Ir ao conteúdo
  • Cadastre-se

Telepatch transceptores de VHF/UHF


Ademilton
Ir à solução Resolvido por Ademilton,

Posts recomendados

Transceptores TELEPATCH  

 

image.png.c9146cd992d794e9fe53c2a620d01bf9.png    image.thumb.png.3b567bead00144e37f56a3083db48077.png

 

 

Iniciamos aqui uma abordagem sobre os transceptores  desta marca e tentar abrir à todos um pouco mais sobre estes modelos, vamos comentar neste tópico as vantagens e desvantagens destes aparelhos em relação ao seu concorrente mais próximo o  INTRACO 7000 e as vantagens e desvantagens de utilizar um ou o outro.

Ambas as marcas já não contam mais com o suporte do fabricante, pois já não são mais fabricados, hoje quem utiliza estas marcas sabem das dificuldades de aquisição de peças e componentes. Os Radioamadores que os utilizam fazem suas manutenções por conta e risco e as modificações e alterações de freqüências são na grande maioria feitos na raça por pura satisfação pessoal ou por força do amor ao Hobbie.

 

Índice da postagem:

  • Eficiência e Robustez
  • Utilização
  • Eletrônica e tecnologia
  • Multiplexação de canais
  • Documentação
  • Desenho Frontal e Traseiro do rádio
  • Software (DICOM) para elaboração de cálculos dos canais
  • Testes usando memórias Eproms e E2Proms
  • Opções de Placas adaptadoras de memórias:
  • Dificuldades encontradas e as conclusões
  • Agradecimentos (também a Edson Paiva)

 

  • Eficiência e Robustez

 

Equipamento muito eficiente, foi muito utilizado por forças de segurança no passado e por setores governamentais ou comerciais, possui um circuito muito bem elaborado e resistente, quase todo em metal com uma Robustez comparada a um tanque de guerra e por sinal muito pesado algo em torno de 5 Kg. Até hoje ele está no mercado em operação mas agora em poder de Radioamadores ou de usuários que detém o conhecimento técnico sobre a tecnologia utilizada.

 

  • Utilização

Hoje utilizado por queles que detém o conhecimento de sua tecnologia, na sua grande maioria por Radioamadores e técnicos, na modalidade simplex ou repetidores. Sua dificuldade de utilização se dá pelo desconhecimento técnico e pela dificuldade de obtenção de mão de obra habilitadas ao reparo e as necessidades de reprogramação de memórias além da dificuldade em obter recursos material e técnico além de ser trabalhosa as mudanças e modificação devido a maneira construtiva escolhida para o seu projeto no passado.

 

  • Eletrônica e tecnologia

A tecnologia e a eletrônica utilizada e 100% discreta, porém ele já possui circuito sintetizado de freqüências o que permite a reprogramação de muitos canais, ficando a cargo da criatividade de técnicos e engenheiros.

Sua eletrônica é muito robusta e modular, podendo ser reparado em partes devido as suas divisões internas separadas por divisões metálicas isoladas para evitar interferências entre as etapas.

O sintetizador PLL de freqüência utilizado é comercial  145146, auxiliado por uma memória PROM DM74S387, DM74S570, DM74S572 para armazenamento dos códigos binários dos canais e que pode ser substituída por uma EPROM ou E2PROM paralela exigindo apenas o conhecimento especifico para sua instalação, programação e gravação.

A Multiplexação dos canais é o maior problema deste rádio, porque na sua grande maioria foram fornecidos aos clientes na forma de poucos canais e portanto se encontra muitos destes aparelhos com 1 , 2 , 6, 9, 12, 32 e 64 canais mas somente selecionáveis via chaves seletoras mecânicas.

Porém há um modelo raríssimo de encontrar que sob encomenda foi desenvolvido para multiplexação de canais utilizando contadores binários e que permitia a escolha de canais via teclas e contadores UP / Down, modelo FC-3050A mas não se encontra mais a documentação dele para reprodução experimental. No manual do TM 160/25-1 (FT 1100A) Maritimo ou o Antigo  é possível visualizar a foto deste painel remoto, com este recurso, na pág.16 do manual "Telepatch TM160_40_Antigo". O que se sabe também é que foi utilizado em motocicletas AMAZONAS onde o transceptor ficava alojado nas bolsas laterais traseiras e o painel remoto no frontal do veículo.

