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Tudo que Rafael Coelho postou
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Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Teste do Cooler Thermaltake TMG IA1 "Testamos o cooler para processadores TMG IA1 da Thermaltake, que é um cooler tipo torre "tradicional" com heatpipes trazendo um interessante desenho das aletas. Veremos se esse desenho se reflete em um bom desempenho." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
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Seguindo nossa série de testes de coolers para processador estamos testamos hoje o Thermaltake TMG IA1, que usa o já classico projeto de torre com quatro heatpipes em forma de "U", mas usando um formato diferente nas aletas. Será que isso vai se converter em maior desempenho? Confira! A caixa do TMG IA1 é bastante parecida com a do BigTyp 14Pro que testamos recentemente, com uma janela transparente que nos permite ver uma parte do cooler. Figura 1: Embalagem. Dentro da caixa encontramos o cooler propriamente dito, manuais, ferragens para instalação, uma pequena quantidade de pasta térmica branca e um adesivo para o gabinete. Figura 2: Conteúdo da caixa. O cooler em si é bastante grande e pesado. As aletas são bastante firmes e o aspecto geral é de um cooler bastante robusto e resistente. Figura 3: O Thermaltake TMG IA1. A ventoinha do TMG IA1 tem 120 mm de diâmetro e é feita em plástico transparente. Na base da ventoinha há três LEDs que brilham em azul quando o cooler está ligado. Um detalhe interessante é que a ventoinha não tem moldura, o que normalmente não é bom pois o ar que sai dela tende a se espalhar, mas nesse caso parece uma boa ideia pois as aletas envolvem a ventoinha. Figura 4: Vista frontal. Na Figura 5 você pode ver o TMG IA1 de cima e ter uma ideia do formato das aletas do dissipador de calor. À primeira vista parece o recorte da parte frontal (onde a ventoinha está instalada) é uma boa ideia, pois como dissemos na página anterior essas aletas "envolvem" a ventoinha. Mas o recorte na parte traseira nos pareceu mais um efeito estético do que realmente um sistema para aumentar o desempenho. Figura 5: Vista de cima. O conector de alimentação da ventoinha é do tipo miniatura de três pinos, não tendo o pino de controle de velocidade (PWM). A rotação da ventoinha pode, porém, ser ajustada através de um micro potenciômetro ligado a ela. Infelizmente o cabo desse potenciômetro é curto e não há uma extensão que permita que você controle essa rotação sem abrir o gabinete. Figura 6: Base e conectores. A base do TMG IA1 é feita de cobre muito bem polido, resultando num acabamento espelhado que você pode ver na Figura 7. Também é possível ver que os quatro heatpipes de cobre não encostam diretamente no processador, sendo conectados à base de cobre. Figura 7: Base espelhada.O TMG IA1 vem com um clipe que permite a instalação em processadores AMD soquetes AM3, AM2+, AM2, 939 e 754. A instalação nesse caso é muito simples, basta posicionar o cooler sobre o processador e prender o clipe no lugar. Figura 8: Clipe para processadores AMD. Para uso em processadores Intel soquete LGA775 você deve parafusar os dois suportes mostrados na Figura 9 à base do cooler. Figura 9: Suportes para soquete LGA775. Depois de instalados esses suportes o mecanismo de fixação mostra-se idêntico ao dos coolers padrão que acompanham os processadores Intel. Dessa forma não é necessário remover a placa-mãe para instalar o TMG IA1. Figura 10: Com os clipes instalados. Na Figura 11 você pode ver como o cooler fica depois de instalado. Apesar de grande, sua instalação foi muito simples e ele ficou bem firme. O único detalhe foi que numa "bobeada" levamos um pequeno corte na mão ao bater nas "pontas" das aletas, reinstalando as memórias na placa-mãe. Figura 11: Instalado no gabinete. Os LEDs azuis brilham no centro da ventoinha dando um efeito interessante, como pode ser visto na Figura 12. Figura 12: Detalhe do brilho da ventoinha.Nessa nossa safra de testes de coolers para processadores estamos adotando a seguinte metodologia. Escolhemos um processador com o maior dissipação térmica que tínhamos disponível, um Core 2 Extreme QX6850, que possui um TDP (Thermal Design Power) de 130 W. A escolha de um processador com alto TDP é óbvia: como queremos medir quão eficiente é o cooler testado nada melhor do que usar um processador que esquenta bastante. Esse processador trabalha originalmente a 3 GHz, mas nós o colocamos em overclock a 3,33 GHz, para esquentá-lo o máximo possível. Nós fazemos medições de ruído e temperatura tanto com o processador ocioso (idle) quanto em carga total. Para conseguirmos 100% de uso nos quatro núcleos do processador, rodamos ao mesmo tempo o Prime 95 na opção "In-place Large FFTs" e três instâncias do programa StressCPU. Nós comparamos o cooler testado ao cooler padrão da Intel com base de cobre, que vem com o processador usado, e com alguns dos coolers já testados nessa mesma metodologia. As medidas de temperatura foram obtidas com um termômetro digital, com o sensor encostado na base do cooler e nos heatpipes, e também pela leitura de temperatura dos núcleos dada pelo programa SpeedFan (que é dada pelo sensor térmico do processador). Nesse caso, foi utilizada a média entre as temperaturas lidas nos quatro núcleos. A medida do nível de pressão sonora foi obtida com um decibelímetro digital, com o sensor a 10 cm da ventoinha. Paramos o cooler da placa de vídeo para que este não influenciasse no resultado, mas mesmo assim a medida obtida serve apenas para fins de comparação, pois uma medição precisa de nível de pressão sonora precisaria ser feita em uma sala com isolamento acústico e sem nenhuma outra fonte sonora atuando, da qual não dispomos. Configuração de Hardware Processador: Core 2 Extreme QX6850 Placa-mãe: Gigabyte EP45-UD3L Memória: 2 GB Corsair XMS2 DHX TWIN2X2048-6400C4DHX G (DDR2-800/PC2-6400 com temporizações 4-4-4-12), configurada a 800 MHz Disco rígido: Seagate Barracuda 7200.11 de 500 GB (>ST3500320AS, SATA-300, 7.200 rpm, buffer de 32 MB) Placa de vídeo: PNY Verto Geforce 9600 GT Resolução de vídeo: 1680x1050 Monitor de vídeo: Samsung Syncmaster 2232BW Plus Fonte de alimentação:> >Seventeam ST-550P-AM Configuração de Software Windows XP Professional instalado em partição FAT32 Service Pack 3 Versão do driver Intel Inf: 8.3.1.1009 Versão do driver de video NVIDIA: 182.08 Programas Utilizados Prime95 StressCPU SpeedFan Margem de Erro Adotamos uma margem de erro de 2 °C. Com isso, diferenças de temperatura inferiores a 2 °C não podem ser consideradas significativas. Em outras palavras, produtos onde a diferença de temperatura seja inferior a 2 °C deverão ser considerados como tendo desempenhos similares. Nas tabelas abaixo você pode ver os resultados das medições. Fizemos o mesmo teste no cooler padrão Intel, no BigTyp 14Pro, no Akasa Nero, no Cooler Master V10 e Thermaltake TMG IA1. Cada medida foi repetida com o processador ocioso e em plena carga. No BigTyp 14 Pro e no TMG IA1 o teste foi repetido com a ventoinha em máxima rotação e em mínima rotação. Nos demais modelos a placa-mãe controla a rotação da ventoinha de acordo com o nível de carga e com a temperatura do núcleo. Processador Ocioso Cooler Temp. Ambiente Ruído Rotação Temp. Base Temp. Núcleo Intel padrão 14 °C 44 dBA 1000 rpm 31 °C 42 °C BigTyp 14Pro (rotação mínima) 17 °C 47 dBA 880 rpm 29 °C 36 °C BigTyp 14Pro (rotação máxima) 17 °C 59 dBA 1500 rpm 26 °C 34 °C Akasa Nero 18 °C 41 dBA 500 rpm 26 °C 35 oC Cooler Master V10 14 °C 44 dBA 1200 rpm 21 °C 26 °C TMG IA1 (rotação mínima) 16 °C 47 dBA 1500 rpm 22 °C 30 °C TMG IA1 (rotação máxima) 16 °C 57 dBA 2250 rpm 21 °C 30 °C Processador em Carga Máxima Cooler Temp. Ambiente Ruído Rotação Temp. Base Temp. Núcleo Intel padrão 14 °C 48 dBA 1740 rpm 42 °C 100 °C BigTyp 14Pro (rotação mínima) 17 °C 47 dBA 880 rpm 43 °C 77 °C BigTyp 14Pro (rotação máxima) 17 °C 59 dBA 1500 rpm 35 °C 70 °C Akasa Nero 18 °C 48 dBA 1500 rpm 34 °C 68 °C Cooler Master V10 14 °C 54 dBA 1900 rpm 24 °C 52 °C TMG IA1 (rotação mínima) 16 °C 47 dBA 1500 rpm 27 °C 63 °C TMG IA1 (rotação máxima) 16 °C 57 dBA 2250 rpm 25 °C 60 °C No gráfico abaixo vemos a diferença de temperatura entre a base do cooler e a temperatura ambiente, com o processador ocioso e com ele em carga total. Os valores estão em graus Celsius. Lembre-se que, quanto menor o valor, melhor o desempenho de refrigeração. No próximo gráfico temos uma ideia de quantos graus Celsius o núcleo do processador está mais quente do que o ar do lado de fora do gabinete. As principais características do cooler Thermaltake TMG IA1 são: Aplicação: Soquetes 775, AM3, AM2+, AM2 e 939. Aletas: Alumínio. Base: Cobre. Heat-pipes: Quatro heat-pipes de cobre em formato de "U". Ventoinha: 120 mm. Velocidade de rotação da ventoinha: de 1.300 a 2.100 rpm. Fluxo de ar das ventoinhas: máximo de 70,28 cfm. Consumo máximo: 6,6 W Nível de ruído nominal: mínimo de 20 dBA. Peso: 684 g. Mais informações: http://www.thermaltakeusa.com Preço médio no Brasil: R$ 260,00. A princípio não esperávamos muito do TMG IA1: imaginávamos que ele teria um desepenho inferior ao seu "irmão maior", o Thermaltake BigTyp 14Pro. Seu desenho estiloso nos pareceu apenas uma forma de destacá-lo visualmente. Seu visual e facilidade de instalação, porém, nos fizeram gostar do cooler. Mas na hora de mostrar a que veio (resfriar o processador) é que o IA1 fez bonito: saiu-se bem melhor do que o BigTyp 14Pro e um pouco melhor do que o Akasa Nero, perdendo apenas (e por pouco!) para o Cooler Master V10. Com a ventoinha em baixa rotação ele é muito silencioso e mesmo assim seu desempenho foi excelente em nossos testes. Só não gostamos muito do potenciômetro de regulagem da rotação, cujo fio é muito curto, fazendo com que seja necessário abrir o gabinete e literalmente enfiar a mão lá dentro para fazer a regulagem. Uma ventoinha com controle automático de rotação teria sido uma solução mais prática. Outro problema potencial desse cooler é a ausência de suportes que permitam instalá-lo em processadores soquete LGA1366 (Core i7). Provavelmente a Thermaltake vai disponibilizar esses suportes para compra, mas para quem tem ou pretende ter em breve um processador desses, um cooler que já venha com suporte a esse soquete é uma escolha a ser levada a sério. Apesar de não ser um cooler barato, ele recebe o selo de Produto Recomendado do Clube do Hardware pelo seu visual interessante, facilidade de instalação e, principalmente, por seu alto desempenho.
