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Tudo que Gabriel Torres postou
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Para ser usada como CD player, a unidade de CD-ROM não precisa estar conectada ao computador. Com isso, é possível transformar facilmente uma unidade de CD-ROM em um CD player para carro. Parece loucura? Não é. Com este tutorial você conseguirá colocar em seu carro um CD player sem gastar praticamente nada. A unidade de CD-ROM usada pode ser de qualquer tipo, desde os primeiros modelos ("1x") até os modelos mais atuais ("60x"). O único pré-requisito que a unidade precisa ter é ter uma saída para fone de ouvido com controle de volume. E isso praticamente todas as unidades de CD-ROM tem. Há duas grandes vantagens em se transformar uma unidade de CD-ROM em CD player para o carro. Primeiro, quem vai querer quebrar o vidro do seu carro para roubar um CD-ROM? E, segundo, como qualquer tipo de unidade de CD-ROM serve, você poderá aproveitar uma unidade velha, que esteja largada em um canto (por exemplo, aquela unidade 2x do seu velho 386), fazendo com que o custo seja próximo de zero. Para instalar um CD-ROM no carro, você precisará de um plugue de alimentação fêmea, usado para encaixar no plugue de alimentação do CD-ROM (esse plugue você pode cortar de uma fonte de alimentação velha) e de um circuito integrado regulador de voltagem chamado 7805, que é facilmente encontrado nas lojas de componentes eletrônicos (lojas da Rua República do Líbano no Rio de Janeiro e da Rua Santa Ifigênia em São Paulo). Você precisará comprar também um dissipador de calor para o 7805 (vendido na mesma loja). A bateria do carro é de 12 V, mas para funcionar a unidade de CD-ROM precisa de duas tensões de alimentação: 12 V e 5 V. O circuito 7805 consegue converter a tensão de 12 V em 5 V (o seu pino 1 é a entrada, o pino 2 é o terra e o pino 3 é a saída de 5 V). O esquema de ligação você confere na Figura 1. O pino do terra deve ser ligado ao fios de terra do plugue e ao pólo negativo da bateria do carro, o que é feito simplesmente conectando-se esse pino à carroceria metálica do carro. Figura 1: Esquema de ligação. Basta fazer a ligação mostrada no esquema (não se esqueça de isolar com fita isolante todas as conexões) e pronto, você terá o seu CD-ROM funcionando como CD player em seu carro. A saída de áudio será feita através da saída de fone de ouvidos. Para escutar o CD, você terá de usar fones de ouvido. Para escutar o som através dos alto-falantes do carro, você terá de comprar um aplificador com entradas RCA e comprar um cabo P2 estéreo x RCA (mesmo cabo usado para ligar aparelhos Discman a um amplificador). O pino P2, que é o mesmo usao por fones de ouvido, deverá ser encaixado na saída de fone de ouvido do CD-ROM, enquanto os plugues RCA deverão ser encaixados nas entradas do amplificador. O controle de volume será feito através do controle de volume existente no CD-ROM. Um último lembrete: na maioria das unidades de CD-ROM, o botão de reprodução (play) e o botão de avanço de faixa (skip) estão posicionados na mesma tecla. Ou seja, para trocar a faixa, basta pressionar o botão play. A unidade de CD-ROM sendo usada como CD player para carros poderá tocar músicas MP3? Não. Quando não está conectada a um computador, a unidade de CD-ROM funciona somente para a reprodução de CDs de áudio. Os discos com músicas no formato MP3 são gravados no formato CD-ROM. Para ler este formato, a unidade precisa necessariamente estar conectada a um computador. Músicas no formato MP3 não são tocadas pela unidade de CD-ROM, mas sim pela placa de som do micro, sendo que o processador da máquina é o responsável por transformar o formato MP3 em formato de áudio. Os CD players para carro que conseguem tocar MP3 possuem um processador dedicado capaz de o formato CD-ROM e converter arquivos MP3 em áudio. Como a unidade de CD-ROM comum não tem tal processador, é impossível para ela tocar arquivos MP3. É possível fazer a mesma adaptação para tocar CDs em um aparelho de som doméstico? Sim. Para isso o seu aparelho de som terá de ter obrigatoriamente uma entrada auxiliar. Entretanto, para não haver distorção no som, você terá de usar a saída de áudio localizada na parte traseira da unidade de CD-ROM e não a saída para fones de ouvido, como falamos na semana passada. Para isso, você terá de pegar o cabo da saída de áudio original do CD-ROM e, na ponta que deveria ser conectada à placa de som do micro, você terá de soldar dois plugues RCA, um preto ou branco (canal esquerdo) e um vermelho ou amarelo (canal direito). Se você não souber fazer isso, peça o auxílio a um técnico em eletrônica. Para alimentar a unidade de CD-ROM você poderá usar uma fonte de alimentação de um PC antigo. Só um detalhe: as fontes do padrão AT possuem chave liga-desliga, mas as do padrão ATX, não. Se você for usar uma fonte ATX, você terá de fazer uma ligação do pino 14 (fio verde) do plugue principal da fonte a qualquer fio preto para que a fonte ligue. O CD não vai ficar pulando muito? Isso vai depender da marca e do modelo da unidade usada. É claro que você não pode esperar que um CD-ROM tenha a mesma estabilidade que um CD player para carros. Lembre-se que nossa dica é para montar um CD para carros não gastando nada (ou gastando muito pouco). Se você seguiu nossa dica é porque possivelmente você não está disposto a comprar um CD player para carros. Por que você disse para ligar o CD-ROM ao amplificador usando a saída do fone de ouvido e não a saída traseira do CD-ROM? Porque os amplificadores para carro geralmente não têm controle de volume. Se você usar a saída traseira do CD-ROM – que também não tem controle de volume – o som sairá sempre com o volume máximo do amplificador. Acreditamos que isso não seja conveniente. Você deverá usar a saída traseira do CD-ROM somente se você for ligar o CD-ROM a um pré-amplificador, equalizador, mixer ou aparelho de som doméstico, pois esses componentes possuem controle de volume.
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Toda placa-mãe do PC possui uma bateria. Essa bateria serve para duas coisas: alimentar a memória de configuração (também chamada CMOS) e alimentar o relógio de tempo real do micro (relógio que marca a data e a hora). Quando o micro começa a apresentar alguma das seguintes mensagens de erro quando você liga o micro, significa que está na hora de trocar a bateria da placa-mãe: CMOS CHECKSUM FAILURE, CMOS BATTERY STATE LOW, CMOS SYSTEM OPTIONS NOT SET e CMOS TIME AND DATE NOT SET. Outra situação que indica que a bateria está fraca é quando você atualiza o relógio do micro, ele funciona bem enquanto o micro está ligado, mas quando você liga o micro no dia seguinte ele está com a hora errada (relógio atrasando). A bateria da placa-mãe pode ser construída com três tecnologias distintas: Níquel-Cádmio (NiCd), NVRAM (Non-Volatile RAM) e Lítio (Li). O tipo de bateria mais usado há muitos anos é a bateria de Lítio, que é uma bateria redonda (do tamanho de uma moeda) e facilmente encontrada em relojoarias e lojas de peças de computador. Para comprar uma bateria dessas, basta procurar por uma bateria modelo CR2032. Trocar a bateria de lítio da placa-mãe requer certos cuidados. Aparentemente esta substituição é uma tarefa simples, mas não é. Existem basicamente três tipos de soquete que a bateria de lítio pode usar: soquete com presilha superior, soquete com presilha lateral e o soquete onde a bateria fica em pé e não deitada. Figura 1: Soquete com presilha superior. Figura 2: Soquete com presilha lateral. Figura 3: Soquete com bateria em pé. Enquanto a substituição da bateria no soquete onde a presilha é lateral ou onde a bateria fica em pé é simples - basta você afastar com os dedos ou com uma chave de fendas pequena a presilha metálica existente e substituir a bateria - a subsituição da bateria onde o soquete possui uma presilha metálica superior cobrindo a bateria requer um cuidado extra. Neste tipo de soquete, se você levantar a presilha metálica para substituir a bateria, ela perderá pressão e a presilha não fará mais contato com a bateria, danificando o soquete. A correta substituição da bateria neste caso é feita pressionando-se com os dedos ou com uma chave de fendas pequena uma pequena trava plástica existente na lateral do soquete. Isso permitirá que a bateria "escorregue" lateralmente, não danificando a presilha superior. Seja qual for o soquete usado, não se esqueça que a substituição da bateria deverá ser feita com o micro desligado. Se a bateria da sua placa-mãe não for de lítio, isto é, se você não encontrar uma bateria redonda e chata do tamanho de uma moeda da qual falamos na semana passada, isso significa que a bateria que a sua placa-mãe usa é de níquel-cádmio (NiCd) ou então é uma NVRAM. A bateria de níquel-cádmio, ao contrário da bateria de lítio e da NVRAM, é uma bateria recarregável, o que em teoria significa que ela nunca precisaria ser substituída. Porém, se sua placa-mãe tem uma bateria desse tipo e o micro está apresentando os defeitos descritos na página anterior (como perda da data e hora), significa que será necessário trocar esta bateria. O problema é que a troca desse tipo de bateria requer um pouco de conhecimento de eletrônica e um pouco de perícia, pois é necessário dessoldar a bateria antiga da placa-mãe e soldar a nova. Por este motivo, recomendamos que você busque auxílio de um técnico em eletrônica para efetuar esta tarefa, caso não saiba manejar um ferro de solda. Figura 4: Bateria de níquel-cádmio. O grande problema da bateria de níquel-cádmio é que ela tem uma alta propensão a vazar, o que pode até mesmo corroer a placa-mãe. Caso a bateria da sua placa-mãe tenha vazado, você terá de limpar a área afetada com o auxílio de uma escova de dentes velha embebida em álcool isopropílico. Você deverá observar se o ácido da bateria não corroeu nenhuma das trilhas da placa-mãe. Caso isso tenha ocorrido, as trilhas afetadas terão de ser refeitas com um fio. Se você não souber fazer isso, procure um técnico em eletrônica. Figura 5: Bateria de níquel-cádmio vazada. Já a NVRAM é uma caixinha preta contendo em seu interior o circuito de relógio e uma pequena bateria de lítio. Os fabricantes mais comuns desse circuito são a Dallas, a Houston Tech, a Benchmarq, a Odin e a ST. Normalmente esse circuito está conectado à placa-mãe através de um soquete, facilitando a sua substituição. Para trocar esse circuito, você primeiro deverá comprar um. A Dallas é o único fabricante que ainda vende esse tipo de circuito, e você poderá comprá-lo na Internet, em http://www.maxim-ic.com. Aqui vai o grande macete. A Odin só fabricou um único circuito, o OEC12C887A. Se a sua placa-mãe tiver um circuito desse tipo, compre o Dallas DS12887A que é 100% compatível. O mesmo vale para o circuito M48T86 da ST, que é 100% compatível com o Dallas DS12887A. Quanto à Benchmarq, essa empresa foi comprada pela Texas Instruments e no site da Dallas há uma tabela completa de compatibilidade em http://www.maxim-ic.com/alternatives.cfm/show/TEXAS_INSTRUMENTS. Nessa tabela você encontrará qual circuito da Dallas é o equivalente da Benchmarq. Por exemplo, se a sua placa-mãe usa o circuito Benchmarq BQ3287, você poderá substitui-lo diretamente pelo Dallas DS12887, que é 100% compatível. Já os circuitos da Houston Tech usam nomenclatura idêntica da Dallas. Após adquirir o chip, basta substitui-lo com o micro desligado. Você deverá remover cuidadosamente o circuito antigo usando uma chave de fendas pequena ou um extrator de circuitos integrados. Ao colocar o novo circuito, observe a marcação de pino 1, isto é, o lado do circuito que tiver uma bolinha desenhada ou um chanfrado deverá coincidir com o lado do soquete que possui marcação similar. Figura 6: NVRAM. Existe um macete para "recondicionar" a NVRAM, fazendo que você não precise comprar um circuito desses novo. Veja na página seguinte como isso pode ser feito. Há caso em que a NVRAM pode não estar presa à placa-mãe através de um soquete, isto é, ela pode estar soldada diretamente sobre a placa. Neste caso, você terá de dessoldar o circuito velho e soldar o novo circuito. Essa tarefa é recomendada somente a pessoas que realmente tenham experiência na dessoldagem e ressoldagem de componentes eletrônicos. Agora vamos ver como "recondicionar" a NVRAM. A NVRAM é um circuito contendo, em um único chip, um circuito de memória, um cristal e uma bateria de lítio. Dependendo da marca do circuito usado por sua placa-mãe, você poderá facilmente remover a parte de cima da NVRAM, que é uma "capa" plástica retangular preta, com o auxílio de uma chave de fendas pequena. Removendo essa "capa" você encontrará o cristal e a bateria de lítio. Ora, como a NVRAM também usa uma bateria de lítio, basta você dessoldar a bateria velha e trocá-la por uma bateria nova, observando atentamente a polaridade. Se você não tem habilidade com o ferro de solda, peça auxílio para um amigo que saiba manejar esta ferramenta ou a um técnico em eletrônica. Se a "capa" plástica não sair com facilidade, você terá de forçá-la, ou seja, arrebentá-la "na marra", com o auxílio de uma lâmina e de uma chave de fendas pequena. O cuidado que você terá de ter é para não arrebentar o cristal. Como o cristal fica na ponta perto do pino 1 da NVRAM e como a bateria de lítio está localizada no meio do circuito, sugerimos que, nessa operação forçada, você só force a região do meio do circuito. Outra saída é soldar a nova bateria "por fora" do circuito. O pólo positivo da nova bateria (que pode ser uma bateria de lítio CR2032 de 3 V) deve ser conectado ao pino 20 da NVRAM, enquanto o pólo negativo da nova bateria deve ser ligado ao pino 16 da NVRAM. Veja na figura como identificar esses pinos. O pino 1 é o pino onde há uma bolinha branca (ou em baixo relevo) marcada na parte superior da NVRAM. Figura 7: Como recondicionar uma NVRAM. Após fazer o "recondicionamento" da NVRAM, você deverá providenciar para que a nova bateria e fios que você eventualmente usou fiquem isolados, sem contato com outros pinos ou componentes da NVRAM ou da placa-mãe.
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Com o preço dos cartuchos de tinta atingindo a casa das centenas de reais, vários usuários passaram a apelar para soluções alternativas, como a compra de cartuchos similares (cartuchos fabricados por um fabricante diferente do original porém compatível com a impressora), cartuchos recarregados (cartuchos originais gastos recarregados com tinta nova) ou a recarga propriamente dita, feita em casa, que consiste em recarregar manualmente o cartucho de tinta com tinta nova. Esse último procedimento é o mais barato e o que apresenta a maior economia para o usuário - desde que o procedimento seja bem-feito. O grande problema é recarregar os cartuchos de impressoras Epson. Os cartuchos originais das impressoras Epson possuem um pequeno circuito integrado de memória que funciona como um contador. A impressora, à medida que o cartucho vai sendo usado, atualiza essa pequena memória. Quando o cartucho acaba, esse circuito "sabe" que a tinta acabou. Simplesmente colocar mais tinta no cartucho não torna o cartucho pronto para uso, visto que o seu chip estará indicando que o cartucho está vazio. Outro problema que ocorre é que a memória do cartucho pode indicar que o cartucho acabou mas pode haver ainda um pouco de tinta nele. Com isso, muitas vezes podemos jogar o cartucho fora contendo ainda um pouco de tinta. Para que você consiga recarregar em casa um cartucho da Epson, você terá de "zerar" o chip contador do cartucho, para que o cartucho "saiba" que ele está cheio. Isso pode ser feito de duas formas: através de um dispositivo especial ou através de software. O dispositivo especial chama-se Epson Chip Resetter ou simplesmente SK168 e custa US$ 6,95. Trata-se de um aparelho onde você encaixa o cartucho e, poucos segundos depois, o chip do cartucho está resetado. Esse aparelho é vendido em http://www.inksupply.com/product-details.cfm?pn=SK168. Note que se você comprar esse aparelho pela Internet você terá de pagar imposto de importação ao recebê-lo (a alíquota é de 60%). Mesmo assim vale a pena, pois vimos esse aparelho sendo vendido no Brasil por R$ 145. A solução por software é a melhor, porque é de graça. O software para "zerar" os cartuchos da Epson pode ser baixado em http://www.ssclg.com/epsone.shtml. Esse software é capaz de "zerar" a memória dos cartuchos da maioria das impressoras jato de tinta da Epson (no site indicado há uma lista completa de impressoras reconhecidas pelo programa). O programa é facílimo de ser usado, mas tome cuidado pois no Windows 2000 e no XP ele só consegue zerar impressoras USB. Para as impressoras de porta paralela, você terá de usar o programa no Windows 9x/ME. Preste atenção pois há alguns espertinhos no mercado vendendo esse programa (que é grátis) por aí. Algumas (poucas) impressoras da Epson não conseguem ter o chip do cartucho "zerado" por software. Com isso, você não conseguirá recarregar o cartucho dessas impressoras conforme explicado na página anterior. Os modelos com essa limitação são a Stylus C41, C42, C61, C62, C82 e a Photo 830. Para usar cartuchos recarregados nessas impressoras, você deverá "congelar" o contador de tinta da impressora. Para isso, você deverá ter em mãos um cartucho original novo e cheio. Instale esse cartucho na impressora. Em seguida, rode o programa indicado (disponível em http://www.ssclg.com/epsone.shtml) e use a opção "Toggle CSIC disabling" do programa. Essa opção irá "congelar" o contador de tinta da impressora, isto é, a impressora sempre "pensará" que o cartucho está cheio. Em seguida, clique em "move to exchange position" para a cabeça mover para o centro da impressora. Troque o cartucho novo pelo recarregado e clique após a mudança em "move back". Prontinho, sua impressora passará a imprimir usando o cartucho recarregado. Vários leitores nos escreveram reclamando que baixaram o programa e, por ele estar em inglês, não entenderam o seu uso. Para facilitar, explicamos a seguir as principais funções desse programa. Head Cleaning: Procedimento para a limpeza da cabeça de impressão. Hot Swap Functions: Procedimento para a troca do cartucho após "congelar" o contador. Procedimento usado em impressoras que não permitem que o chip do cartucho seja "zerado". Esse procedimento nós descrevemos acima. CSIC: Procedimentos relacionados ao chip do cartucho. Toggle CSIC disabling: "congela" o contador do cartucho. Procedimento usado em impressoras que não permitem que o chip do cartucho seja "zerado". O procedimento completo nós descrevemos acima. Reset black CSIC ink counter: "Zera" o chip do cartucho preto. Reset color CSIC ink counter: "Zera" o chip do cartucho colorido. Ao clicar nessa opção, você pode escolher entre zerar o chip para todas as cores (amarelo, ciano e magenta) ou somente para uma cor específica. Protection counter: Procedimentos relacionados à almofada usada para limpar a cabeça de impressão. Da mesma forma que ocorre com os cartuchos de tinta, a impressora controla o uso dessa almofada. Quando essa almofada está totalmente usada (cheia de tinta), precisamos trocá-la. Após trocá-la, você precisará zerar o seu contador, usando a opção "Reset protection Counter". Não use essa opção caso você não tenha trocado a almofada de limpeza da impressora. Usando a opção "Get Current Value" você consegue ver a posição atual do contador dessa almofada.
