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Meu estabilizador pegou fogo....


PauloR

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Com certeza, você está corretíssimo.

Agora tem uma coisa que andei lendo e fiquei um pouco encucado, apesar de não parecer ser um evento tão frequente, mas tb não é incomum.

Quando acontece de faltar a luz ou uma queda de tensão daquelas "bravas", que por alguns milésimos de segundos a tensão foi a lá embaixo e em seguinda volta ao normal, li que ocorre um pico de corrente na fonte maior ou igual aos picos de corrente (corrente inrush) ao dar partida nesta. Até aí tudo bem, já que fontes possuem limitadores de corrente, como um Termistor NTC ou outro tipo pra proteção. Mas aí é que a princípio mora o problema, esse termistor começa a diminuir sua resitência de acordo com o aumento da temperatura interna da fonte, se não me engano eles funcionam com resistência nominal máxima à 25 graus, dai dar partida na fonte quando ela está fria, não tem problema com correntes inrush, mas quando ocorre uma queda de energia e retorno repentino, o termistor NTC fica inativo ou quase, quando a fonte está quente, e aí que mora o suposto perigo, porque toda corrente de pico de partida vai passar direto pros componentes da fonte.

Aí podem perguntar, mas eu desligo e ligo minha fonte quando ela tá quente ainda e nada ocorre. Será? Quantas vezes você poderá fazer isso até que ela venha a pifar? Quanto de stress tá sendo imposto aos componentes dela nessa condição?

A Zalman diz na especificação de uma de suas fontes que elas suportam 80A @ 115V de corrente inrush, mas não especifica em que condição de temperatura e por quantas vezes.

Aonde quero chegar com isso? Já já eu chego lá. Então, muitos já devem ter passado por situações onde a energia cai e volta e do nada a fonte para de funcionar de vez? Eu sou um desses, mas aconteceu com uma TV há uns anos atrás...

O ponto que quero chegar é o não uso do estabilizador, mas o uso de um nobreak! Apesar desses modelos pro mercado SOHO apresentarem as mesmas desvantagens de um estabilizador, pela lógica ele protegeria desses eventos citados acima, já que seu tempo de reposta é o suficientemente veloz pra comutar pra energia da bateria nessas condições expostas. E no instante em que a energia retornar, ele aguarda alguns segundos pra retomar pra energia AC, protegendo a fonte dessas correntes inrush. E tb se for um modelo bom inclui filtros de linha e proteções anti-surto.

Andei lendo algumas coisas sobre corrente inrush e vi que há diversas soluções que podem ser usadas por fabricantes de fontes pra limitar essa corrente de pico, mas pelo q vi a maioria dos fabricantes de fontes usam soluções baseadas na temperatura, o que pra mim é algo ineficiente, já que esses limitadores só operam bem quando frios.

Aí volto ao estabilizador, mas falando da nova norma 14373:2006.

Esta norma exige que os mesmos se desliguem ao atingir 10% a menos da tensão nominal das suas saídas ou seja, quando todas suas possibilidades de regulação do estabilizador não podem fazer mais nada. Essa condição é atingida quando a tensão está lá na casa dos 80V, nos modelos dentro das novas condições da norma. Aí penso que esse é um recurso desejável e foi criado já pensando nos danos causados por esses problemas. Mas em outro tópico levantei outra questão que seria o tempo de presença desse tipo de anomalia pra que o estabilizador viesse a desligar suas saídas e aproveito e pergunto aqui o tempo que levaria pro estabilizador retornar a ligar suas saidas diante do retorno da condição normal da rede, já que é um recurso exigido tb, q ele se religue automaticamente. Dependendo desses tempos é um recurso que não protegeria a fonte contra correntes inrush.

Agora entendo quando há anos atrás eu li num livro do Laércio Vasconcelos a dica pra sempre esperar uns 30 segundos pra religar o PC quando este for desligado no botão...

Se alguém quiser opiniar e discutir sobre esse assunto e apontar erros no meu raciocínio, agradeço porque quero entender se realmente esse evento é problemático assim como li que o é.

EDITADO:

Olha o q acabei de encontrar e traduzo logo abaixo.

Tradução:

E com relação ao tempo de resfriamento de um limitador de corrente inrush?