 

  • Multiplexação dos canais

Abordando aqui este assunto e comparando este modelo com o concorrente INTRACO 7000, há muita semelhança em tecnologia com o TM-160/40 da Telepatch, ele possui recursos internos que o Telepatch não tem ou tem em separado para uso remoto conforme mostro logo abaixo.

 

Descrição: a memória (DM74S387)e o sintetizador (145146) são as partes principais do circuito que geram códigos binários, tensão de controle e as freqüências para cada canal de Rx e TX do transceptor. A página que trata deste assunto no manual tem como título "Mod. Sintetizador Baixo Consumo" código n.o 80.0101.083.

As etapas deste módulo são:

  1. CI - 451 Memória PROM    (pode ser substituída por uma Eprom ou E2Prom)
  2. CI - 452 Divisor Secundário (145146 - PLL)
  3. CI - 453 Divisor Primário (12017)
  4. CI - 454 Mudanças de estado, Passo da chave, PTT e mudança de canal, PROM On-Off
  5. CI - 456-7 Geração de Multiplexação de dados

 

image.thumb.png.d2dd7ba78e34d30a5aa13f5cc8e650cb.png

 

Obs: no conector P451 entra o cabo do painel remoto FC-3050 para seleção dos canais

Eu diria que nesta página está a menina dos olhos destes rádios, é neste circuito que se cria e muda os canais.

 

 

> Manual de um rádio Telepatch
  1. Manual do Telepatch 160/40  modelo Antigo

 

Obs: neste modelo há um esquema de seleção de canais via contador UP-Down com 3 displays de 7 segmentos, através dele é possível acessar até 128 canais ou mais, este recurso é importantíssimo porque o torna mais seletivo e versátil como o seu concorrente (Intraco), podendo ser programado via Eprom ou E2Prom com uma tabela extensa de canais disponível em arquivo logo abaixo.

 

  • Comparação com o INTRACO:

 

O conector P451 no Telepatch é o mesmo no INTRACO o CT212P

                                                                                                                                                        

>  Circuito A - Lógica dos contadores UP - Down

 

contador.thumb.jpg.0084de6ea95208696f94f1b3845a0751.jpg

 

> Circuito B - Lógica da memória de canais e PLL

image.png.852362264ce8d1133b95a74054eb872e.png

   

O Circuito B é semelhante  ao diagrama do Telepatch exposto acima, porém o Circuito A já existe no Intraco mas não existe no Telepatch, é justamente esta parte que falta  no TM-160/40 e que faz a seleção dos códigos binários na PROM, EPROM ou E2PROM para contagem, seleção dos canais e amostragem em display.

 

Ai estão as diferenças entre os 2 modelos comparados, surgem aqui também as semelhanças entre eles, principalmente na maneira de selecionar os códigos binários dos canais nas entradas da memória.

 

A INTRACO foi mais além no projeto, incluiu na entrada de dados das PROMS um circuito contador UP/Down digital para selecionar os canais, foi adicionado no circuito do rádio, já a Telepatch preferiu isto remoto para tornar este recurso um acessório a ser oferecido aos clientes. Para nós Radioamadores foi ótima a ideia da INTRACO,  porque nos ajudou muito a modificar os rádios de maneira fácil e prática, já no Telepatch falta este recurso nos rádios para a multiplexação dos canais e a adição de 128, 192, 256 ou mais canais aos transceptores.

 

O segredo então está em 2 fatos importantes para aumentar ou alterar os canais nestes rádios:

 

  1. Calcular os códigos binários de cada canal de acordo com a necessidade em RX e TX
  2. Multiplexar estes códigos de forma fácil para acrescer o número de canais nos aparelho.
  • No INTRACO faltava a calculadora binária e a troca das memórias de PROM para EPROM, onde resolvi este problema criando uma em Excel e todos os passos estão exposto aqui mesmo no Clube do Hardware em Tópicos específicos da marca.
  • No TELEPATCH, já existe um software que faz estes cálculos, chama se "CALCULA" for DOS porém a Multiplexação ficou dependente do circuito do módulo FC-3050A e FC-3080A que até hoje não conseguimos ver ou ter em mãos os documentos para reproduzir igual ou em Arduino para facilitar a tarefa e inserir dentro do próprio rádio eliminando a necessidade de um módulo remoto para esta tarefa.