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Teste do Cooler V10 da Cooler Master
Rafael Coelho respondeu ao tópico de Rafael Coelho em Comentários de artigos
É verdade, num aperto dá pra instalar o cooler sobre uma lata de cerveja e gelar ela rapidinho! -
Hoje nós testamos o Cooler Master V10, um gigante que além de ser um cooler a ar com 10 heatpipes, também usa um TEC (Thermo-Eletric Cooler), também chamado de placa Peltier. Será que essa placa vai realmente fazer a diferença em termos de refrigeração? Veja a resposta ao longo desse teste. O Design do V10 é realmente muito diferente de qualquer coisa que já vimos antes. Vendo-o da primeira vez, fica até difícil ter uma ideia de como ele é realmente, pois ele não se parece com nenhum outro cooler. Vamos dissecá-lo para entender sua anatomia. Sua caixa é grande, firme e chamativa, com um belo visual preto e vermelho, com o logotipo do modelo e um anúncio de compatibilidade com o soquete LGA1366. Figura 1: Embalagem. O V10 vem bem preso dentro de espuma. Na verdade preso até demais, é difícil de retirá-lo da caixa. Figura 2: O V10 dentro da caixa. Dentro da caixa encontramos o cooler propriamente dito, manuais, ferragens para fixação e uma amostra de pasta térmica da Cooler Master ThermalFusion 400. Figura 3: Conteúdo da embalagem. Na Figura 4 você pode ver o cooler propriamente dito. Como dissemos, à primeira vista fica até difícil de entender como ele se posiciona sobre o processador. Parace que em nenhuma posição ele vai se encaixar direito sobre a placa-mãe, principalmente dentro de um gabinete. Figura 4: O Cooler Master V10. Sua base é bem polida, em cobre anodizado. Na Figura 5 você pode ver o reflexo de um parafuso nessa superfície. Figura 5: Base do cooler.Retirando a grande cobertura plástica preta que cobre o cooler inteiro podemos ter uma ideia melhor de como ele é. Há três dissipadores com aletas de alumínio ligados à base por heatpipes, sendo dois na vertical e um "deitado", refrigerados por duas ventoinhas de 120 mm. Esse radiador horizontal fica posicionado sobre a região da placa-mãe onde ficam as memórias ajudando, portanto, a refrigerá-las. Figura 6: Visão geral do cooler sem a sua cobertura. As duas ventoinhas de 120 mm são ligadas no mesmo fio, e têm sua rotação controlada pela placa-mãe, por meio de um conector miniatura de quatro pinos. Elas são ventoinhas de plástico preto semitransparente e dotadas de LEDs vermelhos, tendo rotação nominal entre 800 rpm e 2400 rpm. Figura 7: Ventoinhas. Na Figura 8 você pode ver como é o dissipador sem as ventoinhas. Um detalhe interessante é que elas não são presas ao dissipador, sendo na verdade parafusadas à cobertura do cooler. Não há, porém, nenhum tipo de mecanismo que impeça que a vibração das ventoinhas seja repassada aos dissipadores de calor. Figura 8: Dissipador. O dissipador que fica sobre as memórias é ligado à base por quatro heatpipes. Já o dissipador vertical que fica próximo a ele usa apenas dois heatpipes. Figura 9: Detalhes dos heatpipes. Apesar do tamanho, da presença de duas ventoinhas e três dissipadores, o verdadeiro diferencial desse cooler é realmente a presença da placa TEC (Thermo-eletric cooler), também conhecida por placa Peltier, por funcionar baseada no efeito Peltier, onde um dispositivo semicondutor funciona como uma máquina termodinâmica "bombeando" calor de uma fonte fria para uma fonte quente. Dessa forma, esse cooler não funciona apenas como um dissipador de calor como os outros coolers "comuns", mas funciona verdadeiramente refrigerando o processador. Essa placa, porém, tem algumas desvantagens: a primeira é o custo, que se reflete no alto preço do V10. A segunda é o fato de que uma placa Peltier consome energia para funcionar, e não é pouca: esse cooler chega a "roubar" até 70 W de sua fonte de alimentação. A terceira é o fato de que, quando ela está em pleno funcionamento e sua placa fria atinge temperaturas muito baixas, pode causar condensação da umidade do ar, gerando gotas d'água da mesma forma que um copo cheio de água gelada "cria" gotas d'água ao seu redor. A Cooler Master, porém, conseguiu resolver esse dois últimos problemas de uma forma interessante: um circuito controlador que dosa a tensão entregue à placa TEC de acordo com a temperatura da base do cooler. Se essa base estiver a menos de 20 °C, a placa simplesmente está desligada. Acima disso, a tensão entregue a ela vai aumentando até chegar ao máximo (12 V, consumindo 70 W) numa temperatura de 70 °C. Esse circuito controlador está dentro da caixinha preta que você vê acima da base na Figura 10. A placa TEC em si fica do lado da base, com seu lado frio ligado a ela por quatro heatpipes, enquanto sua face quente é ligada a um dissipador por meio de dois heatpipes em forma de "U". Dessa forma, o terceiro dissipador não refrigera o processador, mas sim a placa TEC. Figura 10: Placa TEC e seu controlador. O V10 vem com três conjuntos de clipes de fixação: um para processadores AMD, outro para processadores Intel soquete LGA775 e um terceiro para o soquete LGA1366. Todos eles possuem uma parte que é parafusada ao próprio cooler e uma armação de metal que fica por baixo da placa-mãe. Figura 11: Braços para o soquete LGA775. Esse sistema tem a vantagem de ser muito firme e não forçar a placa-mãe, mas tem a desvantagem de exigir que você retire a placa-mãe de dentro do gabinete para instalar o cooler, caso seu gabinete não possua uma ranhura na bandeja da placa-mãe na região do processador. Figura 12: Suporte por baixo da placa-mãe. Na Figura 13 você pode ver como fica o V10 instalado sobre a placa-mãe. Trata-se realmente de um gigante. Nosso maior medo, porém, não se confirmou: achávamos que ele não iria ser compatível com nossos módulos de memória, que têm dissipadores de calor bem altos, mas coube tranquilamente. Figura 13: Instalado na placa-mãe. Instalar a placa-mãe de volta ao gabinete, porém, foi uma tarefa bastante trabalhosa. Como o cooler tapa praticamente metade da placa-mãe, colocar os parafusos que ficam sob ele é bastante complicado. Conectar os cabos de força da placa-mãe também muito difícil. Figura 14: Instalado no gabinete. Na Figura 15 você pode ver o visual do V10 ligado. Suas ventoinhas brilham com LEDs vermelhos, que o deixa com aspecto semelhante à própria caixa do cooler. Figura 15: Detalhe do brilho da ventoinha.Nessa nossa safra de testes de coolers para processadores estamos adotando a seguinte metodologia. Primeiro escolhemos um processador com o maior dissipação térmica que tínhamos disponível, um Core 2 Extreme QX6850, que possui um TDP (Thermal Design Power) de 130 W. A escolha de um processador com alto TDP é óbvia: como queremos medir quão eficiente é o cooler testado nada melhor do que usar um processador que esquenta bastante. Esse processador trabalha originalmente a 3 GHz, mas nós o colocamos em overclock a 3,33 GHz, para esquentá-lo o máximo possível. Nós fazemos medições de ruído e temperatura tanto com o processador ocioso (idle) quanto em carga total. Para conseguirmos 100% de uso nos quatro núcleos do processador, rodamos ao mesmo tempo o Prime 95 na opção "In-place Large FFTs" e três instâncias do programa StressCPU. Nós comparamos o cooler testado ao cooler padrão da Intel com base de cobre, que vem com o processador usado, e com alguns dos coolers já testados nessa mesma metodologia. As medidas de temperatura foram obtidas com um termômetro digital, com o sensor encostado na base do cooler e nos heatpipes, e também pela leitura de temperatura dos núcleos dada pelo programa SpeedFan (que é dada pelo sensor térmico do processador). Nesse caso, foi utilizada a média entre as temperaturas lidas nos quatro núcleos. A medida do nível de pressão sonora foi obtida com um decibelímetro digital, com o sensor a 10 cm da ventoinha. Paramos o cooler da placa de vídeo para que este não influenciasse no resultado, mas mesmo assim a medida obtida serve apenas para fins de comparação, pois uma medição precisa de nível de pressão sonora precisaria ser feita em uma sala com isolamento acústico e sem nenhuma outra fonte sonora atuando, da qual não dispomos. Configuração de Hardware Processador: Core 2 Extreme QX6850 Placa-mãe: Gigabyte EP45-UD3L Memória: 2 GB Corsair XMS2 DHX TWIN2X2048-6400C4DHX G (DDR2-800/PC2-6400 com temporizações 4-4-4-12), configurada a 800 MHz Disco rígido: Seagate Barracuda 7200.11 de 500 GB (>ST3500320AS, SATA-300, 7.200 rpm, buffer de 32 MB) Placa de vídeo: PNY Verto Geforce 9600 GT Resolução de vídeo: 1680x1050 Monitor de vídeo: Samsung Syncmaster 2232BW Plus Fonte de alimentação:> >Seventeam ST-550P-AM Configuração de Software Windows XP Professional instalado em partição FAT32 Service Pack 3 Versão do driver Intel Inf: 8.3.1.1009 Versão do driver de video NVIDIA: 182.08 Programas Utilizados Prime95 StressCPU SpeedFan Margem de Erro Adotamos uma margem de erro de 2 °C. Com isso, diferenças de temperatura inferiores a 2 °C não podem ser consideradas significativas. Em outras palavras, produtos onde a diferença de temperatura seja inferior a 2 °C deverão ser considerados como tendo desempenhos similares. Nas tabelas abaixo você pode ver os resultados das medições. Fizemos o mesmo teste no cooler padrão Intel, no BigTyp 14Pro com a ventoinha na rotação mínima, no BigTyp 14Pro em máxima rotação, no Akasa Nero e no Cooler Master V10. Cada medida foi repetida com o processador ocioso e em plena carga. Tenha em mente que, exceto no BigTyp 14 Pro, a placa-mãe controla a rotação da ventoinha de acordo com o nível de carga e com a temperatura do núcleo. Processador Ocioso Cooler Temp. Ambiente Ruído Rotação Temp. Base Temp. Núcleo Intel padrão 14 °C 44 dBA 1000 rpm 31 °C 42 °C BigTyp 14Pro (rotação mínima) 17 °C 47 dBA 880 rpm 29 °C 36 °C BigTyp 14Pro (rotação máxima) 17 °C 59 dBA 1500 rpm 26 °C 34 °C Akasa Nero 18 °C 41 dBA 500 rpm 26 °C 35 oC Cooler Master V10 14 °C 44 dBA 1200 rpm 21 °C 26 °C Processador em Carga Máxima Cooler Temp. Ambiente Ruído Rotação Temp. Base Temp. Núcleo Intel padrão 14 °C 48 dBA 1740 rpm 42 °C 100 °C BigTyp 14Pro (rotação mínima) 17 °C 47 dBA 880 rpm 43 °C 77 °C BigTyp 14Pro (rotação máxima) 17 °C 59 dBA 1500 rpm 35 °C 70 °C Akasa Nero 18 °C 48 dBA 1500 rpm 34 °C 68 °C Cooler Master V10 14 °C 54 dBA 1900 rpm 24 °C 52 °C No gráfico abaixo vemos a diferença de temperatura entre a base do cooler e a temperatura ambiente, com o processador ocioso e com ele em carga total. Os valores estão em graus Celsius. Lembre-se que, quanto menor o valor, melhor o desempenho de refrigeração. No próximo gráfico temos uma ideia de quantos graus Celsius o núcleo do processador está mais quente do que o ar do lado de fora do gabinete. As principais características do Cooler Master V10 são: Aplicação: Soquetes 1366, 775, AM3, AM2+, AM2 e 939. Aletas: Alumínio. Base: Cobre. Heat-pipes: Dez heat-pipes de cobre. Ventoinhas: Duas de 120 mm. Velocidade de rotação das ventoinhas: de 800 a 2.400 rpm. Fluxo de ar das ventoinhas: máximo de 90 cfm. Consumo máximo: 78,88 W (2x 4,44 W das ventoinhas + 70 W do TEC). Nível de ruído nominal: mínimo de 17 dBA. Peso: 1,2 Kg. Mais informações: http://www.coolermaster-usa.com Preço médio no Brasil: R$ 600,00. O Cooler Master V10 é um cooler que faz parte de uma categoria à parte. Não é justo compará-lo de igual para igual com simples coolers a ar, pois a presença de uma placa TEC lhe dá uma grande vantagem. Porém, não é à toa que o fabricante o classifica como um cooler híbrido: o TEC não é usado a plena potência o tempo todo, mas apenas quando exigido, e na potência necessária. Assim, quando o processador está ocioso, ele trabalha consumindo pouca energia da fonte, sem gerar condensação e com as ventoinhas em baixa velocidade. Quanto exigido, porém, arregaça as mangas e é capaz de lidar com qualquer processador, por mais "esquentadinho" que seja. A Cooler Master informa que ele é capaz de lidar com processadores de TDP até 200 W ou mais. Comparado aos coolers que já testamos até agora, ele deu um banho, mantendo o núcleo de nosso processador em torno de 12 °C mais frio do que o melhor resultado que tínhamos conseguido até agora. Seu nível de ruído é quase inaudível quando o processador está ocioso e quando em plena carga é mais alto, mas ainda dentro do limite do confortável. O V10, porém, é um cooler para poucos. Primeiramente por seu alto preço, mais do que o dobro ou mesmo o triplo de muitos coolers de alta qualidade. Segundo porque ele não vai usar seu potencial com um processador de baixo TDP, pois nesse caso ele praticamente não vai utilizar o TEC. Além disso, ele é um cooler grande demais, atrapalhando o manuseio dos demais componentes dentro do gabinete. Praticidade não é o seu ponto forte. Mas, se você tem um processador que gera muito calor e ainda assim quer conseguir o maior overclock possível com ele sem fritá-lo, tem um gabinete espaçoso, uma fonte de alimentação com potência sobrando, uma carteira recheada, e está procurando o melhor cooler a ar que puder achar, o V10 é o cooler para você. Damos o selo de "Produto Recomendado" do Clube do Hardware pelo seu incrível desempenho, mas tenha em mente que ele não é a melhor opção de compra a menos que você se enquadre nas características acima.