Já que os limitadores de corrente inrush se aquecem depois que eles suprimem correntes inrush, estes dispositivos requererem um tempo de resfriamento depois que a energia foi desligada. Esse tempo de resfriamento ou "recuperação" permite que a resistência do Termistor NTC aumente o suficiente para prover a supressão de corrente inrush da próxima vez que for necessária. O tempo de resfriamento do NTC varia de acordo com o dispositivo em particular, o modo que foi montado e a temperatura ambiente. O tempo típico de resfriamento é a grosso modo um minuto.

http://www.ametherm.com/Inrush_Current/inrush_current_faq.html

Interessante isso! Então nada de ficar desligando a fonte e religando logo em seguida quando tiver quente! Isso impõe um stress em seus componentes até onde pude entender. A não ser q ela não utilize dessas soluções térmicas de supressão de corrente... Alguém aí pra clarificar-nos sobre esse assunto?? Faller, cadê tu?? :)

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  • Membro VIP

É exatamente isso dai que você citou. Na entrada, em série com a alimentação AC, em todo tipo de fonte chaveada como essas de PC existe uma peça, geralmente na cor verde, chamada de termistor, do tipo NTC (que apresenta um comportamento de crescimento negativo da resistência com o aumento da temperatura), que quando em temperatura normal bem pode representar uma resistência de cerca de 10 a 20 ohms e que, ao aquecer pela passagem de corrente por dentro de si (está em série com a alimentação primária) pode ter essa resistência rebaixada para cerca de 3 a 5 ohms.

O termistor é um elemento físico, tem uma determinada resistência térmica, leva um determinado tempo para esfriar. Esse tempo pode sim chegar a casa de um minuto, para recuperar a sua resistência de temperatura normal.

Um varistor de 15 ohms a 25º C bem pode ter sua resistência rebaixada para uns 2 a 3 ohms com uma temperatura em torno dos 80º C. Nesse caso, com uma tensão primária chegando a cerca de 320 Volts de pico, se poderia ter correntes da ordem de 320/3 ohms = 100 Amperes, na retomada de uma tensão, o que é bem típico de fontes em geral. A resistência do varistor dificilmente baixa do valor de 1 ohm, de modo que ele, mesmo não se recuperando termicamente, vai apresentar uma limitação de corrente de partida. Aliado a ele se tem toda a etapa de entrada, com seus indutores, fusível, a própria fiação, que(todos em série) auxiliam na redução dessa corrente de pico na hora da partida. A própria fonte com PFC ativo tem um belo indutor, o maior deles em uma fonte, direto na entrada, em série.

De qualquer modo as retomadas de energia em uma fonte não são exatamente uma ação desejável, mas sim ela aguenta de uma forma bravia. Claro que qualquer auxílio ai nesse caso é bem vindo, desde esperar algum tempo para religar, ou algum outro dispositivo limitador de corrente..

Fico pensando o quanto os Tlecs dos estabilizadores podem atrapalhar nessa hora em que eles provocam a desalimentação da fonte para somente após religá-la, mesmo que rápido aos nossos ouvidos, na prática representa uma seqüencia de correntes de partida a quente totalmente desnecessárias.

Tenho um link aqui com um filmete que fiz que mostra, em tempo real, a resposta em modificação da resistência de um termistor de 14 Ohms na temperatura ambiente. Infelizmente tinha pouca e inadequada iluminação no ambiente, mas dá para perceber o rate de variação da resistência desde 14 ohms até cerca de 2,6 e depois a retomada da resistência original...

http://s137.photobucket.com/albums/q227/lafaller/Lafaller1/?action=view&current=Termistor.flv

Abraço...

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Muito legal o videozinho, ilustrou nem a variação de resistência em relação à temperatura.

Lembra daquele dispositivo que eu tinha comentado com você, um limitador de corrente que liga direto na tomada, o tal CVSS? Acho que seria mais intessante ele do que um nobreak, pra quem não quer conviver com as desvantagens desse, como maior consumo de energia, interferência dos relés, gastos com troca de baterias de tempos em tempos... a não ser que a energia do local seja muito instável mesmo, provocando resets e desligamentos, aí acho interessante um nobreak, por mais que apresente desvantagens. Aqui tenho esse tipo de anomalia no verão, todo ano, agora já no outono/inverno é raro eventos do tipo, de qualquer forma ainda mantenho meu nobreak com onda xexelenta-aproximada, até poder comprar um Senoidal 220v-220v. Infelizmente até agora só vi aquele fabricante que vende por mais ou menos 70 dólares a sua versão mais simples e só pra 120V do tal CVSS. Tem uma versão mais cara com LCD q mostra os eventos ocorridos na rede, etc...

Valeu, faller!

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Que eu saiba o termistor NTC não é usado pra não deixar a fonte ligar, mas pra limitar correntes de pico na partida da mesma, já que em sua partida é exigida muita corrente e essa corrente pode vir a estressar os componentes, dai entra o limitador.

