leds acesos ou apagados que formam um conjunto de instruções, o LED aceso seria o um (1) e o LED apagado seria o zero (0).

Já a memória ROM seria equivalente a um LED com um capacitor.

A função do capacitor é basicamente armazenar energia e continuar fornecendo ela quando não estiver recebendo mais energia, como se fosse uma bateria.

Imagino que os técnicos de eletrônica e de informática devem estar se perguntando como um cara é capaz de escrever tanta besteira mas, relembro que a explicação está baseada num mundo fictício, o qual serve apenas para trabalhar o modo lúdico do leitor que não deve deter toda a gama de conhecimentos técnicos dos profissionais da área.

Essa memória ROM, não volátil, era muito mais cara que a RAM, volátil, em comparação com a gravação por meio magnético, até que o consumo e processo industrial de alguma forma barateou, momento em que foram deixando de gravar por meio magnético e começaram a gravar por meio sólido ou ROM.

Aqui nasceu a herança das trilhas e setores, no meio magnético as informações são gravadas mais ou menos de forma sequencial, para facilitar a leitura, já no meio sólido do SSD, a sequência de gravação não segue a mesma forma sequencial, ela segue outro padrão que distribui as informações de forma picada ao longo da superfície de gravação.

Em ambos os casos de tecnologias ocorre algum tipo de degradação devido ao uso e gravar espalhado e não de forma sequencial se provou ser o melhor método para que o equipamento tivesse uma boa vida útil. Se gravar sequencial sempre nos mesmos blocos, em pouco tempo eles ficariam inúteis enquanto que outros blocos ficariam perfeitos mas, a peça inteira estaria condenada. Já o contrário, de forma não sequencial os blocos levariam muito mais tempo para começarem a se deteriorar.

Esse conflito de tecnologias teve que se tornar assim porque com a introdução do SSD, decidiram não abandonar o sistema antigo de trilhas e setores para que houvesse uma interação ou transição sem mudança de padrões de leitura e escrita.

Aqui entra o conceito do Papai Noel, o segredo comercial não é divulgado ao público e no lugar divulgam o que querem.

No polo norte, papai Noel e seus duendes trabalham o ano todo para na data certa distribuírem os presentes apenas para as crianças que se comportaram, nós somos as crianças e os SSDs são os presentes.

Na realidade alguém faz ou desempenha o papel de papai Noel, e também na realidade alguém fabrica o SSD e o comercializa.

O segredo industrial por trás disso não deve ser revelado da mesma forma que papai Noel não deve ser desmascarado para não se perder o encanto.

Eu imagino que a fabricação do SSD ocorre da seguinte forma; outras indústrias fabricam componentes como controladoras, nands, resistores, indutores, fontes de alimentação, bobinas, reguladores de tensão, capacitores e diodos, ai vem um cara chamado designer que faz um projeto de uma placa que vai integrar todos estes componentes.

Num outro estágio os componentes são soldados de alguma forma na placa.

Na internet tem alguns vídeos mostrando como se fazem as memórias mas, não encontrei nada muito específico para os SSDs nesta fase de integração dos componentes na placa.

Na sequência com tudo montado vem a etapa em que a firmware é gravada e depois vem os testes e controle de qualidade, para só então seguirem ao comércio.

O SSD pode ou não já vir formatado de fábrica, ou em outras palavras pode vir sem nada gravado ou com alguma coisa gravada nele.

Toda a sequência lógica do correto funcionamento é esta:

Quando clicamos no botão de ligar, o computador recebe energia da fonte e faz o teste inicial, uma chamada por todos os componentes presentes que respondem indicando estar tudo certo e um dos componentes é o nosso SSD o qual deve estar no modo ligado e pronto para responder aos comandos, estou aqui e tenho sistema operacional, ai o computador permite que o sistema seja carregado e todo o milagre acontece na frente de nossa tela.

Nem sempre dá tudo certo e alguma mensagem de erro pode acontecer. Ufa!

Finalmente, tendo em mente todos estes procedimentos, podemos iniciar a nossa mão na massa, ou análise, teste e diagnóstico do SSD o qual segue no próximo post.