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Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Teste do Cooler V10 da Cooler Master "Testamos o cooler para processadores Cooler Master V10, um verdadeiro monstro com duas ventoinhas, dez heatpipes e uma placa Peltier. Vamos ver se ele "gela" mesmo." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
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Testamos o cooler Nero da Akasa, que serve para processadores Intel soquete LGA1366 e 775 e AMD soquetes AM2, AM2+, AM3 e 939, e é dotado de três heatpipes e uma ventoinha de 120 mm. Vamos ver se seu desempenho é comparável ao BigTyp 14Pro da Thermaltake que testamos recentemente. O Nero é um cooler de categoria média, ficando entre os simples (de menos de R$ 100) e os mais sofisticados (de mais de R$ 200). Seu projeto já pode ser considerado clássico: três heatpipes em forma de U que levam o calor do processador até as aletas, com uma ventoinha de 120 mm jogando ar por entre elas. O código do modelo do Nero é AK-967. A embalagem é uma caixa bem firme e simples, mostrando fotos do cooler e suas principais características. Figura 1: Embalagem. Na Figura 2 podemos ver o conteúdo da embalagem: o dissipador de calor, a ventoinha de 120 mm, um manual do usuário, além de três pacotes com as ferragens necessárias para instalá-lo sobre um processador AMD, Intel soquete LGA775 ou Intel soquete LGA1366, além de uma pequena bisnaga de pasta térmica. Figura 2: Conteúdo da embalagem. Como comentamos, o radiador usa um projeto já bastante difundido, com um radiador vertical ligado à base por meio de heatpipes de 8 mm. Esse projeto é interessante pois ocupa pouco espaço sobre a placa-mãe, mas tem o problema de não se adaptar em gabinetes estreitos. Figura 3: Dissipador. Na Figura 4 você pode ver o detalhe do dispositivo de fixação da ventoinha no dissipador. Em vez de usar parafusos, a ventoinha é presa por meio de quatro suportes de borracha. Esse sistema mostrou-se excelente, sendo muito fácil colocar ou retirar a ventoinha, ao mesmo tempo que funciona como um amortecedor para vibrações. Figura 4: Fixador da ventoinha.A base do Nero é formada diretamente pelos heatpipes de cobre, que ficam em contato direto com o processador. Apesar do polimento não ser "espelhado", a base é bem lisa. Esse sistema com os heatpipes encostando no processador elimina mais uma camada que dificulta a transferência de calor. Figura 5: Base. Como mencionamos, a ventoinha é de 120 mm, fabricada em plástico preto. O conector usado é miniatura de quatro pinos com fio para controle da velocidade de rotação (PWM) e, dessa forma, a placa-mãe pode controlar diretamente sua rotação, sendo que não há nenhum tipo de controle manual de rotação. Note o detalhe do cabo da ventoinha encapado com uma malha plástica, mostrando que apesar de ser um produto relativamente simples, a Akasa não descuidou do acabamento. Figura 6: Ventoinha. Colocar a ventoinha no lugar é bem fácil, bastando inserir os quatro prendedores de borracha e puxá-los. Ela fica bem firme no lugar e, para retirá-la, basta puxar. A questão é se esse sistema não estraga logo, mas isso só o tempo dirá. Figura 7: Cooler montado. Na Figura 8 podemos ver o detalhe da distância que a ventoinha fica do dissipador (cerca de 1 mm), graças a espaçadores nos suportes. Com isso, qualquer vibração porventura gerada pela ventoinha não se propaga para o dissipador, o que contribui para reduzir o ruído. Figura 8: Suporte da ventoinha.Um ponto forte desse cooler é que ele já vem não só com clipes para processadores AMD (soquetes 939, AM2, AM2+ e AM3) e Intel soquete LGA775, mas também para o novo soquete LGA1366, usado pelos processadores Core i7. Assim se no futuro você migrar para essa plataforma não precisará adquirir um novo cooler. Nas Figuras 9, 10 e 11 você pode ver esses suportes. Figura 9: Clipe para processadores AMD. Figura 10: Clipe para processadores soquete LGA775. Figura 11: Clipes para processadores soquete LGA1366. Instalamos o Nero sobre nosso processador Intel Core 2 Extreme QX6850. Instalar os suportes no cooler foi fácil, é necessário apenas prender um parafuso em cada um deles. Assim, o sistema de fixação fica semelhante ao sistema usado pelo cooler padrão da Intel. Com isso, não é necessário retirar a placa-mãe do gabinete para instalar esse cooler. Figura 12: Cooler com seus clipes instalados. Na hora de instalar o cooler, porém, tivemos dois pequenos problemas. O primeiro foi que com a ventoinha no lugar a instalação é impossível, pois a mesma fica sobre duas das presilhas da placa-mãe. Tivemos de retirar a ventoinha, instalar o cooler e então colocar a ventoinha de volta no lugar. O segundo problema foi que tivemos que fazer muita força para que as presilhas fizessem o "clique" característico informando que estavam corretamente presas à placa-mãe. Tivemos até medo de danificar a placa-mãe de tanta força que precisou ser aplicada. O lado bom disso é que a pressão do cooler sobre o processador também ficou muito alta. Figura 13: Instalado. Nessa nossa nova safra de testes de coolers para processadores estamos adotando a seguinte metodologia. Primeiro escolhemos um processador com o maior dissipação térmica que tínhamos disponível, um Core 2 Extreme QX6850, que possui um TDP (Thermal Design Power) de 130 W. A escolha de um processador com alto TDP é óbvia: como queremos medir quão eficiente é o cooler testado nada melhor do que usar um processador que esquenta bastante. Esse processador trabalha originalmente a 3 GHz, mas nós o colocamos em overclock a 3,33 GHz, para esquentá-lo o máximo possível. Nós fazemos medições de ruído e temperatura tanto com o processador ocioso (idle) quanto em carga total. Para conseguirmos 100% de uso nos quatro núcleos do processador, rodamos ao mesmo tempo o Prime 95 na opção "In-place Large FFTs" e três instâncias do programa StressCPU. Nós comparamos o cooler testado com o BigTyp 14Pro, recentemente testado, e ao cooler padrão da Intel com base de cobre, que vem com o processador usado. As medidas de temperatura foram obtidas com um termômetro digital, com o sensor encostado na base do cooler e nos heatpipes, e também pela leitura de temperatura dos núcleos dada pelo programa SpeedFan (que é dada pelo sensor térmico do processador). Nesse caso, foi utilizada a média entre as temperaturas lidas nos quatro núcleos. A medida do nível de pressão sonora foi obtida com um decibelímetro digital, com o sensor a 10 cm da ventoinha. Paramos o cooler da placa de vídeo para que este não influenciasse no resultado, mas mesmo assim a medida obtida serve apenas para fins de comparação, pois uma medição precisa de nível de pressão sonora precisaria ser feita em uma sala com isolamento acústico e sem nenhuma outra fonte sonora atuando, da qual não dispomos. Configuração de Hardware Processador: Core 2 Extreme QX6850 Placa-mãe: Gigabyte EP45-UD3L Memória: 2 GB Corsair XMS2 DHX TWIN2X2048-6400C4DHX G (DDR2-800/PC2-6400 com temporizações 4-4-4-12), configurada a 800 MHz Disco rígido: Seagate Barracuda 7200.11 de 500 GB (>ST3500320AS, SATA-300, 7.200 rpm, buffer de 32 MB) Placa de vídeo: PNY Verto Geforce 9600 GT Resolução de vídeo: 1680x1050 Monitor de vídeo: Samsung Syncmaster 2232BW Plus Fonte de alimentação:> >Seventeam ST-550P-AM Configuração de Software Windows XP Professional instalado em partição FAT32 Service Pack 3 Versão do driver Intel Inf: 8.3.1.1009 Versão do driver de video NVIDIA: 182.08 Programas Utilizados Prime95 StressCPU SpeedFan Margem de Erro Adotamos uma margem de erro de 2 °C. Com isso, diferenças de temperatura inferiores a 2 °C não podem ser consideradas significativas. Em outras palavras, produtos onde a diferença de temperatura seja inferior a 2 °C deverão ser considerados como tendo desempenhos similares. Nas tabelas abaixo você pode ver os resultados das medições. Fizemos o mesmo teste com o cooler padrão da Intel, com o Thermaltake BigTyp 14Pro com a ventoinha na rotação mínima, com o Thermaltake BigTyp 14Pro com a ventoinha no máximo e com o Akasa Nero. Cada medida foi repetida com o processador ocioso e em carga máxima. Tenha em mente que no Akasa Nero e no cooler padrão da Intel a placa-mãe controla a rotação da ventoinha de acordo com o nível de carga e com a temperatura do núcleo. Processador Ocioso Cooler Temp. Ambiente Ruído Rotação Temp. Base Temp. Núcleo Intel padrão 14 °C 44 dBA 1000 rpm 31 °C 42 °C BigTyp 14Pro (rotação mínima) 17 °C 47 dBA 880 rpm 29 °C 36 °C BigTyp 14Pro (rotação máxima) 17 °C 59 dBA 1500 rpm 26 °C 34 °C Akasa Nero 18 °C 41 dBA 500 rpm 26 °C 35 °C Processador em Carga Máxima Cooler Temp. Ambiente Ruído Rotação Temp. Base Temp. Núcleo Intel padrão 14 °C 48 dBA 1740 rpm 42 °C 100 °C BigTyp 14Pro (rotação mínima) 17 °C 47 dBA 880 rpm 43 °C 77 °C BigTyp 14Pro (rotação máxima) 17 °C 59 dBA 1500 rpm 35 °C 70 °C Akasa Nero 18 °C 48 dBA 1500 rpm 34 °C 68 °C No gráfico abaixo vemos a diferença de temperatura entre a base do cooler e a temperatura ambiente, com o processador ocioso e com ele em carga total. Os valores estão em graus Celsius. Lembre-se que, quanto menor o valor, melhor o desempenho de refrigeração. No próximo gráfico temos uma ideia de quantos graus Celsius o núcleo do processador está mais quente do que o ar do lado de fora do gabinete. As principais características do Akasa Nero são: Aplicação: Soquetes 1366, 775, AM3, AM2+, AM2 e 939. Aletas: Alumínio. Base: Alumínio, com os heatpipes de cobre em contato direto com o processador. Heat-pipes: Três heat-pipes de cobre em formato de "U". Ventoinha: 120 mm. Velocidade de rotação da ventoinha: de 500 a 1.500 rpm. Fluxo de ar da ventoinha: máximo de 50,54 cfm. Consumo máximo: 3,12 W. Nível de ruído nominal: de 18,4 a 24,6 dBA. Peso: 600 g. Mais informações: http://www.akasa.com.tw Preço médio no Brasil: R$ 160,00. Os dados medidos mostram que, apesar do projeto simples, o Akasa Nero é um excelente cooler. Seu desempenho de refrigeração foi levemente superior ao Thermaltake BigTyp 14Pro com a ventoinha em velocidade máxima, além de ser bem mais silencioso e custar bem menos. Em relação ao cooler padrão da Intel, o desempenho foi muito superior. No quesito "visual", o Nero é bastante careta para os padrões atuais, com sua ventoinha preta, sem LEDs, e dissipador discreto (apesar de grande). O nível de ruído é sem dúvida um dos pontos fortes desse cooler. Com o processador ocioso, ele é praticamente inaudível, graças à rotação extremamente baixa da ventoinha. Quando o processador quis esquentar, a ventoinha triplicou sua rotação, ficando audível mas mesmo assim dentro de um nível bastante confortável. Sua instalação é simples, apesar de termos de fazer bastante força para fixá-lo corretamente à placa-mãe. Outro ponto positivo é a facilidade de retirada da ventoinha, o que ajuda muito na hora da necessária limpeza periódica. Com todos esses pontos fortes e custando menos do que muitos coolers de desempenho semelhante, não temos como não dar ao Nero da Akasa nosso selo de Produto Recomendado. E com louvor.