 

image.png.a1a5068e8367e65483d65fa015692823.png      image.thumb.png.3b567bead00144e37f56a3083db48077.png   Remoto_Telepatch1.thumb.jpg.410808d8c5181305643315d4573814a7.jpg

QUEM POSSUIR OS DOCUMENTOS DESTES PAINEIS, POR GENTILEZA NOS AJUDE

 

Observação: O modelo FC-3080A possui o conector (Din) do capacete o FC-3050A não possui

 

FC-3050/FC3080A ( faltam os diagramas eletrônicos)

  • Seletor UP - Down do modelo antigo

image.thumb.png.d839bd403eeadce18c235408ad2c5aec.png         image.png.7567381e2d9f4c5abba4446dcb074afa.png

 

Em 99% dos rádios faltam esta parte do circuito para seleção de canais, com ele podemos multiplexar e selecionar

1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128 canais, já que o conjunto de display são para 3 digitos....isto também vale para o INTRACO 7000.

Concluo com este estudo, que parte do circuito do contador do INTRACO também pode ser utilizado no Telepatch, a lógica

é a mesma, porém este circuito acima já inclui 3 displays e a placa do INTRACO somente 2 displays de sete segmentos.

 

Nota1: o CI6 e CI7 do esquema acima, são memórias PROMS, desconhecemos a programação delas, se não tivermos os códigos

de programação destas memórias, não vai adiantar nada quando pifarem.

 

Nota2: em caso de pane nas memórias 74S387/570 do display, minha sugestão é ignorar os displays e alternativamente inserir

um freqüêncímetro programável no pino 4 do conector J4 na placa do VCO, extraindo assim uma referência em freqüência real para amostragem do canal.

 

Nota3: os Jumpers JU1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 na entrada dos CIs CD4029 (contador UP - Down) são para multiplexação de canais ( 1 - 2 - 4 - 8 - 16 - 32 - 64 ) e o JU8 é destinado a seleção do tipo de memória SN74S387 ou SN74S570.

 

> Como definir o Jumper do VCO para deslocar a banda

 

Não encontrei nos manuais esta Dica, consegui as informações via boca boca com os amigos, mas vamos aqui acabar com este mito de como deslocar a banda de trabalho via jumper na bobina L912 da placa do VCO.

Como este rádio possui uma banda estreita de trabalho, quero dizer ele trabalha de 136 - 174 MHz, mas diferentemente do INTRACO você não consegue na maioria destes rádios obter toda esta banda ativa, você tem que fracionar o VCO para trabalhar na faixa de freqüência que deseja, sendo assim há um recurso físico na placa do VCO para isto, este recurso é aumentar ou diminuir o comprimento de uma trilha que representa uma bobina que sintoniza o Oscilador de Controle por Tensão o Q904 (J310), este indutor é o famoso L912 localizado no desenho B-80.0101.007-B0

Para sintonizar uma fração da banda de freqüência indo ao extremo da faixa ( Hi Frequency) devemos diminuir o tamanho desta bobina ( trilha) e para fracionar a banda indo ao outro extremo da faixa  ( Low Frequency) devemos aumentar o comprimento desta mesma trilha e deslocar a banda para baixo. Sendo assim poderemos definir onde queremos que o VCO trabalhe, o desenho abaixo mostra este recurso e como se deve fazer um ponto de solda para que isto aconteça na prática.

Vale salientar, que para uso dos radioamadores, seria prudente efetuar estas alterações na freqüência em 146.000 ou 146.500 que representa o centro da faixa que vai de 144 à 148 MHz.