 

 

  • Membro VIP
Postado

Nessa análise cada um faz do jeito que quer, tem pessoas que preferem fazer tudo pelo adaptador usb, já outras como eu preferem primeiro espetado direto no computador.

E para explicar minha preferência vou dar meus nomes aos bois, ou melhor, níveis ou estágios de análises.

Eu sigo igual ocorre na fabricação e posterior utilização do SSD.

Ver o processo como níveis é como ver um prédio com andares, nível térreo e níveis superiores. Já enxergar como estágios seria como no plano horizontal, passando de uma sala para outra.

A fabricação é o primeiro estágio, equivalente a primeira sala ou andar térreo. Passado este ponto o SSD é comercializado e chega na mão do consumidor, o próximo estágio ou andar que é o nível da BIOS ou Setup, quando o SSD está espetado diretamente no computador, neste momento ocorre dele ser detectado, para depois disso instalar e subir o sistema, e a partir dai o terceiro estágio ou sala.

Detalhando melhor como se dá a detecção podem ocorrer diversas situações e começando com o pior cenário, o computador não liga e pode queimar a fonte ou não devido a algo no SSD como um curto na linha de 5V.

Também pode ocorrer do computador ligar e se passar um bom tempo sem responder nada ou sequer conseguir acessar a BIOS, bastando retirar o SSD para o computador voltar a ligar normalmente.

Outra coisa que pode ocorrer é o computador ligar e dar algum tipo de mensagem de erro como smart ou erro de disco.

Também pode detectar o SSD no modo normal de funcionamento ou detectar no modo ROM, mais adiante vou falar em separado sobre este modo ROM.

Na situação de modo normal o SSD pode seguir para a próxima sala ou andar.

Nas outras situações, quase nada pode ser feito na próxima sala ou andar e a única solução possível está em retornar ao estágio de fabricação ou primeiro nível ou primeira sala.

Estas são todas as situações que conheço e que podem ocorrer neste segundo nível ou segunda sala.

Seria muito bom poder dizer que para cada situação específica existe uma solução ou diagnóstico mas, não é bem assim que a banda toca e ainda existem mais complicações a se explanar;

Neste mundo do sucateiro de SSD nada é certo ou absoluto, tudo gira em torno de possibilidades ou especulações.

O grande fato é que o mesmo SSD pode funcionar numa máquina e não funcionar numa outra, em alguns casos basta se mudar as configurações no setup para resolver, entretanto nem sempre resolve porque existe a maldita intermitência de comportamento, num mesmo computador uma hora o SSD funciona e na outra não funciona, bem como pode começar funcionando maravilhosamente bem e depois de alguns momentos ou simplesmente aquecer, deixar de funcionar como deveria.

O diagnóstico neste nível apenas aponta para um fato que vai direcionar ao nível superior ou próximo, ou então, vai direcionar ao primeiro nível.

Digamos que o SSD foi detectado no seu modo normal de uso, este fato nos direciona ao terceiro nível mas, se ele não for detectado, a direção aponta para o primeiro nível.

Este é o momento certo de se falar sobre o modo ROM, a maioria dos SSDs possui dois pontos na placa, indicados ou não com a palavra ROM.

Quando se faz um jumper entre eles, ou um curto circuito, o SSD sai do modo normal e entra no modo ROM, em que basicamente o acesso é direto na controladora e não através da controladora como ocorre no modo normal.

Em outras palavras, no modo normal se acessa as nands ou memórias e no ROM não se acessa elas.

Um grande segredo que pode ser revelado é que o modo ROM é como se fosse um modo de programação realizado no estágio de fabricação, mais especificamente a gravação ou atualização da firmware.

Este modo ROM também pode ser acionado por um outro motivo ou causa como corrupção de firmware, queda ou oscilação de energia e até mesmo por defeito em alguma parte eletrônica.

Por isso que não tem como se saber a relação entre causa e efeito para o SSD ter entrado em modo ROM.

Outra curiosidade que pode ser revelada é que um SSD não detectado eventualmente pode responder ao jumper e entrar no modo ROM e geralmente ao se desfazer o jumper retorna a sua condição anterior de não detectado.