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Atraídos pela proteção e calor existentes dentro do computador, diversos pequenos animais podem resolver simplesmente morar dentro do seu PC. Formigas, baratas, aranhas, marimbondos, abelhas, camundongos e até cobras podem, de uma hora para a outra, a usar o seu computador como um hotel de alto luxo. Veja abaixo algumas fotos enviadas por nossos leitores. Figura 1: colmeia de marimbondos dentro do PC Figura 2: colmeia de marimbondos em uma placa de vídeo Figura 3: formigueiro na base de um monitor de vídeo antigo Figura 4: camundongo em um computador Figura 5: camundongo em um computador Figura 6: camundongo em uma impressora Figura 7: camundongo em uma impressora Esse tipo de problema é mais comum do que se imagina. O problema é que muita gente só descobre que o seu PC está infestado com algum tipo de animal quando ele apresenta defeito e o técnico ou o usuário o abre. Em alguns casos, animais podem queimar partes internas do computador – especialmente a fonte de alimentação. Já ouvimos vários relatos de computadores de mesa exalando um cheiro forte de queimado que, quando o técnico o abriu, a causa era algum pequeno animal presente no interior da fonte de alimentação. Há uma maneira bem simples de diminuir a probabilidade de animais morarem dentro do seu PC: basta tampar as ranhuras (slots) não utilizadas da parte traseira do gabinete. Repare nas Figuras 1, 4 e 5 como há ranhuras abertas, que foi por onde possivelmente os animais entraram. Ou seja, basta você fechar essas ranhuras com o acabamento metálico apropriado, que vem junto com o gabinete. Se você não tiver mais essas tampas metálicas, basta pedir essas tampas para qualquer amigo que trabalha com montagem e manutenção de PCs. Normalmente técnicos possuem quilos desses acabamentos metálicos sobrando e com certeza irão doá-los por uma boa causa. Já outros buracos existentes na parte traseira do gabinete deverão ser avaliados com cautela. Todos os gabinetes possuem, em sua fonte de alimentação, um buraco por onde sai o ar quente. Vários gabinetes possuem, adicionalmente, pequenos orifícios para a circulação de ar. Esses buracos não devem ser tapados, ou você criará outro problema em seu computador, que é o superaquecimento. Você só deve, portanto, tampar os buracos que não deveriam estar abertos, levando em conta que buracos de circulação de ar devem permanecer abertos. Outra dica é colocar duas bolinhas de naftalina dentro do computador ou equipamento. Se você encontrar animais em seu computador, você deverá contratar uma empresa especializada no controle de pragas urbanas, pois se há animais morando dentro do seu PC, possivelmente há mais animais habitando o ambiente onde ele está instalado (sua casa ou seu escritório), oferecendo risco à sua saúde, além do risco de ter esses animais morando em outros equipamentos eletrônicos, podendo ocasionar um significativo prejuízo material.
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A política de não enviar material para testes que a ASUS adota é para todos os sites na Internet. A ASUS não colabora com os maiores sites de hardware do mundo - que têm de comprar as placas-mães ASUS de seu próprios bolsos para testarem, como o AnandTech (http://www.anandtech.com), o SharkyExtreme (http://www.sharkyextreme.com) e o X-bit Labs (http://www.xbitlabs.com). Ou seja, o fato de a ASUS não colaborar conosco não é uma exceção, mas sim uma regra. Nós recebemos o e-mail abaixo da ASUS o qual reproduzimos na íntegra. Mais adiante traduzimos com os nossos comentários. From: "don" Subject: Re: Contact Date sent: Mon, 17 Mar 2003 14:28:19 -0800 Organization: ASUS Dear Gabriel, We recieved several emails in the past few days in this regards. We had some similar experience in the USA and Europe, and found out later these kind of emails were sent by the employees and friends of the website owners and the owners themselves! I hope this is not your case. I am suprised to hear you brag about getting free samples from the companies that are not even on the radar screen. I am sure you are polite enough not to say too much negative about them since they support you! I like to work with review sites that pay for the products so they can stay objective on their reviews. Just for your reference, the best advisetisement of ASUS is the mouth of the resellers and users of ASUS product. I am open to work with you if you can stay neutral. Don Shieh Director of Latin America. Nossa tradução comentada: Nós recebemos vários e-mails nos últimos dias a respeito dessa questão. Nós tivemos situações parecidas nos EUA e Europa e acabamos por descobrir que tais e-mails eram enviados pelos empregados e pelos donos dos sites! Eu espero que não seja esse o seu caso. Realmente não é. Os milhares de e-mails que a ASUS recebeu foram escritos por nossos leitores, insatisfeitos com a política arrogante da ASUS. Eu estou surpreso de saber que você se gaba de receber placas de empresas que ninguém conhece. Eu espero que você seja educado o suficiente para não dizer nada de negativo sobre essas marcas, já que elas te dão todo o apoio! Eu gosto de trabalhar com sites que compram as placas, assim eles podem manter-se objetivos em relação aos testes. Só para a sua referência, a melhor propaganda que a ASUS tem é a boca-a-boca vinda dos revendedores e consumidores ASUS. A arrogância da ASUS é impressionante. Primeiro, eles acham que se um fabricante dá material de graça, nós não podemos dizer mal deles. Pelo contrário. Todos os fabricantes que nos mandam material podem receber críticas positivas ou negativas, dependendo se o seu produto é bom ou ruim. Mesmo empresas que anunciam conosco vira e mexe obtém uma crítica negativa em nossos testes. Eles não se importam, pois sabem que as críticas fazem parte do jogo. Basta ler nossos testes da PCChips, na maioria deles as placas deles não se saem bem comparados a produtos topo de linha, e eles são um dos nossos anunciantes. Em segundo lugar, eles são arrogantes demais em achar que qualquer marca que não seja ASUS é "desconhecida". A PCChips/ECS, embora não concorra diretamente com a ASUS, durante anos a fio foi a maior fabricante de placas-mães do mundo (atualmente a ASUS é a maior). E como dizer que as concorrentes diretas da ASUS como a Gigabyte, a MSI, a Soyo e a ABIT são desconhecidas? Não concordamos que a gente tenha que comprar todas as placas para que o teste seja imparcial. Quer dizer o seguinte: a gente gasta dinheiro para promover uma marca que não é nossa, é isso? Imagina então se a ASUS fosse um fabricante de carros e o nosso site fosse o Clube do Carro. A gente estava ferrado, pois não daria para comprar vários carros por mês com o nosso próprio dinheiro para testes. Ou seja, com essa política arrogante da ASUS, não nos restará outra alternativa a não ser comprar as placas deles com o nosso próprio dinheiro. Faremos isso a muito contragosto, podem acreditar. Atualizado em 27 de junho de 2008: Sei que esta história tem 5 anos mas gostaria de explicar mais sobre esta questão. A questão de a ASUS não enviar material para testes é uma problemática exclusiva do Brasil. As opiniões expressas acima são exclusivas do funcionário da ASUS encarregado do mercado latino-americano, Don Shieh, e não da ASUS como um todo. A ASUS manda sim material para toda e qualquer publicação de informática séria que pedir material para testes, menos para as publicações localizadas no Brasil por conta da interferência deste mencionado funcionário. Sabemos disso por conta do nosso site Hardware Secrets, que é a versão em inglês do Clube do Hardware. Como o Hardware Secrets é uma empresa legalmente constituída nos EUA com escritório físico nos EUA, nós recebemos material da ASUS sem problemas pedindo para o escritório da ASUS nos EUA para o Hardware Secrets. Esta foi a forma que encontramos de driblar este problema. Além disso, este funcionário vivia nos dizendo para não mencionar que a AsRock pertencia à ASUS (ou seja, mentir). Enfim, tudo é fruto de um funcionário que acha que pode "controlar" a mídia e o mercado e como nós somos 100% isentos e imparciais, caimos na "lista negra" dele. Da mesma forma, hoje temos certeza que foi este funcionário da ASUS que pediu à AsRock para não colaborar mais conosco, pois eles estavam mandando material para testes. Possivelmente ele estava achando que estávamos "queimando o filme" da ASUS/AsRock com os nossos testes relatando a verdade sobre seus produtos. Qualquer empresa séria sabe que ter produtos não tão bons ocorre de tempos em tempos, especialmente com uma empresa do porte da ASUS, que fabrica desde produtos baratos até os produtos mais sofisticados. Isso faz parte do jogo. O melhor remédio para isso é justamente enviar um produto topo de linha para testes, onde explicaríamos que os problemas encontrados de baixo desempenho, por exemplo, eram exclusivos daquele modelo testado, e que o fabricante tem um outro produto que é ótimo. Como explicamos, a ASUS, como empresa, sabe disso. Nosso problema, portanto, não era com ASUS enquanto empresa, mas sim com as ações isoladas de um determinado funcionário que decidiu nos boicotar. Como expliquei acima, atualmente recebemos material da ASUS sem problemas por conta do meu outro site e os nossos leitores não têm com o que se preocuparem.
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Todos os dias recebemos dezenas de e-mails reclamando que não testamos placas-mães da ASUS. A história é a seguinte. A ASUS é, no mundo todo, tida como a melhor marca de placas-mães. Isso os colocou com uma atitude arrogante do tipo "não precisamos divulgar nossa marca, todo mundo sabe que nós somos os melhores". A consequência disso é que a ASUS não nos envia material para testes, ao contrário de todos os demais fabricantes de placas-mães. Ou seja, todas as placas-mães que usamos em nossos testes são fornecidas pelos fabricantes. E como vocês podem perceber, a maioria dos fabricantes colabora conosco. Até a Intel e a AMD, que não colaboravam conosco, perceberam da importância do Clube do Hardware e hoje são colaboradores assíduos. Você quer ver testes com placas-mães da ASUS no Clube do Hardware? Nós também. Só não achamos justo nós termos de comprar placas-mães da ASUS no mercado para divulgarmos de graça a marca deles. Ou seja, estaríamos pagando para divulgar uma marca que não nos pertence. É o cúmulo. Se você também não gostou da política da ASUS, reclame diretamente com eles. Resposta da ASUS Atualizado em 27 de junho de 2008: Sei que esta história tem 5 anos mas gostaria de explicar mais sobre esta questão. A questão de a ASUS não enviar material para testes é uma problemática exclusiva do Brasil. As opiniões expressas acima são exclusivas do funcionário da ASUS encarregado do mercado latino-americano, Don Shieh, e não da ASUS como um todo. A ASUS manda sim material para toda e qualquer publicação de informática séria que pedir material para testes, menos para as publicações localizadas no Brasil por conta da interferência deste mencionado funcionário. Sabemos disso por conta do nosso site Hardware Secrets, que é a versão em inglês do Clube do Hardware. Como o Hardware Secrets é uma empresa legalmente constituída nos EUA com escritório físico nos EUA, nós recebemos material da ASUS sem problemas pedindo para o escritório da ASUS nos EUA para o Hardware Secrets. Esta foi a forma que encontramos de driblar este problema. Além disso, este funcionário vivia nos dizendo para não mencionar que a AsRock pertencia à ASUS (ou seja, mentir). Enfim, tudo é fruto de um funcionário que acha que pode "controlar" a mídia e o mercado e como nós somos 100% isentos e imparciais, caimos na "lista negra" dele. Da mesma forma, hoje temos certeza que foi este funcionário da ASUS que pediu à AsRock para não colaborar mais conosco, pois eles estavam mandando material para testes. Possivelmente ele estava achando que estávamos "queimando o filme" da ASUS/AsRock com os nossos testes relatando a verdade sobre seus produtos. Qualquer empresa séria sabe que ter produtos não tão bons ocorre de tempos em tempos, especialmente com uma empresa do porte da ASUS, que fabrica desde produtos baratos até os produtos mais sofisticados. Isso faz parte do jogo. O melhor remédio para isso é justamente enviar um produto topo de linha para testes, onde explicaríamos que os problemas encontrados de baixo desempenho, por exemplo, eram exclusivos daquele modelo testado, e que o fabricante tem um outro produto que é ótimo. Como explicamos, a ASUS, como empresa, sabe disso. Nosso problema, portanto, não era com ASUS enquanto empresa, mas sim com as ações isoladas de um determinado funcionário que decidiu nos boicotar. Como expliquei acima, atualmente recebemos material da ASUS sem problemas por conta do meu outro site e os nossos leitores não têm com o que se preocuparem.
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A grande aula de hoje foi sobre um novo padrão SCSI Serial, desenvolvido para substituir o atual SCSI. Com um detalhe importantíssimo: compatibilidade com discos rígidos Serial ATA. Isso mesmo, você leu correto. Serial ATA e Serial SCSI irão se misturar no futuro, possivelmente em 2005. Mas como esses dois padrões poderão coexistir? Simples: eles são destinados a mercados diferentes. Enquanto o alvo do Serial ATA é o desktop, o alvo do Serial Attached SCSI é o mercado de servidores. A comunicação paralela chegou ao seu limite. Isso ocorre porque embora os bits da transmissão sejam transmitidos ao mesmo tempo, eles não são recebidos ao mesmo tempo. Há pequenas diferenças no tempo de recepção dos bits. Enquanto isso não atrapalha em comunicações de baixa velocidade, isso se torna um problema seríssimo em comunicações de alta velocidade, pois essa demora em se ter todos os bits no receptor inviabiliza comunicações mais rápidas. Com isso, não existirá um padrão SCSI acima do 320 (320 MB/s) nem como não haverá um padrão IDE acima do ATA-133 (133 MB/s). Outro problema curioso diz respeito ao tamanho do conector do disco rígido. Os fabricantes de disco estão querendo migrar do atual tamanho, 3.5", para o tamanho usado em notebooks, 2.5". Mas isso não é possível usando o conector IDE paralelo, pois o carcaça do disco precisa ser grande para acomodar o conector. Para resolver esses dois problemas, tanto o IDE quanto o SCSI estão migrando para a comunicação serial. O Serial Attached SCSI (SAS) começará operando a uma taxa de 3 Gbit/s (300 MB/s), podendo migrar para 6 Gbit/s (600 MB/s) em seguida. Sua grande vantagem em relação ao padrão Serial SCSI existente atualmente (Fibre Channel, FC) é que ele permite o uso de discos de várias taxas de transmissão usando a taxa máxima do dispositivo. O Fibre Channel nivela por baixol, isto é, se você tem um disco lento misturado com outros rápidos no sistema, o barramento passa a operar na velocidade do dispositivo mais lento, comprometendo o desempenho de todo o sistema. Como comentamos, o SAS é compatível com o Serial ATA. Isto é, você pode instalar um disco Serial ATA em uma porta SAS e o disco funcionará sem problemas. Incrível, não? Isso funciona porque o conector usado pelo SAS é idêntico ao usado pelo Serial ATA, como você pode ver na Figura 1. Mas o inverso não é verdadeiro, isto é, você não pode instalar um disco SAS em uma porta Serial ATA. Mas como os conectores são iguais, como prevenir o usuário de instalar um disco SAS em uma porta Serial ATA? A solução encontrada foi o uso de um chanfrado delimitador, veja a marcação que fizemos na Figura 1. Figura 1: Conectores usados pelo Serial Attached SCSI e pelo Serial ATA. Repare também que tanto o Serial ATA quanto o SAS usa um novo conector de alimentação. Esse conector de alimentação permite o hot swap, troca de disco com o micro ligado. Os primeiros discos rígidos Serial ATA têm também conectores de fonte de alimentação convencional. A tendência é, com o tempo, os discos rígidos não usarem mais o conector de alimentação tradicional, já que, como explicamos, conectores antigos ocupam um espaço muito grande em componentes em que a tendência é serem cada vez menores. Com tantos representantes da imprensa internacional, especialmente os formadores de opinião como nós, a AMD não iria perder a oportunidade de chamar os mais importantes para uma conversa. Fora do ambiente dominado pela Intel, obviamente. Em nosso encontro com a AMD, pudemos conferir de perto o novo Athlon XP 3000+ e comparar com o desempenho de um Pentium 4 3,06 GHz montado em uma plataforma similar (mesma memória, mesma placa de vídeo, mesmo disco rígido, usando Windows XP). O Athlon XP 3000+ mostrou ser por volta de 12% mais rápido que o Pentium 4 3,06 GHz usando o script do Photoshop 7 que a Intel diz ser otimizada para a tecnologia Hyper-Threading. Vimos também um impressionante servidor em operação usando quatro processadores Opteron, que realmente será lançado em abril. A Cray, fabricante de supercomputadores, está cogitando a construção de um supercomputador usando 10.000 processadores Opteron. Se esse projeto for realmente adiante, só esse supercomputador usará mais processadores do que todos os processadores Itanium da Intel já fabricados desde o seu lançamento há dois anos atrás. Haverá várias versões de Linux suportando as instruções nativas do Opteron, como o SuSe Linux e o Red Hat. No caso da nova versão do Windows (Windows 64), o problema é que a Microsoft não se comprometeu com nenhuma data de lançamento. Ainda vimos um notebook usando o Athlon 64 (ClawHammer) totalmente funcional. A data de lançamento do Athlon 64 está marcada para setembro.