 

1969639046_VCOJumper.jpg.7d7822aa47f66cfb7812b6063bdbe361.jpg  image.png.0a6ab453ef67e1ca636c17a1a05260c4.png

Os 2 pontos mostram como devemos dar um ponto de solda para deslocamento da faixa de freqüência de trabalho desejada, este recurso poderia ser feito através de micro chaves fracionando esta bobina, mas os desenvolvedores na época decidiram fazer desta maneira porque acharam mais seguro ou porque queriam mesmo dificultar o acesso aos curiosos em mudanças de freqüências sendo necessária a presença dos técnicos da Telepatch para realizar a alteração solicitada.

 

L912_VCO.jpg.d9bd818ba4a96b479816d1fd595bbc94.jpg       image.png.f952c7d0f8b70c0fc28e3dd5b3dd6a67.png     image.png.ee9a36a76256492c025e03ffe560a44d.png

Circuito do VCO

 

> Como verificar a Tensão do VCO para a janela de freqüência que desejamos

 

Na pág. 57 do manual de serviço há um procedimento para identificar "Defeito : Pane no Sintetizador" neste procedimento há um trecho na seqüência localizada na página posterior (58) que mostra o Passo a Passo  de como verificar a tensão de correção do VCO para que os valores estejam dentro do especificado pelo fabricante na janela de 1 à 7V.

Será imprescindível que o técnico tenha em mãos um bom Osciloscópio e um Voltímetro preciso ou um Osciloscópio Digital.

 

9 . 6 . 3. Verificação de Rotina: -

- Meça a tensão em PT-7 com o multímetro eletrônico e verifiqᵫ seu valor em recepção e em transmissão e em todos canais.

- Escolha o canal que determine o valor médio desta tensão e ajuste C910 no VCO para 4V.

- Verifique novamente se em todos os canais tanto em transmissão como em recepção a tensão de correção permanece dentro dos limites de 1V a 7V.

- O desvio de modulação deverá ser reajustado após cada centragem do VCO.

 

 

20220527_175047.thumb.jpg.04cc78c3d25e3f586ef2645a6459d8a2.jpg                               PLL_145146.thumb.jpg.eba0e6f1207368fa514a18575cd91c1c.jpg

 

  • Documentação

Há uma vasta quantidade de informações sobre esta marca e seus modelos, muitos já cadastrados em sites internacionais de documentos e manuais.

Aos que ainda não sabem, a Telepatch tinha uma vasta linha de aparelhos para atender o segmento comercial, alguns colegas já disponibilizam os documentos em bancos de dados particulares mas de uso geral e gratuito, aqui vamos citar alguns deles com a permissão destes contribuintes.

 

  1. Esquematéca Telapatch
  2. Esquematéca Geral
  3. Banco de dados internacional de documentos
  4. Contato pessoal via QRZ para envio de documentos
  5. Telepatch-tm-160-40-tm-270-20-tm-460-10-py2adn
  6. Fornecedores de placas impressas

 

  • Desenho Frontal e Traseiro do rádio

image.png.6942bebeaaedb23e0a1c15fe42fdcf7a.pngimage.png.afe9362d762d192257a9e6da49b5ba20.png

 

  • Software (DICOM) para elaboração de cálculos dos canais

 

Clique na imagem para ampliar

Calcula.JPG.a38a38d96412a71b3bb2cd50c945c602.JPG

Calcular a freqüência de uma repetidora qualquer no caso a de Uberlândia ( 145.350 -600)

 

Basta montar uma tabela

Rx   145.350   código = 912D00C3    (insere-se um Zero na frente de cada bit)

TX   144.750   código = B25D00C3    (insere-se um Zero na frente de cada bit)

 

Código a ser gravado na memória = 0901020D00000C03 0B02050D00000C03

                                                           L0---- RX (16 bits)        TX (16 bits) ----LF

 

Ao abrir o programa, leia o enunciado no rodapé do programa e siga os passos:

  1. Digite a freqüência de recepção: ( 145350 )
  2. Dê Enter
  3. Dê Enter novamente para continuar
  4. Digite a freqüência de transmissão: (144750)
  5. Dê Enter
  6. Copie o código completo de L0 à LF em vermelho logo abaixo e transporte o valor para a sua tabela
  7. Dê Enter novamente e começe o processo para um novo canal

 

Clique na imagem para ampliar

 

image.png.4f7b8652d24159eb347796bc48823521.png

 

A necessidade fez os radioamadores se mexerem para resgatar esta jóia, que hoje está disponível à todos, trata se do programa que calcula as freqüências e códigos binários para a reprogramação das memórias de canais nos Telapatchs. 