Excepcionalmente pode ocorrer de voltar a ser detectado depois de sair do modo ROM.

Os segredos que não são revelados pelos sucateiros nesta parte são em quais momentos se faz o jumper, com o SSD desligado ou com ele ligado, por quanto tempo, em quais terminais se faz o jumper e finalmente como se entra no modo ROM quando o SSD não tem terminais.

Esse tipo de informação é de domínio exclusivo dos fabricantes e dos falsificadores e não podem ser revelados, igualzinho acontece nas sociedades secretas, quem revela o segredo morre.

As pessoas falam muito sobre o defeito de SATAFIRM S11 o qual se resolve com a atualização da firmware, atividade esta do primeiro nível ou primeira sala, no estágio de fabricação.

O que ninguém fala é que o SSD com a firmware corrompida deixa de ser enxergado ou detectado no modo normal e passa a ser detectado em seu modo ROM, aguardando a gravação ou atualização de firmware.

O terceiro estágio ou terceiro andar ou terceira sala é com o sistema operacional em atividade, seja ele no próprio SSD em análise ou seja com o SSD a ser analisado na condição de escravo ou por adaptador.

A grande diferença neste estágio é que o SSD não detectado, simplesmente não existe, é como se ele não estivesse lá e portanto nenhum tipo de software por mais sofisticado que seja é capaz de fazer alguma coisa justamente porque é incapaz de enxergar ou detectar o SSD na condição de não detectado.

Agora, se o SSD estiver no modo ROM, ele será detectado como tal e o sistema não terá acesso as nands ou memórias, só vai enxergar o espaço que a controladora tem disponível para a gravação da firmware.

Curioso também observar que o terceiro estágio é também equivalente ao primeiro estágio porque em ambos existe um sistema operacional com diferentes programas ativos, fechando o ciclo.

Os programas de análise neste terceiro estágio são vários como o gerenciador de discos, o Crystal Disk Info e outros mais.

Os programas de atualização de firmware ou produção em massa, do primeiro estágio, não são de domínio publico, são reservados aos fabricantes e falsificadores, se bem que se pode encontrar vários deles na internet.

A forma de se utilizar ou se programar no nível de fábrica é um pouco complexa e demanda muito estudo por parte do interessado, já que praticamente não existem tutoriais em português.

Alguns fabricantes deixam disponível em seus sites utilitários que analisam os SSD de sua marca e dispõem atualizações de firmware de forma online, sem que o usuário possa ter contato com o arquivo (.bin), que é o arquivo da firmware onde estão gravadas as ordens ou conjuntos de instruções de funcionamento mais diversos outros itens como número de série, quantidades de gravações, vezes em que foi ligado etc.

Convém observar que se o SSD estiver no modo ROM, estes utilitários deixam de reconhecer o SSD como sendo daquele fabricante e consequentemente não disponibilizam atualização de firmware.

No mesmo exemplo do SATAFIRM S11, é possível atualizar a firmware para uma outra diferente, usando programa de fabricação em massa, de modo a ser reconhecida pelo fabricante para então ele fornecer a atualização definitiva da firmware correta e o SSD voltar a operar normalmente.

É por isso que os fabricantes não querem que os usuários tenham acesso às firmwares porque assim eles poderiam mudar os dados internos como se muda o hodômetro de um carro, passando a indicar como 0 Km, quando na realidade não é novo e já rodou alguma quilometragem.

Voltando ao estágio inicial, o nível de fabricação, temos a parte de eletrônica do SSD, outro assunto que normalmente não se é revelado por ai, afinal de contas, muitas pessoas estudaram eletrônica e dependem do dinheiro do serviço para sobreviver.

Se você estudou eletrônica então está tudo bem e pode se virar sozinho no diagnóstico e solução do problema mas, se você não estudou, na continuação do guia do sucateiro, vou passar detalhes básicos para pelo saber que o problema do SSD é ou também envolve parte de eletrônica, já que nem sempre a solução está apenas na parte lógica ou apenas na parte física, podendo estar também em ambas as partes.

Espero que tenha entendido até aqui e até a próxima.