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O nosso 2º dia de IDF foi bem mais agitado que o primeiro. Das apresentações disponíveis, escolhemos os assuntos mais relacionados ao hardware de PCs: novos processadores, serial ATA e memórias. Novos Processadores A nossa aula de tendências e pesquisa para processadores IA-32 foi conduzida por Justin Rattner, diretor do laboratório de pesquisa de processadores da Intel, e por Joe Schutz, Vice-Presidente e diretor do departamento de desenvolvimento lógico da Intel. Os fatos apresentados foram os seguintes: do 486 até o Pentium 4, o clock aumentou 50 vezes, enquanto que o desempenho de processamento aumentou 75 vezes, graças à implementação de técnicas para o aumento do desempenho, como a arquitetura superescalar e o uso do cache de memória dentro do processador. A Intel enfrentará nos próximos anos um grande desafio no desenvolvimento de novos processadores. Enquanto que diminuindo o tamanho dos transistores utilizados no chip aumenta o seu desempenho, permite um clock maior e diminui o consumo do processador, fazendo com que ele gere menos calor, por outro lado haverá uma hora em que o atraso na comunicação entre dois circuitos internos do processador será maior que um período do clock interno. Em outras palavras, a demora que naturalmente há na comunicação de dois circuitos internos do processador será maior do que um pulso de clock. Terrível, não? Outro problema terrível é que a memória não tem acompanhado o aumento de velocidade dos processadores, fazendo com que o micro não fique tão rápido quanto deveria. E com novos lançamentos sendo planejados, como veremos adiante, esse problema tende a se agravar. A solução a curto prazo é mascarar os efeitos da memória RAM, que é lenta, com o aumento do tamanho da memória cache. Essa solução, aliás, é a usada pelo novo modelo de Pentium 4 que será lançado neste ano, por enquanto conhecido apenas com o seu nome-código Prescott. O Prescott terá 1 MB de memória cache L2 e deve ser lançado com um clock inicial de 3 GHz, podendo chegar a até 5 GHz. Seu barramento externo será de 800 MHz, possivelmente 200 MHz transferindo quatro dados por clock ou 100 MHz transferindo oito dados por clock, nenhum esclarecimento nesse sentido foi dado pelos engenheiros da Intel. Além disso, será o primeiro processador a ser construído com tecnologia sub-100 nm (100 nm = 0,10 mícron), usando transistores de 90 nm (0,09 mícron). Realmente impressionante, sendo que a Intel deverá lançar processadores com transistores ainda menores nos próximos anos. Esse processador também traz outras novidades, como a tecnologia Hyper-Threading redesenhada e 13 novas instruções. A Intel espera estar com processadores na faixa de 15 a 20 GHz de clock em 2010. A Intel finalmente irá lançar chipsets compatíveis com o padrão DDR400/PC3200 neste ano. O problema, no entanto, é que esse padrão DDR400 é um padrão DDR400 da própria Intel, o que poderá fazer com que módulos DDR400/PC3200 já existentes não funcionem. Além de diferenças na temporização, o padrão DDR400 necessita que o módulo seja alimentado com 2,6 V e não com 2,5 V, tensão usualmente utilizada por memórias DDR. Há outros problemas com o padrão DDR400, segundo a Intel: seu consumo é muito maior, dificultando o seu uso em notebooks, por exemplo. Só para você ter uma ideia, memórias DDR333 têm um consumo 10% maior do que memórias DDR266, já as memórias DDR400 têm um consumo 35% maior do que as memórias DDR266 e 57% maior do que as memórias DDR200. A grande aposta de Intel, no entanto, não são as memórias DDR400, mas sim o novo padrão DDR2. As memórias DDR2 transferem dois dados por pulso de clock, como as DDR, mas consomem menos. O invólucro do chip de memória terá de ser obrigatoriamente o BGA, sendo que essas memórias estão ainda em fase de protótipo e só deverão ser oficialmente lançadas em 2004. Elas são alimentadas com 1,8 V e a terminação resistiva foi colocada dentro dos chips de memória (nas memórias DDR convencionais a terminação resistiva está localizada na placa-mãe). As memórias DDR2 utilizarão um módulo DIMM, só que com mais pinos. Como você confere na figura abaixo, o primeiro módulo de memória DDR2 lançado pela Infineon tem o mesmo tamanho dos módulos DDR-DIMM atualmente usados, só que eles têm mais pinos (os contatos são mais estreitos do que nos módulos DDR-DIMM). Ou seja, os módulos DDR2 não poderão ser usados nas placas-mães atualmente disponíveis. Tecnicamente, devemos lembrar que a pinagem é diferente por conta das terminações resistivas estarem dentro dos chips. Figura 1: Módulo DDR2-667 da Infineon. O diretor de marketing da Infineon, Chee Ho, mostrou que a Infineon pretende lançar memórias DDR de 3ª geração (DDR-3) em 2007, com protótipos em 2006. Esse padrão, contudo, ainda está em discussão. Mas muito possivelmente utilizará alimentação de 1,8 V, se formos seguir as previsões de John Halbert, do time de manufatura de memórias da Intel. A Rambus apareceu firme e forte nesta edição do IDF. Eles continuam acreditando em suas soluções de memória de alto desempenho, mesmo que não tendo obtido o sucesso esperado nos últimos anos. A grande novidade da Rambus para o que pode vir a ser uma solução para PCs chama-se Flexphase. Para entender o que essa solução resolve, temos de entender o problema. Você já deve saber que componentes eletrônicos são soldados em uma placa de circuito impresso e que nessa placa de circuito impresso são feitas as conexões elétricas entre os terminais dos diversos componentes soldados sobre a placa. Na ligação entre dois componentes - imagine a interligação entre a ponte norte e a ponte sul da placa-mãe - as trilhas da placa normalmente não têm exatamente o mesmo comprimento. Enquanto que para componentes que operam a uma freqüência baixa o comprimento das trilhas da placa não faça a menor diferença, o mesmo não ocorre quando estamos operando a altas freqüências. Imagine em uma transmissão paralela de oito bits. Poderá haver bits que chegarão antes dos outros, dependendo do comprimento das trilhas, caso a freqüência de transmissão seja muito alta. O que a tecnologia Flexphase faz é permitir que os sinais saiam do chip transmissor em momentos diferentes, e não ao mesmo tempo, como é o usual. Com isso, é possível compensar o atraso causado pelos diferentes comprimentos de trilha. A tecnologia Flexphase está sendo implementada em dois novos padrões de barramentos de alta velocidade criados pela Rambus: Yellowstone e Redwood. O primeiro é um barramento serial de alta velocidade para conexão do chip controlador de memória a circuitos de memória. Já o segundo é um barramento paralelo de alta velocidade para conexão entre chips, especialmente entre a ponte norte e a ponte sul em uma placa-mãe. A Rambus mostrou o barramento Yellowstone em ação com um protótipo conectado a um osciloscópio, onde qualquer um que quisesse poderia fazer suas próprias medições para ver que o esquema proposto por eles realmente funciona, como mostramos na Figura 1. Os chips pretos são os controladores de memória com um cooler em cima. Figura 2: Protótipo do barramento Yellowstone, da Rambus. As idéias da Rambus sempre foram muito boas, o problema é que para usá-las há a necessidade de se pagar royalties, o que pode encarecer o produto (veja o caso das memórias Rambus). No campo do Serial ATA, comparecemos a uma aula ministrada por Knut Grimsrud, engenheiro da Intel responsável pelo padrão Serial ATA (inclusive ele escreveu um livro sobre o assunto) e por Amber Huffman, arquiteta de software da Intel, responsável por escrever drivers para o Serial ATA. A aula foi toda sobre o novo padrão Serial ATA II, que atinge taxa de transferência de 3 Gbit/s (300 MB/s, o dobro do Serial ATA I - antes que vocês nos escrevam falando que a conta está errada, ela não está. O que ocorre é que a taxa de 3 Gbit/s é usada para transmitir informações que não são dados, como o cabeçalho dos pacotes de dados. Com isso, a taxa de 300 MB/s refere-se somente à taxa atingida na transmissão de somente dados, desconsiderando o cabeçalho dos pacotes de dados). Além de um desempenho superior, o padrão Serial ATA II permite a criação de uma fila de comandos dentro do disco rígido. Obviamente o disco rígido tem de ser Serial ATA II e ter essa fila de comandos implementada para essa ideia funcionar. Com a fila de comandos, o disco rígido pode reordenar os comandos recebidos para um melhor desempenho. Por exemplo, supondo que os dados A, B, C e D estão em ordem seqüencial dentro do disco rígido, e supondo que o sistema operacional tenha enviado comandos de leitura para a leitura dos dados B, D, C e A (ou seja, fora da ordem em que eles se encontram no disco), com a fila de comandos o disco rígido é capaz de reordenar esses comandos para poder ler os dados de forma mais rápida (neste caso, A, B, C e D, que podem ser lidos em apenas uma volta que o disco rígido executa). Não existindo esse recurso, a leitura será feita na ordem que os comandos chegarem (B, D, C e A, neste nosso exemplo), o que pode significar que a controladora interna do disco terá de esperar algumas rotações para conseguir ler todos os dados solicitados, tendo o desempenho prejudicado. Essa fila implementada no Serial ATA II permite o armazenamento de até 32 comandos. Além disso, a Amber apresentou o conceito do Port Multiplier, uma novidade para o padrão Serial ATA. Grosso modo, é um hub para portas Serial ATA, isto é, um chip que, conectado à porta Serial ATA, consegue fazer com que até 15 dispositivos Serial ATA sejam conectados àquela porta. Essa ideia tem várias aplicações. No mercado caseiro, a possibilidade de se instalar mais de um disco em uma porta Serial ATA. No mercado de servidores, a possibilidade de se usar menos cabos na ligação de um rack de discos rígidos a um servidor. Este segundo exemplo é interessante e valer a pena ser explorado um pouco mais a fundo. Com a solução Serial ATA, ficou mais fácil a conexão de discos rígidos localizados fora do gabinete a uma velocidade alta. Mas se colocarmos um rack com 16 discos rígidos, por exemplo, haverá 16 cabos Serial ATA saindo desse rack para encontrar o gabinete contendo as controladoras serial ATA. Com o Port Multiplier é possível fazer a conexão desse caso com menos cabos. Se usar um cabo apenas, o problema é que teremos uma banda de somente 150 MB/s, se usarmos o padrão Serial ATA I, e pode haver um gargalo na leitura dos discos rígidos. Mas se forem usados 4 chips Port Multiplier, o rack de discos rígidos pode ser conectado ao gabinete com a controladora através de quatro cabos apenas (em vez de 16), sendo que a taxa máxima entre o rack e o gabinete será de 600 MB/s (4x 150 MB/s). Dentro do rack, cada chip existente permite que até 15 discos possam ser conectados, dando uma capacidade total de armazenamento de 60 discos rígidos. Em nosso exemplo, conectaríamos 4 discos a cada chip. Continue lendo: IDF Spring 2003 - 3º Dia
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O IDF (Intel Developer Forum) é um fórum para desenvolvedores de hardware e software patrocinado pela Intel e que ocorre duas vezes por ano (na primavera - Spring - e no outono - Fall - Norte-Americano). É nesse evento que a Intel apresenta seus mais recentes desenvolvimentos na área de software e hardware. A Intel nos convidou a participar do IDF Spring deste ano, que está sendo realizado em San José, Califórnia. Para quem não sabe, San José é a capital do Vale do Silício, rodeada por cidades famosas pelas empresas de alta tecnologia. Se você é um nerd de verdade já deve ter ouvido falar em cidades como Santa Bárbara, Milpitas, Cupertino, Palo Alto, Fremont, entre outras, todas nos arredores da San José. Nos quatro dias do evento, serão apresentadas mais de 170 horas de cursos e palestras. É claro que não dá para assistir a todas, mas fizemos um roteiro de forma a assistirmos aos cursos mais quentes na área de hardware. Novos processadores, barramento PCI Express e novas tecnologias de memória são alguns dos assuntos que veremos no IDF. Estaremos publicando aqui no Clube do Hardware o que vimos durante cada dia do IDF. Pat Gelsinger e a Convergência de Tecnologias O IDF começou oficialmente ontem, dia 17 de fevereiro de 2003 às 12:30 H (horário local, cinco horas a menos que no Brasil), com a apresentação de Pat Gelsinger, executivo da Intel responsável pela divisão de tecnologia (CTO, Chief Tecnology Officer). O principal ponto na apresentação de Pat foi explicar a direção da Intel no sentido da convergência de tecnologias de comunicação e computação. Seguindo a essa introdução, Pat chamou ao palco o Diretor-Presidente da Intel, Craig Barret. Figura 1: Pat Gelsinger, CTO da Intel. Craig Barret e os Novos Desenvolvimentos da Intel Craig Barret apresentou as expectativas da Intel com o mercado de redes e informática para os próximos anos e, seguindo a isso, mostrou os mais recentes desenvolvimentos da Intel. Figura 2: Craig Barret, CEO da Intel. Segundo Craig, o mercado de informática é uma indústria de US$ 1 trilhão, representando 10% do PIB norte-americano e 1% do PIB mundial, sendo que esse valor deve continuar aumentando, devendo atingir US$ 1,2 trilhão em 2006. Craig também acredita que em 2005 ou 2006 existirão 1 bilhão de pessoas conectadas à Internet. A tendência em relação à convergência de tecnologias é termos no futuro todos aparelhos eletrônicos interligados em uma grande rede wireless metropolitana, isto é, acesso a Internet, comunicação entre PCs, etc tudo sem fio. Craig Barret deixou claro uma posição da Intel da qual não concordamos integralmente, que todos os usuários "precisam" de upgrade em suas máquinas de tempos em tempos e que a Intel está aí para isso mesmo. Ele fala como se todo mundo tivesse dinheiro para ficar fazendo upgrade todo ano... Ou seja, ficou realmente claro que a Intel realmente tem a política da obsolecência, ou seja, tornar os seus próprios produtos obsoletos para poder vender novos produtos. E isso, podem acreditar, tanto a Intel quanto a Microsoft são campeãs em fazer. Ainda, segundo Barret, a Lei de Moore (que diz que a capacidade de processamento dobra a cada 18 meses enquanto o preço de se construir o circuito se mantém o mesmo) continuará válida pelo menos pelos próximos anos. Ele disse isso baseado em uma apresentação feita por Gordon Moore - fundador e ex-presidente da Intel e justamente quem postulou tal lei - realizada na semana passada. Em seguida, Craig Barret apresentou novidades tecnológicas que a Intel vem desenvolvendo. A primeira grande novidade foi a primeira apresentação pública de transmissão óptica usando o silício como meio de transmissão. Foi apresentado o protótipo de um modulador óptico baseado em silício, permitindo a integração, no futuro, de comunicação óptica e comunicação eletrônica em um mesmo chip. Figura 3: Protótipo do primeiro modulador óptico baseado em silício. Após essa apresentação, foi mostrado ferramentas para o desenvolvimento de chips com tecnologia na casa dos nanometros. O grande problema em se construir circuitos com transistores tão pequenos é que não há como enxergá-los, mesmo com microscópios eletrônicos, pois nesse tamanho há muito ruido, impossibilitando a visualização da superfície do chip. Na Figura 4 nós vemos como a superfície de um circuito construído na escala de nanometros é visto por um microscópio eletrônico: só ruido. Para permitir a construção de circuitos nesta escala, a Intel desenvolveu programas para a redução de ruído, finalmente permitindo construção de circuitos nessa escala, como vemos na Figura 5. Figura 4: Visualização normal da superfície da pastilha de silício. Figura 5: Visualização após a aplicação do software de eliminação do ruído. Outras novidades tecnológicas e protótipos também foram apresentados. Falaremos dos mais importantes. O projeto "Newport" foi apresentado. Trata-se de uma solução móvel bastante interessante. É uma mistura de celular com notebook com um tablet PC. Imagine um notebook que, removendo a parte de baixo, ele se transforme em um tablet PC, isto é, uma prancheta com touch screen onde você o manipula como se fosse um hand held (só que de 14" ou 15"). E mais: do lado de fora do Newport há um display de cristal líquido igual ao usado por celulares, onde você pode acessar o conteúdo do micro sem precisar abri-lo. Por exemplo, é possível através desse display enviar um arquivo por e-mail. Figura 6: Projeto Newport. Figura 7: Display LCD do projeto Newport. Fechando a apresentação inicial que marcou o início do IDF, a Intel apresentou o seu projeto Manitoba, um processador de alto desempenho para dispositivos móveis. Além do seu alto desempenho, ele tem 4 MB de memória flash-ROM dentro do próprio chip. Esse processador é rápido o suficiente para rodar um jogo relativamente complexo em cores (ver Figura 9). Figura 8: Placa de testes do Manitoba. Figura 9: O Manitoba é capaz até de rodar jogos relativamente complexos. Após a apresentação inicial, o IDF começou de fato. São várias salas de aula com aulas sobre os mais diversos temas relacionados a tecnologias da Intel. Fomos correndo aprender sobre o mais novo padrão de barramento que está sendo desenvolvido pela Intel, o PCI Express. Nossa aula sobre o PCI Express foi conduzida por Ajay Bhatt, engenheiro-chefe do desenvolvimento desse novo padrão de barramento, que só deve começar a ser introduzido a partir de 2004. O PCI Express mantém compatibilidade em software com o atual barramento PCI, porém é tecnicamente completamente diferente. A principal diferença do barramento PCI Express sobre o PCI tradicional está no tipo de comunicação. No barramento PCI tradicional, a comunicação é paralela, feita a 32 bits por vez usando um clock fixo de 33 MHz. Já no barramento PCI express, a comunicação é serial, feita a um número de bits combinado entre o transmissor e o receptor. As transmissões podem ser feitas a 1, 2, 4, 8, 12, 16 ou 32 bits. A primeira versão do PCI Express atingirá uma taxa de transferência de 2,5 Gbit/s, mas sua taxa efetiva é de 2 Gbit/s, o que equivale a 256 MB/s. O barramento PCI atualmente utilizado tem uma taxa máxima de 132 MB/s. Essa diferença entre a taxa máxima e a taxa efetiva se dá porque em cada pacote de dados que é transmitido, são transmitidas também outras informações (cabeçalho). Com isso, para um cálculo correto, temos de remover da conta essas informações de controle, que não são efetivamente dados que o transmissor está enviando para o receptor. Outra diferença é que o PCI Express é hot plug, ou seja, é possível instalarmos e removermos placas PCI Express mesmo com o micro ligado. O PCI Express ainda está sendo desenvolvido. Esperamos que no próximo IDF tenhamos a oportunidade de ver ao vivo um protótipo funcional desse novo barramento. Nos corredores do centro de convenções onde o IDF é realizado, vários expositores mostram os seus novos desenvolvimentos. Há ainda uma feira dentro do centro de convenções, que foi oficialmente aberta às 17:00 do primeiro dia do IDF, mas que infelizmente ainda não tivemos o tempo para ir lá dar uma conferida. Mas nos corredores o que predomina são as demonstrações para nerds. A ATI montou uma cadeira especial com dois monitores de cristal líquido ligados à uma Radeon 9700 Pro, som surround 5.1, joystick e o que mais você possa imaginar de tecnologia de ponta para jogos. Ou seja, o sonho de consumo de todo nerd. Figura 10: Cadeira para jogos montada pela ATI. Figura 11: Outro ângulo da cadeira. Adicionado em 20/02/03: Estávamos passando hoje do lado dessa cadeira e veja o que descobrimos na foto abaixo: o pé da cadeira é o gabinete do micro. Impressionante, não? Figura 12: Base da cadeira. Já a HP montou vários carros de corrida com PCs da Compaq, monitores de cristal líquido, volante Microsoft com force feedback e pedais. Figura 13: Carro de corrida da HP. Por fim, no canto do corredor, instalaram uma série de arcades. O detalhe é que junto com uns arcades mais novos, havia dois clássicos para jogar de graça: Spy Hunter e Frogger. Figura 14: Arcades para o entretenimento dos nerds de plantão. Continue lendo: IDF Spring 2003 - 2º Dia
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Finalmente a Intel resolveu colaborar com o Clube do Hardware, enviando material para testes. Na primeira leva, um Pentium 4 de 2,8 GHz (cujo teste acabamos de colocar no ar) e uma placa-mãe D845PESV, cujo teste devemos colocar no ar dentro dos próximos dias. Agradecemos publicamente à Intel pelo empréstimo desse material, que permitirá a que todos os profissionais, estudantes e entusiastas que visitam o nosso site fiquem por dentro dos mais recentes lançamentos da Intel, em especial sobre o desempenho do Pentium 4 de 2,8 GHz, que é o processador mais rápido atualmente disponível depois do Pentium 4 de 3,06 GHz.
