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Proteção 220V para o meu caso?


Jorno

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Postado

Então pessoal, estive pensando com os meus neurônios.

Os protetores para 110v começam à "agir" la pelos 130v~175v (o meu APC é 130v se não me engano)

Minha fonte pode trabalhar de 90v à 264v.

Agora imaginemos a seguinte situação:

Vem um surto e vai lá para 240v.

Os varistores vão dar uma de kamikaze e salvar meu computador! salvar de trabalhar dentro da faixa normal?

Então... agora eu estou confuso.... nesse caso não devo adotar uma proteção ideal para 220v à fim de evitar esse "suicidio"? ou para eles explodirem precisa bem mais do que uns 240v?

OBS: aqui é 110v

Postado

Claro que não Jorno, a não ser que queira passar tudo pra 220V. Mas se você adotar uma proteção de 220V e estar utilizando-o em 110V, com certeza a margem de proteção vai ser maior também! Tipo os capacitores vão ter "limite" de 750V... Vi em um certo post, acho que foi até o Kayke que disse que achava que proteção pra 110 é 110V e 220V é pra 220V, não tem essa de 220V servir na 110V, informalmente falando... Estou de acordo também, pois os componentes eletrônicos são selecionados de acordo com a tensão utilizada... O ruim é que hoje não tem muita opção...

Tu vai querer trocar o Filtro já é? O Faller falou que teve uma melhora pequena nas questão desse nosso trazer dois indutores... Como ele disse, melhora pequena pra dobrar o preço em relação ao P6B... Mas pra melhor! Cara, esse filtro é bom!

Postado

Jorno, creio que você esteve lendo uma de minhas mensagens sobre isso e espero não ter deixado paranóico com isso. :)

Relaxe, não te preocupe. Mas não posso de deixar de te dizer que sim, se entrar 240V aí no seu APC, ou mesmo 220V, os varistores vão conduzir até se queimar e os fusíveis térmicos do filtro vão cortar a energia totalmente tanto pros varistores como pro seu PC. A coisa vai feder literalmente e vai soltar uma fumaça (já passei por isso), mas tudo vai ficar ok. O cheiro de varistor queimado é uma desgraça de ruim, e fica impregnado no ambiente por um tempo.

A vantagem é que em alguns casos o varistor de 130V vai proteger contra uma sobretensão, não em todos os casos, mas vai te dar uma segurança, só que no processo de proteção ele vai se queimar, isso é inevitável.

Postado

Então Rau, mas você indica filtros de linha da Clamper 220V para utilizá-los em 110V? O meu ponto de vista que postei acima está certo, ou tem contras indicações a respeito disso?

Postado

Sim, quando se quer proteger contra surtos/picos de tensão, não há problema em usar um filtro feito pra 220V, porque os componentes usados para esse proteção, o varistor, geralmente de 250 ou 275V, consegue manter a tensão residual entre 710 e 1500V. Sendo que o valor de suportabilidade de fontes chaveadas está em torno de 1500V para um pico de 8/20us. Cabe aqui lembrar que um varistor de 275v montado numa placa de circuito consegue manter a tensão residual em 710V pra um surto de 100A (valor testado pelo fabricante do varistor), mas um surto de 7000V por exemplo com 2kA de corrente, eleva essa tensão pra em torno de 1000V, ou pouco menos que isso. Ainda dentro do tolerável por qualquer fonte atual. A clamper tem um vídeo teste demonstrando o E-terra Uno recebendo esse tipo de descarga aí, com um PC ligado nele, seguindo funcionando após o surto aplicado. O E-terra Uno tem um varistor de 275V de 14mm.

Vale lembrar que dificilmente teremos 7000V e 2kA numa tomada doméstica. Mais difícil ainda se tivermos um DPS no quadro elétrico.

Independente de a fonte estar operando em 115 ou 220V, ainda mais se a fonte for de PFC Ativo, a suportabilidade dela é a mesma para esses picos.

De qualquer forma, recomendo que você leia minhas msgs desse topico:

http://forum.clubedohardware.com.br/esta-acontecendo-duvida/818130

Postado

Sim raul, foram mensagens suas adicionadas à minha reflexão.

Então resumindo.... meu filtro não vai se explodir à toa, como se por exemplo for para 240v?(sendo que o pc tolera isso facilmente)

O resto já entendi, eu acho :lol:

Postado

Primeiro, desculpe-me John por me aproveitar do teu tópico pra tirar a dúvida com o Raul... Mas é que fiquei com a pulga atrás da orelha agora!

Então, rau, minha dúvida é o seguinte:

Se ocorre um surto de tensão loooongo, por exemplo... Estou usando um filtro da Clamper que é 220v no 110... E vem uma sobretensão de 190v e permanece... O filtro vai conseguir "grampear"? Tendo como exemplo uma fonte monovolt 110v, ou para ser mais realista, uma caixa de som Edifier por exemplo... O filtro vai "entender" que é uma subtensão e vai deixar passar? E se for beeem baixa ainda (para o filtro) tipo 90v... O pc e sua fonte aceita, mas o filtro vai interromper o fornecimento de energia pelo fato de ser uma condição insegura?

Outra pequena dúvida: Se eu ligar esse PRO7 em 220V ele vai torrar, não é isso?

Postado
Outra pequena dúvida: Se eu ligar esse PRO7 em 220V ele vai torrar, não é isso?

Sim :D

Mas para ter certeza você pode testar :rolleyes: (brincadeira)

Postado
Sim raul, foram mensagens suas adicionadas à minha reflexão.

Então resumindo.... meu filtro não vai se explodir à toa, como se por exemplo for para 240v?(sendo que o pc tolera isso facilmente)

O resto já entendi, eu acho :lol:

Explodir no sentido mais puro da palavra, não vai, mas vai queimar os varistores com certeza. E não precisa nenhum de vocês testar ligar em 220V porque eu já fiz isso pra vocês! :D Eu liguei sem querer um APC numa tomada 220V Fase-Neutro, vou poupar explicações dessa idiotice que fiz, mas posto as imagens do resultado. Os fusíveis térmicos não abriram, mas também eu puxei a tomada uns 3 segundos depois de começar a soltar fumaça. Olha o estado:

queimado1.jpg

Chegou a arrancar o veniz de uma trilha por causa da corrente elevada do curto-circuito:

queimado2.jpg

queimado3.jpg

Esse APC ai tem três varistores de 300V entre Fase-Terra, Fase-Neutro e NEutro-terra além dos de 130V, esses de 300V logicamente ficaram intactos.

Primeiro, desculpe-me John por me aproveitar do teu tópico pra tirar a dúvida com o Raul... Mas é que fiquei com a pulga atrás da orelha agora!

Então, rau, minha dúvida é o seguinte:

Se ocorre um surto de tensão loooongo, por exemplo... Estou usando um filtro da Clamper que é 220v no 110... E vem uma sobretensão de 190v e permanece... O filtro vai conseguir "grampear"? Tendo como exemplo uma fonte monovolt 110v, ou para ser mais realista, uma caixa de som Edifier por exemplo... O filtro vai "entender" que é uma subtensão e vai deixar passar? E se for beeem baixa ainda (para o filtro) tipo 90v... O pc e sua fonte aceita, mas o filtro vai interromper o fornecimento de energia pelo fato de ser uma condição insegura?

Outra pequena dúvida: Se eu ligar esse PRO7 em 220V ele vai torrar, não é isso?

Não, nesse caso o filtro não vai "grampear" e mesmo um filtro pra 110V teria dificuldade pra isso, se usar por exemplo varistor de 150 ou 175V, o de 130V tem mais chances de começar a conduzir e com o calor gerado ele vai se degradando e conduzindo cada vez mais energia. Os varistores de 150 ou 175V demorariam bem mais pra acontecer isso. Os de 130V podem conseguir salvar o equipamento que não suporte 190V, mas não dá pra garantir 100%.

Contra subtensão, filtros não fazem nada, apenas deixam a energia passar do jeito que entrada a não ser que seu filtro seja um do tipo dos PANAMAX que possuem um relé de sub e sobretensão na sua entrada, só alguns modelos deles possui esse recurso.

Felizmente esse tipo de condição de rede, principalmente as sobretensões em níveis alarmantes, são raras. Se for pra dar o meu exemplo, isso nunca aconteceu desde que eu tenho lembrança, de 1991, que foi quando a rede aqui foi transformada pra trifásica e mesmo antes disso nunca ocorreu nada também segundo meu pai que mora na mesma casa desde 1979.

Se você ligar o PRO7 em 220V vai acontecer o que aconteceu nas fotos acima. :)

Atualização:

Se todas as suas fontes suportarem trabalhar em 240V, não há motivo pra usar varistores de valor tão baixo como 130V. Um com varistores de 275V seria mais durável e daria proteção suficiente contar surtos.

Atualização 2:

Veja o que aconteceu com um APC de um usuário de um forum de games lá do Terra:

Provavelmente isso teve uma dessas duas causas. Houve uma sobretensão temporária, o que eu duvido muito porque nada na casa dele queimou a não ser esse filtro. A segunda coisa mais provável é a natureza dos varistores de 130V. Qualquer pico baixo, de 330V por exemplo, esse varistor vai "grampea-lo". Esses picos pequenos são muito comuns e por serem muito frequentes o varistor fica atuando demais e de forma desnecessária, o que vai drenando paulatinamente a sua vida útil até ele passar a conduzir de forma continua e causar o que ocorreu. Segundo o usuário o filtro tinha menos de 2 anos:

68297094.jpg

99671082.jpg

56022458.jpg

35159619.jpg

Postado

Se todas as suas fontes suportarem trabalhar em 240V, não há motivo pra usar varistores de valor tão baixo como 130V. Um com varistores de 275V seria mais durável e daria proteção suficiente contar surtos.

Essa informação veio meio tarde demais.

Estou usando 2 APC Pro7 e 1 APC P7T, todos em equipamentos com PFC Ativo.... (_(

Mas tomara que durem.... pelo menos a energia aqui na região não parece ser das piores.... ainda não vi nada queimando nem ouvi falar disso....

