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Tenho um projeto que usa um ESP32 e que vai ser montado na jlcpcb. Já que ele é parte estendida (cobrança de 3 dólares por placa para popular ela, por fita de componente), pensei que era uma boa ideia fazer a placa com componentes básicos e soldar o ESP32 nela assim que chegasse.

 

Achei à venda na Mouser, com cada um custando 2,80$, e com 5 dando um total de 14,40$. Pensei que era uma maravilha e fui ver o frete: 35$.

 

Não é o total; mesmo via DHL ou FedEx, o frete ainda é somado ao preço e a dupla dinâmica de 60% + ICMS ainda pega, dando um total (estimado, se a alfândega não decidir que o valor tá errado) de mais ou menos 90$, que dá mais ou menos 500 reais, o que é 100 reais por ESP.

 

Isso é mais que o dobro da placa de desenvolvimento, e somando os 4$ da peça no catálogo da jlcpcb + 3$ de preço extra, ainda sai mais barato simplesmente ignorar ser uma parte estendida.

 

Eu fiz algo de errado, ignorei uma opção, ou realmente só compensa comprar na Mouser se for em uma quantia altíssima pro frete ser bem menor que o preço total? A esse ponto nem sei se vale a pena tocar esse projeto pra frente, considerando esses preços absurdos de importação e frete.

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Não devo te ajudar diretamente com a resposta - afinal a máquina de vendas é quem define o preço -  Permita-me um comentário assemelhado...

Certa feita precisei de uns atmega para ... e tal ... e acabou que a compra de um kit arduino ficou mais barato. Difícil entender esta bizarrice mas de um lado há a ganância exacerbada e do outro a altíssima produção do kit. (1)No fim quem define a opção é o bolso. O que nos leva a ...

1 hora atrás, Vunha disse:

nem sei se vale a pena tocar esse projeto pra frente

De fato a primeiríssima coisa a se avaliar antes de começar um projeto são custos e viabilidades.

 

1 hora atrás, Vunha disse:

se for em uma quantia altíssima

Deve-se considerar ceder aos tradicionais custos e riscos da importação de determinado país.

 

A importação da mouser, digikey e assemelhados deve ser considerada na fase de projeto ou em caso de extrema urgência (1).

 

Um vazio e óbvio d+? .. bem.. é o que tenho pro almoço ... 😜

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38 minutos atrás, .if disse:

De fato a primeiríssima coisa a se avaliar antes de começar um projeto são custos e viabilidades.

 

O custo não é tão alto, é só uma tranca eletrônica simples. A placa só precisa de um buck-boost pra entregar 3.3v estáveis vindo de uma bateria, um tp4056 pra gerenciar a carga da mesma e algumas saídas PWM pra servos. O real valor do projeto está no firmware e no microcontrolador conseguir se conectar à internet. Mas a minha teoria era que, usando microcontroladores atuais e a facilidade de fabricação do ano atual, era possível chegar bem perto (e até superar) as funcionalidades de produtos de fabricantes brasileiras por um preço bem mais barato. Acabou que eu superestimei a minha habilidade de estimar custos e esqueci que obter peças no Brasil é bem mais complicado que lá fora 😅

 

48 minutos atrás, .if disse:

A importação da mouser, digikey e assemelhados deve ser considerada na fase de projeto ou em caso de extrema urgência (1).

 

 

Eu não tenho experiência em gerir projetos embarcados dessa forma, então pergunto: desenvolvedores embarcados no brasil dependem da importação em larga escala de múltiplas peças em altas quantidades para realmente compensar o frete e imposto, ou o desenvolvimento dos projetos fica em pequena escala até a etapa após a prototipagem, onde o produto já está na fase final e pode ser impresso e importado em larga escala?

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Política. Ou melhor, geopolítica, poder. Tanto no câmbio entre moedas quanto nos impostos mas principalmente no transporte, está incluída a política.

 

Há pessoas que acreditam que o Brasil deve ser impedido de se industrializar, que deve se ater a exportar a produção agro-pecuária e mineral. Tudo o que puder ser feito no sentido de dificultar o desenvolvimento do nosso país, será feito. Dentre essas pessoas há, lógico, estrangeiros mas, pasme, também brasileiros. Sabe brasileiro que presta continência a bandeiras estrangeiras? Ou brasileiro que lucra com o agro, com os minerais? Então...

 

Porém havia - não sei se ainda há - firmas de brasileiros que, residindo nos EUA, se prestavam a receber o material comprado lá mesmo (o frete interno àquele país é bem mais suave). E aí enviavam esses materiais pelo correio regular, cobrando uma pequena taxa. Já aliviava no frete. Mas como essas firmas faziam tudo na legalidade, declarando conteúdo e tudo, ao chegar aqui o estado botava em cima os impostos de importação.