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Tudo o que você precisa saber sobre os capacitores da placa-mãe
Gabriel Torres postou um artigo em Placas-mãe
Capacitores eletrolíticos de baixa qualidade podem vazar, estufar ou explodir, danificando a sua placa-mãe. Neste tutorial, explicamos porque esse problema ocorre e damos dicas sobre como identificar capacitores de melhor qualidade. Veja o problema causado por capacitores de baixa qualidade nas Figuras 1 a 4. Basicamente, o capacitor começa estufando (Figura 1), até um ponto em que sua “tampa” metálica superior abre e o fluido eletrolítico começa a vazar (Figura 2). Em casos extremos, a abertura da tampa superior pode ocorrer de forma abrupta, o que faz com que o capacitor exploda, como ocorreu na Figura 3. Repare nesta figura como o capacitor do meio está aberto, com seu interior à mostra, com parte de seu material interno tendo ficado com uma consistência parecida com a de uma lã. Já presenciamos também capacitores que vazaram por sua parte “de baixo” (perto de seus terminais), corroendo a placa-mãe. É o caso dos capacitores da Figura 4. Figura 1: capacitores estufados Figura 2: capacitores estufados, começando a vazar Figura 3: capacitor que explodiu Figura 4: capacitores que vazaram, corroendo a placa-mãe Se você se deparar com uma situação como essa, pode facilmente substituir os capacitores, tarefa que qualquer técnico em eletrônica é capaz de efetuar e, portanto, não falta mão de obra especializada no mercado. Antes de falamos sobre os tipos de capacitor eletrolítico que você poderá encontrar em placas-mãe e fontes de alimentação, vamos explicar porque os problemas de vazamento, estufamento e explosão ocorrem. A principal função de um capacitor é armazenar cargas elétricas. A quantidade de cargas elétricas que um capacitor pode armazenar é dada em uma unidade chamada coulomb. A capacitância de um capacitor é a quantidade de cargas elétricas que ele consegue armazenar quando uma tensão de um volt é aplicada a seus terminais, dada em uma unidade chamada farad (F). Os capacitores usados em equipamentos eletrônicos têm capacitância muito abaixo de 1 farad, normalmente na ordem de picofarad (pF, que equivale a 0,000.000.000.001 F) para capacitores cerâmicos, na ordem de nanofarad (nF, que equivale a 0,000.000.001 F) para capacitores de poliéster e na ordem de microfarad (µF, que equivale a 0,000.001 F) para capacitores eletrolíticos. Os capacitores são fabricados colocando-se duas placas metálicas paralelas com um material chamado dielétrico entre elas. A depender do material dielétrico o capacitor pode armazenar mais ou menos cargas elétricas e esse material usado determina o tipo do capacitor. Como você pode ver no parágrafo anterior, os capacitores eletrolíticos podem armazenar mais cargas elétricas do que os capacitores de poliéster, que por sua vez armazenam mais cargas elétricas do que os capacitores cerâmicos. Tenha em mente que um capacitor que consegue armazenar mais cargas elétricas não é melhor do que um capacitor que consegue armazenar menos cargas elétricas. Cada capacitância tem uma aplicação diferente. Os capacitores eletrolíticos são feitos com duas placas de alumínio paralelas com um material absorvente embebido em um eletrólito (ou seja, material líquido) entre elas – daí o nome deste tipo de capacitor. Feito isso, este “sanduíche” é enrolado. O problema todo dos capacitores eletrolíticos é que o eletrólito tende a secar, degradando o capacitor (ou seja, fazendo com que ele perca sua capacidade de armazenamento), causando mau funcionamento no circuito onde ele está instalado. Por exemplo, um dos mais populares usos dos capacitores eletrolíticos é em circuitos de filtragem e se o capacitor estiver com problema a filtragem simplesmente não acontecerá, o que causará problemas no funcionamento do circuito após o estágio de filtragem. Uma fonte de alimentação para PCs com um circuito de filtragem ruim fornecerá tensões com um alto nível de flutuação causando mau funcionamento ou até mesmo queimando sua placa-mãe, discos rígido, etc. Como você pode imaginar, o líquido dentro do capacitor secará apenas se o capacitor não for perfeitamente selado e/ou se o capacitor for exposto a altas temperaturas (nossa definição de alta temperatura é qualquer coisa acima da temperatura ambiente de 25° C). Mas este não é o único problema que pode ocorrer. Se o capacitor não for perfeitamente selado o líquido interno pode vazar, podendo até mesmo corroer a placa de circuito impresso onde o capacitor está instalado. Além disso, o eletrólito dentro do capacitor pode vaporizar quando o capacitor é exposto a altas temperaturas (ou se uma tensão maior do que a máxima permitida for aplicada), criando uma pressão no invólucro do capacitor, fazendo com que ele “estufe” ou até mesmo exploda, como mostrado na página anterior. Todos os capacitores têm uma marcação de temperatura e tensão. A temperatura é normalmente rotulada a 85° C ou 105° C. Esses números devem ser maiores do que os valores que serão usados, quanto maior melhor. Se a temperatura ambiente exceder a temperatura estampada no invólucro do capacitor o problema mencionado acima pode ocorrer. Mas é claro que durante o uso normal de um circuito isto não acontecerá, a menos que alguém instale por engano um capacitor com especificações erradas. Os dois principais problemas com os capacitores eletrolíticos são o uso de uma selagem ruim e/ou de um eletrólito ruim. Uma selagem ruim fará com que o eletrólito vaze ou evapore, enquanto que o uso de um eletrólito ruim pode resultar em várias coisas, sendo que a mais comum é a sua vaporização em temperaturas mais baixas do que a temperatura impressa na etiqueta do capacitor (fazendo com que o capacitor “estufe” ou exploda), ou corroendo uma selagem de baixa qualidade e vazando. Os capacitores eletrolíticos japoneses são notoriamente conhecidos por serem acima da média no que diz respeito à qualidade (uso de bons eletrólitos e boas selagens), enquanto que os capacitores chineses têm uma péssima reputação devido a utilização de eletrólitos e selagens de baixa qualidade, o que pode resultar nos problemas descritos. Os capacitores sólidos também são imunes aos problemas citados já que eles oferecem a melhor selagem possível. Capacitores eletrolíticos encontrados em placas-mãe podem ser de basiscamente de três tipos, listados do pior para o melhor: Capacitores eletrolíticos tradicionais: como os mostrados nas fotos da primeira página. Se possível, escolha uma placa-mãe que use capacitores eletrolíticos japoneses, que são de melhor qualidade e praticamente imunes aos problemas descritos, conforme explicado na página anterior. Leia nosso tutorial “Como identificar capacitores eletrolíticos japoneses” para aprender a identificá-los. Na seção de áudio da placa-mãe, alguns fabricantes utilizam capacitores eletrolíticos de alta qualidade fabricados especificamente para equipamentos de som. Capacitores eletrolíticos “sólidos”: são capacitores eletrolíticos com um encapsulamento “sólido”, como você pode ver na Figura 5. Este encapsulamento oferece maior resistência aos problemas descritos neste tutorial. Apesar de tecnicamente não serem “sólidos”, já que a única diferença deles para os capacitores eletrolíticos tradicionais é a carcaça e, portanto, o seu “miolo” não é sólido, eles são informalmente chamados dessa maneira. Figura 5: capacitor eletrolítico com encapsulamento “sólido” Capacitores SMD: não são capacitores eletrolíticos e por isso não apresentam os problemas relatados na página anterior. São conhecidos por vários nomes diferentes, como SMD (Surface Mounting Device ou dispositivo de montagem em superfície), de tântalo (seu material de construção), Hi-c, polímero altamente condutivo ou “capacitores de especificação militar”. É o tipo a ser escolhido por usuários que demandam apenas “o melhor do melhor”. Ver Figura 6. Figura 6: capacitores SMD de tântalo (componentes retangulares com “470” escrito) Para se aprofundar no assunto, recomendamos que você leia: Tutorial “Como identificar capacitores eletrolíticos japoneses” Tutorial “Tudo o que você precisa saber sobre o circuito regulador de tensão da placa-mãe” Livro “Eletrônica” Site Badcaps.net -
Todo usuário alguma vez na vida já se deparou com o problema de ter um CD arranhado. No caso de CDs de dados (CD-ROM), o CD não é lido corretamente pela unidade, dando erro de leitura. Já no caso de CDs de áudio, o CD "pula" quando colocamos para tocar. A primeira providência ao encontrar um CD dando erro de leitura é limpá-lo, para ver se não é uma sujeira que está em sua superfície que está impedindo a sua leitura. Você pode inclusive lavar o CD suavemente com um pouco de detergente, usando os dedos da mão para limpar o CD (não use esponja, pois a esponja pode arranhar o CD). Se continuar dando erro, experimente ler ou tocar o CD em outra unidade. Se em outra unidade (ou em outro aparelho de som, no caso do CD de áudio) o CD estiver apresentando o mesmo sintoma (dando erro de leitura ou pulando, no caso de CDs de áudio), então significa que ele está arranhado. Olhando contra a luz a superfície de gravação (o lado oposto ao do rótulo) de um CD dando esse tipo de problema, você conseguirá facilmente identificar um ou mais arranhões existentes. Os dados de um CD estão gravados em uma camada metálica dentro dele, camada essa que é prateada nos CDs comerciais e normalmente dourada nos CDs-R. Essa camada metálica é envolvida por uma camada plástica transparente (policarbonato), que tem justamente a função de proteger a camada metálica do CD e permitir que um rótulo seja impresso no lado que não é usado para a leitura. A unidade de CD-ROM ou o CD player utilizam um feixe laser para ler a camada metálica. Esse feixe laser atravessa a camada plástica transparente e efetua a leitura. Se a camada plástica estiver arranhada, o feixe não consegue ultrapassá-la, dando erro de leitura ou "pulando" a música. Ou seja, os dados a serem lidos ainda estão dentro do CD, o problema é em sua camada plástica. Como o conteúdo do CD está preservado, é possível recuperar um CD arranhado fazendo um polimento da sua superfície plástica. Se após os procedimentos de limpeza que sugerimos acima o CD continuar dando erro de leitura, basta você polir a superfície do CD com pasta de dentes. Isso mesmo, pasta de dentes. Funciona que é uma beleza e você não irá gastar uma fortuna comprando kits de limpeza profissionais. O polimento deverá ser feito usando um chumaço de algodão sobre os arranhões. Esfregue suavemente o chumaço de algodão com a pasta de dentes até os arranhões sumirem ou então você perceber que eles já saíram ao máximo. Pode ser que a pasta de dente crie novos arranhões, mas esses serão superficiais que sairão facilmente depois. Após ter removido os arranhões, limpe o CD na água. Se ainda existirem arranhões que a pasta de dentes não removeu, use um polidor de metais (Brasso), da mesma maneira descrita. Por fim, passe vaselina na superfície do CD, bem suavemente (não use força), no sentido de dentro para fora. O passo final é testar o CD. Se ele passar a funcionar, maravilha. Caso contrário, repita o procedimento descrito em nossa coluna de hoje, tentando localizar visualmente o arranhão que está causando o erro e concentrando seu polimento nesse arranhão.