Se não em engano aqui é "linha aérea", não entendo disso, mas acho que é algo antigo e bla bla bla. aonde eu morava acho que ja tinha outro tipo...

Teria como esclarecer isso?

Postado
Minha fonte pode trabalhar de 90v à 264v.

Agora imaginemos a seguinte situação:

Vem um surto e vai lá para 240v.

Os varistores vão dar uma de kamikaze e salvar meu computador! salvar de trabalhar dentro da faixa normal?

Então... agora eu estou confuso.... nesse caso não devo adotar uma proteção ideal para 220v à fim de evitar esse "suicidio"? ou para eles explodirem precisa bem mais do que uns 240v?

OBS: aqui é 110v

Se aí é 110V, na verdade 127V, você precisa de um protetor para 110/120V. Nem os bivolts servem para você, servem apenas para o comodismo dos fabricantes nacionais. Você está a confundir um pouco as coisas. Bons protetores contra surtos utilizam varistores de 130V, mas não é 130V a tensão de clamping deles. Você tem de considerar a tensão de clamping. Quem melhor poderia falar disso em bom português é o Faller, mas eu vou botar a explicação dos experts estrangeiros:

Effective Clamping Voltage is the peak voltage which is measured at the output of the surge protection device after a surge condition occurs. This voltage is the total voltage which is passed to the protected equipment and is, typically, the let-through voltage plus the peak AC voltage (i.e. 169Vpk for a standard 120VAC power). Per ANSI C62.41 and UL1449 standards, the surge protection device is subjected to a 6000V, 500A unidirectional surge to determine the effective clamping voltage level. UL's best performance rating is 330V.

Let-Through Voltage is actually the difference between the effective clamping voltage and the peak AC voltage. For example, a UL 330V rating indicates that the let-through voltage to the protected equipment is < or = 330V minus 169 Volts peak (for a standard 120 VAC power).

Metal Oxide Varistor (MOV's are used extensively by the majority of surge

protection device manufacturers, including APC, for shunt-mode suppressors.

MOV's are electrical components which are used to divert surge current and

clamp surge voltage to a lower level.

The intent of a surge protection device (line cord connected type) is to

protect equipment from a harmful overvoltage caused from a surge condition.

The perception has been that a higher device joule rating is analogous to a

better performing product. We believe that let-through voltage is a better

indicator of performance than joules.

A surge protection device with a higher joule rating does not necessarily mean

that the let-through voltage is better. In other words, the amount of energy

that the surge protection device can absorb (i.e. joules) does not mean that it

is providing the "best" protection for your equipment. A joule rating is

indicative of the MOV rating only. It does not take into account the other

parts of the surge protection device which may be effected by a surge (i.e.

fuses, printed circuit board traces, wiring, etc.). Let-through voltage takes

this into account since it represents the suppressed surge voltage at the

output of the device.

There are two approaches which may be taken to increase a surge protection

devices joule rating:

1) Use MOV's which have a higher joule rating. Typically, MOV's with a higher

joule rating also have a higher surge clamping voltage which will result in a

higher let-through voltage to the protected equipment.

2) Increase the number of similar rated MOV's (cascaded in parallel with each

other). The only problem with this approach is that the MOV's are not

impedance matched. Therefore, it is feasible that one of the MOV's will shunt

more surge current since its impedance may be lower. The other MOV's will also

shunt surge current but it will not be evenly distributed since the impedance's

may be different. As a result, the surge protection devices' total joule

rating may not be relevant since the MOV's do not shunt the same amount of

surge current.

Therefore, based on the above and the intent of the surge protection device, we

believe that a surge protector should be selected based on the lowest

let-through voltage capability and UL's best effective clamping voltage rating

of 330V (i.e. UL1449 330V).

Postado

Essa é a opinião do Kayke, mas há opiniões de gente importante, que trabalha em cima desse assunto como profissão, que discorda dele. Os fabricantes de protetores contra surtos americanos entretanto, utilizam varistores de 130V, numa tentativa de conseguir em alguns casos, proteger também contra sobretensões sustentadas, em detrimento a vida útil do filtro, que não será muito longa. E em se tratando de produtos caros pra nós brasileiros, a vida útil é importante.

Eu tinha colocado isso em outro tópico, isso tb foi escrito por um engenheiro:

lowerisnotbetter.jpg

Tradução:

As primeiras aplicações de de varistores de óxido de zinco, rapidamente renomeado para varistores de óxido metálico (MOV), no ramo de circuitos de baixa tensão AC, foi levado pela concepção errada (vista em retrospecto) que quanto mais baixa a sua tensão de "clamping", melhor a proteção contra surtos dada ao equipamento que ele deve proteger. Esta percepção foi levada adiante pela publicação do padrão de segurança do Underwriters Laboratory (UL) referente aos "Protetores contra surtos transitórios de tensão", o qual tomou emprestado uma tabela de um documento da IEC que lista as faixas de tensão para equipamentos.

Infelizmente não foi reconhecido que o nível de 330V escolhido como o nível mais baixo da tabela da IEC foi definido para circuitos que funcionam em até 50V, não 120V dos aparelhos eletrônicos de consumo. A pressão mercadológica levada pela sindrome do "Mais baixo é melhor" impediu um reconhecimento atrasado das desvantagens de um nível de uma tensão de "clamping" tão baixo. Da platarforma comercial livre do NIST, este trabalho, junto com outros trabalhos anteriores (produzidos no final dos anos 80), foi uma tentativa de chamar a atenção para o problema. Apesar desse esforço tutorial, a situação não foi corrigida até os dias de hoje, algumas ofertas comerciais ainda oferecem sua tensão de "clamping" em 330V.

Atualização:

Eu queria que alguém perguntasse pra APC, o porquê ela não põe varistores de 130V nos seus nobreaks, mesmo estes sendo vendidos como protetores anti-surtos + battery back-up, como eles chamam lá nos EUA. E porque eles colocam varistores de 300V (Fase-Neutro/Fase-terra) num nobreak monovolt 120V? Eu não to inventando isso, eu já desmontei e verifiquei que são varistores de 300V! Simples a resposta, eles mantém a tensão de clamping em 750V, muito aquém ainda da suportabilidade natural de qualquer fonte hoje em dia para surtos de tensão.

Postado

Essa opinião do Faller não está errada, mas não refuta, não elimina o fato de que a suportabilidade das fontes está muito além da tensão de clamping de 330V e que a vida útil de varistores de 130V é relativamente baixa numa rede 127V. Logo se se quer vida útil longa da proteção + proteção efetiva, há que se usar pelo menos varistores de 175V nessas proteções. Veja a proteção da Belkin que o Faller comprou, tem um tópico recente dele demonstrando essa proteção. Lá nos EUA custa 18 doletas, aqui com sorte chega por quase 80 reais, se a o pessoal da alfândega encrespar, pode morrer em uns 150 reais pelo menos. Eu comprei um DVD dos EUA por 24 dólares e os caras me taxaram o produto. Se for pra proteções ficarem queimando à cada 2 anos, espero que eu esteja errado, fica meio difícil e não ser que você mesmo saiba trocar os varistores e fusiveis térmicos. Sigo observando nos foruns se surge alguém que teve uma proteção desse tipo queimada assim do nada, por enquanto são dois relatos que já colhi. Um aqui no forum, que to procurando o tópico e outro lá no forum Outerspace.

Postado

Esses filtros da Clamper são recomendados por maior durabilidade do mesmo em 220V... Ok! Mas isso é válido pra equipamentos que tem tensão full-range e no caso de você ter todos os componentes do pc ligados num filtro desse da Clamper, tudo é full-range mas e o modem e a caixa de som? Como ficam nessa história na questão de segurança?

Postado

Essa opinião do Faller não está errada, mas não refuta, não elimina o fato de que a suportabilidade das fontes está muito além da tensão de clamping de 330V

Fato não demonstrado.

e que a vida útil de varistores de 130V é relativamente baixa numa rede 127V.

Fato não demonstrado. Isso me parece que depende da capacidade de absorção em joules.

Logo se se quer vida útil longa da proteção + proteção efetiva, há que se usar pelo menos varistores de 175V nessas proteções.

Não, proteção efetiva deve seguir a UL, para a qual a melhor tensão de clamping é de 330V. (UL1449 330V). Não tenho visto nenhum problema de queima prematura de bons protetores, salvo nos casos em que a tal proteção efetiva se mostrou.

Postado

Eu coloquei um monte de fatos demonstrando já, inclusive num outro tópico redigi um texto com um monte de links e citações sobre o assunto. Dê uma olhada naquele site qie indiquei de um fabricante de protetores contra surto demonstrando testes de suportabilidade e tb a Curva ITI/CBEMA e a afirmação desse próprio fabricante dizendo que uma tensão de clamping tão baixa como aclamada por vários fabricantes não é necessária, afirmação essa que você pode encontrar em diferentes fontes de informação.

Mas beleza, pense da forma que quiser, pesquise e comprove por si só, já dei todas diretrizes pra você pesquisar o assunto, num outro tópico. Agora sair dizendo que os fabricantes brasileiros são negligentes porque usam proteção mal dimensionada pra 127V, está muito longe da verdade.

Proteção pra 127V com varistor 130V, mas você não encontra uma proteção pra 220V com varistor de 230V como seria o "melhor", pela tua "lógica", nem mesmo 240V, raramente usam 250V, mas não usam nem 260V. porque então fabricantes de proteção supostamente boas só pra 220V, incluindo a APC, coloca varistores de 275V nas suas proteções européias? Mistérios, conspirações...? Se for seguir essa lógica de que varistor de 130V é o melhor pra proteções 127V, coitados dos equipamentos feitos pra operar 220V e ser protegido por um varistor de 275V.

Toma aí um teste da Clamper, onde provavelmente o PC estava operando em 127V, porque em Minas a rede é 127V. O equipamento suportou uma tensão residual de 928 volts de um surto de 7330V que gerou uma corrente de surto de 2kA, tudo salvo pelo E-terra com varistor de 275V entre Fase-Neutro. Ahhh que pena, me esqueci, você não acredita na Clamper e vai dizer que o teste foi uma armação. Aí vai ser tu que não tá demostrando fatos e sim especulando!