 

  • 3 semanas depois...
  • Membro VIP
Postado

Hoje vamos para a parte dos sites de pesquisa, busca de conhecimento técnico e soluções. E a primeira recomendação é o próprio CDH onde este guia está sendo publicado, cabendo observar que o mecanismo de busca do site nem sempre mostra todos os resultados e se utilizar um outro mecanismo comercial ou buscador como o google vai encontrar mais resultados ou pelo menos algo mais específico para a sua situação em especial.

Eu tenho publicado aqui tudo à respeito das sucatas que recuperei ou tentei recuperar. E é claro também, muitos outros usuários postaram seus problemas e soluções.

A maioria está na parte de armazenamento e uma ou outra estão em outras partes como eletrônica.

Uma excelente referência é a tabela comparativa de SSDs e o SSD Database:

Muito útil na ajuda de identificação da controladora e das nands.

Neste mesmo nível de fórum existem vários outros sites no exterior, com um formato um pouco diferente, não só no idioma mas, também na destinação de áreas para ferramentas ou tools, classificadas por linha de fabricantes ou de marcas, cabe salientar que existe uma diferença entre fabricante, marca, fornecedor etc.

E para entrar nesta parte é preciso estabelecer que lá fora o nosso conhecido SSD é apenas um cartão ou Card, de fato cartões de memória, pendrivers e SSDs no geral são tudo uma única coisa, um Card e o que muda são as ferramentas destinadas a se trabalhar com eles, que no caso, o termo trabalhar é na realidade o termo abrir, pois, quando se fala em abrir um cartão, de fato é trabalhar nele no sentido de nível de firmware, tarefa esta associada diretamente ao fabricante, que é diferente do usuário ou do fornecedor.

O usuário vai usar o Card para guardar suas informações e o fornecedor vai comercializar, ou melhor, revender o Card fabricado pelo fabricante.

Hoje em dia qualquer um pode se tornar um fabricante de Cards e não necessariamente ter ou possuir uma marca.

Como já mencionei antes, no processo de fabricação do SSD tem os produtores de componentes, os designers de placas, os que fazem a integração dos componentes e da placa e finalmente os fabricantes propriamente ditos que fazem a parte da gravação de firmware, podendo ou não acumular a parte de personalização da marca ou embalagem.

Pode parecer ser um pouco confuso por conta da ideia geral de um fabricante fazer todas as etapas do processo mas, na prática o conceito é um pouco diferente, a realidade é outra, o que existe mesmo são um conglomerado de empresas que fornecem as partes ou em separado ou no seu todo de forma personalizada.

Por exemplo a marca Kingston tem toda uma linha completa de memórias, pendrivers, SSDs etc. e se nos atermos na linha do A400, veremos que de fato utilizam a controladora Phison, o que ocorre aqui é que a indústria que produz a controladora Phison, a faz por encomenda, deixando de colocar a laser o nome Phison e colocando no lugar o nome da Kingston ou uma designação diferente como "CPXXX".

Igual ocorre com a marca Sandisk que também dá um nome diferente para a mesma controladora.

Já outros fabricantes ou marcas, mantém o nome original.

No caso dos falsificadores, eles costumam destruir a laser o nome estampado da controladora por motivos que só eles sabem, acredita-se que o objetivo seria dificultar a identificação do componente e assim impedir a identificação da falsificação.

O que eu quero dizer que a realidade é que a pessoa que faz a gravação da firmware é reconhecida internacionalmente como "fabricante", mesmo que ela apenas faça esta parte de todo o processo fabril.

Existem sites em que qualquer um pode encomendar as peças completas ou não e inclusive elas podem vir já com o logo ou marca escolhida, podendo até já virem com a firmware gravada ou não.

Idem para a embalagem.

Uma particularidade deste processo é que do lado de fora tudo é igual, para quem olha, as peças são exatamente idênticas uma as outras, o que varia apenas é a capacidade expressa do lado de fora.

Já do lado de dentro, num mesmo lote, podem vir muitas variações de componentes e tamanhos de placas, como por exemplo, no mesmo lote tem as mesmas controladoras mas, tem as nands diferentes, ou até mesmo controladoras diferentes, o que importa é que o consumidor final vai ver apenas a parte externa num mesmo padrão e quando espetar no computador, as informações também serão idênticas na parte de nome e marca.