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Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Teste do Cooler Akasa Nero "Testamos o cooler para processadores Nero da Akasa, que tem uma ventoinha de 12 cm e três heatpipes de cobre." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
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Testamos o cooler BigTyp 14Pro da Thermaltake, que serve tanto para processadores Intel soquete LGA775 quando AMD soquetes AM2, AM2+, AM3 e 939. Vamos ver se esse cooler gigante é realmente um bom produto. Esse cooler é realmente gigantesco e sua ventoinha tem 140 mm de diâmetro, como seu nome já indica. Esse nome, aliás, é uma referência ao seu antecessor, o Big Typhoon VX, de projeto semelhante mas com uma ventoinha de "apenas" 120 mm. O código de modelo do BigTyp 14Pro é CL-P0456. A embalagem desse cooler tem aberturas onde é possível ver a ventoinha e parte do dissipador. Figura 1: Embalagem. Retirando o cooler da embalagem podemos ter uma ideia de como ele é: trata-se de uma base "sanduíche", onde a parte de baixo é de cobre e fica em contato direto com o processador e com os seis heatpipes de 6 mm. Esses heatpipes levam o calor do processador para o dissipador, que fica bem acima da base. Figura 2: Visão geral. A ventoinha é de acrílico "fumê" (escura e transparente) e a estrutura que serve tanto como grade quanto como suporte é do mesmo material. Na parte central ficam três LEDs que brilham em azul quando o cooler está ligado. Figura 3: Ventoinha. Na Figura 4 você pode ver como o dissipador é distante da base. Isso é necessário para que a grande ventoinha não interfira com outros componentes da placa-mãe, principalmente o dissipador da placa-mãe e memórias com dissipadores. Figura 4: Visão lateral.Retirando a "gaiola" podemos ter uma visão clara do dissipador. Os seis grandes heatipes saem da base para ambos os lados, sendo que cada lado chega em um radiador. Essa solução é bem interessante, sendo na verdade equivalente a um sistema com 12 heatpipes. Figura 5: Dissipador. Você é adepto da prática de "lapidar" (polir) a base do cooler? Nesse modelo não há necessidade: a base do BigTyp 14Pro é extremamente bem polida, funcionando quase como um espelho. Na Figura 6 você pode ver o reflexo perfeito de um parafuso colocado logo abaixo da base. Figura 6: Base bem polida. Na parte superior da base do cooler podemos ver ranhuras onde se encaixa o clipe que fixa o cooler nos processadores AMD. Para uso em processadores Intel, é necessário parafusar dois suportes (mostrados na próxima página) nos orifícios que você vê na Figura 7. Figura 7: Detalhe da base. Na Figura 8 podemos ver a ventoinha com seu suporte. O plugue de alimentação é de três pinos, para ser ligado na placa-mãe, sendo dessa forma possível medir a rotação da ventoinha por meio de programas de monitoramento. Figura 8: Suporte da Ventoinha. No cabo de alimentação há um pequeno potenciômetro onde você pode ajustar a rotação da ventoinha. Figura 9: Controle de rotação. A instalação sobre processadores AMD é muito simples: basta colocar o cooler sobre o processador e instalar o clipe de fixação, visto na Figura 10. Figura 10: Clipe para processadores AMD. Para uso com processadores Intel, porém, a instalação é bem mais complicada. Primeiro, você deve parafusar na base do cooler os dois suportes vistos na Figura 11. Depois é necessário retirar a placa-mãe do gabinete, colocar o cooler sobre o processador e fixar as quatro porcas pelo lado de trás da placa, usando as arruelas de borracha e plástico para evitar danos ou curto-circuito na placa-mãe. Você não precisará remover a placa-mãe do gabinete caso você tenha um gabinete com abertura na bandeja da placa-mãe permitindo acesso aos furos do cooler pelo lado de baixo da placa. Figura 11: Clipes para soquete LGA775. Nas Figuras 12, 13 e 14, você pode ver como fica o cooler instalado. Graças à altura da placa-mãe até o dissipador ele não interfere com outros componentes, podendo ser usado até mesmo com módulos de memória dotados de grandes dissipadores. Porém se em seu gabinete a placa-mãe fica muito próxima à fonte, o tamanho da ventoinha pode dificultar ou mesmo impossibilitar a instalação. Em nosso caso as pontas dos heatpipes impediram a instalação na posição inicialmente colocada, problema que foi resolvido girando o cooler em 90o de forma a conseguirmos instalar a fonte. Mesmo assim, o suporte da ventoinha ficou encostando na fonte de alimentação. Resumindo: esse cooler é mais recomendado para gabinetes "full tower", onde a fonte de alimentação fica mais afastada da placa-mãe. Figura 12: Instalado. Figura 13: Instalado. Figura 14: Dentro do gabinete. Nessa nossa nova safra de testes de coolers para processadores estamos adotando a seguinte metodologia. Primeiro escolhemos um processador com o maior dissipação térmica que tínhamos disponível, um Core 2 Extreme QX6850, que possui um TDP (Thermal Design Power) de 130 W. A escolha de um processador com alto TDP é óbvia: como queremos medir quão eficiente é o cooler testado nada melhor do que usar um processador que esquenta bastante. Esse processador trabalha originalmente a 3 GHz, mas nós o colocamos em overclock a 3,33 GHz, para esquentá-lo o máximo possível. Nós fazemos medições de ruído e temperatura tanto com o processador ocioso (idle) quanto em carga total. Para conseguirmos 100% de uso nos quatro núcleos do processador, rodamos ao mesmo tempo o Prime 95 na opção "In-place Large FFTs" e três instâncias do programa StressCPU. Nós comparamos o cooler testado ao cooler padrão da Intel com base de cobre, que vem com o processador usado. As medidas de temperatura foram obtidas com um termômetro digital, com o sensor encostado na base do cooler e nos heatpipes, e também pela leitura de temperatura dos núcleos dada pelo programa SpeedFan (que é dada pelo sensor térmico do processador). Nesse caso, foi utilizada a média entre as temperaturas lidas nos quatro núcleos. A medida do nível de pressão sonora foi obtida com um decibelímetro digital, com o sensor a 10 cm da ventoinha. Paramos o cooler da placa de vídeo para que este não influenciasse no resultado, mas mesmo assim a medida obtida serve apenas para fins de comparação, pois uma medição precisa de nível de pressão sonora precisaria ser feita em uma sala com isolamento acústico e sem nenhuma outra fonte sonora atuando, da qual não dispomos. Configuração de Hardware Processador: Core 2 Extreme QX6850 Placa-mãe: Gigabyte EP45-UD3L Memória: 2 GB Corsair XMS2 DHX TWIN2X2048-6400C4DHX G (DDR2-800/PC2-6400 com temporizações 4-4-4-12), configurada a 800 MHz Disco rígido: Seagate Barracuda 7200.11 de 500 GB (>ST3500320AS, SATA-300, 7.200 rpm, buffer de 32 MB) Placa de vídeo: PNY Verto Geforce 9600 GT Resolução de vídeo: 1680x1050 Monitor de vídeo: Samsung Syncmaster 2232BW Plus Fonte de alimentação:> >Seventeam ST-550P-AM Configuração de Software Windows XP Professional instalado em partição FAT32 Service Pack 3 Versão do driver Intel Inf: 8.3.1.1009 Versão do driver de video NVIDIA: 182.08 Programas Utilizados Prime95 StressCPU SpeedFan Margem de Erro Adotamos uma margem de erro de 2 °C. Com isso, diferenças de temperatura inferiores a 2 °C não podem ser consideradas significativas. Em outras palavras, produtos onde a diferença de temperatura seja inferior a 2 °C deverão ser considerados como tendo desempenhos similares. Nas tabelas abaixo você pode ver os resultados das medições. Fizemos o mesmo teste no cooler padrão Intel, no BigTyp 14Pro com a ventoinha na rotação mínima e no BigTyp 14Pro com a ventoinha no máximo. Cada medida foi repetida com o processador ocioso e em plena carga. Tenha em mente que, com o cooler Intel padrão, o placa-mãe controla a rotação da ventoinha de acordo com o nível de carga e com a temperatura do núcleo. Processador Ocioso Cooler Temp. Ambiente Ruído Rotação Temp. Base Temp. Núcleo Intel padrão 14 °C 44 dBA 1000 rpm 31 °C 42 °C BigTyp 14Pro (rotação mínima) 17 °C 47 dBA 880 rpm 29 °C 36 °C BigTyp 14Pro (rotação máxima) 17 °C 59 dBA 1500 rpm 26 °C 34 °C Processador em Carga Máxima Cooler Temp. Ambiente Ruído Rotação Temp. Base Temp. Núcleo Intel padrão 14 °C 48 dBA 1740 rpm 42 °C 100 °C BigTyp 14Pro (rotação mínima) 17 °C 47 dBA 880 rpm 43 °C 77 °C BigTyp 14Pro (rotação máxima) 17 °C 59 dBA 1500 rpm 35 °C 70 °C No gráfico abaixo vemos a diferença de temperatura entre a base do cooler e a temperatura ambiente, com o processador ocioso e com ele em carga total. Os valores estão em graus Celsius. Lembre-se que, quanto menor o valor, melhor o desempenho de refrigeração. No próximo gráfico temos uma ideia de quantos graus Celsius o núcleo do processador está mais quente do que o ar do lado de fora do gabinete. As principais características do Thermaltake BigTyp 14Pro são: Aplicação: Soquetes 775, AM3, AM2+, AM2 e 939. Aletas: Alumínio. Base: Cobre e alumínio. Heat-pipes: Seis heat-pipes duplos de cobre. Ventoinha: 140 mm. Velocidade de rotação da ventoinha: de 880 a 1.500 rpm. Fluxo de ar da ventoinha: máximo de 85,76 cfm. Consumo máximo: 3,84 W. Nível de ruído nominal: de 16 a 24 dBA. Peso: 800 g. Mais informações: http://www.thermaltakeusa.com Preço médio no Brasil: R$ 300,00. O Thermaltake BigTyp 14Pro é realmente um grande cooler. Seu desempenho é bom, tendo baixado a temperatura em mais de 8 °C na base do cooler e em 30 °C na medida do sensor pelo SpeedFan com o processador em carga máxima em relação ao cooler padrão da Intel. Seu visual é muito legal, dando realmente um aspecto de "refrigeração extrema" ao seu sistema, graças à ventoinha de 14 cm, à grade de acrílico fumê e aos três LEDs azuis. O ruído com a ventoinha em baixa rotação é baixo mas não imperceptível e seu desempenho é bom. Já na rotação máxima o desempenho é ainda melhor, mas o ruído incomoda bastante. O grande ponto negativo desse cooler é mesmo a dificuldade de instalação em processadores Intel (a menos que seu gabinete tenha uma abertura que dê acesso à parte inferior da placa-mãe), além do fato de que ele não vai caber em gabinetes pequenos. O seu preço está na média em relação a outros coolers de alto desempenho, assim como seu desempenho. Dessa forma, a recomendação da compra ou não desse cooler depende do seu gosto pessoal, do quanto você "simpatizou" com ele e se você tiver um gabinete "full tower".