Só achei o video com textos em espanhol, porque a Clamper tem uma sede no méxico também, mas tenho aqui no meu PC o video em português se quiser.

Sobre a vida útil do varistor, é uma coisa lógica, não precisa se dados demonstrando isso! Se você pesquisar um pouquinho sobre varistores, vai achar em qualquer site que à cada surto suprimido, o varistor se degrada um pouco, chegando a um ponto que ele vai entrar em curto-circuito pleno, aí já era. Se temos um equipamento protegido que suporta picos muito maiores que 330V, que você diz que "não foi demostrando" , mas esse dado é de conhecimento comum de qualquer engenheiro e está em várias normas nacionais e internacionais, e colocamos uma proteção que clampa toda hora em 330V (provavelmente o simples desligar de uma carga eletrônica como uma lâmpada fluorescente gere um surto dessa monta), é de ser muito lógico que essa proteção vai se degradar mais depressa! Não tem mistério aqui, varistor tem vida útil limitada, você já deve saber disso. E a capacidade em Joules é um dado muito controverso, não se pode somar a capacidade de vários varistores juntos dizendo que a proteção é capaz de absorver 231415125135 de Joules, essa é uma forma errada e que os fabricantes acharam para aclamar que seu produto é melhor que o do concorrente. É de conhecimento de quem estuda esse campo, que um surto não é dividido de forma igual entre os varistores, mas a maior parte vai achar caminho por apenas 1 varistor. Essa soma de Joules e também de Kiloamperes dada por muitos fabricantes é igual dizer que os pneus de um carro duram 200.000km, sabendo-se que na verdade a durabilidade é de 50.000km por pneu. Pegar 4 varistores de 150J e coloca-los seriados, não significa que a proteção tem 600J, mas o departamento de marketing que que você acredite que sim e muitos vão na deles. Basta um dos 4 varistores ser destruido que já era todo protetor com 4 varistores seriados.

Sobre a UL, já coloquei um documento pra você, demostrando que a UL utilizou um valor muito abaixo do que o necessário pra proteger cargas alimentadas em 120V, e que inclusive houve várias tentativas de se demostrar o erro da UL, mas o estrago já tava feito e na mente dos americanos o valor de clamping de 330V era a única coisa que protegia seus equipamentos, já que o mercado já tava saturado com produtos dentro desses valores. E quem definiu esses valores não foi nem a UL, que não passam de um Inmetro americano, mas sim a IEC - Comissão Eletrotécnica Internacional e nela tem uma tabela dizendo que o valor de clamping de 330v é para proteger circuitos que funcione em 50V. Estou procurando essa tabela, já que apenas foi citada em um dos documento que enviei pra você em outro tópico.

Ah, e também cansei de discutir sobre isso, quem quiser procure sozinho agora, não vou postar mais sobre o assunto! :)

Atualização:

Mais um documento de onde tiro:

"The fact of the matter is that nowadays, most electronic appliances have an inherent immunity level of at least 600 V to 800 V, so that the clamping voltages of 330 V widely offered by TVSS manufacturers are really not necessary. Objective assessment of the situation leads to the conclusion that the 330 V clamping level, promoted by a few manufacturers, was encouraged by the promulgation of UL Std 1449, showing that voltage as the lowest in a series of possible clamping voltages for 120 V circuits. Thus was created the downward auction of "lower is better" notwithstanding the objections raised by several researchers [b8] and well-informed manufacturers. One of the consequences of this downward auction can be premature ageing of TVSS that are called upon to carry surge currents as the result of relatively low transient voltages that would not put equipment in jeopardy"

http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=4&ved=0CCkQFjAD&url=http%3A%2F%2Fwww.eeel.nist.gov%2F817%2Fpubs%2Fspd-anthology%2Ffiles%2FEnduser.pdf&rct=j&q=IEC+Surge+Transient+Immunity+330V&ei=FD0dTLmsGYa8lQf5_aCsDQ&usg=AFQjCNF9MzktG9Du9xqQd8KnqXrlLSt9dw

Atualização 2:

Mais um dado demonstrando pra você, tirado do Guia Intel de desenvolvimento de fontes ATX:

surgeimmunitytest.jpg

Tá ai claramente dizendo que a fonte deve suportar impulsos de 2kV sem apresentar riscos ou danos. Ainda cita as normas utilizadas nesse teste, as IEC.

http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=1&ved=0CBUQFjAA&url=http%3A%2F%2Fsemeng.net%2Febook%2Fnew%2Felectronic%2FATX%2520Power%2520Supply%2520Specification%252009.pdf&rct=j&q=ATX+Design+Guide+Surge+Withstand&ei=iEEdTJP_M4OdlgennsGRDQ&usg=AFQjCNF5pQULyz0pGshSeJzgfhR2V14Ujg

Quer mais prova que isso? Procura sozinho porque agora cansei mesmo! :P

Ah, num guentei! Achei um videozinho da Panamax, tem outro no site deles, mas filmado dentro de estudio, demonstrando sua proteção contra sobretensão sustentada. O video mostra três testes que consiste em ligar uma lâmpada de 120V direto na rede elétrica e aumentar a tensão pra 200V, simulando uma sobretensão sustenda. A lampada não queima porque ela é uma lampada de forno, então ela suporta a sobretemperatura gerada por 200V e não é isso que tão demonstrando de qualquer forma... O teste mostra que a intensidade da luminosidade aumenta com 200V, logicamente. Dai é feito um segundo teste com a lampada ligada no Panamax, que usa sim varistores de 130V (que tenho certeza por pressão mercadológica), mas contém proteção contra sobretensão sustendada antes deles. Veja que ao jogar 200V a lampada rapidamente é desligada, o PANAMAX desliga a entrada completamente. Até aqui tudo bem, mas o que eu mais quero que vocês vejam nesse vídeo é o teste final, lâmpada ligada num filtro básico, mas com varistores provavelmente de 130V, no máximo 150V eu diria, e olha o que acontece ao jogar 200V. Vejam se a lampada se desliga quando entra 200V. E olha o que acontece em seguida, fumaça dos varistores indo pro saco ai sim a lampada se apaga, mas poderia ser tarde demais se fosse uma fonte chaveada!!! Ou seja, e se fosse um equipamento que operasse só em 110-127V? Teria ido pro saco do mesmo jeito com os varistorzinhos de 130-150V! Ah, mas vão dizer q esse filtro ali é ruim, básico, sem proteção térmica... Pode até ser, mas o meu APC quando meti em 220V por uma confusão tremenda que fiz aqui, fumaçou pior que essa reguinha do video e os fusiveis térmicos sairam ilesos! As fotos que ja postei comprovam. Daí levanto a questão de novo! Se varistor de 130V faz pouco pra proteger contra uma sobretensão sustenda, mesmo de 200V, qual a a diferença entre usa-lo e um varistor de maior valor no que tange a proteção? NENHUMA! Varistor não foi desenvolvidos pra proteger contra sobretensões sustentadas, a não ser que essa seja bem elevada, que atinga sua tensão de clamping e um fusivel se rompa no processo, e não é difícil ver que 200V danifica um equipamento que opera em 110-127V, mas não atinge a tensão de clamping de 330V, que faria um fusivel se romper instantaneamente, ai sim protegendo a carga ou seja o que não seria o caso dos 200V. Dificilmente veremos uma sobretensão de 330V numa rede de distribuição trifásica de 127/220V. O máximo que veriamos tipicamente numa rede desse tipo é 220V. Algo que provoque 330V ou mais, só se uma linha de média/alta tensão tocar a rede de baixa, ai o filtro vai pipocar os varistores e provavelmente o fusivel ou disjuntor abrirá o circuito, com sorte protegendo o equipamento.

O que mais gostei de ver foi a prova do que o usuário lá do forum Outerspace relatou quando seu APC foi pro saco, que as luzes da casa piscaram e logo a esposa dele sentiu o cheiro de queimado - ele não tava em casa... Olhem bem no finalzinho do teste, quando a fumaça já tá alta, mas o filtro ainda recebendo 200V, a lâmpada começa a entrar em "flicker" que nada mais indica a corrente sendo drenada pela varistor causando uma breve subtensão intermitente na saída, mostrando mais uma vez que um varistor de 130V em curto parcial, em 200V, não baixa a tensão suficientemente na sua saída, a lampada continua piscando. Se houvesse um curto pleno, o que ocorreria em 330V nesse caso, a lampada de apagaria completamente e o fusivel abriria instantaneamente.

Postado

Eu coloquei um monte de fatos demonstrando já, inclusive num outro tópico redigi um texto com um monte de links e citações sobre o assunto.

E eu postei, neste tópico aqui mesmo, pois não quis entulhar o outro, links e citações de maior peso, que inclui a UL 1449. A UL, a quem você devota menosprezo mais abaixo no seu texto, não é uma imposição ignorante e arbitrária, mas é, por si mesma, resultado do trabalho e da concordância de especialistas e fabricantes do melhor nível, como declarado no próprio documento da 3ª revisão:

The significance of this designation as an ANSI standard is that UL

1449 3rd Edition was reviewed, voted on and approved by a balanced

group of technical advisors, including individuals from manufacturers,

end-users and other interested parties. Any changes, additions or

new standards must be voted on by this panel. In the past, UL 1449

was not an ANSI standard and was not subject to voting upon by the

technical advisory group.

Dê uma olhada naquele site qie indiquei de um fabricante de protetores contra surto demonstrando testes de suportabilidade, etc;

Fabricante testando seu próprio produto eu prefiro deixar de lado. Mesmo porque contradiz o que você próprio está dizendo, mais abaixo, sobre a suportabilidade dos produtos eletrônicos. O fabricante nem precisava se dar ao trabalho de fazer teste, bastava botar o produto de acordo com a UL, que não aprova nada sem a qualidade e sem testes. Veja que na 3ª revisão a coisa fica mais rígida:

UL 1449 3rd Edition now applies to devices used to repeatedly limit transient voltages on 50/60 Hz circuits 1000 volts and below. This is an increase in voltage from 2nd Edition, which covered devices 600 volts and below.