O que acontece é que esse limitador só tem resistência máxima à corrente de pico entrante quando está em temperatura ambiente e vai diminuindo a resistencia pra corrente passar de acordo com o aumento do aquecimento do mesmo.

Até onde sei, essa é a função de um termistor NTC.

imagemce7.jpg

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Na partida da mesma sim.

Mas falamos de picos de corrente e não de tensão, isso é função do varistor.

Qualquer fonte, por mais eficiente que seja, terá uma temperatura interna a qual o Termistor não oferecerá muita resistência à correntes após atingir sua temperatura normal, mas é muito melhor que se tenha uma fonte eficiente q nao se aqueça muito.

Então se a energia dá uma queda e volta logo em seguida, uma corrente de pico vai atingir sua fonte. Não que necessariamente ela vai pifar em seguida, mas chances são de que os componentes foram estressados um pouquinho.

Quando falta energia e a fonte volta a recebê-la rapidamente, mesmo sem ligar o PC completamente, os seus capacitores voltam a ser carregados e nesse acontecimento há tb um pico de corrente. Agora eu entendo porque meio que inconcientemente as pessoas costumam a correr pra desligar os equipamentos quando a energia começa a ir e voltar, pelo menos aqui em casa o povo faz isso sem saber o que realmente acontece...

Eu acredito que os fabricantes de fontes boas dimensionam os componentes pra suportar isso, mas é bom se evitar desligamento e religamentos seguidos.

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Na partida da mesma sim.

Mas falamos de picos de corrente e não de tensão, isso é função do varistor.

Qualquer fonte, por mais eficiente que seja, terá uma temperatura interna a qual o Termistor não oferecerá muita resistência à correntes após atingir sua temperatura normal, mas é muito melhor que se tenha uma fonte eficiente q nao se aqueça muito.

Então se a energia dá uma queda e volta logo em seguida, uma corrente de pico vai atingir sua fonte. Não que necessariamente ela vai pifar em seguida, mas chances são de que os componentes foram estressados um pouquinho.

Quando falta energia e a fonte volta a recebê-la rapidamente, mesmo sem ligar o PC completamente, os seus capacitores voltam a ser carregados e nesse acontecimento há tb um pico de corrente. Agora eu entendo porque meio que inconcientemente as pessoas costumam a correr pra desligar os equipamentos quando a energia começa a ir e voltar, pelo menos aqui em casa o povo faz isso sem saber o que realmente acontece...

Eu acredito que os fabricantes de fontes boas dimensionam os componentes pra suportar isso, mas é bom se evitar desligamento e religamentos seguidos.

Agora eu entendi.

Uma fonte fria o termissor vai fazer mais resistencia pois ela vai estar na partida depois que ela esquentar ele vai liberar a corrente pois ela esta´quente e já passou da partida.

É isso ?

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  • Membro VIP
Ué, eu sempre pensei que um resistor a uma temperatura mais alta aumentava a sua resistência.

Poderiam me explicar ?

Resistores normais sim, tem esse comportamento.

Termistores entretanto podem ser NTC e PTC de Negative Temperature Coeficient e Positive Temperature Coeficient...

Aqueles de coeficiente negativo de temperatura, diminuem sua resistência ao elevar a temperatura. São usados como limitadores de corrente de partida.

Os PTC's, ao contrário, aumentam a sua resistência ao aumentar a temperatura. São usados como proteção térmica ou como fusíveis auto ressetáveis. As baterias de celular por exemplo tem um desses ai internamente, pois se sua saída é colocada em curto, a corrente por dentro do PTC aumenta, e com isso sua temperatura aumenta, diminuindo a corrente por aumentar sua resistência. (evita a explosão da bateria ou geração de fogo)

Abraço...

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Resistores normais sim, tem esse comportamento.

Termistores entretanto podem ser NTC e PTC de Negative Temperature Coeficient e Positive Temperature Coeficient...

Aqueles de coeficiente negativo de temperatura, diminuem sua resistência ao elevar a temperatura. São usados como limitadores de corrente de partida.

Os PTC's, ao contrário, aumentam a sua resistência ao aumentar a temperatura. São usados como proteção térmica ou como fusíveis auto ressetáveis. As baterias de celular por exemplo tem um desses ai internamente, pois se sua saída é colocada em curto, a corrente por dentro do PTC aumenta, e com isso sua temperatura aumenta, diminuindo a corrente por aumentar sua resistência. (evita a explosão da bateria ou geração de fogo)

Abraço...

A sim, depende da sua polaridade, agora sim

valeu de novo faller.

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