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Fonte de Alimentação GlacialPower GP-PS550BP


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Fonte de Alimentação GlacialPower GP-PS550BP

Análise do Primário

Nós estávamos bastante curiosos para verificarmos quais componentes foram escolhidos para a seção de potência desta fonte de alimentação e também como eles foram interligados, ou seja, o projeto usado. Estávamos dispostos a ver se os componentes realmente forneceriam a potência anunciada pela GlacialPower.

De todas as especificações técnicas descritas no databook de cada componente, estávamos mais interessados na corrente máxima em modo contínuo, dada em ampères (A). Para encontrar a potência máxima teórica do componente em watts podemos usar a fórmula P = V x I, onde P é a potência em watts, V é a tensão em volts e I é a corrente em ampères.

Nós precisamos saber também em que temperatura o fabricante do componente mediu a sua corrente máxima (esta informação também pode ser encontrada no databook do componente). Quanto maior a temperatura, menor é a corrente que semicondutores conseguem fornecer. Correntes dadas a temperaturas menores do que 50° C não são boas, já que temperaturas abaixo desta não refletem as reais condições de trabalho da fonte de alimentação.

Lembre-se que isto não significa que a fonte de alimentação fornecerá a corrente máxima de cada componente, já que a potência máxima que a fonte de alimentação pode fornecer depende de outros componentes usados – como o transformador, bobinas, capacitores, o layout da placa de circuito impresso, a bitola dos fios e até mesmo a largura das trilhas da placa de circuito impresso – e não apenas das especificações principais dos componentes que iremos analisar.

Para uma melhor compreensão do que iremos falar aqui, sugerimos que você leia nosso tutorial Anatomia das Fontes de Alimentação Chaveadas.

Esta fonte de alimentação usa uma ponte de retificação GBU1506 em seu estágio primário, que pode fornecer até 15 A de corrente em modo contínuo (a 55°C com dissipador de calor; a ponte usada nesta fonte de alimentação não tinha um dissipador de calor acoplado). O fabricante deveria ter adicionado um dissipador de calor a este componente. Sem um dissipador a corrente máxima que esta ponte pode fornecer é de apenas 3,2 A, que é um valor muito baixo, permitindo que esta fonte puxe somente até 368 W de uma rede de 115 V sem queimar este componente. A uma eficiência típica de 80% isto significa que esta fonte só poderia entregar 294.4 W sem queimar. Infelizmente no momento que analisamos esta fonte nós não tínhamos um testador de carga ainda e, portanto, não podemos dizer se esta fonte pode ou não entregar na prática a sua potência rotulada.

Na seção de chaveamento dois transistores de potência MOSFET STW12NK90Z em paralelo são usados na configuração de chaveamento direto com um transistor de modo a dobrar a capacidade de corrente do chaveador. Cada transistor tem uma corrente máxima de 11 A (a 25 °C) ou 7 A (a 100 °C) em modo contínuo ou 44 A (a 25 °C) em modo pulsante, que é o modo usado, já que o circuito PWM alimenta esses transistores com uma forma de onda quadrada. Portanto a capacidade total para o chaveador usado nesta fonte de alimentação é de 88 A a 25 °C.

Esta fonte de alimentação usa um chaveador separado para gerar a tensão standby (+5VSB), como de praxe. Neste circuito um transistor 2N60 é usado, que tem uma corrente máxima de 8 A a 25° C.

GlacialPower GP-PS550BP
Figura 7: Transistores chaveadores.

O primário desta fonte é controlado por um circuito integrado UC3845B, localizado em uma pequena placa de circuito impresso, como você pode ver na Figura 6 apresentada na página anterior.


Comentários de usuários

Respostas recomendadas

Legal o artigo, nunca tinha visto desmontarem uma fonte com PFC Passivo, alías, é um pecado não citar fontes com PFC passivo nos artigos sobre fontes. (O que li há um tempo tinha apenas fonte com PFC Ativo)

Outra dúvida que me surgiu, é que o Passivo tem chave seletora, eu tenho uma fonte com PFC Passivo mas ela não possui a chave, Isso depende do fabricante ou de outros fatores?

T+

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Esta fonte parecia uma boa fonte mas aos poucos foram aparecendo os "defeitos" e eu não compraria uma dessas. "Defeitos" como a sobrecarga em um dos barramentos de 12V é um deles e outra coisa que eu considero um defeito "defeito" foi o esquema de ventilação da fonte pois eles deveriam ter usado outra ventoinha atrás da fonte ou apenas uma de 120 mm e tenho certeza que isso não encareceria muito mais a fonte. Faz um tempinho que não tinha um artigo sobre fonte aqui foi bom ler outro artigo sobre fontes aqui, pois o CDH é um dos melhores sites do Brasil senão o melhor para fazer este tipo de artigo sobre fonte e agora só falta aquele aparelho que vocês prometeram que iam comprar para acabar com essas polémicas sobre fontes.

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