Então se o tal produto da Clamper suporta 1500V como ela diz, ninguém sabe. Fica na sua fé, ou seja, na fé que você tem na boa-fé do teste do fabricante e seu teste. Mas que os produtos americanos com certificação têm suportabilidade de pelo menos 1000V não há dúvida.

Mas beleza, pense da forma que quiser, pesquise e comprove por si só, já dei todas diretrizes pra você pesquisar o assunto, num outro tópico. Agora sair dizendo que os fabricantes brasileiros são negligentes porque usam proteção mal dimensionada pra 127V, está muito longe da verdade.

Se você estiver citando documentos e atribuindo a eles coisas como está citando a mim e atribuindo a mim, aí é que danou-se tudo. Pois eu nunca disse tais coisas, pelo contrário, até recomendo os bons fabricantes nacionais, como a MMT e a UPSAI, até mesmo a RCG, que fazem bons produtos dimensionados corretamente para 127V. A orientação que dei ao Jorno é a de que não faz o menor sentido ele achar que por ter varistores de 130V, o protetor protege menos do que a fonte full range, que suportam até 264V. Protetores para 127V têm tensão de corte em 330V. E disso você próprio está mais do que ciente, embora tenha preferido alardear suportas vantagens de se usar algo bivolt, desconhecido no mundo. O mundo faz protetores de 110V para redes 110V e protetores 220V para redes 220V. O que eu já mencionei, em outros tópicos, é o comodismo de grande número de fabricantes brasileiros, que lançam produtos bivolts, que na verdade são produtos dimensionados para 220V, embora tenham entrada para 110V. O que penso e conheço do assunto é justamente fruto de pesquisa. Estou aberto a mudar de ideia, desde que se mostre, se aponte, se demonstre algo diverso. Creio que a UL também muda de ideia, se lhe for demonstrado. Penso que todos os grupos de especialistas mudam de ideia também. Mas ainda não se mostrou nada, a não ser teste de um fabricante fazendo marketing de seu próprio produto e um estudo parcial dos professores François D. Martzloff e Thomas F. Leedy, do National Institute of Standards and Technology, sobre os quais falaremos mais abaixo.

Proteção pra 127V com varistor 130V, mas você não encontra uma proteção pra 220V com varistor de 230V como seria o "melhor", pela tua "lógica", nem mesmo 240V, raramente usam 250V, mas não usam nem 260V. porque então fabricantes de proteção supostamente boas só pra 220V, incluindo a APC, coloca varistores de 275V nas suas proteções européias? Mistérios, conspirações...? Se for seguir essa lógica de que varistor de 130V é o melhor pra proteções 127V, coitados dos equipamentos feitos pra operar 220V e ser protegido por um varistor de 275V.

Estamos tratando de proteções para 127V. É de proteção para 127V (120 lá pra eles) que trata a UL. Talvez tenhamos aqui um foco um pouco diferenciado porque em "meu país" (Minas) a rede é 127V e no seu é 220V, mas isso não muda a realidade da coisa em si. A rede do Jorno é de 127V também, ele não tem porque colocar uma proteção para 220V. Mas creio que os europeus consideram apropriados, nas proteções para 220V, varistores de 250V (mínimo possível para 220 ou 240V) e de 320V, que consideram uma escolha mais prudente para a região. Mesmo porque a tensão lá não é única, varia de 220 a 240V.

Toma aí um teste da Clamper, etc

Creio que já falamos antes de testes da Clamper. Sugira a ela submeter o produto a testes do INMETRO ou a algum laboratório independente, como seria decente ter feito. Até a Huntkey GreenStar 550W fica excelente em teste feito pela própria Huntkey.

Só achei o video com textos em espanhol, porque a Clamper tem uma sede no méxico também, mas tenho aqui no meu PC o video em português se quiser.

Sinceramente? Dispenso.

Sobre a vida útil do varistor, é uma coisa lógica, não precisa se dados demonstrando isso! Se você pesquisar um pouquinho sobre varistores, vai achar em qualquer site que à cada surto suprimido, o varistor se degrada um pouco, chegando a um ponto que ele vai entrar em curto-circuito pleno, aí já era. Se temos um equipamento protegido que suporta picos muito maiores que 330V, que você diz que "não foi demostrando" , mas esse dado é de conhecimento comum de qualquer engenheiro e está em várias normas nacionais e internacionais, e colocamos uma proteção que clampa toda hora em 330V (provavelmente o simples desligar de uma carga eletrônica como uma lâmpada fluorescente gere um surto dessa monta), é de ser muito lógico que essa proteção vai se degradar mais depressa! Não tem mistério aqui, varistor tem vida útil limitada, você já deve saber disso. E a capacidade em Joules é um dado muito controverso, não se pode somar a capacidade de vários varistores juntos dizendo que a proteção é capaz de absorver 231415125135 de Joules, essa é uma forma errada e que os fabricantes acharam para aclamar que seu produto é melhor que o do concorrente. É de conhecimento de quem estuda esse campo, que um surto não é dividido de forma igual entre os varistores, mas a maior parte vai achar caminho por apenas 1 varistor. Essa soma de Joules e também de Kiloamperes dada por muitos fabricantes é igual dizer que os pneus de um carro duram 200.000km, sabendo-se que na verdade a durabilidade é de 50.000km por pneu. Pegar 4 varistores de 150J e coloca-los seriados, não significa que a proteção tem 600J, mas o departamento de marketing que que você acredite que sim e muitos vão na deles. Basta um dos 4 varistores ser destruido que já era todo protetor com 4 varistores seriados.

Recomendado que o protetor tenha certificação UL, que os submete a rígidos testes e padrões de qualidade. O varistor se degrada, queima, até explode. É uma vantagem e uma desvantagem. Melhor se durasse para sempre, mas a característica dele é a de se sacrificar em favor do equipamento que protege.

Sobre a UL, já coloquei um documento pra você, demostrando que a UL utilizou um valor muito abaixo do que o necessário pra proteger cargas alimentadas em 120V, e que inclusive houve várias tentativas de se demostrar o erro da UL, mas o estrago já tava feito e na mente dos americanos o valor de clamping de 330V era a única coisa que protegia seus equipamentos, já que o mercado já tava saturado com produtos dentro desses valores. E quem definiu esses valores não foi nem a UL, que não passam de um Inmetro americano, mas sim a IEC - Comissão Eletrotécnica Internacional e nela tem uma tabela dizendo que o valor de clamping de 330v é para proteger circuitos que funcione em 50V. Estou procurando essa tabela, já que apenas foi citada em um dos documento que enviei pra você em outro tópico.

Você postou um screen shot parcial, sem fonte, mas conheço o texto dos tais doutores François D. Martzloff e Thomas F. Leedy, que são europeus. É evidente que para eles, em Zurique, varistores de 130V não servem, nem a IEC, que é européia, iria ter tratado de proteção para 127V. Existe, sim, no texto deles, uma crítica velada à UL e aos protetores contra surtos, que para eles deveriam ser protetores contra sobretensão. Pretendo analisar mais a fundo o ponto de vista deles e opinar em outra ocasião.

Ah, e também cansei de discutir sobre isso, quem quiser procure sozinho agora, não vou postar mais sobre o assunto! :)

Pois eu agradeceria se você continuasse. Mas acho que deve pesquisar de maneira mais ampla, menos unilateral, como se quisesse não chegar à melhor conclusão, mas simplesmente "provar" que a UL está errada, os grandes fabricantes europeus estão errados e a maior parte dos engenheiros e estudiosos estão errados e que certa é a Clamper. Não é falta de respeito minha à sua opinião não. Mas pelo menos espero que saiba aceitar e respeitar também opinião diversa, como a minha. Mas quem também já ficou cansado de replicar sou eu. Como você escreve! O trabalho que dá para replicar. O que fazer? Deixar de orientar os outros para não ter de replicar tudo toda hora, gastando uma manhã inteira? Eu prefiro deixar que você tenha sua opinião, mas manter a minha. Mas quando perguntam, não posso deixar de passar a orientação que julgo acertada, que é a de usar protetores de 220 para redes 220 e 110 para redes 127V. E continuarei a fazer isso. E com tantos outros fazendo isso, inclusive em tutoriais para construção de filtros, por que será que você só replica a mim? Já experimentou escrever para a UL, que agora é ANSI, e contestá-la? Ela se tornou norma nacional em 2009 lá nos EUA. Outra coisa: Essa era também sua própria opinião até poucos meses atrás. Eu poderia citar o rau a meu favor se fizesse algumas pesquisas rápidas nos fóruns. O que te levou a essa virada? A Clamper? Não tome isso como crítica, eu próprio já mudei de pontos de vista a respeito de algumas questões, algumas vezes, na vida. Só os mortos não mudam nunca de opinião. Mas vá à origem de sua mudança, analise-a. Veja se ela não foi equivocada.

Atualização:

Mais um documento de onde tiro:

"The fact of the matter is that nowadays, most electronic appliances have an inherent immunity level of at least 600 V to 800 V,

Felizmente já baixou. Não era antes 1500V? Esse autor aí é o mesmo cara de Zurique já comentado antes. Você quer opor um mundo de gente a um autor só?

Atualização 2:

Mais um dado demonstrando pra você, tirado do Guia Intel de desenvolvimento de fontes ATX:

Isso não é novidade. Tem comentários meus aqui mesmo no fórum dizendo que boas fontes tiram de letra tais surtos e que protetores não são indispensáveis. Mas há casos em que um protetor salva um equipamento.

Vou resumir porque preciso ir para o almoço: No caso do APC do cara lá no Outerspace, fica a conclusão do Faller: A certeza jamais a teremos a não ser a de que de um modo ou de outro, e sem chance de repetição para comprovação, a proteção da APC não deixou que nenhum equipamento sofresse problema nenhum...