Sem as rotinas deste programa é difícil gerar as tabelas dos códigos binários de RX e TX para a criação de novos canais nos modelos citados.

É importante frisar que este software não irá rodar em sistemas operacionais Windows mais novos, para tal é necessário que instalemos máquinas virtuais ou versões antigas de Windows XP em nossas máquinas.

Lógico que não basta, o técnico deverá saber e ter habilidades para inserir os dados gerados em Gravadores de Memórias Eprom ou E2Prom e gravá-los nos chips para utilização nos Telepatchs.

Neste fórum há Posts específicos sobre gravadores antigos de memórias, que poderão nos auxiliar na gravação destes dispositivos, basta dedicação e leitura para assimilar bem o conteúdo.

 

O nome do software é CALCULA conforma citado abaixo:

Telepatch_Calcula.rar

 

  • Testes usando memórias Eproms

Separei uma memória Eprom 27C64, calculei e gravei 9 códigos de freqüências conhecidas nela e usei a placa adaptadora EPROM/PROM do INTRACO para iniciar os testes e ajustes destes canais, agora estou lendo os manuais para começar os ajustes e calibrações.

 

  • Tabelas de canais

Tabela Telepatch_160_40.xlsx    TP_CH9_06_01_21.rar

       64 canais                                          9 canais (foto abaixo)

 

Na programação que fiz para 9 canais, os canais 2, 5, 8 e 9 são:

2 - 145.000 simplex

5 - 145.350 (-600) repetidora Uberlândia

8 - 145.570 APRS

9 - 148.100  Canal de testes em simplex

 

code_1.thumb.jpg.2f325bd9ec8a3ae9dc7f7417351ac5f8.jpg

Gravando Códigos com Genius G540

 

Memoria.thumb.jpg.4c6739ff8f0395a486ac90d295c3fff4.jpg

Instalando o Adaptador

 

Esta etapa da conversão inicia a grande tarefa de alinhamento do rádio, porque se o equipamento estava preparado para trabalhar acima de 160 MHz, devemos alterar alguns ajustes para traze-lo para baixo de 144 - 148 MHz.

Deslocar a banda em um circuito muito seletivo requer novos ajustes e calibrações, pois a banda passante sendo estreita o rádio precisa ser modificado.

Isto não é tão critico no INTRACO mas no Telepatch exige experiência e conhecimento das etapas envolvidas no circuito do VCO e Sintetizador.

 

As etapas serão:

> Adaptação de uma PROM para EPROM ou E2prom

> Inclusão de novas freqüências nas memórias ( re-cálculo usando o software CALCULA)

> Talvez seja necessário alterar ajustes no Front End  ( sem documenatação especifica )

> Alterar ajustes no VCO ( L911 e L912 ( pg. manual B-80.0101-007-BC) ( sem documentação específica )

 

  • Opções de Placas adaptadoras de memórias:

 

image.png.b98d852bfe8898cf205e73927db9053a.png

 

Esta placa ajuda a LER o conteúdo de uma PROM através de um gravador de Eprom ou também auxilia a adaptar uma Eprom no lugar de uma PROM, com duas placas é possível optar em qual atividade vamos atuar.

 

>   Placa adaptadora de Prom para Eprom ou E2Prom

>   Vídeo completo sobre as placas

>   Leitor e Gravador de PROM

 

 > Para LER uma PROM

Para LER uma Prom gravada, insira no soquete do adaptador uma PROM, conecte agora o adaptador lado dos pinos  Eprom no gravador de Eprom/E2Prom e acione a função ler Eprom, os códigos gravados na PROM serão lidos e poderão ser gravados em arquivos para serem utilizados posteriormente em uma memória Eprom/E2Prom.