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Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Teste do Cooler Thermaltake BigTyp 14Pro "Testamos o cooler para processadores BigTyp 14Pro da Thermaltake, que tem uma ventoinha de 14 cm e seis heatpipes duplos." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
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Proview Compact PC PC-81001
Rafael Coelho respondeu ao tópico de Rafael Coelho em Comentários de artigos
Exato, para quem precisa de um servidor de arquivos que não demande alto desempenho nem alta capacidade, ele é perfeito, pelo baixo custo e baixíssimo consumo, e ainda por cima não ocupa espaço. Ainda leva de quebra a economia de um no-break (já que ele, sendo um notebook com bateria, é imune a picos ou quedas de energia). E de lambuja ele pode ser servidor de impressora e ainda por cima ficar rodando emule 24/7. -
Proview Compact PC PC-81001
Rafael Coelho respondeu ao tópico de Rafael Coelho em Comentários de artigos
A memória de vídeo (compartilhada) é de 32 Mb. Roda vídeos leves, mas fica travado em vídeos mais pesados. Dá pra botar em 1024x768, mas fica ruim, já que o vídeo fica interpolado. -
Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Proview Compact PC PC-81001 "Nós demos uma olhada no netbook Proview PC-81001, equipado com o processador AMD Geode LX800 (500 MHz), 512 MB de memória, disco rígido de 60 GB e rede sem fio 802.11b/g. Confira!" Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
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Demos uma olhada no netbook (mini notebook) PC-81001 da Proview, tradicional fabricante de monitores. Ele é baseado no processador AMD Geode LX800, é fabricado no Brasil, e é um dos mais baratos do mercado. A embalagem é de papelão reciclado, com uma boa proteção de espuma envolvendo o aparelho. Em sua lateral pode-se ver algumas configurações, como o modelo do processador (Geode LX800), clock (500 MHz), tamanho e resolução nativa da tela, capacidade e duração da bateria, bem como peso. Veremos essas características mais a fundo ao longo desse artigo. Figura 1: Caixa. Abrindo a caixa, encontramos, além do computador, o manual do usuário, fonte de alimentação e a bateria. Também acompanha uma bolsa de material emborrachado, que embora não sirva para o transporte do aparelho, por não possuir alça nem espaço para a fonte, dá uma boa proteção extra contra arranhões e batidas leves. Figura 2: Conteúdo da embalagem. Figura 3: Bolsa emborrachada. O manual, infelizmente, é bastante pobre, aparentemente voltado apenas ao consumidor leigo. Não há, por exemplo, informações técnicas sobre o disco rígido: só consta a capacidade (60 GB), mas nenhuma informação sobre seu cache, rotação ou sequer se o mesmo é ATA ou SATA, nem se é uma unidade de 2,5" ou 1,8". Sobre a memória, idem: só é informado a quantidade (512 MB), mas nenhuma informação sobre seu clock ou mesmo padrão (DDR ou DDR2). Assim, o usuário fica sem nenhuma informação sobre as possibilidades de upgrade do computador. Antes de abrirmos a máquina, entramos em contato com a Proview por intermédio de seu site, perguntando sobre os padrões do disco rígido e memória e da possibilidade de upgrade desses itens, mas não recebemos nenhuma resposta. É uma pena que alguns fabricantes brasileiros ainda se preocupem tão pouco com seus clientes a ponto de ignorarem contatos e negarem informações. Na parte frontal do PC-81001 existe uma trava com um botão que permite sua abertura. A trava segura um gancho metálico, sendo assim um mecanismo bem robusto. Figura 4: Trava frontal. Na lateral esquerda, uma saída VGA para monitor, duas portas USB, um slot para cartões de memória (compatível com padrões Secure Digital, Multimedia Card e Memory Stick), e conectores de áudio para fone de ouvido e microfone externo. Existe, porém, também um microfone embutido no monitor. Figura 5: Lateral esquerda. Na lateral direita, uma trava de segurança padrão Kensington e um slot para cartões PC Card (PCMCIA), algo bastante inusitado nessa categoria de produto, por ocupar um bom espaço e estar atualmente em desuso, por ter dado lugar ao padrão Express Card. Figura 6: Lateral direita. Na traseira do notebook podemos ver o conector para a fonte de alimentação (12 V), além de uma porta Ethernet compatível com velocidades de 10 Mbit/s ou 100 Mbit/s. Podemos notar também que a bateria fica um pouco para fora, o que não é problema com tampa aberta. Figura 7: Traseira. Vendo o PC-81001 por baixo, duas surpresas: primeiramente os alto falantes, normalmente encontrados na parte superior. Essa solução mostrou-se aparentemente bem funcional, pois o volume de som do aparelho é bastante alto e claro, superior até mesmo ao de alguns notebooks "grandes". Outro detalhe que nos chamou a atenção foi a ausência de tampas, normalmente encontradas em notebooks, que permitem acesso ao(s) módulo(s) de memória e à unidade de disco rígido, o que significa que um upgrade só pode ser feito abrindo completamente o aparelho. Faremos isso nas próximas páginas. Figura 8: Parte inferior. Abrindo a tampa superior, podemos ver que o PC-81001 é um netbook com design bastante harmonioso. A tela de 10,2" ocupa quase toda a tampa, e logo abaixo dela podemos ver o microfone. Só há um botão fora do teclado, com a função de ligar ou desligar o computador. O touch pad é pequeno mas de fácil uso. Figura 9: Aberto. O teclado é obviamente pequeno, tendo 84% do tamanho de um teclado comum. Porém, não tivemos nenhum problema para utilizá-lo, a digitação é confortável e firme. O único detalhe que atrapalhou um pouco é que o padrão do teclado não é o ABNT2 utilizado no Brasil, e sim o padrão português (de Portugal). Algumas teclas de acentuação, dessa forma, estão fora da posição encontrada nos teclados ABNT2. Isso pode atrapalhar quem precisa digitar uma quantidade grande de texto, mas nada impede que você instale um teclado USB "grande". Confira a disposição das teclas na Figura 10. Figura 10: Teclado. Nós desmontamos completamente o PC-81001 para ver quais os componentes internos foram usados pelo fabricante. Além disso, essa abertura é necessária para que se possa fazer qualquer tipo de upgrade ou mesmo para verificar a possibilidade de, por exemplo, instalação de mais memória, já que o fabricante não dá essa informação. Porém, cabe lembrar que essa abertura deve ser feita apenas por pessoas com experiência nesse tipo de aparelho. Na Figura 11 você pode ver o que encontramos removendo a parte superior (monitor e o painel onde ficam o teclado e o touch pad). A princípio não se pode ver muito, apenas o disco rígido, o slot para cartões PC Card (PCMCIA) e uma fina chapa de alumínio que faz o papel de dissipador de calor. Figura 11: Proview PC-81001 desmontado. Removendo essa chapa, temos a visão da placa-mãe do PC-81001, com dois chips maiores com fitas condutoras de calor sobre eles, bem como o soquete para o módulo de memória. Nesse estágio, fica fácil fazer a troca desse módulo, sobre o qual falaremos na próxima página. Figura 12: Placa-mãe. Na Figura 13 você pode ver o processador "Geode [email protected]". Note que esse é o nome do processador, mas esse "0.9W" é inexplicável, visto que o TDP (valor de potência máxima dissipada, que serve como base para o projeto do sistema de dissipação) é de 3,6 W, com uma potência típica de operação de 1,8 W. Coisas que só o departamento de marketing da AMD pode explicar. Figura 13: Geode [email protected]. Vale nesse momento fazer uma pausa e comparar essa dissipação térmica de pico de 3,6 W com o TDP do processador Atom N270 usado, por exemplo, no ASUS Eee PC 1002HA, que analisamos recentemente. Esse modelo de Atom tem um TDP de 2,5 W. Será, então, que essa plataforma da AMD consome mais? Na verdade, devemos levar em conta alguns fatores. Primeiro, o Atom N270, apesar do baixíssimo consumo, utiliza a ponte norte Intel 945GSE, que por sua vez tem um TDP de 6 W. Se considerarmos ainda a ponte sul, o conjunto tem um TDP de 11,8 W. A vantagem do Geode LX800, nesse caso, é que ele é um processador integrado, ou seja, dentro do mesmo chip estão o processador propriamente dito e também a ponte norte, com controlador de memória e circuito de vídeo, entre outros. Vale lembrar que o projeto do processador Geode original foi feito pela Cyrix, sendo lançado em 1997 com o nome MediaGX. A National comprou a Cyrix em 1997 e rebatizou este processador como Geode. A AMD comprou a divisão de processadores da National em 2003. O chip usado em conjunto com o Geode LX é o CS5536, que atua como uma ponte sul, sendo responsável por fornecer portas ATA, USB e áudio onboard, dentre outras. Esse chip é ligado ao Geode LX por meio de um barramento PCI de 33 ou 66 MHz, e tem um TDP de apenas 0,65 W. Você pode vê-lo na Figura 14. Assim, o TDP do sistema completo é de 4,25 W contra 11,8 W do Atom N270. Com isso, além do menor consumo, que implica em mais durabilidade da bateria, não há praticamente nenhuma necessidade de sistemas de refrigeração. Na verdade, o PC-81001 trabalha sempre frio, e é totalmente silencioso pois não tem nenhum tipo de ventoinha. Temos ainda de levar em conta como os fabricantes calculam o TDP de seus componentes. A metodologia usada pela Intel é diferente da metodologia usada pela AMD, fazendo com que a comparação usada acima seja apenas mais uma curiosidade do que uma comparação técnica acurada. Figura 14: Chip ponte sul (CS5536). O módulo de memória que vem no PC-81001 é um SODIMM DDR-400 (PC-3200) de 512 MB. Você pode trocá-lo por um módulo de mesmo padrão com até 1 GB, mas como só há um soquete, não há possibilidade de simplesmente adicionar mais um módulo. Figura 15: Memória. Na Figura 16 levantamos a placa-mãe e pode-se observar alguns chips, como o codec de áudio, o controlador do leitor de cartões e o chip da placa de rede, além do regulador de tensão do processador e outros circuitos auxiliares. Figura 16: Parte de baixo da placa-mãe. Na tampa superior, podemos ver o conector do teclado (ao centro), bem como a placa do touch pad e a responsável pelos LEDs frontais. No canto inferior esquerdo da Figura 17 podemos ver também os conectores do painel de cristal líquido. Figura 17: Por baixo da tampa superior. O disco rígido que vem no PC-81001 é um Fujitsu MHW2060AT, de 60 GB com 2 MB cache, girando a 4.200 rpm e usando interface ATA-100. Trata-se de um modelo de baixo consumo, condizente com o resto do sistema. Um detalhe interessante é que o disco rígido encontra-se aparafusado diretamente na placa-mãe. Assim, para trocá-lo, não basta abrir a tampa superior, é necessário remover a placa-mãe e soltar os parafusos