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Tradicionalmente, pouca ou nenhuma atenção é dada na escolha do gabinete que será usado pelo micro. Só que, com os processadores esquentando cada vez mais, a correta escolha do gabinete é fundamental para que o micro não apresente problemas de superaquecimento. Atualmente não é só o processador do micro que esquenta muito: o chipset da placa-mãe e o processador de vídeo da placa de vídeo também são responsáveis pelo aquecimento do ar que fica no interior do gabinete. Se o seu micro está enfrentando problemas de superaquecimento, com certeza você será capaz de resolver o problema com este tutorial. O sintoma típico do micro com superaquecimento é ele estar travando (congelando) muito e dando erros de Falha Geral de Proteção ("Este programa executou uma operação ilegal e será fechado") e a famosa "tela azul da morte". Se você tirar a tampa do gabinete e, com o micro aberto, o micro parar de apresentar problemas, então significa que ele está com problema de superaquecimento. Note que esses sintomas também aparecem em outras situações de manutenção, ou seja, eles não necessariamente indicam que o micro está superaquecido. O gabinete vem com a fonte de alimentação do micro junta. Pouca gente sabe, mas a fonte de alimentação tem um papel fundamental na ventilação interna do micro. Para entender isso, você deverá entender como funciona a circulação de ar dentro de um gabinete. Você já deve ter reparado que toda fonte de alimentação tem uma ventoinha. Essa ventoinha deve estar sempre funcionando no sentido de exaustão, isto é, soprando para fora do gabinete, jogando o ar quente de dentro do gabinete para o lado de fora. Observe a Figura 1 para entender isso melhor. Como o ar quente tem a tendência natural de subir, o ar quente gerado pelo micro automaticamente sobe para a parte de cima do gabinete. A ventoinha da fonte, então, puxa esse ar quente de dentro do gabinete para fora, fazendo assim a correta ventilação do micro. O ar frio automaticamente entra pela parte da frente do gabinete, através de uma ranhura apropriada existente abaixo da baia destinada ao disco rígido. Figura 1: Circulação de ar em um gabinete do tipo torre. A fonte de alimentação deverá ter ranhuras em suas laterais de forma que o ar quente consiga sair do gabinete e o micro não fique superaquecido. O local exato dessas ranhuras dependerá do tamanho do gabinete, já que, dependendo do tamanho do gabinete e do tamanho da fonte de alimentação, a fonte poderá ficar acima, ao lado ou em frente ao processador do micro. Com um pouco de bom senso é fácil perceber onde essas ranhuras deverão existir. Vendo o micro da Figura 1 um pouco mais de perto (ver Figura 2), chegamos à conclusão que a sua fonte de alimentação está corretamente dimensionada para o gabinete. Repare que as ranhuras existentes na fonte de alimentação estão no caminho correto para a exaustão do ar quente gerado pelo processador e pelos demais componentes internos do micro, isto é, a posição da fonte de alimentação não atrapalha a exaustão do ar quente vindo do processador e as ranhura existentes estão praticamente em frente ao processador para que o ar consiga sair corretamente para fora do micro. Figura 2: Detalhe do espaço entre o processador e a fonte de alimentação. A escolha de um gabinete não é só uma questão estética. Ele tem de ser capaz de dissipar corretamente o ar quente gerado no interior do micro. Mas como saber se um gabinete é apropriado para um determinado micro? Observe as Figuras 3 e 4. Nela, mostramos o caso real de um micro que estava enfrentando problemas de superaquecimento. Ou seja, com o micro fechado, travamentos ocorriam. Quando tiramos a tampa, o micro parou de travar. Observando atentamente o local onde o processador está instalado e o tamanho da fonte de alimentação, fica claro o motivo do superaquecimento: primeiro, quase não há espaço entre a fonte de alimentação e a ventoinha do processador, impedindo que o ar quente do processador seja corretamente dissipado; segundo, a área da fonte de alimentação que fica em cima do processador não possui qualquer ranhura para dissipar o ar que vem do processador; terceiro, a parte de baixo da fonte não apresenta qualquer ranhura para dissipar o calor gerado pelos demais componentes internos do micro (placa de vídeo, chipset da placa-mãe, disco rígido, etc). Apesar de a fonte ter ranhuras em sua lateral, em frente às baias de 5 1/4" do gabinete, fica claro que essas ranhuras estão sendo insuficientes para eliminar o ar quente gerado no interior do micro. Figura 3: O cooler do processador está "colado" na fonte (visão de cima). Figura 4: Repare como a fonte "tampa" a ventilação do ar vindo do cooler do processador. Há várias soluções para esse caso, porém a mais indicada e simples é a troca do gabinete do micro. Ao comprar o novo gabinete, deveremos observar o tamanho da fonte de alimentação, para que a nova fonte não cubra a ventoinha do processador, como está ocorrendo no momento (poderia ser escolhido até mesmo um gabinete do tipo torre média, onde a fonte de alimentação não fica sobre a placa-mãe. O inconveniente, no entanto, é o seu tamanho, mais alto que os gabinetes mini-torre). Outras soluções possíveis são a troca somente da fonte de alimentação e a abertura de furos na chapa metálica da fonte de alimentação que fica na frente do processador (para este último procedimento, a fonte de alimentação deverá ser desmontada e os furos devem ser feitos na chapa com ela solta da fonte, para que pedaços de metal não caiam no interior da fonte quando os furos forem feitos, o que poderia ocasionar um curto-circuito quando o micro fosse ligado). Estudando mais a história desse micro, descobrimos que o gabinete é antigo, tendo sido aproveitado de um upgrade efetuado em um Pentium III-550 em forma de cartucho. Esse gabinete (ver fotos) poderia ser muito bom para processadores em cartucho, já que a ventoinha do processador não ficava soprando em cima da chapa lisa da fonte de alimentação - os processadores em cartucho são instalados em um ângulo de 90º em relação à placa-mãe. Apesar da placa-mãe caber perfeitamente bem dentro de um gabinete mais antigo, isso não significa que o gabinete seja apropriado para a dissipação térmica requerida pelos componentes mais novos. Portanto, preste muita atenção ao fazer upgrades para micros mais novos aproveitando gabinetes mais antigos. Se você acha que o seu micro está esquentando muito em seu interior e aparentemente está tudo o.k. com a posição do processador e, principalmente, da sua ventoinha, como vimos nas colunas anteriores, você pode melhorar a ventilação interna do micro de algumas formas. A solução mais barata é fazendo furos na chapa metálica da parte de baixo da fonte de alimentação, isto é, a parte que fica virada para baixo quando o micro está em pé. Você também pode fazer furos na chapa que fica em frente às baias de 5 1/4" do gabinete. Esses furos só devem ser feitos caso não existam ranhuras para que o ar quente saia. Para fazê-los, você deve desligar o micro da tomada, remover a fonte do gabinete e abri-la, fazendo os furos na chapa com a mesma separada dos circuitos da fonte, pois caso contrário pedaços de metal poderão cair no circuito, provocando um curto-circuito quando você ligar o micro. Com esses furos, o ar quente sairá com mais facilidade do interior do gabinete, através do seu caminho natural, que é a fonte de alimentação. Você pode ainda instalar ventoinhas auxiliares no interior do gabinete. Essas ventoinhas são encontradas com facilidade em lojas de informática, mas você também pode economizar e usar uma ventoinha que foi tirada de uma outra fonte de alimentação (de uma sucata, por exemplo). Se você for tirar uma ventoinha de sucata, tome cuidado. Fontes antigas usadas em gabinetes do tipo desktop (da época do XT e dos 286s) utilizam ventoinhas de 110/220V, que não servem. Você deverá usar ventoinhas de 12 V, que são as usadas na maioria das fontes encontradas em gabinetes do tipo mini-torre. A instalação da ventoinha auxiliar pode ser feita em dois locais do gabinete. O local mais comum é abaixo das baias destinadas aos discos rígidos (ver foto), onde é a entrada de ar frio do micro. Ao aparafusar a ventoinha neste local, tome muito cuidado, pois ela deverá ser instalada no sentido de ventilação, ou seja, jogando o ar frio de fora do micro para dentro dele. Toda ventoinha tem em um de seus lados uma seta indicativa do fluxo de ar. Essa seta deverá estar, portanto, apontando para dentro do micro. Figura 5: Local para instalação de ventoinha auxiliar. O segundo local nem todos os gabinetes têm: é no espaço entre a fonte de alimentação e as placas periféricas. Nesse caso, a ventoinha deverá ser instalada no sentido de exaustão, ou seja, jogando o ar quente de dentro do micro para fora. A seta da ventoinha deverá estar apontando, portanto, para fora do micro. Figura 6: segundo local para instalação de ventoinha auxiliar (nem todos os gabinetes têm). É muito importante que você observe o sentido correto do fluxo de ar das ventoinhas, pois caso você inverta o fluxo, é bem provável que o micro passe a esquentar mais, o que, definitivamente, não é o efeito desejado. A regra é simples: ventoinhas na parte traseira do micro devem estar no sentido de exaustão (dentro para fora) enquanto que ventoinhas na parte frontal do micro devem estar no sentido de ventilação (fora para dentro). As ventoinhas mais novas, vendidas em lojas, possuem três fios e um plugue para ser ligado à placa-mãe, em um conector chamado "Chassis Fan", "Aux Fan" ou similar. Já as ventoinhas mais antigas têm dois fios e devem ser ligadas diretamente à fonte de alimentação, através de um dos plugues destinados a unidades de 5 1/4". Se você retirou a ventoinha de uma sucata, note que o fio preto da ventoinha deve ser ligado ao fio preto da fonte, mas o seu fio vermelho deverá ser ligado ao fio amarelo da fonte, que é a sua saída de 12 V, e não ao seu fio vermelho, como é de se supor (que é a saída de 5 V). O fio a mais que as ventoinhas mais novas possuem serve para medir a sua velocidade de rotação e, com isso, a placa-mãe sabe se a ventoinha está funcionando corretamente ou não. Se você, ao ler nossa coluna passada, teve vontade de instalar uma ventoinha auxiliar em seu gabinete mas não encontrou nenhum lugar para a sua instalação, não tem problema. Se o aquecimento no interior do seu gabinete estiver realmente alto, você pode simplesmente adaptar um local qualquer para a instalação dessa ventoinha. Mas onde exatamente podemos instalar uma ventoinha auxiliar? Isso vai depender muito de que área do interior do gabinete está se superaquecendo. De acordo com a nossa experiência, temos visto que a parte de cima do gabinete tende a se aquecer mais por vários motivos. Primeiro e óbvio é que o ar quente sobe. Segundo, nessa área temos, em gabinetes ATX, o processador e a sua ventoinha. E, terceiro, nessa área temos também as baias de 5 1/4" e quem tem gravador de CD ou DVD vai encontrar um baita aquecimento dessa área, já que gravadores esquentam muito quando em operação. Alguns gabinetes vêm com furos de ventilação em sua lateral. Esses furos formam um local perfeito para a instalação de uma ventoinha auxiliar, especialmente na parte de cima, onde o micro esquenta mais. Como não existem furos suficientes nem furos para a fixação da ventoinha, você deverá furá-los com uma furadeira (obviamente com a chapa do gabinete fora do micro). Nesse caso, a ventoinha deve ser instalada no sentido de exaustão. Você deve tomar cuidado para que a ventoinha seja instalada em um local onde haja espaço, pois ela irá ficar "pendurada" dento do gabinete e não poderá "bater" em nenhum componente interno. Isto é, ela deve ficar entre a fonte de alimentação e as baias de 5 1/4". Figura 7: Os furos de ventilação lateral formam um excelente local para a instalação de uma ventoinha auxiliar. Outro local que pode ser usado para a instalação de uma ventoinha auxiliar é a própria baia de 5 1/4". Como gabinetes do tipo mini-torre têm 3 baias e normalmente nós usamos somente uma, podemos facilmente fazer uma adaptação e instalar uma ventoinha nesse local, puxando o ar quente para fora do micro. Essa adaptação envolve recortar e furas as tampas de plástico das baias de 5 1/4". Alguns fabricantes, inclusive, já vendem ventoinhas prontinhas para serem encaixadas nessas baias, como é o caso da ventoinha CC-290 da CyberCooler. Ou seja, você pode instalar uma ventoinha auxiliar onde achar que o micro está esquentando demais, fazendo as adaptações necessárias em seu gabinete. Apenas um adendo ao que temos falado sobre o sentido do ar: as ventoinhas auxiliares instaladas na parte de cima do gabinete devem ser instaladas no sentido de exaustão, enquanto que ventoinhas auxiliares instaladas na parte de baixo do gabinete devem estar no sentido de ventilação. Isso fará com que dentro do gabinete o fluxo de ar siga o seu correto caminho. Outro detalhe que não comentamos é que existem ventoinhas de tamanhos menores e alguns gabinetes têm espaço para a instalação desse tipo de ventoinha, como você pode ver na foto, onde o gabinete possui o espaço para a instalação de uma ventoinha auxiliar de 50 mm (o tamanho padrão para ventoinhas auxiliares que temos falado até agora é de 75 mm). Muitas vezes esses locais passam despercebidos, pelo seu tamanho reduzido. Como o espaço está localizado na parte traseira do gabinete, a ventoinha deve ser instalada no sentido de exaustão, puxando o ar quente de dentro do gabinete para fora. Figura 8: Local para a instalação de uma ventoinha auxiliar de 50 mm.
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Todos os dias recebemos e-mails de nossos visitantes reclamando que não conseguem encontrar em lugar algum os produtos que recomendamos. Outros reclamam que só recomendamos produtos topo de linha, difíceis de serem encontrados em nosso mercado. Nesses e-mails, o pedido é o mesmo: por favor, informe onde posso encontrar o produto "x"! Como todos podem reparar, fazemos testes de tudo quanto é marca. O problema é que os lojistas não refinados só conhecem duas marcas de placas-mães: PCChips e ASUS! Nossos testes são justamente para mostrar a todos que há no mercado várias outras excelentes marcas de placas-mães. Há várias revendas e distribuidores no Brasil que vendem os produtos que recomendamos, mas nenhum deles tem interesse em anunciar no Clube do Hardware. Pura burrice, pois se colocássemos um banner ou link pago na página que fala de um determinado produto para um site que venda esse produto, com certeza seria um retorno certo de vendas. Mas infelizmente, no Brasil, 99,9% dos distribuidores e revendas têm a visão limitada de considerar isso um "gasto" e não um canal de vendas com retorno imediato. Portanto, se você está chateado por não encontrar uma recomendação de onde comprar um determinado produto indicado por nós, não reclame conosco. Reclame com os distribuidores e revendas que não têm interesse em anunciar em nosso site que eles vendem os produtos que recomendamos. Dá para acreditar? Ou seja, encontrando uma loja ou um distribuidor que venda os produtos que recomendamos, fale para ele sobre a oportunidade que é divulgar em nosso site que ele vende os produtos que recomendamos. Se todos nós fizermos pressão, com certeza mudaremos esse tipo de mentalidade. Espero que essa mentalidade algum dia mude.
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É incrível a quantidade de e-mails que recebemos todos os dias reclamando que ainda não testamos os últimos modelos de Pentium 4 (2,2 GHz para cima) e muitos reclamam que o nosso último teste de processadores, o embate entre o Pentium 4 e o Athlon XP, ambos de 1,5 GHz, estava totalmente defasado, isto é, que deveríamos comparar processadores mais novos do que esses. Muita gente sugere que nós tenhamos vários testes usando os processadores de última geração, a exemplo do que os sites sobre hardware do mundo inteiro fazem. Acontece que muita gente não sabe, mas nós não temos nenhum apoio da Intel nem da AMD. Com isso, fica difícil testarmos os últimos modelos de processadores. Os sites estrangeiros recebem o apoio da filial local da Intel e da AMD, isto é, recebem de graça os últimos modelos dos processadores para serem testados - muitas vezes antes do lançamento oficial -, o que não acontece conosco. Com isso, temos de comprar os processadores que testamos do nosso próprio bolso. Mesmo que um site gringo sobre hardware não receba o apoio da filial da Intel ou da AMD, eles têm dinheiro para comprar o material, o que não ocorre conosco. O mercado de publicidade de qualquer outro país onde os outros sites estão localizados é muito mais forte que o brasileiro. Em bom português, nós não temos anunciantes suficiente para bancar a compra de processadores de última geração. Como comentamos em um outro editorial, toda a grana que recebemos mal dá para bancar nossos custos. Tudo bem que a partir de outubro conseguimos alguns anunciantes internacionais, como a VIA, a Gigabyte, a MSI, a Chaintech e a ECS, só para citarmos alguns. Mas a grana que recebemos desses anunciantes serviu para basicamente bancar a minha viagem à Taiwan, que foi para o benefício de todos os leitores. O resultado em Taiwan foi muito satisfatório, como você pode ler nos 17 artigos que escrevemos sobre o que vimos por lá. Lá tivemos a oportunidade de conversarmos com os donos dos maiores sites sobre hardware do mundo e TODOS ELES recebem apoio da AMD e da Intel. Ou seja, o fato da Intel e da AMD não nos ceder material para testes é política exclusiva da filial brasileira. No caso específico da Intel, eles ofereceram apoio no passado. Mas as condições eram as seguintes: eles cederiam um PC de um parceiro deles e eu teria de assinar um termo me comprometendo a (1) não abrir o PC; (2) só publicar testes de desempenho do PC e não do processador; (3) não poderia fazer testes comparativos de desempenho comparando o PC a PCs usando processadores concorrentes. É óbvio que não concordei. Com essas condições, o que acontece? Basta abrir as maiores revistas nacionais de informática (não precisamos citar nomes) para vocês entenderem o porque os testes dessas revistas serem tão ruins e sempre compararem somente PCs fechados, e não peças individuais. Ou seja, a Intel só quer que a mídia fale dos processadores dela! Do que a Intel tem tanto medo? De que ela nos dê material de graça e depois a gente diga que o produto é ruim? Quem não deve não teme, Intel! Aliás, não são vocês mesmos que dizem que o Pentium 4 é o melhor processador do mercado? E o melhor para navegar na Internet (embora qualquer um que entenda um pouco de informática saiba que isso é mentira, já que a velocidade de navegação da Internet não tem nada a ver com o processador da máquina e sim com a velocidade do modem)? O sucesso do Clube do Hardware é originário de nossos anos de imparcialidade. Nós dizemos a verdade. Tanto que nossos grandes anunciantes sabem disso. Veja que nós temos anunciantes que em alguns testes os produtos deles se comportaram muito mal (como é o caso da ECS). Mas eles são gente grande e sabem que isso faz parte do jogo. Não é porque uma determinada marca é nosso anunciante que vamos só falar bem do produto deles. Se o produto é bom, se saiu bem em nossos testes, falamos bem. E nós só emitimos opinião de produtos após a realização de testes comparativos de desempenho em laboratório. E mais: a Intel prefere apoiar mídia impressa, muito embora o Clube do Hardware seja maior que praticamente todas as revistas de informática do Brasil. Temos 700.000 visitantes por mês e só nosso boletim de notícias tem 100.000 assinantes (a maioria das revistas de informática no Brasil tem tiragem de 20.000 ou 40.000 exemplares por mês; as maiores têm 70.000, e a maior de todas, 200.000). Conclusão: se você está chateado porque não testamos os últimos modelos de Pentium 4 nem o novo processador Celeron soquete 478, não reclame conosco. Reclame com a Intel Brasil.