 

> Para adaptar uma Eprom/E2Prom no lugar de uma PROM

Caso deseje colocar uma Eprom/E2Prom gravada no lugar de uma PROM, prepare uma placa adaptadora com soquete para EProm/E2Prom e o outro lado com pinos para encaixar no soquete PROM desejado, então os códigos gravados na Eprom/E2Prom serão lidos através do soquete PROM e transferidos para o PLL do rádio.

 

Este recurso evita o sucateamento de placas antigas por falta de memórias PROM, a falta deste componente que já foi descontinuado e também a dificuldade de se encontrar gravadores para esta tecnologia hoje no mercado, nos obriga a encontrar alternativas como esta. Este recurso salva alguns circuitos do sucateamento ou permite a leitura das memórias para serem reproduzidas em outras tecnologias mais novas e modernas ou nos ajuda a fazer Backup dos códigos gravados nas PROMs para posteriormente utilizá-los.

 

Para quem restaura equipamentos antigos é indispensável o uso destes adaptadores de memórias.

 

  • Dificuldades encontradas e as conclusões:

 

Se um determinado rádio estiver configurado para o extremo da faixa ex: 176MHz, como proceder para trazê-lo para 144 - 148 MHz, não consegui encontrar nenhum documento passo a passo que orientasse para executar esta alteração, mas consegui através da experiência de outros colegas como proceder nos ajustes.

Este rádio tem uma faixa muito estreita de trabalho em se tratando do Oscilador de Controle por Tensão (VCO), mudanças como esta exigem alterações físicas no Hardware do VCO, diferente do INTRACO 7000 que o seu VCO cobre realmente de 136 à 176 MHz bastando apenas pequenos ajustes.

A impressão que se tem ao tentar alterá-lo é que a tecnologia empregada nele, foi idealizada para evitar pirataria ou upgrade de banda de trabalho sem que houvesse a intervenção direta do fabricante na tarefa e reforçar o fornecimento de peças e ajustes especificos via fabricante.

Este fato dificulta muito a inclusão de canais para a faixa de radioamador, isto torna a conversão destes rádios um pouco trabalhosa e exige dedicação e conhecimentos.

 

Continuaremos abertos a novas informações e ajuda de quem quiser participar e que possua outras dicas e maçetes para nos fornecer, porque nosso objetivo aqui é igualar o conhecimento de todos e levar mais dicas e informações aos que necessitam, tornando assim o Telepatch acessível à todos sem pano preto ou estrelismos.

 

O trecho que fala sobre "Como definir o Jumper do VCO para deslocar a banda" explica bem como trazer os ajustes para a banda de Radioamador.

 

  • Agradecimentos

 

Quero agradecer o apoio, empenho e a boa vontade de muitos colegas e entidades pelo trabalho desenvolvido no registro de documentos e manuais.

Sem estas pessoas e seus esforços não teríamos informações disponíveis ao longo do tempo para pesquisar.

Agradeço ao colega Alexandre "Tabajara" Souza, PU2SEX pelo banco de dados disponível e o site  www.mods.dk na pessoa no Sr. Eric Hansen pela luta

em armazenar informações todos estes anos para atender o mundo técnico Radioamadoristico.

Em especial ao nobre colega Wilson da Wiltec São Paulo, deixo à ele meu agradecimento pela gentileza de nos fornecer materiais técnicos e peças, até mesmo rádios para analises e pesquisas.

Também não posso deixar de citar a ajuda do nosso colega ALBINO que mora no litoral paulista, que nos ajudou bastante enviando documentos sobre o RELM Chatral e sobre o Telepatch.

Recentemente encontrei uma página na internet que cita o nome de um engenheiro que provavelmente trabalhou no projeto do Telepatch, seu nome é Edson Paiva, tentei contato com ele por email, estou aguardando retorno:  >  Provável desenvolvedor da linha Telepatch

Parabenizo aos usuários e curiosos que procuram informações para uso e para sanar sua dúvidas e curiosidades sobre estes modelos que já não figuram mais no mercado de transceptores, porém permanecem ativos nas prateleiras dos Radioamadores ou em Repetidoras de rádio, em algum lugar deste Brasil.