 

Uma vez solicitei uns poucos componentes explicando que eu sou mero hobista e um "fabricante" dos EUA (na verdade a fábrica é na China, em Taiwan, a Princeton Technology) disse que me enviaria como amostra mas que só poderia enviar dentro dos EUA. Pedi a um conhecido meu que mora lá que recebesse e que, quando viesse ao Brasil, me trouxesse. Esse conhecido declarou direitinho esses componentes na alfândega mas não houve taxação porque na NF desses componentes o valor das amostras era zero. Nem precisaria ter declarado, eram 10 chips que cabiam no bolso... Mas melhor sempre fazer o legal, né?

 

Outra vez pedi a uma firma holandesa, a NXP (antiga Philips) amostras de um outro componente e eles enviaram sem cobrar nem pelas poucas peças nem pelo frete.

 

Também pedi a uma terceira firma, a americana Texas Instrument, amostras de um outro componente e nem me responderam...

 

Nós, pessoas comuns do Brasil, temos bastante dificuldade em nos desenvolver com essa luta de poder entre países. E com políticos locais que se sentem "amigos do chefe", no caso chefes estrangeiros.

 

Mas nem todos os países fazem questão de nos dificultar o desenvolvimento. Como disse @.if,

 

1 hora atrás, .if disse:

Deve-se considerar ceder aos tradicionais custos e riscos da importação de determinado país.

 

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Vou te dar mais uma alternativa. Tem empresa que trabalha com projetos sob contrato turnkey. Em resumo: você envia papel e recebe produto. Trabalho quase zero. Obviamente terás que avaliar o preço.

Se achar que deve me envie mp com detalhes mínimos que te passo o contato.

2 horas atrás, Vunha disse:

experiência em gerir projetos

🙂

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7 horas atrás, .if disse:

Se achar que deve me envie mp com detalhes mínimos que te passo o contato.

Ainda estou na fase de validação da pcb, mas vou entrar em contato assim que o design final estiver pronto. Pelo que ouvi falar de empresas turnkey, elas compensam muito em altas quantidades e designs finais, mas não tanto no processo inicial. Apesar disso, pelo que sei, a jlcpcb é turnkey, e "panelizando" as placas, mesmo quando é necessário o uso de um componente estendido, ele não adiciona muito na fabricação.

 

Peço perdão pela quantidade de perguntas nesse tópico, mas amo a área; visto que o custo de importação de componentes e, pasmem, material de desenvolvimento e protótipos, o setor de embarcados no brasil se relega a usar somente de empresas que montam as placas lá fora na maior parte do tempo? Isso não parece tão ruim (desconsiderando os impostos e icms), mas ainda tem a questão alfândega adicionando imprevisibilidade no tempo de entrega. Empresas tem meios de entrega diretos que não envolvem o frete enorme da DHL e FedEx, ou elas simplesmente pagam o premium pela garantia de importação rápida?

 

9 horas atrás, rmlazzari58 disse:

Porém havia - não sei se ainda há - firmas de brasileiros que, residindo nos EUA, se prestavam a receber o material comprado lá mesmo (o frete interno àquele país é bem mais suave). E aí enviavam esses materiais pelo correio regular, cobrando uma pequena taxa. Já aliviava no frete. Mas como essas firmas faziam tudo na legalidade, declarando conteúdo e tudo, ao chegar aqui o estado botava em cima os impostos de importação.

 

Ano passado eu cheguei a considerar essas firmas, visto que precisava de importar um devkit do PineTime (e o próprio relógio em si), mas a empresa que os faz não exporta para o Brasil. Daí surgiu a pergunta: empresas como a Mouser e Pine64 só oferecem as opções "não importamos" e "esteja pronto para pagar no mínimo 300 reais de frete" por serem as únicas para uma empresa que não lida tanto com o Brasil, ou é impressão minha? Da última vez que pesquisei, existiam vários serviços similares aos que você descreveu, porém não sabia que o correio regular recebia importações e não retia as remessas por aleatoriedades alfandegárias.

  • Curtir 1
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Eu acho que seja o pacote que for, vindo de outro país, os Correios podem abrir, como você diz, de forma aleatória...

Mas até onde pesquisei, aquelas firmas de envio não mandam sem declaração de conteúdo, como se fosse um presente de um amigo, e nem como "carta simples". Vem registrado, ou seja, talvez algum imposto te seja cobrado aqui, pelos Correios. A única economia é no frete, mesmo.

 

Mas é bom saber que ainda existem essas firmas. Estou pensando em comprar uns componentes que, lá, custam uns US$ 5, mas que a Mouser quer cobrar acho que US$ 38 só de frete... Xeretarei. Grato.

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1 hora atrás, rmlazzari58 disse:

Mas é bom saber que ainda existem essas firmas. Estou pensando em comprar uns componentes que, lá, custam uns US$ 5, mas que a Mouser quer cobrar acho que US$ 38 só de frete... Xeretarei. Grato.

A que eu sei que facilita muito o processo é a goboxusa. Ainda não usei, mas pelo que vi dá pra receber múltiplos pacotes no endereço estadunidense deles e mandar tudo de uma vez só em um pacote único, com frete (varia por opção) abaixo de 18$, mais uma taxa de 3$. O preço chega perto dos 35$, mas considerando a possibilidade de comprar múltiplas coisas e enviar de uma vez só, talvez valha a pena.

  • Obrigado 1

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