Agora voltando na questão da designação de fabricante, usuário, fornecedor, marca e sucateiro:

Usuário e fornecedores tecnicamente não gravam firmware pois, se ocorre um defeito, ou o usuário descarta ou ele devolve ao fornecedor e este também faz a mesma coisa ou descarta ou devolve ao fabricante, este é o ciclo e apenas o fabricante detém o conhecimento e as ferramentas de nível de firmware.

Isso em regra é um segredo comercial e eventualmente escapa uma ou outra informação vazada que vai parar nos fóruns da internet ou são comercializadas normalmente em sites como por exemplo o Aliexpress.

Aliás, outra fonte de conhecimento onde se pode comprar as ferramentas físicas acompanhadas ou não dos programas para abertura dos cartões.

Abaixo um anúncio neste sentido:

https://pt.aliexpress.com/item/4001258952416.html?spm=a2g0o.order_list.order_list_main.5.6232caa4XxDCzX&gatewayAdapt=glo2bra

A venda se refere ao adaptador USB SATA com uma chave de liga e desliga acompanhado de um pendrive com cerca de 4GB de informações.

Boa parte delas estão publicadas na internet e algumas são exclusivas do vendedor como vídeos mostrando o processo de abertura do cartão, ou em outras palavras, a gravação, regravação ou modificação da firmware.

Em alguns casos um simples adaptador de USB SATA consegue fazer o mesmo serviço sem a necessidade de ter um interruptor de liga e desliga, basta desconectar para fazer a função de desligar e reconectar para fazer a função de ligar.

Em outros casos específicos a tarefa se torna mais difícil sem o interruptor, esse é um detalhe técnico que algum dia vai descobrir por si só.

Depois de divagar este monte de coisas, ai vão os sites que eu recomendo para se iniciar como sucateiro de SSD:

http://vlo.name>ssdtool ou http://vlo.name:3000/ssdtool/

Este aqui tem várias ferramentas classificadas conforme o fornecedor da controladora.

A minha sugestão é baixar todas elas e ir testando para ver o que acontece, geralmente quando tem o termo "ID" significa que serve para identificar a controladora e as nands e quando tem os termos "USB", "NVMe" significa que a ferramenta só funciona naquele tipo de conexão.

Quando tem o termo "flasher" significa que faz a gravação e quando tem "repair" significa que vai destruir todas as informações gravadas anteriormente praticamente zerando a unidade em termos de SMART e de informações gravadas pelo usuário.

Também existem requisitos ou configurações básicas para que estas ferramentas funcionem plenamente à contento, como modo IDE ou AHCI ou modo ROM ou modo normal, estes detalhes são bem próprios para cada conjunto de ferramentas, o importante é saber que algumas ferramentas indicam que não funcionam num ou outro modo enquanto que outras ferramentas dão mensagens de erro genéricas sem dizer ao certo qual seria o modo correto.

É claro que este site não esgota o assunto, ele apenas dá uma introdução e pode ser que conforme o seu caso, encontre nele a solução desejada.

As instruções de utilização por escrito ou por vídeo estão espalhadas pela internet em vários idiomas, uma coisa é localizar a ferramenta certa e outra coisa é saber utilizar ela.

O próximo site é o https://www.usbdev.ru o qual tem tanto a área de ferramentas como a área de fórum, com o diferencial de ter uma espécie de resumo para cada tool.

Caso não seja fluente em russo, pode traduzir pelo google translates e até que fica um pouco inteligível.

Na hora de baixar os arquivos, tem que deixar no original para não dar erro.

Por falar em baixar arquivos, todos eles vem geralmente compactados e na hora de descompactar, o antivirus detecta o potencial e já o coloca na quarentena. A forma que conheço para se testar as ferramentas sem ter problemas com o antivirus ou defender é ter um computador dedicado com Win7 sem antivirus ou então uma máquina virtual.

Existem ferramentas que não funcionam sem estar conectadas à internet e outras que funcionam normalmente sem necessidade de internet.

Este é o momento de se falar sobre as ferramentas de produção em massa; MPTools, que na realidade não é exatamente um programa que vai abrir todos os cartões existentes no mundo.