Postado

Não vou responder sua msg novamente em cada argumento seu, porque cansei mesmo e não adiantaria de nada. Os fatos tão aí e quem quiser pesquisar sobre o assunto, o caminho tá dado. Continuo discordando de vários argumentos seus, incluso esse que a IEC não poderia tratar de proteções pra 127V, que besteira! IEC - INTERNATIONAL ELETROTECHINAL COMISSION!

Vamos dar tempo ao tempo, quando começar a chover proteções APC's queimando por causa dos varistores de 130V pedindo água, aí a gente volta a falar do assunto. Lá nos EUA a APC te dá outro filtro de graça caso queime, aqui não. Infelizmente muitos não relatam fatos nos foruns, mas vou seguir observando da forma que posso. Por enquanto são só dois casos iguais que li. Não consegui achar a msg do cara que relatou o ocorrido aqui no forum, inclusive ele tinha me prometido mandar as fotos por e-mail nesse tópico, mas não mandou... :(

Mais um videozinho da Panamax onde você poe vê que a luz permance acesa mesmo que protegida por um um filtro com varistores de valores baixos e logo eles se curto-circuitam e queiam, então pra mim eles não dão proteção alguma contra sobretensão sustentada, só em casos extremos, em que me repito aqui, onde a tensão de grampeamento é atingida, coisa rara numa rede de 127V. Não espere que tua fonte sobreviva uma perda do referencial neutro do transformador com varistores de 130V onde a tensão pode oscilar em qualquer coisa até 220V. Esse vídeo tem muito mais detalhes, mostra um multimetro medindo a tensão e tudo mais.

Fico por aqui com essa ultima msg sobre o assunto.

Atualização:

Achei o outro usuário que teve caso de filtro APC queimado:

http://forum.clubedohardware.com.br/showpost.php?p=4364620&postcount=29

Postado

Kayke, relendo sua mensagem senti a necessidade de respondê-la, mas tentarei não gastar "saliva" demais e tentarei ser o mais breve possível em cada resposta em azul:

Eu coloquei um monte de fatos demonstrando já, inclusive num outro tópico redigi um texto com um monte de links e citações sobre o assunto.

E eu postei, neste tópico aqui mesmo, pois não quis entulhar o outro, links e citações de maior peso, que inclui a UL 1449. A UL, a quem você devota menosprezo mais abaixo no seu texto, não é uma imposição ignorante e arbitrária, mas é, por si mesma, resultado do trabalho e da concordância de especialistas e fabricantes do melhor nível, como declarado no próprio documento da 3ª revisão:

The significance of this designation as an ANSI standard is that UL 1449 3rd Edition was reviewed, voted on and approved by a balanced

group of technical advisors, including individuals from manufacturers,

end-users and other interested parties. Any changes, additions or

new standards must be voted on by this panel. In the past, UL 1449

was not an ANSI standard and was not subject to voting upon by the

technical advisory group.

Da mesma forma que levantam dentro do nosso país que o Inmetro é manipulado por fabricantes ou presidentes e diretores, inclusive aqui nesse forum levantaram essa questão, o que não duvido, isso pode acontecer com a UL americana e ainda cito uma fonte de um advogado, com formação em Engenharia Elétrica, consultor em processos contra protetores anti-surto que causou diversos casos de incêndio etc e que redigiu esse texto do link abaixo, o qual eu li de cima abaixo, e que recomendo que leia também, mostrando em um dos tópicos desse texto, a interferência dos fabricantes junto aos órgãos normatizadores e de metrologia, com relação à definição de padrões. Segundo ele, todo mercado cobrido por esses fabricantes é tremendamente impactado por decisões tomadas por tais grupos e que podem sim se sentir ameaçados ou obrigados a definir certos padrões que beneficia os fabricantes. Não é porque são americanos e europeus que estão longe da corrupção...

As credenciais resumidas do cara que defende várias práticas, incluso a de adotar pelo menos varistores de 175V ou maiores, em proteções americanas, o que melhoraria várias coisas, desde a coodenação entre DPS's, muito difícil de ser fazer com varistores de 130V...:

* Ph.D. (physics) 1977, J.D. May 1998.

* Professor of Electrical Engineering for 10 years.

* Author of one book and more than 35 published papers in science and engineering.

* Attorney in Massachusetts since 1998, who has an international practice of consulting to litigators on scientific evidence in torts, especially damage or injuries by lightning or electrical surges.

e aqui nesse link tem mais informações sobre o curriculum do cara:

http://www.rbs2.com/fire.htm

E abaixo vai o link do texto em que ele mostra sua visão com relação aos perigos dos protetores que usam varistores de valor tão baixo, além de falar do que deveria ser boas práticas, fala da decisão muito atrasada da UL em adotar proteção térmica nesses protores, que só foi adotado depois de muitos danos e processos, fala dos problemas de coodenação entre DPS's enquanto fabricantes insistem em usar varistores de 130V, etc, etc. Leia:

http://www.rbs2.com/fire.htm

Dê uma olhada naquele site qie indiquei de um fabricante de protetores contra surto demonstrando testes de suportabilidade, etc;

Fabricante testando seu próprio produto eu prefiro deixar de lado. Mesmo porque contradiz o que você próprio está dizendo, mais abaixo, sobre a suportabilidade dos produtos eletrônicos. O fabricante nem precisava se dar ao trabalho de fazer teste, bastava botar o produto de acordo com a UL, que não aprova nada sem a qualidade e sem testes. Veja que na 3ª revisão a coisa fica mais rígida:

UL 1449 3rd Edition now applies to devices used to repeatedly limit transient voltages on 50/60 Hz circuits 1000 volts and below. This is an increase in voltage from 2nd Edition, which covered devices 600 volts and below.

Então se o tal produto da Clamper suporta 1500V como ela diz, ninguém sabe. Fica na sua fé, ou seja, na fé que você tem na boa-fé do teste do fabricante e seu teste. Mas que os produtos americanos com certificação têm suportabilidade de pelo menos 1000V não há dúvida.

Nossa, que confusão que você tá fazendo! Não tá falando nada de suportabilidade da proteção em si aí nessa citação que você postou! Na verdade o que tá dizendo aí nessa citação é que agora a terceira edição está é mais frouxa e não mais restrita! Antes a UL1449 permitia apenas a venda de dispositivos que limitavam a tensão em três níveis permitidos: 330V, 400V e 600V, permitindo assim a utilização de varistores de 130 à 175V nos produtos vendidos nos EUA, tanto é que há poucos com varistores de 150 e 175V, mas é claro que a concorrência e a mente do usuário leigo fala mais alto, claro que vão usar o valor mais baixo como ferramenta fortíssima de marketing!

Agora a UL tá permindo produtos com tensão residual de até 1000V ou seja, pode-se usar tranquilamente varistores de 275V, porque é só você ir lá olhar na Datasheet do fabricante dos varistores, que eles mantém uma tensão residual em 710V quando montado em uma placa de circuito (dentro de "filtros") e em 1500V quando montado em um quadro elétrico, dentro de um DPS. Não tardará a UL elevar esse valor pra 1500V em próximas revisões. Leia bem o que ela diz na citação que você postou: "A UL 1449 3a Edição agora se aplica a produtos usados para limitar repetitidamente a tensão em 1000V..." Nesse documento baixo que ainda fala da UL1449 2nd Edition, mostra todos os níveis de tensão residual permitidos, o valor de 1500V tá lá hein. Mas até á segunda edição os valores para protetores Classe III (filtros) era de 330, 400 e 600V, que agora é 1000V na 3rd Edition para a mesma Classe. Pra te poupar de ler todo o texto, procure pela tabela onde tá escrito: UL1449 Second Edition Suppressed Voltage Ratings (SVR):

http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=1&ved=0CBkQFjAA&url=http%3A%2F%2Fdownloads.eatonelectrical.ca%2Fdownloads%2FTransient%2520Voltage%2520Surge%2520Supp%2FTech%2520Data%2FTVSS%2520UL%2520spec%25201449.pdf&rct=j&q=UL1449+330V+400V+and+600V&ei=RtkfTIy0AsWBlAfTjZn6DA&usg=AFQjCNFmx3hmf99Jw9vK-8uqE1WSLFmMXg

Os Clampers limitam a tensão em 1500V, sendo que os montados dentro de filtros e semelhantes, limitam em 710V ou seja. SERIAM APROVADOS PELA UL1449 3rd Edition para serem vendos dentro do país, no que tange esse quesito apenas.

Ao contrário do que você fala, esses valores não são os fabricantes de filtros e protetores quem definem, mas o próprio fabricante dos varistores. Em filtros a tensão residual é mais baixa por causa da indutância gerada pelas pontas dos cabos ligados ao DPS instalado num quadro elétrico. Numa placa de circuito o varistor está diretamente em cima na linha a ser protegida.

Não precisa uma UL ou Inmetro comprovar a clareza dos dados técnicos por exemplo do Computer Protector PRO que divulga a tensão residual de 710V! A especificação de tensão residual está na Datasheet dos fabricantes de varistores.

Mas beleza, pense da forma que quiser, pesquise e comprove por si só, já dei todas diretrizes pra você pesquisar o assunto, num outro tópico. Agora sair dizendo que os fabricantes brasileiros são negligentes porque usam proteção mal dimensionada pra 127V, está muito longe da verdade.

Se você estiver citando documentos e atribuindo a eles coisas como está citando a mim e atribuindo a mim, aí é que danou-se tudo. Pois eu nunca disse tais coisas, pelo contrário, até recomendo os bons fabricantes nacionais, como a MMT e a UPSAI, até mesmo a RCG, que fazem bons produtos dimensionados corretamente para 127V. A orientação que dei ao Jorno é a de que não faz o menor sentido ele achar que por ter varistores de 130V, o protetor protege menos do que a fonte full range, que suportam até 264V. Protetores para 127V têm tensão de corte em 330V. E disso você próprio está mais do que ciente, embora tenha preferido alardear suportas vantagens de se usar algo bivolt, desconhecido no mundo. O mundo faz protetores de 110V para redes 110V e protetores 220V para redes 220V. O que eu já mencionei, em outros tópicos, é o comodismo de grande número de fabricantes brasileiros, que lançam produtos bivolts, que na verdade são produtos dimensionados para 220V, embora tenham entrada para 110V. O que penso e conheço do assunto é justamente fruto de pesquisa. Estou aberto a mudar de ideia, desde que se mostre, se aponte, se demonstre algo diverso. Creio que a UL também muda de ideia, se lhe for demonstrado. Penso que todos os grupos de especialistas mudam de ideia também. Mas ainda não se mostrou nada, a não ser teste de um fabricante fazendo marketing de seu próprio produto e um estudo parcial dos professores François D. Martzloff e Thomas F. Leedy, do National Institute of Standards and Technology, sobre os quais falaremos mais abaixo.