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Em nosso terceiro dia de Computex, quarta-feira, dia 05 de junho de 2002, fizemos uma visita à fábrica da placa-mãe da MSI, além de termos visitado a ALi, a ASUS, a Lite-On e a DFI. Bem, vamos aos detalhes! Assim como a VIA e a SiS, a ALi apresentou seu chipset para a nova geração de processadores da AMD: o ALi M1687. Assim como seus concorrentes, suporte ao barramento AGP 8x. Figura 1: Chipset ALi M1687 e protótipo do processador ClawHammer da AMD. Para mais informações: http://www.ali.com.tw/ O stand da ASUS também foi um dos mais agitados da Computex, concorrendo com o da Gigabyte em termos de animação, até porque os dois stands estavam praticamente um de frente para o outro. Assim como a Gigabyte, a ASUS montou um verdadeiro fliperama, colocando duas máquinas topo de linha equipadas com volante e cadeira de carro. Figura 2: Stand da ASUS. O segundo "ponto turístico" do stand da ASUS era a máquina equipada com um Pentium 4 de 2,4 GHz rodando a 3,2 GHz em uma placa-mãe P4B533 e gabinete especial da Asetek em um incrível overclock. Nós já explicamos sobre essa máquina em nosso resumo da Computex 2002. Em termos de novidades, a ASUS mostrou o seu protótipo de placa-mãe soquete 754 que será usada pelo processador ClawHammer da AMD, usando o chipset da AMD série 8000, veja na Figura 3. Figura 3: Protótipo da ASUS para o AMD ClawHammer. Para processadores da AMD, a ASUS mostrou uma futura placa-mãe usando o chipset da VIA KT400 (AGP 8x, DDR400/PC3200, oito portas USB 2.0) com uma porta Serial ATA, como você pode conferir na Figura 4. Figura 4: Futura placa-mãe da ASUS para processadores AMD com chipset KT400 e Serial ATA. Ainda para processadores AMD, a ASUS mostrou o modelo A7N8X, baseada no chipset NVIDIA Crush 18G. Vimos alguns protótipos de outros fabricantes com chipsets da NVIDIA, e parece que ela está se estabelecendo como um fabricante alternativo de chipsets integrados. No caso do Crush 18G, barramento AGP 8x, USB 2.0 e Serial ATA. Figura 5: ASUS A7N8X. Para Pentium 4, a ASUS apresentou duas novas placas-mães com o chipset SiS 648, a P4S8X e a P4S8X-N, que é uma versão mais barata da primeira, como você pode conferir nas próximas figuras. Figura 6: ASUS P4S8X. Figura 7: ASUS P4S8X-N. De resto, notebooks e periféricos, nada que nos chamasse realmente a atenção, já que tem tudo no site da ASUS. Para mais informações: http://www.asus.com.tw/ A DFI está bastante interessada em entrar com mais força no mercado brasileiro, significando que muito possivelmente poderemos ver com mais freqüência essa marca por aqui. Na Computex, a DFI apresentou o seu próximo lançamento para processadores da AMD, a AD77, baseada no chipset KT400 da VIA. Essa placa-mãe terá porta Serial ATA, como você pode conferir nas próximas fotos. Figura 8: AD77 da DFI. Figura 9: Detalhe da porta Serial ATA da AD77. A DFI apresentou ainda dois protótipos de placas-mães soquete 754 para o AMD ClawHammer: a AA80, usando o chipset AMD série 8000, e a HK80, usando o chipset VIA K8HTA. Figura 10: AA80, placa-mãe da DFI para o ClawHammer usando chipset AMD. Figura 11: HK80, placa-mãe da DFI para o ClawHammer usando chipset VIA. De resto, placas-mães que você pode conferir no próprio site da DFI. Para mais informações: http://sj.dfi.com.tw/frame.asp A Lite-On nos surpreendeu. Todos nós conhecemos bem a linha de CDs-ROM, CDs-R e CDs-RW desta marca, bastante popular no Brasil. Dessa vez, na Computex, além de apresentar seus novos modelos de gravadores de CD, a Lite-On apresentou placas-mães usando chipsets da ATI! Isso mesmo, a popular fábrica de chips de vídeo também começou a produzir chipsets para placas-mães, a exemplo do que a NVIDIA anda fazendo. Em termos de CD-RW de alto desempenho, vimos dois modelos que arrebentam: 48x/24x/48x e 48x/40x/32x. Figura 12: Gravador 48x/24x/48x da Lite-On. Figura 13: Gravador 48x/40x/32x da Lite-On. Em relação às placas-mães, veja na próxima foto a NA 500, baseada no chipset ATI RS200, para Pentium 4. Figura 14: Placa-mãe Lite-On NA 500, usando chipset da ATI. No stand da MSI e em sua sala VIP no hotel Grand Hyatt pudemos ver muitas novidades. De quebra, passamos a tarde visitando a sua fábrica em Jung-He, Taiwan. A MSI está apostando pesado na tecnologia Bluetooth. Várias placas-mães da MSI estão vindo com porta Bluetooth on-board, bastando conectar uma antena. Vimos essa tecnologia em ação e ela é realmente impressionante. Basta configurar os drivers e o micro estará automaticamente enxergando tudo quanto é dispositivo Bluetooth instalado nas imediações. Vimos uma demonstração que conectava micros, impressoras e até celulares (em Taiwan já há celulares GSM com tecnologia Bluetooth, permitindo que você transfira sua agenda telefônica do micro para o celular muito rapidamente). E, como explicamos em nosso resumo da computex 2002, transformar periféricos USB em Bluetooth é fácil, bastando conectar uma antena na porta USB do aparelho. Fora a tecnologia Bluetooth, a MSI também mostrou uma solução para rede wireless usando o protocolo IEEE 802.11b, como vemos na Figura 15, bastando conectar na porta USB do micro ou do periférico que você desejar colocar em rede. Figura 15: Solução wireless IEEE 802.11b da MSI. A MSI apresentou também sua série de placas de vídeo e anunciou a sua entrada no mercado de dispositivos ópticos, tais como unidades de CD-ROM, gravadores CD-RW e unidades de DVD-ROM. Ao contrário do que ocorre com muitos outros fabricantes (como a Creative Labs, por exemplo), a MSI não usa o esquema OEM para suas unidades, isto é, é a própria MSI quem fabrica suas unidades ópticas e não um outro fabricante qualquer. Foram apresentados novos modelos de unidades ópticas, como a MS-8616, uma unidade que é CD-RW e DVD-ROM ao mesmo tempo e que está sendo chamada de "combo". Suas velocidades são: 40x para CD-ROM, 16x para CD-R, 10x para CD-RW e 12x para DVD-ROM. Figura 16: MS-8616, CD-RW e DVD-ROM em uma única unidade. Outra unidade apresentada foi um gravador DVD+RW que grava também CD-R e CD-RW. Incrível. Chamada MS-8602, as velocidades de gravação dessa unidade são: 12x para CD-R, 10x para CD-RW e 2,4x para DVD+RW. Figura 17: MS-8602, gravador DVD+RW da MSI. Em termos de placas-mães, a MSI também apresentou protótipos para o AMD ClawHammer, como a K8A Gem, usando o chipset da AMD série 8000 e K8H Gem-ABIL, usando o chipset VIA K8HTA. Figura 18: K8A Gem, protótipo da MSI para o ClawHammer usando chipset AMD série 8000. Figura 19: K8H Gem-ABIL, protótipo da MSI para o ClawHammer usando chipset VIA K8HTA. Para os processadores já existentes, a MSI também apresentou sua placa-mãe para processadores da AMD usando o novo chipset VIA KT400, a KT4 Ultra (AGP 8x, DDR400/PC3200, oito portas USB 2.0 e duas portas Serial ATA, com Bluetooth e rede wireless IEEE 802.11b opcionais). Figura 20: KT4 Ultra, usando o VIA KT400. Ainda para processadores da AMD, a MSI mostrou a N18 Ultra, uma placa-mãe usando o novo chipset da NVIDIA, o Crush 18, que suporta memórias DDR333/PC2700, AGP 8x, portas FireWire, Bluetooth e rede wireless opcionais. Figura 21: N18 Ultra, usando o NVIDIA Crush 18. Para Pentium 4, a MSI mostrou placas-mães usando os chipsets SiS 651 (MS-6533), SiS 648 (648 Max) e o Intel 850E (850E Max), que suporta memórias Rambus PC1066 e Gigabit Ethernet on-board, além de porta Serial ATA, e Bluetooth e rede Wireless IEEE 802.11b opcionais. Figura 22: MS-6533, usando o SiS 651. Figura 23: 648 Max, usando o SiS 648. Figura 24: Placa-mãe da MSI usando o Intel 850E. Na próxima página continuaremos falando dos novos lançamentos da MSI e da nossa visita à fábrica da MSI em Jung-He. Outra novidade da MSI foi a apresentação de placas-mães para servidores de rede usando os processadores da Intel (Xeon). Ou seja, a MSI deve começar a competir pesado com outros fabricantes de placas-mães para servidores, como a Iwill. O modelo da Figura 1, E7500 Master LS-2, tem dois canais SCSI Ultra 320, Gigabit Ethernet, vídeo on-board ATI Rage XL, seis soquetes DDR-DIMM, suportando até 12 GB de memória DDR-SDRAM (somente módulos com buffer), três slots PCI de 64 bits e 100 MHz, dois slots PCI de 64 bits e 66 MHz e apenas um slot PCI convencional de 32 bits, 33 MHz. Figura 25: E7500 Master-LS2 da MSI. Em termos de coisas diferentes, a MSI apresentou o conceito de WebPad, que é um micro com touchscreen que funciona em rede, com dados sendo enviados de um servidor (ele usa o processamento do servidor e não processamento local). Ele roda o sistema operacional Windows CE. Figura 26: WebPad da MSI. E, por fim, a MSI apresentou o Hermes, o menor micro usando um Pentium 4 que já vimos. Para isso, o cooler do processador tem a ventoinha do lado e o gabinete possui ainda duas ventoinhas em sua lateral, do lado do cooler. A fonte de alimentação é menor e o micro apresenta baias removíveis para a instalação de discos rígidos e uma baia frontal para a instalação de cartões PCMCIA ou cartões de memória. Para característica do micro (ser um PC completo de boa qualidade e baixo custo), ele apresenta tudo on-board. O gabinete é facílimo de desmontar, pois tudo funciona na base do encaixe. Figura 27: Hermes da MSI. Figura 28: Detalhe das ventoinhas laterais do Hermes. De resto, tudo o que vimos você pode conferir no site da MSI. Para mais informações: http://www.msimiami.com/NEW/portugues/index.htm A MSI tem duas fábricas, uma em Taiwan, Jung-He, e outra na China Continental, em Shen-Zhen. A fábrica que visitamos em Taiwan tem seis andares e uma capacidade máxima de produção de 960 mil placas-mães por mês e 720 mil placas de vídeo por mês, com 2.648 funcionários. São 24 linhas de montagem de componentes SMD, sendo 14 linhas para placas-mães e 10 linhas para placas de vídeo. Já a fábrica da China é formada por dois prédios de três andares e tem uma capacidade total de produção de 860 mil placas-mães/mês e 560 mil placas de vídeo por mês, com 3.250 funcionários (essa fábrica também produz as unidades ópticas e PCs da MSI, por isso a quantidade maior de funcionários). Nessa fábrica são 4 linhas de montagem de unidades ópticas, 4 linhas de montagem de PCs, e 24 linhas de inserção de componentes SMD. Isso dá uma capacidade total de produção mensal de 1,8 milhão de placas-mães e 1,2 milhão de placas de vídeo por mês. Como ocorre com todas as fábricas em Taiwan e na China, eles não permitem tirar fotos dentro das linhas de montagem. Mas pode acreditar: a fábrica da MSI é impressionante e faz as fábricas brasileiras ficarem parecendo a garagem deles, até porque a produção no Brasil é voltada para o mercado interno e em Taiwan e na China Continental eles produzem para o mundo todo. Figura 29: Gabriel Torres visita a fábrica da MSI em Jung-He. Continue lendo: Computex 2002 - 4º Dia
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A Gigabyte tem atualmente quatro fábricas, duas em Taiwan (Pin-Jen, apenas para a montagem de micros, com 70 empregados, e Nan-Ping, com 1.730 funcionários) e duas na China Continental (Dong-Guam, com 850 funcionários, e Ning-Bo, com 400 funcionários), e uma quinta será aberta ainda este ano, também em Dong-Guam, na China Continental, que terá 120 funcionários. Com a abertura da nova fábrica, a Gigabyte terá uma capacidade total de produção de 1,3 milhão de placas-mães por mês. Figura 1: Gabriel Torres visita a fábrica da Gigabyte em Nan-Ping, Taiwan. A fábrica que visitamos, Nan-Ping, é a maior, com capacidade de produção de 800 mil placas-mães e 250 mil placas de vídeo por mês e é localizada em um prédio colossal, de oito andares (todos os andares, com exceção do último, são inteiramente dedicados à produção de placas-mães!). São 17 linhas para a montagem de componentes SMD e 10 linhas para a inserção de componentes DIP. É, de longe, a maior fábrica de placas-mães que vimos até hoje. Não tem nem comparação, em termos de tamanho, com as fábricas que vimos no Brasil (Clique aqui para ler artigos sobre as visitas de Gabriel Torres às fábricas de placas-mães instaladas no Brasil). Até porque as fábricas do Brasil são destinadas ao mercado interno, enquanto a fábrica da Gigabyte produz para o mundo todo. O que nos chamou a atenção foram as linhas de montagem extremamente longas, com muitos funcionários trabalhando em cada uma delas, como você pode conferir na Figura 2, onde vemos uma das linhas de inserção de componentes DIP (repare, no fundo, no canto esquerdo, outra linha idêntica). Na fábrica que visitamos, são dois andares repletos de linhas iguais a essa (cinco por andar, totalizando dez linhas). Infelizmente é proibido tirar fotos das linhas de montagem de componentes SMD. Figura 2: Linha de inserção de componentes DIP em Nan-Ping.
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Bad block ou setor defeituoso é o nome dado a uma área danificada do disco rígido. Esse é um problema físico, isto é, a mídia magnética do disco rígido está com problemas. Quando usamos um utilitário de disco como o Scandisk e o Norton Disk Doctor esses setores com defeito são marcados com um "B". Vários usuários nos escrevem perguntando como é possível recuperar discos rígidos com "bad blocks". Muitos falam que após formatarem o disco rígido em baixo nível, os "bad blocks" desaparecem. O que ocorre na verdade é o seguinte. Atualmente os programas de formatação física não formatam fisicamente o disco. Caso isso fosse possível, o disco rígido seria danificado. Isso ocorre porque entre as trilhas de um disco rígido há um sinal chamado servo que serve de orientação para a cabeça do disco rígido. Se a gente realmente formatasse um disco rígido em baixo nível, esses servos seriam apagados e a cabeça do disco rígido não teria mais como mover-se. Os programas formatadores de baixo nível são utilitários para detectar os setores defeituosos e para apagar o disco (para sua segurança, por exemplo, após terminar um projeto confidencial), não efetuando - apesar do nome - a formatação em baixo nível. Esses programas possuem uma função interessante, que é atualizar o mapa de setores defeituosos do disco. Quando você usa essa opção, o programa varre o disco procurando por setores defeituosos e atualiza o mapa do disco. Quando você faz uma formatação em alto nível (através do comando Format), esse comando "pula" os setores constantes nessa tabela de setores defeituosos. Dessa forma, não haverá nenhum setor marcado com "B" ("Bad Block") na FAT, embora os setores defeituosos continuem existindo no disco. Os setores defeituosos não são "removidos", mas apenas marcados nessa tabela de setores defeituosos, fazendo com que o sistema os ignore (ou seja, os setores são "escondidos"). Se, após esse procedimento, novos setores defeituosos começarem a surgir, você deverá descartar o disco, pois a superfície magnética está se deteriorando por algum motivo. Vários usuários nos escrevem perguntando como é possível recuperar discos rígidos com "bad blocks". Muitos falam que após formatarem o disco rígido em baixo nível, os "bad blocks" desaparecem. O que ocorre na verdade é o seguinte. Atualmente os programas de formatação física NÃO FORMATAM fisicamente o disco. Eles possuem utilitários para detectar os setores defeituosos e para apagar o disco (para sua segurança, por exemplo, após terminar um projeto confidencial). Esses programas possuem uma função interessante, que é atualizar o mapa de setores defeituosos do disco. Quando você usa essa opção, o programa varre o disco procurando por setores defeituosos e atualiza o mapa do disco. Quando você faz uma formatação em alto nível (comando Format), esse comando "pula" os setores constantes nessa tabela. Dessa forma, não haverá nenhum setor marcado com "B" na FAT, embora os setores defeituosos CONTINUEM existindo no disco. Os setores defeituosos não são "removidos", mas apenas marcados nessa tabela de setores defeituosos, fazendo com que o sistema os ignore. Se, após esse procedimento, novos setores defeituosos começarem a surgir, você deverá descartar o disco, pois a superfície magnética está se deteriorando por algum motivo. O melhor programa para ser usado nesse procedimento é o fornecido pelo fabricante, em sua página de utilitários. Abaixo você poderá dar o download dos programas para as marcas mais comuns de discos rígidos. Programas para a recuperação de "bad blocks" Fujitsu (Erase, 33 KB) Maxtor Quantum Samsung (Clearhdd.exe, 11 KB) Seagate (Sgatfmt4) Western Digital (dlgdiag.exe, 192 KB)
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Freqüentemente nossos leitores nos perguntam: "É possível recuperar um arquivo apagado por engano?" ou "É possível recuperar dados de um disco rígido formatado?" ou ainda "Como recuperar uma partição apagada indevidamente?". Recuperar arquivos ou mesmo discos formatados ou com sua partição apagada através do comando Fdisk é totalmente possível. Em nossa tutorial do dia 13 de março (que pode ser lida em https://www.clubedohardware.com.br/artigos/armazenamento/como-apagar-de-verdade-seus-arquivos-r34140/ caso você a tenha perdido) explicamos em detalhes o porque isso é possível, mas não explicamos como a recuperação de dados apagados pode ser feita. Quando apagamos um arquivo do disco, o sistema operacional não apaga fisicamente o arquivo do disco. Isto é, o sistema não "zera" os setores do disco que o arquivo ocupava. Em nome da velocidade, quando você apaga um arquivo, o sistema operacional simplesmente troca a primeira letra do nome do arquivo pelo símbolo de sublinhado. Quando visualizamos um diretório, o sistema ignora qualquer nome de arquivo que comece com sublinhado, não mostrando, portanto, os arquivos que foram "apagados". Além disso, o sistema marca os setores que o arquivo ocupava como livre na FAT, que é a tabela onde está listada a área que cada arquivo ocupa no disco. Assim, desde que nenhum outro arquivo tenha sido gravado na mesma área em que o arquivo apagado ocupava (o que faz com que os dados antigos sejam automaticamente apagados para que os novos dados sejam gravados), é possível recuperá-lo, simplesmente trocando o primeiro caractere do nome do arquivo de sublinhado para o seu caractere original, bem como re-marcar na FAT a área que o arquivo ocupa. Há no mercado vários utilitários para a recuperação de arquivos apagados, sendo o mais famoso o Norton UnErase, parte integrante do Norton Utilities e do Norton System Works (www.symantec.com.br). Da mesma forma que ocorre com arquivos, durante a formatação do disco rígido os setores do disco não são "zerados". Mesmo comandos como o Format c:/u somente verificam se não há erros na superfície do disco, "zerando" somente a FAT. Isto é, para ganhar tempo, todos os comandos de formatação de disco do sistema operacional em vez de preencherem com zeros todos os setores do disco rígido durante a formatação simplesmente apagam a tabela que informa o espaço ocupado pelos arquivos. Com isso, você pode recuperar todos os arquivos do disco rígido, mesmo tendo formatado o disco ou apagado a sua tabela de partição através do comando Fdisk. Desde que, é claro, a área ocupada pelo arquivo (ou arquivos) que você deseja recuperar já não tenham sido sobrepostas por novos arquivos. Para esse tipo de recuperação de dados você precisará de programas mais avançados, sendo os dois mais conhecidos o Lost & Found da PowerQuest (www.powerquest.com.br) e o Easy Recovery, da OnTrack (www.ontrack.com). Para rodar esse tipo de programa você deverá instalar um outro disco rígido em sua máquina, que é onde os arquivos recuperados serão gravados. Por isso, esse disco rígido terá de ter um espaço disponível pouco maior do que o espaço ocupado pelos arquivos que você deseja recuperar (por exemplo, se há 500 MB de arquivos a serem recuperados, você deverá ter um pouco mais do que isso disponível no disco rígido extra que será usado na recuperação).