que ficam por baixo dela. Realmente, este notebook não foi planejado para receber upgrades. Figura 18: Disco rígido. O PC-81001 vem com o Linux Ubuntu instalado. Porém, logo instalamos o Windows XP SP3 para verificarmos como ele se comportaria. Utilizamos um pendrive para a instalação, que foi tranquila e sem erros. A instalação dos drivers de dispositivos também foi tranquila, visto que a Proview fornece no site do produto o download de um pacote com todos os drivers para o Windows XP. O uso geral do Windows XP foi razoável. Apesar do baixo desempenho do processador Geode LX800 (afinal de contas, são apenas 500 MHz), o uso de programas como navegadores e editores de texto foi bastante tranquila, necessitando apenas de um pouco de paciência no carregamento dos programas. Obviamente ninguém vai adquirir esse produto esperando que o desempenho seja o ponto forte. O ponto mais interessante do Proview PC-81001 é mesmo o fato de trabalhar totalmente frio e silencioso, com um consumo de energia muito baixo. Uma aplicação onde ele seria recomendado é para quem gosta de ter um computador ligado 24 H por dia apenas para downloads, onde ele faria o serviço com um impacto baixíssimo na sua conta de luz, além de não incomodar com o barulho de ventoinhas. A duração da bateria, entretanto, não é o ponto forte desse modelo. Sua bateria de 7,4 V e 2600 mAH de capacidade dura apenas em torno de 2 horas. Isso porque o fabricante provavelmente preferiu economizar no valor e no peso da bateria, em vez de priorizar sua duração. Um detalhe que o manual não informa e que nos preocupou a princípio é que a rede Wi-Fi fica desligada sempre que ligamos o notebook. Para ligá-la, é necessário pressionar as teclas Fn+F2. Sem ligá-la, ela sequer aparece no gerenciador de dispositivos, o que nos fez pensar de início que o aparelho tinha vindo com defeito, já que quando tentávamos instalar os drivers, a mensagem era que não havia adaptador sem fio instalado. De qualquer forma, é um incômodo ter de ligar manualmente a placa de rede sem fio a cada vez que ligamos o notebook. Um ponto positivo dessa máquina é a sua tela, com excelente definição, brilho e colorido. Sua resolução nativa é de 1024 x 600 pixels, suficiente para navegação na internet, já que a maior parte dos sites são otimizados para 1024 pixels de largura de tela. As principais características do Proview PC-81001 são: Tela: 10,2” widescreen, resolução nativa de 1024x600. Processador: Geode LX 800 (500 MHz, 33 MHz externamente, 128 KB de cache L2, TDP de 3,6 W). Chipset: Integrado do processador, com ponte sul CS5536. Memória: 512 MB DDR-400 (PC3200) CL3. Disco rígido: Fujitsu MHW2060AT (2 MB cache, 4.200 rpm) ATA-100 com 60 GB, baixo consumo. USB 2.0: Duas portas. Bluetooth: Não. Saída de vídeo: Um conector VGA. Áudio: Dois canais produzido pelo chipset com ajuda de um codec Realtek ALC202A (relação sinal/ruído de 90 dB em suas entradas e saídas). Sem saída SPDIF. Rede: Uma porta Fast Ethernet (10/100) controlada por um chip Realtek RTL8100CL. Rede sem fio: 802.11b/g controlada por um chip Atheros AR5007UG. Webcam: Não Leitor de cartão de memória: Suporte para os formatos MMC (MultiMedia Card), SD (Secure Digital) e MS (Memory Stick). Controlado por um chip Alcor AU6337. Dimensões: 26,0 cm x 19,5 cm x 3,2 cm (L x P x A) Peso: 1.39 Kg (com a bateria) Mais informações: http://www.proviewbr.com.br Preço médio no Brasil: R$ 800,00 Esse aparelho parece ser um descendente direto do laptop do projeto OLPC, que usava o mesmo processador e tem vários pontos em comum. Ele também é muito semelhante em aparência, características e até mesmo nomenclatura aos netbooks fabricados pela Malata, um fabricante asiático, e provavelmente a Proview importa os kits desse fabricante. Com certeza não é o netbook de melhor desempenho do mercado, mas se levarmos em consideração que custa quase a metade dos modelos de netbooks mais rápidos, oferecendo o mesmo tamanho de tela e resolução, pode ser uma boa opção para alguns casos. Se compararmos com o Asus Eee PC série 700, que tem a mesma faixa de preço (ou até um pouco mais), ele leva vantagem no tamanho da tela e resolução, além da capacidade de disco maior. Se sua necessidade é apenas para aplicações leves, como navegação ou leitura de emails, edição de textos e planilhas ou apresentações, com um notebook pequeno, leve e compacto, e seu orçamento é apertado, o Proview PC-81001 é uma boa opção. Pena que o fabricante ainda tenha muito o que melhorar no que diz respeito ao manual do usuário e atendimento ao cliente.
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Teste do Cooler para Placas de Vídeo NV Silencer 5 da Arctic Cooling
Rafael Coelho respondeu ao tópico de Rafael Coelho em Comentários de artigos
Estamos nos equipando para isso: https://www.clubedohardware.com.br/artigos/blog/280 -
Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Teste do Cooler para Placas de Vídeo NV Silencer 5 da Arctic Cooling "O NV Silencer 5, como o próprio nome diz, é um cooler para placas de vídeo baseadas em chips da NVIDIA, voltado aos usuários que querem um computador mais silencioso. Confira se ele realmente "silencia" uma 9600 GT." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
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Teste do Cooler para Placas de Vídeo NV Silencer 5 da Arctic Cooling
Rafael Coelho postou uma análise em Refrigeração
O cooler para placas de vídeo NV Silencer 5 da Arctic Cooling é voltado para placas com chips das séries GeForce 6800 e 7800 da NVIDIA. É um produto que já saiu de linha no exterior, mas que ainda pode ser encontrado por aqui. O modelo equivalente para placas com chips da ATI/AMD chama-se ATI Silencer 5 e suporta placas das séries Radeon X800 e X850. Vamos ver como ele se sai em nossos testes. Apesar de oficialmente o produto só suportar as séries GeForce 6800 e 7800, nós instalamos o mesmo em uma GeForce 9600GT da PNY, onde coube perfeitamente. Figura 1: Embalagem. Figura 2: Cooler e acessórios. O cooler em si é composto de uma base grossa de cobre onde estão soldadas as finas aletas de dissipação. Sobre esse conjunto há um duto de ar de plástico transparente com uma ventoinha centrífuga de 72 mm. Essa ventoinha pega o ar de dentro do gabinete, e o duto faz com que esse ar, após passar pelas aletas, seja jogado para fora do gabinete. Com isso, o calor gerado pela placa de vídeo não é transmitido aos demais componentes como placa-mãe, processador e discos rígidos. Na Figura 2 podemos ver o conteúdo da embalagem: o cooler propriamente dito, O conjunto de uma chapa de metal, um isolador de borracha e quatro parafusos que farão a fixação do cooler na traseira da placa de vídeo, um dissipador passivo para instalação nas memórias da parte traseira (bem como adesivos para colá-lo) caso sua placa possua chips de memória nessa posição, duas tampas de slots para o caso de sua placa de vídeo atual ter uma tampa que impeça a instalação do cooler, e um adesivo para ser colado na parte frontal do gabinete. Também vem junto um pequeno saquinho com pasta térmica comum (branca). Note na Figura 3 que o NV Silencer 5 também resfria os chips de memória da parte frontal da placa de vídeo, o que sempre é uma boa opção, principalmente em caso de overclock. Figura 3: Parte traseira. Figura 4: Vista geral. O Cooler original da PNY Verto 9600GT (que pode ser visto nas Figuras 5 e 6) parece enorme visto pela frente, mas quando removido, mostra suas deficiências: além de ser bastante pequeno, não toca os chips de memória. Também tem uma ventoinha de alta rotação que produz um barulho muito incômodo, sem falar no fato de que o ar quente que sai do dissipador é jogado para dentro do gabinete, o que não ajuda na refrigeração do sistema. Figura 5: A PNY 9600GT. Figura 6: Cooler original removido. Para instalar o NV Silencer 5, basta remover o cooler anterior, retirar os protetores dos adesivos que encostarão nas memórias da placa de vídeo e colocar o cooler novo na parte frontal da placa. Os quatro parafusos fixos no dissipador passam para o ladro traseiro, onde simplesmente instalamos o isolador de borracha e a chapa de metal, logo após apertando as quatro porcas que acompanham o cooler. Essa instalação pode ser feita em poucos minutos e o manual, muito intuitivo, provê as informações necessárias. Depois disso basta ligar o conector de alimentação da ventoinha, que tem dois plugues para que ele sirva em qualquer padrão de placa de vídeo. Infelizmente não há a opção de ligar essa ventoinha na placa-mãe ou diretamente na fonte, nem a possibilidade de se usar um controlador de velocidade. Mas esse problema mostrou-se pouco grave por causa do bom desempenho e do baixo ruído da ventoinha, como veremos adiante. Figura 7: NV Silencer 5 instalado. Figura 8: Vista de frente. O cooler adaptou-se perfeitamente à placa de vídeo, tocando todos os chips de memória e não sendo atrapalhado por nenhum componente da placa. Como praticamente todo cooler de alto desempenho para placas de vídeo, o NV Silencer 5 ocupa o slot imediatamente à frente da placa de vídeo. A boa notícia é que você não precisa usar tampa nesse segundo slot, basta remover a tampa atual do gabinete caso ela exista para que a saída de ar não fique prejudicada. O visual ficou muito bonito e o cooler ficou muito firme no lugar. Figura 9: Vista superior. Figura 10: Vista inferior. Figura 11: Vista dos conectores. Figura 12: Vista traseira. As principais características do Arctic Cooling NV Silencer 5 são: Compatibilidade (NVIDIA): GeForce série 6800, 7800 e 9600 GT. Outras placas que usam a mesma furação também podem aceitar esse cooler sem problemas. Ventoinhas: Uma ventoinha de 72 mm com rolamento de cerâmica e velocidade de 2000 rpm. Dissipador de calor: Aletas de alumínio soldadas sobre uma base de cobre. Dimensões: 31 mm x 100 mm x 218,5 mm (A x L x P). Peso: 428 g. Mais informações: http://www.arctic.ac/. Preço médio no Brasil: R$ 60,00. Fizemos dois testes simples para comparar o desempenho do NV Silencer 5 com o cooler original da PNY Verto Geforce 9600GT. Uma das medições foi a temperatura, medida com o auxílio do programa GPU-Z, com a placa de vídeo ociosa e entregando o máximo de desempenho, rodando o programa Folding@Home. Ociosa Carga Máxima Cooler Original 43 °C 49 °C NV Silencer 5 41 °C 47 °C Como podemos ver, o NV Silencer 5 foi um pouco mais eficiente do que o cooler original em qualquer situação, baixando em torno de 2o C a temperatura do processador de vídeo. Mas o próprio nome do produto deixa claro que o principal objetivo dele não é a redução da temperatura, mas sim a do nível de ruído. Dessa forma, fizemos