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Uma visão geral da Campus Party Brasil 2010

Definir a Campus Party e uma tarefa complexa que espero ser capaz de empreender nos próximos artigos, nesse serei muito menos pretencioso e me limitarei a apresentá-la.

Ao chegar na Campus Party já encontramos um pavilhão aberto ao público bem maior do que o do ano passado, mas o pavilhão seguinte, onde ocorre a Campus Party, é ainda mais impressionate com aparentemente o dobro do tamanho do anterior. O mesmo vale para o terceiro pavilhão onde se encontram cerca de 3 mil barracas (devendo chegar a 6 mil) para os campuseiros mais valentes que passam os sete dias acampados aqui.

Na área de negócios percebe-se algumas faltas como o Yahoo! que na edição anterior fez várias promoções, da Philips que apresentou uma TV 3D que não precisava de óculos e mais alguns atores de peso no mercado de hardware e software.

Entretanto a Campus Party é um evento que gira ao redor de pessoas e da cultura digital que engloba, mas não gira em torno de tecnologias.

A única tecnologia onipresente na mesa de cada campuseiro é o hardware, porta de entrada para o universo digital onde eles (ou devo dizer nós?) transitam tão à vontade quanto se fosse uma rua ou um parque no mundo real.

"Hardware
Todo tipo de hardware pode ser visto nas bancadas

Depois de vencer a fila para se credenciar (no segundo dia a demora de quase cinco horas parece ter sido resolvida) encontra-se a área aberta ao público com alguns quiosques de alimentação e vários estandes de empresas que procuram apresentar seus produtos ou estabelecer um relacionamento com seus consumidores oferecendo, por exemplo, um lounge, uma sessão de massagem ou jogos interativos.

"Lounge"
Lounge

O ponto alto dessa área deve ser a sala Batismo Digital onde o público pode usar computadores para conectar na Internet e conversar com os instrutores preparados para guiá-los alguns passos adiante na inclusão digital.

Em frente à essa área e logo à direita depois dos balcões de credenciamento está a entrada para o campus da Campus Party. É uma visão impressionante, uma verdadeira floresta de computadores de todos, mas realmente todos, os tamanhos e formatos, afinal na área de modding há gabinetes na forma de dragões e personagens de games que, confesso, não conheço. Algumas das máquinas que encontramos aqui, feitas especialmente para jogar, custaram em torno de 18 mil Reais. Sem contar o monitor.

"Modding"
Um passeio pela área de Modding

"Dragão"
Gabinete em formato de dragão

As mesas onde se espalham milhares de campuseiros são cercadas por cerca de 12 arenas onde ocorrem palestras sobre blogs, podcasts, desenvolvimento, software livre, robótica, web design, fotografia, simulação e jogos onde ha também torneios de vários jogos. As outras arenas são para assuntos gerais como liberdade de expressão, segurança (ainda hoje houve uma palestra muito interessante com Kevin Mitnick, o mais famoso hacker do mundo, sobre a disseminação do phishing e como as pessoas acreditam no que recebem por e-mail), inclusão digital etc.

"Bancadas"
As bancadas com seus cabos de rede

"Kevin
Kevin Mitnik, o mais famoso hacker do mundo

No centro dessa área está o aquário onde trabalham os servidores que garantem a conexão de 10Gbps que nos permite enviar um vídeo de 400MB para um site como o Youtube em menos de 10 segundos. Vale pensar nesse número... A banda larga de 1Mbps é bastante comum e a banda disponível aqui não é 10, 100 ou mesmo mil vezes maior e sim 10 mil vezes maior.

"Servidores"
Os servidores

Estamos no segundo dia da feira e é cedo para apontar pontos positivos e negativos, isso ficará para o último artigo, mas já é possível sugerir algumas melhorias para a organização.

As filas para cadastramento no primeiro dia estavam absurdamente demoradas e algumas falhas no sistema de cadastramento levaram alguns campuseiros a ter que enfrentar não uma, mas duas fillas para obter suas credenciais. Algumas pessoas ficaram mais de 5 horas na fila.

Houve também filas grandes para entrar na área de acampamento.

Outro ponto que poderia ser melhorado é a coordenação dos ônibus: não sabemos os horários e locais de onde eles partem.

Na contabilidade geral os campuseiros conseguem fazer da Campus Party um evento impar no mundo, um campo fértil para a cultura do século XXI e, com certeza, a cada edição a organização aprenderá mais sobre como organizar um evento dessas dimensões.


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