O processo envolvido aqui é diferente, trata-se de uma ferramenta especialmente desenvolvida para uma ou outra atividade específica, como por exemplo no caso de alguém que queira se tornar fabricante e paga para um fornecedor o pacote de cartões com os devidos programas personalizados.

Então, ele recebe os cartões, os programas e o treinamento de uso, que pode ser presencial ou em forma de vídeo.

Este cara que pagou por tudo isto pode comercializar este kit ou simplesmente vazar a informação de forma gratuita.

Boa parte do que se encontra neste site são informações vazadas de alguma forma, em algumas acompanha o modo de usar e em outras não.

Na sequência tem o https:\\flashboot.ru que é uma verdadeira loucura e só navegando por ele para se entender os benefícios.

Saindo da Russia e entrando na China, onde a coisa entra num patamar mais doido ainda temos:

www.chengetech.cn que nem sempre está no ar ou então só se acessa por outros meios que não podem ser divulgados aqui.

www.adianshi.com

https:\\www.flashinfo.top

Estes dois últimos tem de tudo, desde fórum, passando por repositório de ferramentas e até links para outros sites ou soluções, tornando o assunto praticamente sem fim ou possibilidade de ser esgotado.

A minha recomendação é ir navegando por eles de forma despretensiosa para ir se acostumando e depois que estiver familiarizado, vai poder consultar os assuntos mais específicos para o seu caso e ir testando as soluções propostas.

O sucateiro que começa a se envolver neste nível de informações deixa de ver o mundo como via antes e passa a enxergar as coisas de forma diferente.

Se você se sentir desconfortável ao ultrapassar esta nova fronteira, aconselho a voltar atrás e viver a sua vida neste seu mundo, porque depois de se envolver, a coisa fica sem retorno e a pílula azul só toma uma vez na vida.

 

  • 4 semanas depois...
  • Membro VIP
Postado

A título de ilustração vou fazer uma breve descrição de como está sendo a minha trajetória de sucateiro de SSDs;

Havia uma época em que quando o SSD dava ruim eu me livrava dele, ainda com muita dó e um desespero dentro da alma por não saber o que aconteceu de fato para o SSD parar de funcionar ou pelo menos porque ele ficou tão lento e deu aviso de SMART muito antes do teórico fim de vida.

O tempo em que podia me dedicar ao estudo da tecnologia se resumia a qualquer hora vaga do dia ou da noite até que ocorreram eventos em minha vida em que passei a ter mais tempo para estudar e pesquisar sobre o assunto e a minha principal técnica se resumia a gravar zeros em toda a superfície do SSD, eliminando junto todos os erros lógicos e assim, restaurando a unidade ao seu pleno funcionamento, isso quando não havia algum outro problema oculto ou desconhecido que eu não podia resolver.

Durante a minha vida eu tive impressoras jato de tinta que após algum uso começavam a falhar a tinta até a impressão ficar fraca e depois a impressora travar na tela de troca de cartucho, ocorre que mesmo recarregando o cartucho com mais tinta, a impressora não mudava o comportamento.

Isso me intrigou muito porque anteriormente eu usava impressoras matriciais e era costume recarregar a fita quando a impressão começava a falhar pois saia mais barato uma bisnaga de tinta de carimbo na qual eu recarregava várias vezes a fita, até ela se deteriorar e rasgar, momento em que começava a usar a fita de reserva.

Se eu fosse comprar uma fita nova a cada vez que ela ficava fraca, sairia muito caro e eu também estaria contribuindo para a destruição do planeta ao gerar a enorme quantidade de resíduos proposta pelo fabricante.

Tudo mudou quando comecei a ler sobre recarga de cartuchos aqui no CDH e descobri que havia um chip controlador no cartucho o qual ditava a vida útil dele, fazendo com que a impressão começa-se a falhar mesmo ainda tendo bastante tinta dentro do cartucho, o segredo estava em reprogramar o chip e continuar a usar normalmente, nesta situação os cartuchos podiam ser recarregados indefinidamente.

