Em primeiro lugar, gostaria de deixar bem claro que em momento algum eu tive a pretensão de me julgar "superior" ou "mais esperto" que qualquer um aqui... Se assim pareceu em algum momento, minhas sinceras desculpas a todos...
Acho que todos nós estamos aqui, de certa forma, para aprender, pois nunca sabemos de todos os assuntos e sempre haverá alguém que domine mais sobre este ou aquele tema que nós. E faço uma advertência: o tempo que eu tenho de formado ou de experiência não quer dizer tanta coisa assim... Pode haver alguém, que não tenha sequer concluído o curso e que já domine assuntos que eu simplesmente desconheça!
Quanto ao conselho “estude mais”, o que tenho a dizer é que por mais que se estude, nunca é o bastante, mas assim mesmo agradeço.
Gostaria ainda de esclarecer que:
1) quando estudei e utilizávamos modelos AC, o componente resistivo nos capacitores era chamado simplesmente Ri. Jamais utilizei o termo “ESR” e acho que a sigla não interfere no conceito, não é?
Note que mesmo no texto que você citou (http://en.wikipedia.org/wiki/Electrolytic_capacitor) o componente resistivo deve ser “o menor possível” (RESR must be as small as possible), assim o que eu disse sobre o momento da carga dos capacitores continua valendo...
2) quanto a utilização de bancos de capacitores em fontes de alimentação, vejamos o exemplo que soschip postou (que está mais para exceção do que para regra, diga-se de passagem) – o aparelho utiliza 28 (vinte e oito!) diodos retificadores 1N4003, agrupados de sete em sete, de maneira a se obter 7A de corrente e 2 capacitores de 4700uF em paralelo, na linha denominada +A (30V), que alimenta o amplificador AN7125 (fornece 13,5W em 12V). É estranho, pois a linha +A é regulada pelo BDW94C e sabe-se que quando se regula a fonte, o ripple é eliminado, não é?
Então a presença dos tais capacitores não é para filtragem!
Os capacitores formam na realidade um acumulador de energia, pois o trafo não consegue suprir a demanda de corrente do amplificador durante os picos de potência sonora. (neste caso, a PHILIPS economizou no trafo e optou por gastar em 2 capacitores).
Volto a afirmar: um banco de capacitores não resolve o problema do autor do tópico (os picos que os capacitores do aparelho da PHILIPS suprem tem muito menor duração que o acionamento do motor de partida de um carro!)
Quanto a pergunta: “Gostaria de saber o que pensam os demais membros sobre o uso dos capacitores de alto valor na filtragem de fontes. Será um desperdício?”, sugiro criar um novo tópico para que todos possam discutir o assunto.
Um abraço