 

Encerro por aqui minha contribuição, mas desejo à todos muito sucesso na continuidade,  porém se houver novas descobertas da minha parte, terei prazer em relatar aqui neste BLOG para que a marca e modelos sigam eternizadas a fim de ajudar aos membros do nosso Hobbie.

 

Espero que estas linhas de informações, ajudem alguém a descobrir e aprender mais sobre estes equipamentos e suas aplicações.

 

Ademilton da Silva Leite - PU4ASL

O contato comigo poderá ser feito via email através do QRZ.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Curtir 1
  • Obrigado 2
  • Amei 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • 1 ano depois...
Em 19/04/2022 às 06:43, Ademilton disse:

Basta montar uma tabela

Rx   145.350   código = 912D00C3    (insere-se um Zero na frente de cada bit)

TX   144.750   código = B25D00C3    (insere-se um Zero na frente de cada bit)

Analisando os dados, nota-se que os "zeros" adicionados, referem-se aos 4 bits extras (da PROM de 4bits em relação a nova memória de 8bits)
Existe uma dica de eletrônica que pode ser utilizada:
A memória nova (de 8bits), possui 4 pinos de saídas a mais que as de 4bits (Q4, Q5, Q6 e Q7, no caso da memória sugerida: 27C64).
E estes pinos podem ser usados como uma "segunda vida do componente", para o caso de algum acidente (por exemplo quebrar um dos pinos: Q0, Q1, Q2 ou Q3).
Para fazer uso desta "segunda vida", você precisará de 2 coisas:

1: Levantar Q0, Q1, Q2 e Q3 do circuito, e aplicar Q4, Q5, Q6 e Q7 em seu lugar.
2: O arquivo gravado na memória, neste caso, deverá ser preenchido com a duplicação dos dados por exemplo: (AA, BB, CC em vez de 0A, 0B, 0C)

Para facilitar a vida, acabo de escrever um pequeno programa (carece de testes, mas pareceu funcionar bem).
Onde você simplesmente insere os dados e ele gera o binário pronto para gravar na nova memória.

Permite gravar das seguintes formas:
* Dados com ou sem zeros
* Dados em 8 bits para novas memórias
* Dados em 4 bits para o caso de realmente querer uma PROM de 4 bits.
* Testado em Windows 7 e 10

Agradeço os feedback sobre o funcionamento do programa.

 

telaprograma.png

Canais2bin.zip

  • Amei 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Em 30/01/2024 às 02:57, MESTRE-ANDREI disse:

Analisando os dados, nota-se que os "zeros" adicionados, referem-se aos 4 bits extras (da PROM de 4bits em relação a nova memória de 8bits)
Existe uma dica de eletrônica que pode ser utilizada:
A memória nova (de 8bits), possui 4 pinos de saídas a mais que as de 4bits (Q4, Q5, Q6 e Q7, no caso da memória sugerida: 27C64).
E estes pinos podem ser usados como uma "segunda vida do componente", para o caso de algum acidente (por exemplo quebrar um dos pinos: Q0, Q1, Q2 ou Q3).
Para fazer uso desta "segunda vida", você precisará de 2 coisas:

1: Levantar Q0, Q1, Q2 e Q3 do circuito, e aplicar Q4, Q5, Q6 e Q7 em seu lugar.
2: O arquivo gravado na memória, neste caso, deverá ser preenchido com a duplicação dos dados por exemplo: (AA, BB, CC em vez de 0A, 0B, 0C)

Para facilitar a vida, acabo de escrever um pequeno programa (carece de testes, mas pareceu funcionar bem).
Onde você simplesmente insere os dados e ele gera o binário pronto para gravar na nova memória.

Permite gravar das seguintes formas:
* Dados com ou sem zeros
* Dados em 8 bits para novas memórias
* Dados em 4 bits para o caso de realmente querer uma PROM de 4 bits.
* Testado em Windows 7 e 10

Agradeço os feedback sobre o funcionamento do programa.

 

telaprograma.png

Canais2bin.zip 915.03 kB · 2 downloads

 

Muito Legal ajuda muito na hora de digitar no programador de Eprom, achei útil a ideia de usar os campos preenchidos com zero para aproveitar melhor a memória.