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Dessa vez a gente não aguentou. Depois de vários anos sem nunca ter passado um trote em nosso público, eis que surge a oportunidade! No dia 1º de abril trocamos totalmente o conteúdo da primeira página do Clube do Hardware, criando algumas notícias totalmente falsas e, principalmente, parodiando o conteúdo do site e o meu trabalho de uma forma geral. O resultado foi hilário e você poderá conferir ele novamente, na tela capturada presente no final dessa página. O objetivo é mostrar para o pessoal que a vida não é só feita de coisas sérias, temos de viver com humor. Senão não tem graça! Mas antes de irmos diretamente para a tela capturada, eu gostaria de explicar a história de cada uma das notícias falsas que foram colocadas no ar nesse dia, pois cada uma delas tem uma história, uma referência com a minha vida profissional e pessoal, e muita gente pode ter achado engraçado mas não ter sacado todas as paródias. É importante notar que muita gente caiu no trote. Era fácil de perceber que tratava-se de um trote por vários motivos. Primeiro, a tirinha "Turma do Clube" lembrava a data, propositalmente. O texto na barra de navegação da esquerda informava que todas as notícias eram falsas. E, principalmente, bastava olhar para todas as notícias para ver que era um trote, porque todas elas não tinham o menor sentido. Vejamos: Modem a água: Essa foi ideia do Luis Barini, que escreve nossos boletins, depois de ter descoberto um site que um camarada criou para o primeiro de abril do ano passado. Obviamente a história de um modem onde os dados trafegam pela água não tem pé nem cabeça. Mas como havia um link para o tal site e nele o texto tentava ser o mais convincente possível, muita gente caiu. Vírus Atium Meganacas, um vírus biológico: Mentira pura que eu inventei. Atium Meganacas é Muita Sacanagem de trás para frente. O link é para um site russo sobre processadores. Ser um site em russo foi de propósito, para o pessoal não entender o texto e pensar que tinha alguma coisa falando de vírus biológico ali. Escolhi esse site porque tinha a foto do interior de um chip, que parecia confirmar a mentira falsa do vírus biológico. Curso de hardware grátis comigo: foi um trote com o pessoal do ORT, escola onde estudei e trabalhei por mais de sete anos. Repare que o texto diz "só até hoje", justamente dando a dica que é um trote. Sigue Sigue Sputnik: bem, para entender essa de verdade só tendo mais de 25 anos. Mas a história é que uma das bandas marcantes do movimento new wave foi o Sigue Sigue Sputnik, com o sucesso Love Missile F1-11. É uma paródia ao meu cabelo, que eu pintei. Essa só entendeu realmente quem me viu pessoalmente nos últimos meses. O link funciona e vai para o site oficial da banda. Sorteio: Todo mês a gente sorteia uma placa-mãe. Então resolvi sortear a minha mãe, que é doutora em literatura comparada. O link é verdadeiro e é falando sobre o trabalho dela. Enquete: foi para mexer com o pessoal do iVox, pois normalmente falamos que o pessoal que é nerd de verdade é verde, usa óculos fundo de garrafa e não sabe o que é mulher. O link leva para a página de motéis recomendados do iVox. Lista de discussão: paródia à minha lista de fliperama, lancei uma "lista" de colecionadores de tampinha de garrafa. O link funciona e vai para um site de um colecionador. Em tempo: eu não coleciono tampinhas de garrafa! Criação de Hamsters Curso Básico & Rápido: Eu vivo dizendo que tem um pessoal tão fanático pelo meu trabalho que o dia em que eu resolvesse escrever um livro sobre hamsters ia ter público comprador. Parece que acertei. É um trote com o pessoal da Axcel, minha editora, já que o link cai no site deles. Em tempo: eu não gosto de hamsters! Talvez eu devesse ler esse livro para perder esse sentimento ruim! CD-ROM esquemas de mulheres. Paródia do nosso CD-ROM esquema de monitores. Trocamos as ocorrências de "monitores" por "mulheres" e o texto ficou hilário. Mais uma vez estamos em campanha para mostrar aos nerds de verdade o que é uma mulher. O link vai para o site da Playboy. Edição especial Submarino: como sempre temos uma promoção qualquer em parceria com o Submarino, resolvemos fazer uma paródia, colocando dois livros "quentíssimos". Os escolhidos foram "Astrologia para Gays e Lésbicas" e "Oráculo Gay". E o link funciona. Como Lidar com Clientes Mala: Essa ideia foi fruto de experiências profissionais. Afinal, qualquer um que já tenha trabalhado atendendo clientes diretamente sabe que tem muito cliente mala por aí. É uma paródia com a nossa área "Recomendação do Mês", onde recomendamos um livro diferente a cada mês. O link vai para o site da LePostiche (loja de malas), e o nome do autor (Sugiro Kifuja - não entendeu? Leia em voz alta) e o nome da editora (GPF, Falha Geral de Proteção) são pura galhofa. Recebi vários e-mails falando que se eu lançasse esse livro de verdade eu iria ficar milionário. Não deixa de ser uma excelente ideia para um livro. Gabriel Torres Best Seller: Best seller eu sou, mas exagerei um pouquinho no quanto... Denuncie Navios Piratas: troquei a palavra "curso" por "navio". Ficou muito engraçado. Bem, é isso. Vamos ao que interessa (clique para ampliar para conseguir ler tudo!):
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Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Nosso trote de 1º de abril "Clube do hardware faz página de mentira no dia 1º de Abril e passa um trote em seus visitantes, afinal, ninguém vive só de coisas sérias." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
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Muita gente não sabe, mas quando apagamos um arquivo do computador, ele não é apagado de verdade. O sistema operacional simplesmente remove ele da lista de arquivos da unidade de armazenamento (disco rígido, SSD, pendrive, cartão de memória etc.) e libera o espaço que ele estava ocupando antes para uso. Em outras palavras, o sistema operacional não “zera”, isto é, não “limpa” o espaço que o arquivo estava ocupando anteriormente. O sistema operacional faz isso para economizar tempo. Imagine um arquivo grande, que ocupe vários setores da unidade de armazanemento. Para realmente apagar este arquivo da unidade, o sistema operacional teria de preencher com zeros (ou com um outro valor qualquer) todos os setores ocupados por esse arquivo. Isso poderia tomar muito tempo. Em vez de fazer isso, ele simplesmente remove o nome do arquivo do diretório onde ele se encontra e marca que os setores antes ocupados pelo arquivo estão agora disponíveis. Isso significa que é possível recuperar um arquivo apagado, já que os dados que faziam parte do arquivo apagado não foram removidos de verdade da unidade de armazenamento. É assim que os programas de recuperação de arquivos apagados funcionam. No caso específico dos discos rígidos, mesmo que a área ocupada por um arquivo seja sobreposta com dados de outros arquivos, a área ao redor do setor, por ser magnética, pode continuar armanezando porções dos dados originais e, através de equipamentos especiais de recuperação de dados, em alguns casos é possível recuperar os dados originais, em particular em discos rígidos mais antigos (em discos rígidos mais recentes, com setores cada vez menores, a probabilidade de cargas magnéticas ao redor do setor armazenarem dados contidos no setor é menor). Essa fato gera uma questão de segurança importante: se você tem arquivos realmente confidenciais, que não podem ser descobertos de maneira alguma, apagá-los da unidade de armazenamento simplesmente pressionando a tecla Del ou movendo-os para a Lixeira e depois removendo o conteúdo da Lixeira não impedirá que ele seja descoberto usando utilitários avançados de recuperação de dados. O caso dos SSDs é um pouco diferente e aqui vale uma explicação mais detalhada. Quando um arquivo é apagado, o processo ocorre de forma análoga ao dos discos rígidos. Porém, para aumentar a vida útil da unidade, todo SSD traz mecanismos chamados nivelamento de desgaste (“wear leveling”) e coleta de lixo (“garbage collection”). Esses mecanismos fazem com que o conteúdo do SSD seja movido com frequência, para tentar manter sempre os dados distribuidos igualmente em todos os chips de memória flash, de forma a diminuir a probabilidade de um chip ser mais usado do que outro. (Uma analogia que pode ser feita é que o SSD tem como se fosse um desfragmentador embutido.) Dessa forma, em SSDs a probabilidade de a área que um arquivo estava usando ser sobreposta com dados de outro arquivo é muito maior do que em discos rígidos, diminuindo a probabilidade de sucesso da recuperação de arquivos apagados. Portanto, mesmo que você não use um programa para “zerar” a área ocupada por um arquivo em um SSD, a tendência é que os mecanismos citados entrem em ação e essa área seja sobreposta com dados de outros arquivos em pouco tempo. Podemos, portanto, concluir que o apagamento de arquivos em um SSD é mais “seguro” do que em um disco rígido. Todavia, a recuperação continua sendo possível caso a área ocupada pelo o arquivo não tenha sido sobreposta e/ou os dados estejam armazenados na área reservada do sistema, que é usada pelo sistema de coleta de lixo. A formatação de uma unidade de armazenamento não é diferente. De modo a economizar tempo, o processo de formatação simplesmente apaga o conteúdo das estruturas que listam o conteúdo da unidade de armazenamento: os dados que antes estavam lá presentes não são apagados, permitindo que um utilitário avançado de recuperação de dados consiga recuperar arquivos mesmo depois de você ter formatado a unidade de armazenamento. Muita gente que tem uma unidade contendo arquivos confidenciais o formatam pensando estarem, assim, removendo qualquer possibilidade de recuperação dos arquivos. Isso, no entanto, está bem longe de ser verdade. Note que, ao executar uma “formatação completa” de uma unidade de armazenamento, aparece a mensagem “Verificando x%” ou similar. A unidade de armazenamento nesta hora não está sendo formatada; o comando de formatação está apenas fazendo um teste para verificar se todos os setores da unidade de armazenamento estão sendo lidos sem erros. Caso erros sejam encontrados, o sistema operacional marca tais setores como estando defeituosos, de forma que não sejam utilizados. São os famosos “bad blocks” ou setores defeituosos. Esta é a única diferença entre a formatação “rápida” (sem verificação da mídia) e a formatação “completa” (com verificação de mídia). Ou seja, da mesma forma que ocorre quando apagamos arquivos, a unidade de armazenamento não é “zerada” de verdade quando a formatamos. Isso gera um problema muito sério de segurança, especialmente quando vendemos ou descartamos um computador antigo ou uma unidade de armazenamento usada (disco rígido, SSD, pendrive, cartão de memória etc.). Mesmo formatando a unidade de armazenamento, uma pessoa pode usar um utilitário de recuperação de dados e ter acesso aos seus arquivos antigos, que podem conter informações extremamente sensíveis, como contratos, documentos, números de contas correntes, fotos íntimas etc., podendo ser usadas para golpes e até mesmo extorsão. O que fazer, então, para termos nossos arquivos apagados de verdade? Apresentaremos algumas soluções na próxima página. A desmagnetização e a destruição física da unidade de armazenamento (disco rígido, SSD, pendrive, cartão de memória etc.) é a melhor solução, porém muitas vezes você quer continuar usando a unidade de armazenamento. Por exemplo, você trabalha com documentos confidenciais em seu computador e que apagar de verdade tais documentos após manipulá-los, não dando chance para a sua recuperação. Neste caso, você deve usar um programa para o apagamento seguro de arquivos, como o Eraser. Este programa permite que dados aleatórios sejam gravados várias vezes sobre a área ocupada por um arquivo sensível que você deseja realmente apagar. É importante que os novos dados sejam gravados várias vezes para que as áreas magnéticas ao redor dos setores que armazenam fragmentos dos arquivos originais também sejam “zeradas”, tornando a recuperação de dados impossível mesmo com o uso de equipamentos especiais, conforme discutimos anteriormente. O uso desse programa torna impossível a recuperação do arquivo sensível ou de qualquer parte dos dados contidos no arquivo apagado. No caso de você querer reaproveitar a unidade de armazenamento -- por exemplo, você quer vender ou doar um computador antigo ou uma unidade de armazenamento usada --, você pode usar um programa para “zerar” todos os seus setores, sendo que esse processo precisa ser feito várias vezes (e com valores diferentes sendo escritos nos setores em cada “passada”), pois, como explicamos, cargas magnéticas ao redor dos setores podem continuar armazenando fragmentos do arquivo original. Ou seja, executar um processo similar ao de formatação, porém zerando de verdade o conteúdo da unidade de armazenamento. Os fabricantes de discos rígidos geralmente fornecem essa funcionalidade através de utilitários disponíveis em seus sites, também conhecidos como “formatadores de baixo nível”. No caso da Seagate, o programa chama-se DiscWizard e oferece apagamento seguro do disco rígido (isto é, várias “passadas” com valores diferentes a cada “passada”). No caso da Western Digital, o programa chama-se WD Drive Utilities que, através da opção “Drive Erase”, apenas grava zeros, sendo menos seguro que o programa da Seagate. O programa DBAN também apenas grava zeros, sendo que o desenvolvedor tem uma versão paga que efetua o apagamento seguro. Apenas enfatizando que o preenchimento do disco rígido com zeros é suficiente para evitar que dados sejam recuperados com programas de recuperação de dados (objetivo de 99,99% dos usuários comuns), mas para evitar que sejam recuperados através de equipamentos especiais que lêem as cargas magnéticas ao redor dos setores, é necessário um programa de “apagamento seguro”, isto é, que preenche todos os setores do disco rígido com valores diferentes a cada “passada”. O uso desse tipo de programa em SSDs é problemático, pois pois diminui a vida útil da unidade. Uma solução mais inteligente (e bem mais rápida), caso você esteja preocupado com arquivos confidenciais, é usar um SSD que suporte criptografia. Assim, quando você quiser tornar todos os dados inacessíveis, basta apagar a chave criptográfica atual e gerar uma nova (processo feito através de utilitário disponível pelo fabricante da unidade). Com isso, ninguém conseguirá acessar os dados que estavam previamente armazenados na unidade. Ao usar um programa de recuperação de dados, nenhum arquivo será encontrado e visualizar os blocos da unidade através de um editor de setores mostrará apenas dados embaralhados, sem sentido. Agora, caso você não precise mais da unidade de armazenamento, a forma mais segura de se evitar a recuperação de dados é a desmagnetização (no caso dos discos rígidos) e a sua destruição física, idealmente usando uma trituradora de discos rígidos, como podemos ver no vídeo abaixo (existem modelos menores e mais portáteis). No caso de SSDs, você terá de certificar-se de que todos os chips de memória foram totalmente destruídos, pois existem aparelhos para a recuperação de dados de SSDs onde você dessolda os chips de memória da unidade e instala os chips no aparelho. Caso você não tenha acesso a uma trituradora de discos rígidos, a solução é o uso de uma furadeira: simplesmente fure o disco rígido de um lado ao outro. A broca da furadeira quebrará os discos magnéticos presentes no interior da unidade, tornando impossível a recuperação dos dados. No caso de SSDs, pen drives e cartões de memória, você deverá abrir a unidade e destruir os chips existentes, o que também pode ser feito com uma furadeira. Mas, como mencionado anteriormente, você deverá certificar-se de que todos os chips de memória foram totalmente destruídos. Para aqueles que quiserem estudar o assunto em mais profundidade, recomendamos os seguintes artigos acadêmicos: https://www.vidarholen.net/~vidar/overwriting_hard_drive_data.pdf https://www.usenix.org/legacy/events/fast11/tech/full_papers/Wei.pdf https://www.cs.auckland.ac.nz/~pgut001/pubs/secure_del.html
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Como todos vocês já sabem, eu não uso nem nunca usei o espaço do Clube do Hardware para as minhas broncas pessoais. Raramente falo de mim mesmo ou exponho detalhes da operação do Clube do Hardware, como o conteúdo dos e-mails mal-criados que recebo. Prefiro usar o Clube do Hardware para o que ele se propõe: ser um site de informações técnicas. Mas nos últimos três meses venho recebendo reclamações de alguns visitantes a respeito do Clube do Hardware e duras críticas ao meu respeito. Críticas são sempre bem-vindas. Aliás, se não fossem elas, o Clube do Hardware nunca teria chegado onde ele chegou. Mas críticas construtivas, é claro. Críticas sem fundamento eu não dou a menor bola, pois não servem para absolutamente nada. Mas as críticas que tenho recebido ultimamente têm me tirado do sério. As reclamações mais comuns são que eu não atualizo mais o site, que o Clube do Hardware agora só tem propaganda e que eu sou um mercenário e que só penso em dinheiro. O problema todo é que quem manda esse tipo de e-mail nunca pensou no que está falando, é só vê o lado aparente das coisas. Como disse, quase nunca exponho o lado operacional do Clube do Hardware, e creio que chegou a hora de explicar algumas coisas para ver se o pessoal se toca da besteira que estão dizendo por aí. Vamos por partes. O Clube do Hardware existe há mais de cinco anos. Aliás, fará seis anos agora em maio de 2002. Nesse tempo todo, arquei com todas as despesas de manter um site desse porte do ar, mesmo que na maior parte das vezes tomando prejuízo feio mês após mês. Se você duvida disso, basta ligar para qualquer empresa de hospedagem de sites e perguntar quanto custa ter um servidor dedicado Pentium III-1000 com tráfego de 100 GB por mês e com um link de 45 Mbit/s. Fora o custo com funcionários e o custo de escrever material, que é o maior custo (usa o tempo que eu poderia estar usando para escrever novos livros, por exemplo). Isso sem contar o fato de que, para criticar, aparece um monte de gente. Para ajudar, ninguém. Temos de arcar tudo com nossos próprios recursos. As pessoas reclamam que deveríamos ter testado o produto x ou o produto y... Como se tivéssemos a obrigação de ter dinheiro para comprar os produtos, já que quase nenhum fabricante nos cede material. E todos sabemos que o material de ponta na área de hardware não é nem um pouco barato. No passado, eu até tentei arcar com os custos de manter o Clube do Hardware criando um serviço premium, que era um serviço de consultoria, onde os usuários pagavam uma quantia (R$ 50 por três meses) e poderiam enviar dúvidas técnicas que eu respondia. Após um ano no ar, o serviço não deu certo, provando a cultura do nosso mercado que a maioria das pessoas não quer pagar para ter a informação correta. Preferem ela de graça, mesmo que seja uma informação errada. Dessa forma, a única maneira de pagar os custos do Clube do Hardware é através de propaganda, seja através de banners, seja através do nosso boletim de notícias. A maioria das pessoas não tem idéia de como é difícil conseguir anunciantes. Os pequenos anunciantes reclamam que os anúncios são muito caros, e os grandes anunciantes preferem gastar muito mais anunciando em uma página inteira de jornal ou revista do que colocando um banner na página inicial do Clube do Hardware por um décimo do preço. Só conseguimos captar grandes anunciantes após atacarmos o país onde eles estão localizados: Taiwan. Como muita gente já sabe, em meados de 2001 abrimos um escritório em Taiwan, mais especificamente em Taipé, capital de Taiwan, para conseguirmos captar grandes anunciantes. A partir de outubro de 2001 estamos conseguindo, mês a mês, fechar contratos com os grandes anunciantes na área de hardware de PCs. O nosso primeiro anunciante internacional foi a VIA e, em seguida, a