uma medida de ruído com um decibelímetro, a uma distância de 10 cm da placa de vídeo, com o gabinete aberto e o micro rodando o Folding@Home. Essa medida não foi feita em uma sala com isolamento acústico, e desta forma trata-se apenas de uma aproximação para termos uma ideia do nível de ruído, não sendo uma medida rigorosa. Desligamos, porém, o cooler do processador, para que seu ruído não interferisse na medição. Cooler Nível de ruído (dBA) Original 59 NV Silencer 5 53 A redução de ruído medido foi de cerca de 6 dB. Pode parecer pouco, mas em termos práticos, é uma diferença enorme, pois o ruído produzido pelo cooler original é agudo e bastante irritante, enquanto o barulho gerado pelo NV Silencer 5 é praticamente imperceptível mesmo com o gabinete aberto. Ele é inaudível em comparação, por exemplo, com o ruído produzido pelo cooler do processador. Dessa forma, esse cooler faz jus a seu nome, "Silencer". O NV Silencer 5, pelo próprio nome (que significa silenciador) propõe-se a reduzir o ruído produzido pelo cooler de sua placa de vídeo. E, convenhamos, em alguns casos esse barulho pode ir desde o levemente desagradável até o profundamente irritante, principalmente se você usa o computador em casa e quer um ambiente silencioso em torno dele. E quanto a esse quesito, ele atende muito bem: o ruído que ele produz é desprezível se comparado aos demais ruídos de um computador típico, como o do cooler do processador, da fonte e mesmo o disco rígido. Depois de instalarmos ele, pudemos até mesmo ouvir novamente o ruído emitido pelo disco rígido quando as cabeças de leitura e gravação se movem. E de quebra o desempenho dele foi muito bom. Isso se deve principalmente à grande base de cobre, mas também ao fato de que o ar que passa pelas aletas do dissipador é jogado para fora do gabinete, evitando assim que o ar aquecido fique retido no gabinete. Some-se tudo isso ao fato de que é um cooler com um excelente preço e temos um produto com certeza recomendado pelo Clube do Hardware. -
Usando corretamente as unidades de grandeza
Rafael Coelho respondeu ao tópico de Rafael Coelho em Comentários de artigos
Isso quando são considerados os efeitos relativísticos. Para situações onde v<<c, ela pode ser considadera constante. Outra interpretação é que o termo "massa" usado na mecânica clássica deve ser substituído por "massa de repouso", aí fica tudo correto. Abraço -
Será que algum dia teremos notebooks do tipo “monte-você-mesmo”?
Rafael Coelho respondeu ao tópico de Gabriel Torres em Comentários de artigos
Acho que o sacrifício da miniaturização com certeza aconteceria, mas estamos falando de uma outra categoria de notes. Essa "customização fácil" não vai acontecer nos notes ultraportáteis. Mas a padronização de um tamanho um pouco maior (tela de 15" por exemplo) é uma excelente ideia. O que teria que acontecer inicialmente é a padronização do formato da placa-mãe. Com isso, coolers, slot para placa de vídeo e até mesmo o gabinete no notebook seriam intercambiáveis. Aí fica fácil ter o notebook montado na loja enquanto você toma um cafezinho... -
Usando corretamente as unidades de grandeza
Rafael Coelho respondeu ao tópico de Rafael Coelho em Comentários de artigos
Acho que não precisamos ser o "Joãozinho do passo certo". Se você chegar no açougue, o negócio é pedir "um quilo de picanha" mesmo, senão periga o pessoal não entender... Em situações coloquiais, não há porque ser correto sempre. Mas, quando se está escrevendo algo, ou então falando em uma situação formal (apresentando um trabalho escolar ou uma apresentação no trabalho), usar corretamente as unidades só vai contar pontos a seu favor, correto? -
Usando corretamente as unidades de grandeza
Rafael Coelho respondeu ao tópico de Rafael Coelho em Comentários de artigos
Na verdade eu também achava que o coulomb era a unidade base, e que o ampère era definido em função deste, justamente pelo fato de que a carga elétrica é uma das propriedades fundamentais da matéria. Mas não é... A questão é a facilidade da padronização da medida, aparentemente. -
Usando corretamente as unidades de grandeza
Rafael Coelho respondeu ao tópico de Rafael Coelho em Comentários de artigos
Sim, seria taxa de variação da potência em função do tempo. Mas quando apresentam esse tipo de manchete, é erro mesmo. Senão, a usina iria gerar 500 MW em um mês, 1000 MW em dois meses, 6000 MW por ano, o que não é a realidade. -
Usando corretamente as unidades de grandeza
Rafael Coelho respondeu ao tópico de Rafael Coelho em Comentários de artigos
Segundo o Inmetro e o SI, o ampère é sim uma unidade base. Ela é equivalente a 1 C/s (coulomb por segundo) e não C/m. Verifique: http://www.inmetro.gov.br/infotec/publicacoes/Si.pdf -
Usando corretamente as unidades de grandeza
Rafael Coelho postou um tópico em Comentários de artigos
Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Usando corretamente as unidades de grandeza "Você presta atenção ao escrever as unidades das grandezas? Veja aqui os erros mais comuns e como evitá-los." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br -
Você, profissional ou apaixonado por hardware que realmente gosta de saber o que acontece dentro e fora do seu computador, com certeza convive bastante com unidades de medida de grandezas físicas. Cada vez que lê um texto técnico, uma página sobre algum produto, um manual, vai encontrar informações sobre grandezas. E a correta interpretação da unidade é crucial para o entendimento da grandeza em questão. Também na hora de escrever, seja um trabalho, um artigo ou mesmo ao fazer uma pergunta em um fórum, escrever incorretamente as unidades das grandezas pode trazer sérios inconvenientes, desde ser interpretado erroneamente até passar “atestado de ignorância”. Imagine conseguir aquele emprego que sempre sonhou e, quando o chefe pede um relatório técnico, você o escreve cheio de erros? Na melhor das hipóteses, esqueça aquela promoção. Inicialmente, vamos falar sobre o Sistema Internacional de Unidades (SI). Esse sistema permitiu a uniformização das unidades no mundo, facilitando muito o comércio e o intercâmbio de informações científicas. Imagine o mundo globalizado e conectado de hoje, mas com cada país usando unidades diferentes. O SI foi criado e é organizado pelo Birô Internacional de Pesos e Medidas, criado pela Convenção do Metro em Paris no ano de 1875, com então 17 países. Hoje, 48 países em todos os continentes assinam essa convenção. Note que o SI não é uma norma estática: a cada quatro anos o comitê formado por membros de todos os países se reúne e discute atualizações, de forma que o sistema traduza as atualizações científicas e tecnológicas. O SI tem duas classes de grandezas: as de base e as derivadas. Algumas unidades de base são: a unidade de comprimento (metro), de massa (quilograma), de tempo (segundo), de corrente elétrica (ampère) e temperatura termodinâmica (kelvin). Nesse momento cabe uma regra básica: unidades de medida, quando escritas por extenso, são sempre escritas em letras minúsculas, mesmo aquelas que são originárias de nomes próprios (por exemplo, ampère e newton). Toda unidade de medida tem, também, um símbolo. Repare, trata-se de um símbolo e não uma abreviatura. Esses símbolos são definidos pelo SI e não se pode simplesmente abreviar a unidade como quisermos. Por não ser uma abreviatura, não se deve utilizar um ponto após o símbolo. Por exemplo, o símbolo para o metro é a letra m, e não M, m., mt, mts, mts., ou qualquer outra coisa. Veja alguns símbolos para outras unidades base na tabela abaixo. Grandeza Unidade Símbolo comprimento metro m massa quilograma kg tempo segundo s corrente elétrica ampère A temperatura termodinâmica kelvin K Outro detalhe importante: como regra básica, o símbolo é a primeira letra do nome da unidade. Quanto esse nome provém de um nome próprio, o símbolo é escrito com letra maiúscula, e quando não, usa-se letra minúscula. O símbolo não se modifica ao ser escrito no plural. Exemplo: 1 metro pode ser escrito como 1 m, mas 2 metros escreve-se 2 m e não 2 ms (que seria lido como “2 metros vezes segundo” ou “dois milissegundos”). Atente para o quilograma: apesar da sua abreviatura ser o kg, não é correto escrever kilograma. Outras unidades são chamadas de derivadas, pois são expressas em termos das unidades de base. Veja algumas delas na tabela abaixo. Grandeza Unidade Símbolo superfície metro quadrado m2 volume metro cúbico m3 velocidade metro por segundo m/s aceleração metro por segundo ao quadrado m/s2 massa específica quilograma por metro cúbico kg/m3 densidade de corrente ampère por metro quadrado A/m2 Há ainda outra “categoria” de unidades que são derivadas, mas que possuem seu próprio nome e símbolo. Confira algumas delas na tabela abaixo. Grandeza Unidade Símbolo Equivalência frequência hertz Hz s-1 força newton N kg.m/s2 pressão pascal Pa N/m2 energia joule J n.m potência watt W J/s quantidade de carga elétrica coulomb C s.A diferença de potencial elétrico volt V W/A capacidade elétrica farad F C/V resistência elétrica ohm Ω V/A Há ainda algumas grandezas cuja unidade é apenas o número um (1). Comumente são chamadas de “sem unidade”. Elas costumam ser a razão ou comparação entre grandezas de mesma natureza, como por exemplo o índice de refração e o coeficiente de atrito. Além das unidades é comum utilizarmos também múltiplos e submúltiplos. Eles são prefixos às unidades e servem para substituir potências de dez, que por sua vez evitam que tenhamos que escrever números muito grandes (por exemplo, 34.800.000.000.000) ou muito pequenos (0,000000000000000000139, por exemplo). Assim, ao escrevermos “um milhão de metros”, não precisamos escrever 1.000.000 m, podemos escrever 1.000 km (1.000 x 103 m) ou 1 Mm (1 x 106 m). O quilômetro (não se escreve com k e sim com “qu”) é tão utilizado popularmente que pouca gente se dá conta de que ele é uma grandeza composta. Uma exceção é o kg: apesar de 1 kg ser equivalente a 1.000 g, a unidade de medida do SI para massa é o kg mesmo. Apesar disso, todos os outros múltiplos são escritos em função do grama e não do kg. Assim, escreve-se 1 miligrama (1 mg) e nunca 0,001 mkg (errado). Nunca se usa dois múltiplos ou submúltiplos na mesma unidade. A unidade “tonelada” (símbolo t), apesar de não fazer parte “oficial” do SI, pode ser usada e é equivalente a 103 kg. Veja na tabela abaixo os múltiplos e submúltiplos do SI. Fator Prefixo Símbolo 1024 yotta Y 1021 zetta Z 1018 exa E 1015 peta P 1012 tera T 109 giga G 106 mega M 103 quilo k 102 hecto h 101 deca da 10-1 deci d 10-2 centi c 10-3 mili m 10-6 micro μ 10-9 nano n 10-12 pico p 10-15 femto f 10-18 atto a 10-21 zepto z 10-24 