A impressora nova com dois cartuchos iniciais custou Cr$ 150,00 e quando fui comprar os cartuchos de reposição, custava Cr$ 90,00 o colorido e Cr$ 75,00 o preto. Praticamente perda total da impressora porque saia mais barato comprar outra nova do que comprar os cartuchos novos.

Mas, existiam as empresas que vendiam os cartuchos recarregados a Cr$ 30,00 cada, não importa a cor.

O lucro do fabricante estava indo todo para as empresas de recarga e se fizer a recarga em casa, sai mais barato ainda.

Isso me fez repensar ou mudar a forma de ver a tecnologia à nossa volta.

Quando migrei do jato de tinta para a impressão a laser, rapidamente escapei do ciclo caro do fabricante, comprando chips e pó de recarga, depois descobri que nem de chip precisava mais já que bastava modificar a firmware e a recontagem reiniciava a cada vez que a impressora era ligada.

Na questão dos HDDs eu me dediquei a entender se neles também havia a tal obsolescência programada mas, não consegui chegar muito longe porque o passo a passo da modificação da firmware é complexo demais e difícil de ser executado com algum resultado positivo.

Com a entrada dos SSDs no mercado eu segui a mesma linha de raciocínio tentando descobrir mais sobre porque alguns SSDs duram bastante e outros não.

Uma vez que não se tem conhecimento do assunto, a crença é que é apenas uma questão de ter sorte ou de ter azar, quando na realidade, uma tecnologia oculta aos nossos olhos desempenhava plenamente o seu papel.

O meu ponto de virada nos SSDs foi quando passei a ter um certo domínio sobre a firmware.

Antes de me tornar um sucateiro de SSD, eu só resolvia o que podia gravando zeros, até o momento em que comecei a comprar SSDs com defeito e mergulhei de cabeça ao estudo das possíveis soluções e me introduzi no mundo das firmwares e foi ai que definitivamente mudei minha forma de ver os SSDs quando comecei a ver que com a nova firmware, quase todos os erros do SSD sumiam igualzinho ocorria quando gravava os zeros na superfície.

Da mesma forma que antes a impressora mesmo estando nova, sem problema algum e com o cartucho cheio de tinta, simplesmente travava exigindo a troca do cartucho porque a firmware dela foi programada para isso, agora, vi que o SSD segue exatamente o mesmo padrão quando após um certo tempo de uso aciona o SMART avisando para salvar os dados e induzindo o proprietário a comprar outro SSD novo, descartando o velho.

Acontece que este SSD velho, rotulado para ser descartado, ao ter uma nova firmware instalada, passa a ser um SSD novinho em folha zero quilômetro, isso claro se não houver algum outro real problema nele como um componente queimado, falha de solda etc.

Para exemplificar a trajetória deste meu ponto de virada, eu publiquei posts aqui no CDH de algumas das sucatas que comprei, as quais seguem abaixo o link, caso esteja interessado em acompanhar.

Este post exemplifica bem como era a minha linha de pensamento anterior:

No caso eu procurava por uma boa relação de beneficio e preço que se esbarrava numa total falta de conhecimento ou pior ainda, eu simplesmente não queria reconhecer a verdade e olhava apenas para a propaganda e não para o produto em si.

Julgava o conceito que a indústria me mostrava e permanecia ignorante ao produto em si.

Um caso fácil de recuperação apenas gravando zeros foi o do Crucial:

O gatilho para o começo da mudança do pensamento foi o post do SSD falso:

Se não quiser perder tempo com a longa história, vá direto para a solução em que um abençoado usuário postou em detalhes como ocorre o processo para chegar em nossas mãos a unidade falsa.

Levou bastante tempo para que eu tivesse condições de digerir o assunto e começar a achar que entendi alguma coisa.

Precisei ver e rever várias vezes até abrir minha mente que ainda estava travada no ciclo de descarte do SSD ruim.

As minhas linhas de pensamento começaram a mudar gradualmente, como se observa no post abaixo:

Veja que comecei a sair da zona de conforto onde eu olhava apenas para a casca e passei a olhar e entender parcialmente o conteúdo interno e ir apreendendo sobre ele, como por exemplo entrar no modo ROM e tentar identificar controladora e memórias.