Gigabyte. No momento em que escrevo esse editorial, temos na página inicial do Clube do Hardware anúncios da VIA, Gigabyte, MSI, Chaintech, Intel, AMD, SiS e Soyo. O mais engraçado é: em vez dos visitantes ficarem felizes que finalmente estamos conseguindo nosso objetivo, que é o de atrair a atenção dos grandes fabricantes para o nosso site e mais ainda, para o mercado Latinoamericano, que normalmente eles desprezam, a única coisa que ganhamos são reclamações e críticas. Gente, acorda! Botem os neurônios para funcionar! Mais propaganda significa que teremos mais dinheiro para comprar material para testes, para contratar funcionários para atualizar o site com mais freqüência e por aí vai! Fora o contato que estamos tendo com os fabricantes que está nos permitindo ter acesso a informações antes de elas chegarem no mercado! Basta ver que temos atualizado a página inicial do Clube com notícias diariamente! E dá para acreditar que tem gente reclamando que nós temos colocando notícias na página inicial do Clube do Hardware? Caramba! Tem gente que é muito burra! Como se notícias, isto é, ficar por dentro do que está acontecendo no mercado e dos últimos lançamentos em um mercado tão dinâmico como esse, não fosse conteúdo obrigatório para todo bom profissional (e entusiasta) da área! Então fico recebendo um monte de e-mails de pessoas pedindo para tirarmos a propaganda... Caramba! O próximo que fizer isso eu vou mandar escrever para o Thomas Pabst, do Tom's Hardware Guide, e mandar ele tirar as propagandas do site dele... Esse pessoal parece que nunca entrou em nenhum site internacional sobre hardware... Em todos eles existe propaganda! É a única forma de mater no ar uma estrutura como essa! Outros pensam só no momento instantâneo "poxa, o Gabriel está agora ganhando muito dinheiro com todos esses grandes anunciantes". Ok. Mas e os outros cinco anos para trás onde eu só tomei ferro? Parece que o pessoal se esquece disso, que mesmo estando faturando agora, continuamos no prejuízo. A resposta que normalmente dou para esses críticos, e admito que não é a das mais educadas, é a seguinte. Para removermos as propagandas do Clube do Hardware, temos duas opções para nos mantermos: ou mandamos a conta das nossas despesas para a sua casa para você pagar, já que você está tão incomodado com as propagandas, ou então tiramos o site do ar, que é até melhor, pois assim não temos mais prejuízo e não receberemos mais e-mails de babacas como você. Pessoal, na ponta da caneta, o Clube do Hardware é um projeto, que pelo menos por enquanto, não vale a pena, financeiramente falando. Se eu fosse somente me basear em nossas planilhas, já teria fechado o Clube do Hardware há muito tempo. O que o Clube do Hardware me dá é projeção, isto é, nome no mercado. Isso todo mundo sabe. O meu negócio principal é escrever livros e ter o Clube do Hardware como ponto de divulgação foi um dos fatores primordiais para me consolidar como o autor brasileiro mais bem sucedido na área de informática. Não estou querendo me gabar. Isso é fato. Os números mostram isso. Outro ponto comum de críticas é em relação ao preço cobrado em meus livros. Várias pessoas reclamam dos preços, mais caros do que os concorrentes. Esse pessoal não tem a menor idéia de como funciona o mercado editorial, por isso critica. Então deixa eu explicar rapidamente. O autor de um livro ganha direitos autorais. O valor de venda do livro não vai para o autor, mas sim para a livraria. Quem ganha dinheiro com livros não é o autor, mas sim a livraria e a editora. Só para vocês terem uma idéia, a livraria compra os livros pela metade do preço e revende normalmente pelo preço de tabela. Se ela não der desconto algum, a margem de lucro é de 100%! E depois tem livreiro que fica chorando falando que livro não dá dinheiro... Papo para boi dormir! O preço do livro não sou eu quem defino, mas sim a editora. Ela tem as suas próprias planilhas de cálculo para chegar ao preço final. Mas se vocês repararem, os livros da Axcel Books, minha editora, são mais caros do que os da concorrência porque usam um papel de melhor qualidade, o fotolito é feito em chapa (os da concorrência são feitos em papel vegetal, por isso as ilustrações ficam mal impressas) e meus dois livros mais vendidos são comercializados em capa dura. Tudo isso aumenta o custo, mas em compensação torna o meu trabalho de uma qualidade muito superior ao dos livros concorrentes. Isso só falando no aspecto de acabamento, é claro. Várias pessoas, não podendo arcar com esses custos, pede doações. Recebo pelo menos três pedidos de gente querendo livro de graça por dia. Olha, através do nosso site os livros são vendidos com desconto e ainda podendo parcelar em várias vezes (o Hardware Curso Completo 4ª Edição, por exemplo, pode ser comprado com 20% de desconto e pago em cinco vezes sem juros). Dessa forma, acho que a crítica de que o livro é caro é verdadeira, mas no final se mostra infundada, já que os meus livros não são um brinquedo, algo que você vai "gastar" dinheiro com eles, mas sim são ferramentas, objetos de estudo para você melhorar profissionalmente. Infelizmente, por conta dos problemas educacionais de nosso país, a mentalidade reinante é que livros são um "gasto" e não um investimento. Engraçado que os livros de medicina, por exemplo, custam aí na faixa de R$ 300. Cada. E um bom médico precisa de uma porção deles. A diferença é que eles encaram como um investimento. Se as pessoas encarassem livros como um investimento, com certeza a situação profissional e financeira dessas pessoas que fazem esse tipo de crítica hoje seria totalmente diferente. Veja o meu caso, por exemplo. Tem meses que gasto mais de R$ 1.000 em livros. Antigamente, quando eu não tinha dinheiro, pegava na biblioteca ou emprestado com amigos. Será que o meu sucesso profissional não é diretamente proporcional a quantidade de livros que leio? Outro ponto que devo deixar claro é que eu não vendo os meus livros. Os livros comercializados através do meu site são vendidos pelo Submarino. Isso ocorre porque no passado eu cheguei a vender meus livros, mas foi tanta aporrinhação que resolvi terceirizar. Por fim, resta falar sobre o projeto dos CDs-ROM Clube do Hardware. Foi uma idéia boa, que está começando a ter seus resultados financeiros que está permitindo que a gente comece a investir pesado no Clube do Hardware já agora a partir de fevereiro, se tudo der certo. Esse projeto está servindo para percebermos como tem gente burra no mundo. E engraçado que são as mesmas pessoas que nos criticam. Só um exemplo: um sujeito depositou em nossa conta o dinheiro para receber um CD de manhã e de tarde ele já estava reclamando que o CD não havia ainda chegado! Dá para acreditar? E ficou espalhando por aí que a gente atrasa a entrega do CD! E olha que quando a gente acha que já viu de tudo, sempre tem um que consegue superar o "record" anterior. Acho que, depois desse super desabafo, deve ter ficado claro o meu ponto de vista. Resumindo: 1. O Clube do Hardware é um projeto que dá prejuízo. 2. A única forma de pagarmos nossas despesas é através de propaganda. Essa mesma técnica é usada por todos os outros sites internacionais. 3. Outra forma de acabarmos com o prejuízo seria fechando o Clube do Hardware. 4. Não ganho dinheiro com o Clube do Hardware. O ganho é divulgar o meu trabalho, o meu nome. 5. Projetos paralelos como a venda de CDs permitem gerar caixa para a compra de material para futuros testes. 6. Quem estipula o preço dos meus livros não sou eu, é a editora. Não sou eu que vendo meus livros. Quem ganha dinheiro com meus livros são as livrarias e a editora. Se depois disso tudo você ainda tem críticas não construtivas a fazer, vá...
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Recebi o e-mail abaixo de um leitor de nosso site, que me estimulou a escrever esse editorial explicando um pouco mais sobre o que eu acho do futuro do mercado de manutenção de micros - assunto que acredito interessar a todos os visitantes do Clube do Hardware. Olá, galera! Me chamo João Paulo e gostaria de parabenizar o Clube do Hardware pela vasta fonte de conhecimento na área de hardware que adquiro visitando este site. Parabéns a todos que trabalham em função disso. Estou terminando o curso de hardware no SENAC e gosto muito da área em que atuo e sempre tento me aperfeiçoar. O problema é o seguinte: o SENAC pediu para que a gente fizesse uma pesquisa para ver como está essa área de trabalho e encontrei, em uma fonte de pesquisa, um trecho que dizia o seguinte: "Devido à evolução e à sofisticação com que as empresas de informática vêm produzindo periféricos para computadores, dentro de 2 a 3 anos, no máximo, não será mais necessário a presença de técnicos em hardware no mercado." Esta pesquisa me deixou muito surpreso e por isso resolvi enviar este e-mail para vocês para saber o que vocês acham desta pesquisa. Obrigado. João Paulo Não sei se vocês já perceberam, mas temos como linha editorial não praticarmos futurologia. Nós não temos o hábito (e pretendemos continuar a não ter) de ficar "chutando" o que vai acontecer no mercado. O motivo é muito simples: a maioria das "previsões" que vemos são infundadas e "furadas". Basta aguardar alguns anos para ver o que aconteceu com as previsões de vários "futurólogos" desses que adoram aparecer em revistas com sua foto em tamanho extra grande. Aliás, basta também ver o que ocorreu com os próprios "futurólogos": a maioria deles simplesmente cai no esquecimento - talvez justamente porque erram feio nesse tipo de previsão. É impossível prever o que ocorrerá com o mercado de hardware. Simplesmente porque muitos projetos são lindos e maravilhosos mas a compra do produto depende mais das pessoas do que da empresa que está lançando o produto. Conhecemos inúmeras histórias de produtos excelentes e inovadores que simplesmente as pessoas não compravam! Ou de programas e sistemas operacionais sem adeptos! Alguém aí se lembra, por exemplo, da tecnologia Push? Na época de seu lançamento todas as revistas publicaram vários artigos exaltando a "tecnologia da onda". O que foi feito do Push? Apesar de a idéia dele ser boa, as pessoas simplesmente não se interessaram. Ainda há o fato de que muitos projetos não são sequer lançados no mercado. Eu mesmo já paguei esse mico. Basta ver em meu livro Hardware Curso Completo 3ª Edição onde falo do processador M3 (nome-código Jalapeño) da Cyrix. A Cyrix foi comprada pela VIA nesse meio tempo e esse projeto foi enterrado e esse processador foi sequer lançado. Outro exemplo é novamente da própria Cyrix/VIA, onde o processador Cyrix III foi lançado com uma arquitetura interna totalmente diferente do que a Cyrix havia anunciando. Assim, todos estavam esperando um excelente processador chegar e quando ele foi lançado: surpresa! O processador era uma verdadeira "bomba" (de ruim)! Mas uma coisa podemos afirmar com certeza: o mercado de técnicos nunca acabará! Afirmar que esse mercado acabará é tão esdrúxulo quanto dizer que não precisaremos mais dirigir carros porque os carros estão vindo com piloto automático e GPS ou então dizer que os carros não precisam mais de mecânico só porque ele possui um computador de bordo que dá automaticamente um diagnóstico completo do veículo. Indo mais a fundo nessa nossa comparação, o que ocorreu com o mercado de mecânicos de automóveis quando os veículos começaram a vir com injeção eletrônica? E agora, que todos os veículos possuem injeção? Eles tiveram de se atualizar, passaram a ser ainda mais especialistas. Quem não se atualizou, ficou marginalizado, consertando somente carros antigos ou passando a ser especialista em somente assuntos que não envolvam a injeção eletrônica. É mais ou menos o que ocorre com o mercado de hardware. Quem não se atualiza e não busca meios de melhorar cada vez mais os seus serviços, ficará marginalizado. Na pior das hipósteses, o que ocorrerá com o mercado é uma migração. Hoje está cada vez mais evidente a necessidade de um técnico em hardware saber mais sobre outros assuntos, tais como redes. Assim, atualização também tem a ver com estar de olho no que está ocorrendo no mercado, para conseguir visualizar oportunidades antes dos outros - ou antes que seja tarde demais.
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Realmente faz tempo que não sento para escrever um editorial "decente", comentando o mercado de trabalho para profissionais da área de informática. Recentemente recebi o e-mail abaixo do nosso leitor Eduardo Moura, que me estimulou a escrever esse editorial contendo minhas opiniões pessoais acerca desse assunto. Esse estímulo veio do fato de que eu mesmo já tive algumas "incertezas" a respeito do que eu faria profissionalmente (isso pode até mesmo parecer piada para você), e sei que todos nós passamos uma hora ou outra por esse tipo de questionamento. Recebo vários e-mails com mais ou menos as mesmas questões, e que gostaria de aproveitar a oportunidade para comentar e dizer o que eu penso a respeito. Olá Gabriel e toda equipe. Antes de mais nada gostaria de deixar meus sinceros parabéns a você e sua equipe. Respeito muito o trabalho de vocês. Bem, eu sei que vocês devem possuir muitos MB de e-mails e fica impossível responder a tudo, mas gostaria que assim que possível vocês lessem e respondessem meu e-mail. Eu entrei para o mundo da informática em 1998 de brincadeira, pois comprei um PC para ver como era. Depois de 4 meses acessei a Internet e comecei a me interessar pela coisa e comecei a desenvolver páginas. O tempo passou, fui aprendendo e em 1999 entrei para um curso técnico do SENAC. Junto a isso os trabalhos com Internet foram aumentando, clientes foram indicando meus serviços e hoje possuo uma empresa na área de Internet. Nesses 3 anos de informática aprendi bastante.Gosto de várias áreas de informática, desde suporte ao usuário como programação, redes, webmarketing etc Há 2 meses adquiri o livro Redes de Computadores - Curso Completo. Bem, onde quero chegar: nesses 3 anos de informática vivi muita coisa e gosto de várias coisas como disse. Depois que eu comecei a trabalhar com rede vi também que gosto muito de atuar na área de hardware, pois meus clientes - que no início eram só na área web - acabam me solicitando também para resolver problemas na rede e manutenção na parte de software e hardware dos computadores, pois a reclamação por parte dos clientes aos atuais "técnicos" em informática está muito grande e o pessoal que já é meu cliente está confiando toda parte de informática da empresa em minhas mãos. Como eu não tenho experiência nessa parte de manutenção, eu pergunto: É possível eu me desenvolver em todas áreas? Como você lida com isso, um profissional deve ser especialista só em um assunto? De repente eu tentando saber o máximo da área de informática, posso montar uma equipe de qualidade em vez de ser especialista em uma área só? Um curso de eletrônica me ajudaria nessa área? Pois minha experiência mesmo é com desenvolvimento para Internet, banco de dados, servidores web, etc. Mas como disse eu gosto também muito da parte de redes e essa parte de manutenção de equipamentos. Estou querendo adquirir o livro Hardware Curso Completo 4ª Edição para entrar ne cabeça na área também. Estou me formando técnico em informática no próximo mês e depois desse quero iniciar um novo curso para aumentar meu conhecimento, até tentar uma certificação Linux. Bem, finalizando: um profissional da área deve se especializar em um só assunto ou deve ser "genérico"? Você como tem experiência em hardware, redes e webmarketing pode me ajudar nessa resposta, tenho certeza que seus comentários serão muito válidos para mim e quem convive comigo na área. Mais uma vez meus sinceros parabéns e grande abraço, Eduardo Moura Bauru - SP Caro amigo Eduardo e todos os demais visitantes e leitores do Clube do Hardware e de meus livros, Há várias questões que você deve parar para pensar a respeito. A principal é: qual é o meu plano de vida, minha meta pessoal? O que eu quero para o meu futuro profissional, qual é a minha meta profissional? Infelizmente a maioria das pessoas quer um conselho sobre o que elas devem fazer, mas somente elas mesmas poderão obter a resposta. O que serve para mim, o caminho que percorri, não necessariamente servirá para você. Primeiro acho que você deve pensar nessas duas questões. Outra questão que eu acho importante e que pelo menos pelo seu e-mail vi que você não tem esse tipo de problema, é em relação aos estudos. Muita gente pensa que a melhor coisa do mundo é entrar para uma faculdade (ou curso técnico) para conseguir "um bom emprego". Esse caminho era muito bom na Era Idustrial, mas agora que estamos na Era da Informação o mais importante de tudo é saber se virar. Por um motivo muito simples: fazer uma boa faculdade não dá garantia nenhuma que você terá um bom emprego e muito menos que você será um bom profissional. Ser um bom profissional não depende da faculdade, mas sim de você mesmo, do quanto você "corre atrás". E, pelo seu e-mail, deu para perceber que você "corre atrás" e que você tem o espírito empreendedor, do tipo que não fica parado e se vira. Eu acho que essa é a característica mais importante em um profissional de qualquer área. Qual segmento você resolver desenvolver dentro da área é o menos importante. O mais importante é que você tenha humildade suficiente para perceber que não sabe nada (o que estimulará você a querer aprender cada vez mais e se juntar a pessoas que sabem mais do que você) e trabalhar eticamente. Mas, sendo mais objetivo em relação as suas questões, eu acho o seguinte: um profissional (de qualquer área) deve ser especialista em um assunto, para se tornar referência naquele assunto. Como você bem disse a meu respeito, eu entendo de um bando de coisas, mas quando alguém fala em meu nome no mercado a primeira coisa que vem a cabeça é "Hardware" e não Redes ou Negócios na Internet. Dessa forma, o meu conselho é que você seja especialista em um determinado assunto e foque sua fonte principal de renda e de divulgação nele. Os demais assuntos você pode ir explorando com o tempo, ou o que me parece mais sensato: montar uma equipe onde você terá colegas realmente especialistas nos outros assuntos, com quem você poderá passar os clientes e ir acompanhando, até mesmo para aprender mais. Assim, em vez de você se concentrar todo o trabalho em sua pessoa, você distribuirá tarefas, permitindo até mesmo conseguir mais clientes e atendê-los de forma mais adequada. Como você tem um conhecimento mínimo nas outras áreas, você poderá julgar todas as etapas do processo: desde o atendimento até a execução do serviço, podendo ir avaliando periodicamente os seus sócios/parceiros, pois poderá haver um dia em que você perceberá que eles não estão mais se adequando ao seu perfil, ao perfil da empresa ou ao perfil de seus clientes. É claro que nesse processo você deverá sempre se reunir com todos os seus coligados para explicar a sua filosofia de atendimento de clientes e de prestação de serviço, a fim de criar um padrão de qualidade. Acredite no que eu estou falando: o que está faltando no mercado de trabalho não são técnicos, mas sim técnicos que atendam bem seus clientes, técnicos que estejam preocupados com qualidade e ética. Se você conseguir criar essa cultura dentro de seu negócio e usar isso como diferencial junto a seus clientes, rapidamente seus clientes irão divulgar os seus serviços para novos potenciais clientes. Mas só tome o cuidado de não cair na armadilha de tentar fazer tudo ao mesmo tempo e não conseguir atender ninguém bem nem conseguir executar os serviços dentro do prazo. Daí a sugestão que eu dei de montar uma equipe com especialistas em cada área de atuação de seu negócio. Em tempo: acredito que vocês já conheçam meu outro site, Terremoto! (http://www.terremoto.com.br), que é um site sobre negócios. Lá há indicação de uma série de livros que poderão ser úteis nessa sua busca, especialmente um chamado Pai Rico, Pai Pobre, de Robert Kiyosaki.
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