yocto y Há, ainda, duas unidades que não são oficiais do SI, mas que fazem parte de nosso cotidiano. São o bit e o byte. O bit é a menor unidade de informação existente, podendo assumir apenas dois valores, zero ou um, enquanto o byte é o nome dado a um grupo de bits. Na prática, pelo uso, acabou-se convencionando que este grupo é formado pela a aglutinação de oito bits, mas em sua concepção, um byte poderia ser um grupo de qualquer quantidade de bits. O termo técnico mais preciso para um conjunto de oito bits é octeto. De acordo com a norma IEEE 1541-2002, o símbolo para bit é “b” (minúsculo) enquanto o símbolo do byte é “B” maiúsculo. Muita gente, incluindo publicações e fabricantes, acabam se confundindo e utilizando “b” para byte e “B” para bit. Para dirimir esta confusão, a norma IEC 80000-13:2008, que é a mais recente, define que bit deve ser grafado sempre por extenso, evitando-se, assim, qualquer mal-entendido. Já voltaremos a falar sobre esta norma. Derivadas dessas duas unidades há outras duas, que servem para expressar a grandeza “taxa de transferência de dados”: o bit por segundo (bit/s, de acordo com a norma IEC 80000-13:2008) e o byte por segundo (B/s). Outras formas como “bps”, “b/s” e “Bps” são encontradas no dia a dia, especialmente em textos mais antigos, mas devem ser evitadas para não causar equívocos. A grande confusão que temos em relação a bits e bytes refere-se aos múltiplos. Tradicionalmente, tais múltiplos são expressos na base dois. Por exemplo, 1 kB tradicionalmente representa 1 x 210 bytes (1.024 bytes) e 1 MB representa 1 x 220 bytes (1.048.576 bytes). Este sempre foi o entendimento de fabricantes de dispositivos eletrônicos, e esse é o padrão utilizado em eletrônica digital. Porém, os fabricantes de discos magnéticos utilizam os múltiplos na base dez, tal como na tabela apresentada na página anterior. Assim, para fabricantes de discos rígidos, 1 kB representa 1 x 103 bytes (1.000 bytes), 1 MB representa 1 x 106 bytes (1.000.000 bytes) e assim sucessivamente. Esse problema fica muito claro quando comparamos grandezas maiores: um disco rígido vendido como sendo de 1 TB é capaz de armazenar 1.000.000.000.000 bytes (1 x 1012), porém um SSD de “1 TB” é capaz de armazenar 1.099.511.627.776 bytes (1 x 240), gerando uma discrepância de 10% e criando uma comparação incorreta entre a capacidade de discos rígidos e SSDs. (É importante notar que alguns fabricantes de SSD estão começando a rotular suas unidades na base dez, tal como ocorre com discos rígidos.) Para tentar resolver este problema, a IEC (International Electrotechnical Comission, Comissão Eletrotécnica Internacional) lançou a sua norma 80000-13:2008, definindo que, quando um múltiplo estiver em base dois, a letra “i” deve ser adicionada. Assim, 1 kB representando 1.024 bytes deve ser grafado 1 kiB e chamado quibibyte, 1 MB representando 1.048.576 bytes deve ser grafado 1 MiB e chamado mebibyte e assim por diante. Tais múltiplos na base dois são denominados quibinário e os resumimos na tabela abaixo. Fator Prefixo Símbolo 280 yobi Yi 270 zebi Zi 260 ebi Ei 250 pebi Pi 240 tebi Ti 230 gibi Gi 220 mebi Mi 210 quibi ki Apesar de esta ser uma excelente ideia para evitar confusões, apenas a comunidade acadêmica e o universo Linux adotou essa padronização (passamos a adotá-la nos artigos do Clube do Hardware a partir de 2013). Infelizmente, fabricantes e publicações, em sua maioria, não utiliza a norma IEC 80000-13:2008. Dessa forma, a nossa dica prática é a seguinte. Capacidades de discos rígidos, resolução em pixels e taxas de transferência, por padrão, utilizam os múltiplos na base dez, tal como no S.I. Já processadores, memórias e capacidades reportadas pelo sistema operacional utilizam os múltiplos na base dois, como na tabela acima. SSDs, por serem formados por chips de memória flash, também utilizam os múltiplos na base dois, porém, como mencionado, alguns fabricantes têm utilizado os múltiplos na base dez, teoricamente para compatibilizar a comparação entre a capacidade de armazenamento de discos rígidos e SSDs. Apenas para enfatizarmos este ponto, um disco rígido de 1 TB tem uma capacidade de armazenamento de 1.000 GB, o que equivale a 931,32 GiB. É por este motivo que discos rígidos são reportados pelo sistema operacional com uma capacidade inferior à divulgada: os discos são rotulados em base dez, porém o sistema operacional reporta capacidades em base dois. Muita gente acredita, incorretamente, que há “perda” de capacidade quando formatamos um HD. No entanto, não há perda alguma: a capacidade continua exatamente a mesma, a diferença é que o disco rígido é vendido com capacidade na base dez e o sistema operacional reporta a capacidade de armazenamento em base dois, como explicado. Demos exemplos para os múltiplos usando bytes, mas tudo o que falamos aplica-se igualmente para bits. Muitas grandezas são comumente usadas de forma confusa ou mesmo completamente errada. Vamos citar algumas delas. Um erro bastante comum é falar em “corrente de 110 volts”. A grandeza que caracteriza se uma determinada rede elétrica é de 110 V ou 220 V é a diferença de potencial elétrico. Também é admitido que se use “tensão elétrica”, mas o uso do termo “tensão” está errado. Corrente elétrica é o deslocamento ordenado de cargas elétricas por um condutor e sua intensidade é medida em ampères (A). Também estão errados os termos "corrente" (o correto é "corrente elétrica") e "wattagem" (o termo correto é "potência"). Outro equívoco comum é a confusão entre as unidades de grandeza de potência e de energia. O que compramos da distribuidora de energia elétrica é, como a própria descrição da companhia deixa claro, energia elétrica. Essa energia é medida, pelo SI, em joules, mas nossa conta de energia, ela vem medida em outra unidade: o quilowatt-hora. Isso porque um joule (que equivale a um watt multiplicado por um segundo) é uma quantidade muito pequena de energia, então o preço cobrado por joule teria de ser expresso por um número com muitas casas decimais. Para você ter uma ideia, um computador típico, consumindo 200 W de potência, ligado 24 h por dia durante 30 dias, consumiria uma energia igual a 518.400.000 J (quinhentos e dezoito milhões e quatrocentos mil joules). O valor da energia consumida por um aparelho elétrico pode ser calculada multiplicando sua potência pelo tempo durante o qual fica ligado. Se usarmos a potência em quilowatts e o tempo em horas (em vez de watts e segundos) obtemos uma energia, para o exemplo acima, igual a 0,2 kW x 720 h = 144 kWh (quilowatt-hora). Um número bem mais fácil de ser compreendido na “conta de luz”. Não raro vemos, nos jornais (impressos, televisivos ou online), confusões acerca dessas unidades, como dizer que “a nova usina hidrelétrica, quando pronta, gerará 500 megawatts por mês”. Isso não faz o menor sentido, pois “megawatts por mês” significaria potência dividida por tempo. O correto nesse exemplo seria dizer “a usina gerará uma potência de 500 megawatts” e pronto, já que estamos falando da potência gerada. Também costumam causar muita confusão as taxas de transferências de dados, e aqui os provedores de acesso e empresas de telefonia celular, em vez de ajudarem a educar o mercado, só criam desinformação. Quem nunca viu anúncios oferecendo Internet de 512 “megas”? Mega (e não “megas”) é um múltiplo, mas qual é a unidade de grandeza? Este é o grande ponto. Para conexões de rede e Internet, estamos falando de bits por segundo (bit/s), porém, para complicar, redes de telefonia celular e alguns provedores de acesso têm um limite de quantidade de dados que o cliente pode trafegar por mês (franquia), e este limite é dado em bytes. E para complicar ainda mais, o sistema operacional reporta velocidade de download em bytes por segundo (e não bits por segundo), e a maioria dos usuários não entende por que o arquivo está baixando a 50 MB/s se ele contratou uma Internet de 512 “megas” (512 Mbit/s equivale a 64 MB/s). Nessa mesma linha, um termo é ouvido com frequência: "o meu disco rígido é de 2 teras". Novamente, "tera" é um prefixo e não uma unidade. O correto seria "o meu disco rígido tem capacidade de 2 terabytes". Os restaurantes são outro exemplo de erros comuns. Tabuletas oferecendo "comida a kilo" são fáceis de encontrar. Ou então placas de preço oferecendo almoço a, por exemplo, "buffet por peso: R$ 15 por kilo". Aqui, um erro duplo: primeiramente porque quilo (ou kilo) não é unidade. Além disso, quilograma é unidade de massa, e não de peso. São conceitos muito diferentes, pois a massa é uma característica básica da matéria e representa a quantidade de inércia que um corpo possui. Peso, por sua vez, é a força com a qual o planeta atrai esse corpo para baixo. Como uma força, deve ser medida em newtons. A questão é que existe uma outra unidade de medida de força (que não faz parte so SI): o kgf (quilograma-força). Essa unidade equivale, aproximadamente, ao peso que um corpo de 1 kg de massa apresenta na superfície da Terra, e essa é a grandeza que normalmente as pessoas querem dizer quando falam "peso de um quilo". Também os horários não escapam dos erros. Muitas pessoas escrevem "horário da reunião: 15 hrs.". A hora é uma unidade aceita, mas seu símbolo é "h". O minuto tem como símbolo "min". Então é correto escrever "14 h e 20 min". Lembrando que o dia tem 24 h, mas como inicia com a hora zero, não existe o horário "24 h", muito menos "24h e 30 min". A meia noite, portanto, é "0 h". Aliás, lembramos que 0h e 0 min é o primeiro minuto do dia. Assim, meia-noite de quarta-feira significa a meia-noite da virada de terça-feira para quarta-feira, e não a meia-noite da virada de quarta-feira para quinta-feira. Como este é um equívoco muito comum, normalmente empresas como linhas aéreas e cinemas estipulam o horário como 23h59min de terça-feira ou 00h10min de quarta-feira, em vez de meia-noite de quarta-feira, de forma que os clientes não se confundam, achando que o horário combinado era a meia-noite de quarta-feira para quinta-feira. Finalmente, um erro bastante comum em nossas ruas e estradas: placas de trânsito. Quem nunca passou por uma placa ou aviso indicando “velocidade máxima permitida: 80KM”? Só nesse inocente valor, três erros. Primeiramente, o “K” que indica o prefixo quilo não é maiúsculo e sim minúsculo. Em segundo lugar, o “M” também é minúsculo por ser o símbolo da unidade metro. E em terceiro (e mais importante), que km é uma unidade de distância, enquanto a unidade usual para velocidade em rodovias é o km/h. Outros erros comuns são “entrada a 500 mts”, “Km 476”, “lombada a 50 M”, etc.
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