No momento em que eu estou escrevendo este post, estes mesmos ADATA estão aqui do lado, catalogados e desmontados, prontos para serem testados com ferramentas MPTool.

No post abaixo, foi o exato momento em que eu quebrei a barreira entrando no mundo das firmwares:

Em outras palavras, foi o momento em que eu renasci entrando em um novo mundo com uma nova linha de pensamento.

Uma curiosidade é o post do SSD que veio com um ninho de cupim:

Eu ainda não publiquei mas, limpei o SSD e com uma MPTool instalei uma nova firmware e ele está novo em folha, sendo testado.

De fato eu acreditava que ele estava totalmente perdido por conta da oxidação nas soldas.

Na minha linha de pensamento antiga, este era um caso perdido, totalmente sem solução.

Outro SSD que acho que estou perto da solução:

No post abaixo eu já me sinto bem mais seguro usando as ferramentas MPTool:

Nele eu só publiquei as unidades que solucionei.

De fato ainda restam outras unidades em que a controladora vem com a marca da Sandisk mas, acredito que a Sandisk não fabrica controladoras, o que deve ocorrer é que alguém fabrica colocando o nome da Sandisk e esta empresa ainda se mantém sigilosa com suas ferramentas as quais não se encontram divulgadas na net.

Outro caso parcialmente solucionado é do Markvision:

Dois deles foram ressuscitados e o outro ainda não descobri como entrar no modo ROM.

Em resumo é esta a minha situação atual, como sucateiro de SSDs tenho um pé no mundo antigo seguindo o ciclo de descarte do SSD e outro pé no novo mundo das firmwares de SSD.

Eu queria tanto que alguém tivesse divulgado estas informações para que eu pudesse aprender sem ter que ficar quebrando a cabeça para descobrir conceitos desconhecidos e sem explicação publicada.

Pode ser que em algum curso de restauração de informações isso seja melhor explicado mas, envolve um alto valor e pessoalmente não tenho interesse em salvar arquivos, meu interesse está voltado em salvar SSDs, ou pelo menos obter um diagnóstico real e preciso da situação dele.

Só me resta então continuar a pesquisa e ir divulgando tudo que aprendi para que no futuro, alguém que pensa como eu possa se beneficiar do conhecimento de forma gratuita e avançar mais ainda no assunto e quem sabe, publicar as descobertas me ajudando a solucionar o que não consegui.

Antes eu não tinha noção real do que era SATAFIRM, apenas sabia que se tratava de um problema da Kingston e que muitas pessoas passavam pela situação e agora minha visão do assunto é bem diferente:

Até mesmo a questão dos esquemas elétricos dos SSDs, simplesmente eu achava que não existiam ou então que eram guardados a sete chaves bem longe do público.

Ao me envolver com as ferramentas MPTool eu acabei descobrindo uma fonte de informações da qual nem imaginava que um dia poderia encontrar:

A questão da parte de eletrônica para mim ainda é assunto difícil de se entender, por mais que tenha interesse e me esforce para aprender, ainda não consegui vencer a barreira.

Em muitos vídeos na internet vi que as pessoas que entendem de eletrônica fazem pequenas análises e contam que se tivessem um esquema elétrico, poderiam fazer um melhor trabalho na análise e diagnóstico.

Quem sabe agora vejam os esquemas que publiquei e desenvolvam outros vídeos em que eu possa aprender.

A próxima parte deste guia vai demorar um pouco para ser publicada porque estou empenhado em criar tutoriais de uso das ferramentas de produção em massa de SSDs.

Tenha paciência e não tenha vergonha de compartilhar seu conhecimento.

Crie uma conta ou entre para comentar

Você precisa ser um usuário para fazer um comentário

Criar uma conta

Crie uma nova conta em nossa comunidade. É fácil!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar agora

Sobre o Clube do Hardware

No ar desde 1996, o Clube do Hardware é uma das maiores, mais antigas e mais respeitadas comunidades sobre tecnologia do Brasil. Leia mais

Direitos autorais

Não permitimos a cópia ou reprodução do conteúdo do nosso site, fórum, newsletters e redes sociais, mesmo citando-se a fonte. Leia mais

×
×
  • Criar novo...