Bem, eu queria deixar claro que não estou alardeando ser mais vantajoso substituir um protetor com varistores de 130V por outro com varistores de 275V, acho que você me compreendeu equivocadamente. A única coisa que estou tentando defender aqui é a segurança, durabilidade da proteção e nível suportado pelo equipamento a ser protegido. No que tange proteção, seu equipamento está ótimamente protegido por varistores de 130V, NO QUE TANGE SURTOS TRANSITÓRIOS. E pelo que vi nos testes da PANAMAX, em nada estão protegidos contra sobrentesão sustentada, porque uma fonte que trabalha fixa em 115V, queimaria instantaneamente com uma sobrentesão de 170V, mesmo protegida por varistores de 130V já que segundo os próprios fabricantes de varistores, eles não vão conduzir praticamente nada enquanto não chegarem lá pelos 200V RMS - inclusive isso é discutido naquele link que passei lá no começo da mensagem.

Olha Kayke, eu tenho dúvidas com relação à proteção térmica por meio de TCO's, da forma que é instalada pelos fabricantes. Tanto é que não é uma preocupação só minha, que os fabricantes de varistores já há algum tempo possuem em sua linha térmicos embutidos dentro do encapsulamento do varistor em si. Por que isso? Porque os térmicos dependem da transmissão de calor entre o corpo do varistor e o térmico sendo que até um térmico agir, o calor gerado pode em alguns casos ainda atear incêndio em alguma superfície. O que vi acontecendo aqui quando meu APC queimou, foi feio, e os témicos não abriram! Se eu tivesse mantido o produto na tomada por mais tempo, quem sabe eles teriam aberto... Mas você dirá que os produtos passaram na UL1449 que testa esse risco... Eu só tenho a dizer que, não confie tanto assim na UL, muita coisa é aprovada porque é bom o "suficiente", mas que no futuro acabam passando por revisões que passam a considerar aquilo que antes era aprovado, não mais aprovado. Não to dizendo com isso que atualmente o padrão de teste é falho, longe de mim, só to dizendo que os térmicos da forma que são acoplados aos varistores hoje, poderia ser melhor, como a obrigação de usar varistores com térmicos embutidos, já que eles estão aí no mercado já há um tempo.

Você deve saber muito bem que pessoas na nossa história que tentaram quebrar paradigmas são ridicularizados e colocados em esquecimento e só muito tempo depois vão ver que ele tava certo. Não é porque existe apenas uma fonte dizendo que o senso comum está errado, que merece ser descreditada. Um animal quando corre pra um lado, toda manada, todo rebanho corre junto, sem saber bem o porquê... Se um ou mais fabricantes adotou o valor de 330V e aclamou que esse É O VALOR, outros se viram obrigados adotar o mesmo valor, ou perderia mercado, e a UL nada mais fez do que adotar esse valor como o mínimo aceitável, tanto é que ela possui agora valores de 330V à 1000V, antes era de 330V à 600V, ela testava e aprovava nesse quesito todos produtos com valores de tensão residual de 330 à 600V. A grande maioria das pessoas nos EUA aclamam em revistas e sites que deve sempre que possível adotar o valor de 330V para suas proteções, sem saber bem o porquê disso. Vale lembrar que desde a década de 1970/1980 os fabricantes já aclamavam que seus produtos eram melhores que o do concorrente por ter uma supressão de surto na faixa de 330V ou seja, antes de qualquer ação tomada pela UL que só respondeu muito depois disso, à vontade dos fabricantes, criando uma faixa minima tolerável, qualquer coisa abaixo disso se tornaria totalmente perigosa e impraticável até - Fonte dessa informação no link que postei mais acima. Mudar a mente do consumidor agora, que qualquer coisa acima de 330V é aceitável, é difícil e muitos até desistiram, acredito eu.

Veja que essa não é uma "preocupação" só minha, mas do advogado do link acima. Na bibliografia do seu texto ele cita o François D. Martzloff e Thomas F. Leedy entre várias outras fontes.

Sim, são poucas fontes comentando sobre isso porque a coisa já se consolidou. É a mesma coisa com os estabilizadores hoje. Se atreva a se meter com um fabricante de estabilizadores. Vai na porta de uma fábrica fazer um protesto contra eles, não duvido que você possa ser até morrer por causas "estranhas". Se são poucas pessoas falando sobre o assunto discutido aqui é porque a voz delas foram caladas, poucos se interessam ou se interessaram em falar sobre o assunto.

Proteção pra 127V com varistor 130V, mas você não encontra uma proteção pra 220V com varistor de 230V como seria o "melhor", pela tua "lógica", nem mesmo 240V, raramente usam 250V, mas não usam nem 260V. porque então fabricantes de proteção supostamente boas só pra 220V, incluindo a APC, coloca varistores de 275V nas suas proteções européias? Mistérios, conspirações...? Se for seguir essa lógica de que varistor de 130V é o melhor pra proteções 127V, coitados dos equipamentos feitos pra operar 220V e ser protegido por um varistor de 275V.

Estamos tratando de proteções para 127V. É de proteção para 127V (120 lá pra eles) que trata a UL. Talvez tenhamos aqui um foco um pouco diferenciado porque em "meu país" (Minas) a rede é 127V e no seu é 220V, mas isso não muda a realidade da coisa em si. A rede do Jorno é de 127V também, ele não tem porque colocar uma proteção para 220V. Mas creio que os europeus consideram apropriados, nas proteções para 220V, varistores de 250V (mínimo possível para 220 ou 240V) e de 320V, que consideram uma escolha mais prudente para a região. Mesmo porque a tensão lá não é única, varia de 220 a 240V.

Sim, acho, espero eu, que em nenhum momento eu falei pro Jorno trocar sua proteção por uma 220V e já expliquei isso aí pra trás.

Os produtos produzidos para Europa usam varistores de 275V, isso tem como ser constatado pelo valor de 700 ou 710V de tensão residual. Num site APC europeu tem como ver isso. Esse é o valor disponibilizado nas datasheet dos fabricantes de varistores.

O que eu quis trazer à luz da discussão aqui nesse parágrafo acima, é que se técnicamente para uma proteção 127V ser eficiente tem que usar varistores de 130V, ou seja, 3 volts acima de 127V ou 10 volts acima de 120V ou ainda, 20 volts acima de 110V. Então as proteções pra produtos de 240V não servem para proteger esses produtos já que 275V está 35V acima do valor 240V, isso sem considerar um varistor de 320V! Não seria um contra-senso isso? Mesmo considerando o valor de tolerância de 264V, ainda seria um contra-senso se formos pela lógica dos varistores de 130V. Tudo isso só me prova o que os próprios fabricantes de varistores e diversas fontes diferentes confirmam, varistor só foi feito para suprimir picos transitório com duração de microsegundos e não proteger contra sobretensão. Não sei a dificuldade de se ver isso. Os próprios vídeos que eu postei da PANAMAX, mostra que um varistor de 130V não impede que 200V chegue ao equipamento por alguns instantes antes do varistor virar fumacinha. Aquela régua do teste provavelmente usava varistores de 130V, se quiser se manter no mercado competindo com outros, to tentando achar o fabricante dela...

Toma aí um teste da Clamper, etc

Creio que já falamos antes de testes da Clamper. Sugira a ela submeter o produto a testes do INMETRO ou a algum laboratório independente, como seria decente ter feito. Até a Huntkey GreenStar 550W fica excelente em teste feito pela própria Huntkey.

Só achei o video com textos em espanhol, porque a Clamper tem uma sede no méxico também, mas tenho aqui no meu PC o video em português se quiser.

Sinceramente? Dispenso.

Eu não tenho nada a duvidar desse teste porque o que tá sendo considerado ali é o que já tá na própria Datashee dos fabricantes de varistores, o teste só tá comprovando o que tá lá.

A tensão residual de um varistor usado no E-terra é de 710V, mas que naturalmente se eleva, como se elevaria em qualquer varistor, quanto maior for a corrente gerada pelo surto, logo no teste deu 928V.

Levando ainda em consideração o nível de suportabilidade das fontes, que é 1500V em média, não tenho porque duvidar do teste.

Sim, vou sugir a Clamper a submeter seus produtos a testes. Mas duvido que vão me atender, porque isso tem um custo pro fabricante e pessoalmente eu digo, no que tange proteção ao equipamento, eu não precisaria ver um órgão independente testando esses produtos porque internamente os componentes da proteção em si são os mesmos usados por proteções já aprovadas internacionalmente, então não traria novidade nenhuma pra mim o aval de um órgão de metrologia.