  • Obrigado 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

23 horas atrás, Ademilton disse:

Muito Legal ajuda muito na hora de digitar no programador de Eprom, achei útil a ideia de usar os campos preenchidos com zero para aproveitar melhor a memória.

Valeu, obrigado pelo retorno.

 

Quanto ao programa DICOM (para converter as frequências),

Acho que já está na hora de portar para Windows também (não que eu tenha problemas com isso, pois tenho PCs reais rodando DOS aqui, fora a possibilidade da máquina virtual, como você bem citou).

Mas cairia bem uma versão de janelas que rodasse nativo nos S.O mais modernos.

 

Estive olhando os arquivos que acompanham o determinado software, e me pareceu algo desenvolvido em Clipper.

Tenho muitos livros de Clipper aqui, bem mais pra frente, quando tiver tempo, dá até vontade de desenferrujar o Clipper que há em mim (kkkkk), e tentar a empreitada. Claro, dando os devidos créditos ao programador original, (embora não tenha vistos os créditos em lugar algum)*

*Não cheguei a rodar o programa DICOM definitivamente, apenas dei uma olhada superficial nos arquivos.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Solução

Acho que não vale a pena Andrei, são equipamentos muito antigos, seria um esforço a mais para ser apreciado por poucos conservadores da tecnologia Brasileira. A calculadora do INTRACO sim, porque não há um programa especifico para fazer estes cálculos.

Minha filha que abraçou a causa e fez no excel para diminuir o meu sofrimento......kkkkkk

Ela me disse: papai faça pra mim um descritivo dos passos que o Sr. usa para calcular estas frequências, talvez eu consiga jogar no excel e facilitar seu dia a dia com isto.....e não é que ficou boa a ajuda dela, só que tenho que converter uma à uma das frequências. Até disponibilizei o link no forum para que outros intrressados usem para fazer seus cálculos.

Mas ajudou demais....

 

  • Obrigado 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • 4 semanas depois...

Desvendando o display do Telepatch + Programa para trabalhar com arquivos de 4bits

*Antes de mais nada, cabe salientar que os testes que fiz foram em rádios de sucata. E também não sou engenheiro, muito menos formado em eletrônica. Os materiais que apresento são somente com fins didáticos.

 

Desenvolvi um programa para trabalhar com os arquivos das memórias PROMs de 4bits o objetivo principal é do programa unir, de várias formas diferentes, as ROMs destas memórias para criar um arquivo de 8bits.

Ele também pode trabalhar com arquivos de 8bits (gerados por leitores convencionais que usam adaptadores) Foi testado em Windows 7 e 10.

Também um programa (simples e ainda precisando de ajustes), mas já serve como um começo. Que roda na plataforma do Arduíno.

Também o esquema do leitor baseado em Arduíno para ler as referidas memórias (atualmente adaptado para a memória DM74s387)

*O hardware montado sobre o Arduino NÃO está de acordo com o que os engenheiros ensinam.

PODE PREJUDICAR SEU PC E SEU ARDUINO. Somente utilize se você não tem problemas com a provável queima dos mesmos.

Segue o vídeo dos trabalhos de engenharia reversa de como as memórias comandam o display (vídeo longo e chato).

Link dos arquivos: https://*****/file/uLYHQLLL#KTAEwwXEasuV0Ab0aDPg_p8astRfO-Jz4G5hPEHP5qw

Link do vídeo:

 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Crie uma conta ou entre para comentar

Você precisa ser um usuário para fazer um comentário

Criar uma conta

Crie uma nova conta em nossa comunidade. É fácil!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar agora

Sobre o Clube do Hardware

No ar desde 1996, o Clube do Hardware é uma das maiores, mais antigas e mais respeitadas comunidades sobre tecnologia do Brasil. Leia mais

Direitos autorais

Não permitimos a cópia ou reprodução do conteúdo do nosso site, fórum, newsletters e redes sociais, mesmo citando-se a fonte. Leia mais

×
×
  • Criar novo...

 

GRÁTIS: ebook Redes Wi-Fi – 2ª Edição

EBOOK GRÁTIS!

CLIQUE AQUI E BAIXE AGORA MESMO!