Sobre a vida útil do varistor, é uma coisa lógica, não precisa se dados demonstrando isso! Se você pesquisar um pouquinho sobre varistores, vai achar em qualquer site que à cada surto suprimido, o varistor se degrada um pouco, chegando a um ponto que ele vai entrar em curto-circuito pleno, aí já era. Se temos um equipamento protegido que suporta picos muito maiores que 330V, que você diz que "não foi demostrando" , mas esse dado é de conhecimento comum de qualquer engenheiro e está em várias normas nacionais e internacionais, e colocamos uma proteção que clampa toda hora em 330V (provavelmente o simples desligar de uma carga eletrônica como uma lâmpada fluorescente gere um surto dessa monta), é de ser muito lógico que essa proteção vai se degradar mais depressa! Não tem mistério aqui, varistor tem vida útil limitada, você já deve saber disso. E a capacidade em Joules é um dado muito controverso, não se pode somar a capacidade de vários varistores juntos dizendo que a proteção é capaz de absorver 231415125135 de Joules, essa é uma forma errada e que os fabricantes acharam para aclamar que seu produto é melhor que o do concorrente. É de conhecimento de quem estuda esse campo, que um surto não é dividido de forma igual entre os varistores, mas a maior parte vai achar caminho por apenas 1 varistor. Essa soma de Joules e também de Kiloamperes dada por muitos fabricantes é igual dizer que os pneus de um carro duram 200.000km, sabendo-se que na verdade a durabilidade é de 50.000km por pneu. Pegar 4 varistores de 150J e coloca-los seriados, não significa que a proteção tem 600J, mas o departamento de marketing que que você acredite que sim e muitos vão na deles. Basta um dos 4 varistores ser destruido que já era todo protetor com 4 varistores seriados.

Recomendado que o protetor tenha certificação UL, que os submete a rígidos testes e padrões de qualidade. O varistor se degrada, queima, até explode. É uma vantagem e uma desvantagem. Melhor se durasse para sempre, mas a característica dele é a de se sacrificar em favor do equipamento que protege.

O problema é quando ele se sacrifica antes da hora e quando a proteção térmica não é suficiente pra conter um incêndio, mas sim, procurem produtos aprovados pela UL1449 - somente produtos americanos. Eu prefiro dar força pros nacionais que demonstram bom conhecimento e boa vontade. Não to ironizando aqui, dizendo que a UL1449 não presta, se quiser comprar produtos americanos, não tenho nada contra, eu até compro e já comprei, só to dizendo que temos alternativas nacionais.

Sobre a UL, já coloquei um documento pra você, demostrando que a UL utilizou um valor muito abaixo do que o necessário pra proteger cargas alimentadas em 120V, e que inclusive houve várias tentativas de se demostrar o erro da UL, mas o estrago já tava feito e na mente dos americanos o valor de clamping de 330V era a única coisa que protegia seus equipamentos, já que o mercado já tava saturado com produtos dentro desses valores. E quem definiu esses valores não foi nem a UL, que não passam de um Inmetro americano, mas sim a IEC - Comissão Eletrotécnica Internacional e nela tem uma tabela dizendo que o valor de clamping de 330v é para proteger circuitos que funcione em 50V. Estou procurando essa tabela, já que apenas foi citada em um dos documento que enviei pra você em outro tópico.

Você postou um screen shot parcial, sem fonte, mas conheço o texto dos tais doutores François D. Martzloff e Thomas F. Leedy, que são europeus. É evidente que para eles, em Zurique, varistores de 130V não servem, nem a IEC, que é européia, iria ter tratado de proteção para 127V. Existe, sim, no texto deles, uma crítica velada à UL e aos protetores contra surtos, que para eles deveriam ser protetores contra sobretensão. Pretendo analisar mais a fundo o ponto de vista deles e opinar em outra ocasião.

Eu coloquei fonte em tudo, os links se não sairiam ou sairam errados, culpa do forum. Na verdade a fonte dos textos desses doutores foram citadas também lá naquele outro tópico.

Não faz sentido o que você diz. Se os "tais" doutores estavam falando de varistores de 130V, eles tavam falando da questão lá dos EUA e não do país deles, isso está muito claro! A IEC trata de tudo que tem haver com eletricidade, independente da tensão de serviço! A IEC é uma comissão internacional que tem gente do mundo inteiro participando!

Em nenhum momento eles falam que para eles as proteções deveriam proteger contra sobretensão. Em todo momento eles afirmam que varistores não foram feitos para tratar de sobretensões e sim surtos/picos transitórios. A função de se tratar contra sobretensão é de relés contra sobrentensão - vide google. A PANAMAX chama sua tecnologia de AVM, o que nada mais é de um circuito medidor de tensão + relé...

Ah, e também cansei de discutir sobre isso, quem quiser procure sozinho agora, não vou postar mais sobre o assunto! :)

Pois eu agradeceria se você continuasse. Mas acho que deve pesquisar de maneira mais ampla, menos unilateral, como se quisesse não chegar à melhor conclusão, mas simplesmente "provar" que a UL está errada, os grandes fabricantes europeus estão errados e a maior parte dos engenheiros e estudiosos estão errados e que certa é a Clamper. Não é falta de respeito minha à sua opinião não. Mas pelo menos espero que saiba aceitar e respeitar também opinião diversa, como a minha. Mas quem também já ficou cansado de replicar sou eu. Como você escreve! O trabalho que dá para replicar. O que fazer? Deixar de orientar os outros para não ter de replicar tudo toda hora, gastando uma manhã inteira? Eu prefiro deixar que você tenha sua opinião, mas manter a minha. Mas quando perguntam, não posso deixar de passar a orientação que julgo acertada, que é a de usar protetores de 220 para redes 220 e 110 para redes 127V. E continuarei a fazer isso. E com tantos outros fazendo isso, inclusive em tutoriais para construção de filtros, por que será que você só replica a mim? Já experimentou escrever para a UL, que agora é ANSI, e contestá-la? Ela se tornou norma nacional em 2009 lá nos EUA. Outra coisa: Essa era também sua própria opinião até poucos meses atrás. Eu poderia citar o rau a meu favor se fizesse algumas pesquisas rápidas nos fóruns. O que te levou a essa virada? A Clamper? Não tome isso como crítica, eu próprio já mudei de pontos de vista a respeito de algumas questões, algumas vezes, na vida. Só os mortos não mudam nunca de opinião. Mas vá à origem de sua mudança, analise-a. Veja se ela não foi equivocada.

Aceito a opinião de todos. Não estou dizendo que é melhor usar proteção pra 220V no que tange a proteção, você não me entendeu nesse ponto, não to defendendo a Clamper, que também faz produtos pra 127V, iguais outros fabricantes nacionais, com varistores de 175V. Se não tão disponivel nas lojas, creio que o motivo seja apenas um, a Clamper se vendo obrigada a trocar vários protetores queimados devido desatenção dos usuários e dos lojistas ao vender um produto 127V em região que possui tomadas 220V - TODO BRASIL! Quem quiser produtos de 127V, ligue direto pra Clamper que provavelmente vão te fornecer ou indicar onde achar.

A única coisa que to tentando abrir o olho do pessoal é que:

- Varistor de 130V não protege contra nada que varie entre 135-200V, quando ele começa a conduzir, por sobreaquecimento seguindo de degradação, o equipamento já enxergou esses valores por tempo suficiente para danifica-lo.

- Varistor de 130V protege maravilhosamente contra surtos de tensão, mas naturalmente terão vida útil reduzida por "clampar" tudo de 330v pra cima.

- A suportabilidade dos equipamentos eletrônicos está na casa dos 1500V pra surtos com tempo de 8/20us. Eu cansei de pesquisar links que já li mas não salvei antes, procure no google.

- Concluindo que se varistor de 130V não protege contra sobretensão - 135 à 200V e esses valores podem queimar fontes, mas a varistores de 275V mantém a proteção contra surtos transitórios em níveis aceitáveis - 710 à 1500V, sendo que a própria UL definiu 1000V como valor aceitável. Varistor de 130V só serve como ferramenta de marketing.

Atualização:

Mais um documento de onde tiro:

"The fact of the matter is that nowadays, most electronic appliances have an inherent immunity level of at least 600 V to 800 V,

Felizmente já baixou. Não era antes 1500V? Esse autor aí é o mesmo cara de Zurique já comentado antes. Você quer opor um mundo de gente a um autor só?

Kayke, existe a questão da suportabilidade onde nela o quesito primordial é a duração do surto. Há curvas de tempo de subida e descida variadas, a mais comum e aceita industrialmente, é de 8/20us e dentro dessa curva é aceito o valor de 1500V, até 1700V para equipamentos 240V - http://www.tvss.net/porque/let_through_voltage.htm

Surtos de duração superior a 8/20us, como os de 10/50us, ou 30/100us vão ter o valor de 1500V reduzidos pra em torno de 800V provavelmente. Sendo que a grande maioria dos surtos são mais rápidos dos que essas curvas, sendo o valor 8/20us mais comumente adotado por todos fabricantes de SPD's quando se trata de protetores de Classe III.

Sendo assim não estou opondo o mundo à uma fonte só, que citou "600V to 800V" por estar sendo muito prudente ou talvez considerando a pior classe de surto e ainda por cima estar citando equipamento da época em que normas não exigiram a suportabilidade de 1500 à 2000V. Esses autores aí escreveram essas opiniões antes dessas normas mais atuais que exige suportabilidade mais elevada, só olhar a data dos documentos. Ainda por cima, 600 à 800V está bem acima dos 330V... Mesmo assim, mesmo que supostamente o valor de 1500V esteja equivocado, o que duvido, um varistor de 275V novamente mantem a tensão residual abaixo de 710V pra maioria dos surtos.

Ah, por que mudei de ideia de pouco tempo pra cá? porque sou um enterno pesquisador e uma metamorfose ambulante! :D :D :D De tudo que li e pesquisei, fiquei convencido que há um exagero em se adotar um valor de Clamping tão baixo, e não to sozinho nessa opinião. Normas, alguns fabricantes, estudiosos e outros, pensam igual. Nem por isso digo que proteções 130V não prestam e sim as 220V, como você tá insistindo que to falando isso!

Desculpe pelo tamanho das minhas mensagens, eu mesmo prometi que essa seria mais breve, mas não consigo ser breve ou a informação vai ficar incompleta. E olha que eu acho que não falei tudo ainda! :)

Atualização 2:

Mais um dado demonstrando pra você, tirado do Guia Intel de desenvolvimento de fontes ATX:

Isso não é novidade. Tem comentários meus aqui mesmo no fórum dizendo que boas fontes tiram de letra tais surtos e que protetores não são indispensáveis. Mas há casos em que um protetor salva um equipamento.

Vou resumir porque preciso ir para o almoço: No caso do APC do cara lá no Outerspace, fica a conclusão do Faller: A certeza jamais a teremos a não ser a de que de um modo ou de outro, e sem chance de repetição para comprovação, a proteção da APC não deixou que nenhum equipamento sofresse problema nenhum...

Quais os casos salvaria o equipamento em que um varistor mais prudente, de 175V, não salvaria também? Ou de 275V? Contra 160, 180, 190V na tomada? Nenhum desses faria nada para proteger ou fariam tardiamente.

No caso do cara do Outerspace está claro que a tensão não foi em 140, 150, 160, nem em 200V! Isso eu tenho 99% de certeza que não aconteceu e se tivesse acontecido, eu não queria participar do prejú!! Por isso tenho em mente que o que acabou com o filtro do cara foi excesso de ativações do varistor ao "clampar" tudo acima de 330V, logo chegou ao final da sua vida útil que caracteriza-se como um curto-circuito pleno. E porque eu tenho 99% de certeza que não foi uma sobretensão? porque nada mais queimou na casa do cara! E o que tava no APC não queimou porque curto-circuito de varistor não queima a carga, seja lá o que provocou isso. Só fica uma dúvida, se a casa do cara tem mais de uma Fase e só tinha os equipamentos que tavam no APC pendurado nessa fase.

Bem, eu disse que não ia falar mais sobre o assunto, mas relendo a mensagem decidi que eu não poderia deixar de continuar opinando. Até eu to com preguiça de reler minha msg, se tiver erros de digitação ou outra coisa qualquer, me falem porque não vou reler! :D

Abraços!

ATUALIAÇÃO:

Caso não venha a ler o texto indicado lá no início da mensagem, coloco aqui uma parte contudente que nos leva a não confiar 100% na UL por exemplo:

The process of writing and approving engineering standards for surge suppressors was dominated by manufacturers of these surge suppressors. Such domination is easy to understand:

1. The business of these manufacturers is directly affected by a few standards. In contrast, engineers representing users or the public interest were concerned with thousands of standards, and both small travel budgets and limited time prohibited most users and public interest representatives from attending meetings to develop standards for surge suppressors.

2. Most of the engineering expertise in surge-protective devices, as well as most surge test laboratories, is concentrated in manufacturers of surge-protective devices, which puts engineers who represent the public interest at a disadvantage in technical discussions.

3. Finally, the possibility of litigation for "restraint of trade" under the anti-trust statutes scared many officers of the IEEE Standards committees and subcommittees from advocating any draft standard that might hurt a manufacturer's sales. These officers had no real understanding of anti-trust case law, but were reacting to their fear of litigation.

From 1985 to 1990, financial support from the U.S. Military and a local electric utility for my research in surge-protective device applications permitted me to be the only professor to be involved in development of ANSI/IEEE standards for low-voltage surge-protective devices. When this financial support was annihilated at the end of the cold war in 1990 and a simultaneous recession that caused utilities to decrease funding for research, I continued to attend meetings at my own expense for five years, then abandoned my work in ANSI/IEEE standards. This is just one of many examples of how drastic decreases in financial support for scientific and engineering research in the USA by both the U.S. Government and utilities have harmed the public.

ATUALIZAÇÃO 2:

Outra parte em que demonstra que muitos se preocuparam com esse assunto, não só aquela fonte citada antes:

"My opinion is not the result of applying knowledge in the late 1990s to products designed and manufactured during the 1980s and early 1990s. As mentioned above, General Electric took appropriate steps in the design of its surge suppressors in the late 1970s. And, as mentioned below, there are several archival papers published in proceedings of international engineering symposia from 1989 to 1992 that discussed problems with MCOV ratings that were too low or the lack of a thermal disconnector."

Nota: MCOV = Maximum Continuous Operating Voltage - Tensão máxima para operação continua - referente ao valor de operação em condição norma para um varistor.

ATUALIZAÇÃO 3:

É isso que eu temo, e o que comentei num parágrafo aí acima. Cadê a UL1449 nesses casos? Esses são filtros aprovado por ela!

Imagina isso perto de um cortina, ou em cima de carpete...:

4189760604_f56aa4b241_o.jpg

E esse:

2879058455_0d61e94721_b.jpg

Tá marcado que a UL testou:

388420661_215ddb6933_b.jpg

Belkin:

dsc01077.jpg

dsc01075.jpg

dsc01073.jpg

Outro Belkin:

Slide08.jpg

Esse aqui foi fraco, mas o calor ainda derreteu o plastico:

hpim3027.jpg

hpim3026.jpg

Postado

Vamos dar tempo ao tempo, quando começar a chover proteções APC's queimando por causa dos varistores de 130V pedindo água, aí a gente volta a falar do assunto. Lá nos EUA a APC te dá outro filtro de graça caso queime, aqui não. Infelizmente muitos não relatam fatos nos foruns, mas vou seguir observando da forma que posso. Por enquanto são só dois casos iguais que li. Não consegui achar a msg do cara que relatou o ocorrido aqui no forum, inclusive ele tinha me prometido mandar as fotos por e-mail nesse tópico, mas não mandou... :(

Mais um videozinho da Panamax onde você poe vê que a luz permance acesa mesmo que protegida por um um filtro com varistores de valores baixos e logo eles se curto-circuitam e queiam, então pra mim eles não dão proteção alguma contra sobretensão sustentada, só em casos extremos, em que me repito aqui, onde a tensão de grampeamento é atingida, coisa rara numa rede de 127V. Não espere que tua fonte sobreviva uma perda do referencial neutro do transformador com varistores de 130V onde a tensão pode oscilar em qualquer coisa até 220V. Esse vídeo tem muito mais detalhes, mostra um multimetro medindo a tensão e tudo mais.

Fico por aqui com essa ultima msg sobre o assunto.

Atualização:

Achei o outro usuário que teve caso de filtro APC queimado:

http://forum.clubedohardware.com.br/showpost.php?p=4364620&postcount=29

Talvez os mais leigos se assustem com essas imagens, mas utilizá-las para convertê-los à escola suíça não é o melhor caminho. Imagine postar imagens de um monte de fontes Corsair, Seasonic, CWT queimadas para dizer que não fazam melhor do que as genéricas. Todo mundo sabe que varistores se degradam. Mesmo que o varistor não exploda numa anormalidade da rede elétrica, ele pode queimar na execução de seu trabalho. Foi feito para isto. A isto é destinado. Quando isso acontece ele geralmente entra em curto e queima o fusível que fica antes dele. Varistores não são "substituíveis pelo usuário" por isso, quando isso acontece é preciso que um trabalho técnico ou, mais fácil e prático, substituir o filtro inteiro, trocar por outro. Melhor do que enviar seu computador, seu home theater, sua TV LCD caríssima para o conserto, não é mesmo? Cada um desses protetores exibidos nas imagens salvou um equipamento eletrônico caro, eu suponho. Só que a durabilidade de um protetor é muito grande, não é qualquer surtinho que vai queimar um APC ou um Belkin.

Tais produtos utilizam plástico ABS antichamas e a queima deles, no exercício de sua função, em nada desmerece a UL.

Veja aí um esquema de protetor com proteção para linha telefônica criado por um engenheiro brasileiro não submetido à UL.

019uv.jpg

Note a recomendação de varistores de 100 a 150V.

De nada adianta um protetor que fica mais bem protegido com relação a si próprio, sem dar a proteção adequada aos equipamentos a ele ligados.

Para tornar a discussão mais proveitosa, me faça esta gentileza: Defina para mim exatamente o que você quer dizer com sobretensão sustentada. Essa expressão é muito recorrente nos seus textos.

Postado

Em nenhum momento utilizei as imagens ou vídeos pra convencer as pessoas por meio do medo! No caso do vídeo, ela mostra claramente que varistores de 130V deixam passam tensão elevada para a carga! E as fotos mostram o que podem ocorrer com esses produtos, o que na minha opinião a UL não está sendo rigorosa o suficiente.

Nada tem haver a proteção de sinal aqui citada por você, não sei nem porque citou isso, isso tá fora do que está sendo discutido aqui, proteção para redes elétricas de corrente alternada! E já que você puxou o assunto, uma linha telefônica trabalha geralmente com o valor de 48VDC e uma tensão mais baixa quando o telefone está fora do gancho, e quando o telefone toca, essa tensão pode ir até 130VAC. Nenhum fabricante de proteção telefônica hoje utiliza varistor menor que 150VAC nessas linhas, vide protetores da APC, na parte de proteção telefônica, no máximo usam varistores de 130V. Tenho modens discados aqui que usam varistores de 175V para sua proteção, se quiser posto foto.

"...sem dar proteção adequada..." - são palavras suas.

Sobretensão sustentada é quando ao invés de chegar 127V na tomada, chega 150V e ela permane assim até que a falha que tenha provocado isso seja sanada. O que pode causar uma sobretensão sustentada num sistema de distribuição 127/220V? Perda do referencial neutro do centro estrela do transformador. Nesse evento as Fases agora sem o referencial 0V do neutro passa a ter corrente vida dos circuitos monofásicos circulando entre as fases o que poderá provocar uma oscilação até o valor de 220V, mas tudo dependerá da carga imposta nas três fases. A Fase que tiver com menor carga sofrerá uma sobretensão. EDITADO: Num sistema de distribuição 220/380V a sobretensão poderia ir aos 380V e varistores de 275V também não oferecerá proteção.

Há outras causas de sobretensão sustentada como falha em algum regulador de tensão na rede de distribuição. Alguma falha interna no transformador no poste também pode causar sobretensão sustentada. Outra causa e a única que varistores de 130V pode fazer alguma coisa são as quedas de linhas de média tensão (7,5 - 25kV) em cima de linhas de baixa tensão 127-220V, porque nesse caso a tensão de clamping do varistor é rapidamente atingida e ultrapassada, rompendo assim fusiveis e desligando disjuntores em alguns casos. No caso, até os varistores de 275V serviriam também. Mas não espere entretanto que seu filtro de linha com varistor de 130V faça alguma coisa pra proteger uma sobretensão de 150V porque não vai fazer e se sua fonte for genérica, com chave seletora, só tenho algo a dizer: Boa sorte!

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