Diagnóstico, conceito aterramento da malha do cabo da antena base imã

[Pincipi]

Eu já desmontei algumas antenas de base de imã, uma Wifi, uma para telefone de 900 MHz, uma de rádio VHF e agora desmontei minha primeira antena para rádio PX.

Em todas elas eu notei uma coisa em comum, ao medir a resistência de um ponto a outro do cabo, constatei que as malhas não estão conectadas a base da antena e ai fiquei me perguntando se isto é um defeito de fabricação ou se faz parte do projeto da antena e é assim mesmo que deve ser.

Vamos lá, vou tentar demostrar por partes como fiz minhas medições:

Na ponta que vai conectada no rádio, tem o pino central, destaque em vermelho e a rosca de metal, destaque em cinza. Na outra extremidade tem a conexão:

De um lado, acima, no destaque em vermelho a parte que se conecta na vareta irradiante ( a que se projeta para cima) e de outro lado, abaixo, no destaque em cinza, a parte que se conecta na base da antena, que me parece se chamar difusor:

Esta parte encosta na base de metal onde fica o imã, fica isolada da parte onde se conecta o irradiante da antena. Eu usei um multímetro em 20K para medir nas pontas do cabo, conforme o esquema abaixo:

Em vermelho o fio central, com o pino que vai no rádio na ponta direita e na outra extremidade o circulo de metal dourado que se conecta no irradiante.

Em cinza a ligação da malha, no ponto B à direita, onde se conecta no chassis do rádio e do outro lado, à esquerda, no ponto A, onde está interrompida a conexão com o circulo de metal prateado que entra em contato com a base da antena.

Fiz um corte no fio, para poder medir na malha:

E assim, chegar à conclusão que me fez criar este post.

Coincidência ou não, todas as outras antenas que desmontei apresentaram esta característica em comum, a malha do fio não está conectada fisicamente com a base da antena.

Veja bem, existem muitos projetos de construções de antenas na internet mas, não achei um que aborde especificamente o item em questão. se deve ou não existir esta conexão.

Eu imagino coisas; segundo se divulga na internet, conforme a posição em que se coloca o imã no veículo, obtém-se uma espécie de direcionamento, do tipo colocar na parte traseira vai melhorar o sinal de quem está transmitindo a sua frente, ou colocar na parte dianteira vai direcionar o sinal para quem está atrás e, colocar no meio vai manter a recepção igual em ambas as direções.

Ai entra o conceito de que no caso de um veículo de fibra esta regra não funciona direito, ainda não encontrei explicações coerentes para este caso de fibra, eu sei que por baixo da fibra, existe uma estrutura metálica e em algumas partes o imã não vai ter atração, só encontrei que deve ser providenciado o "aterramento da antena" mas, não encontrei como deve ser feito.

E tem mais ainda, embaixo da base da antena de imã, tem um protetor isolante:

Este protetor, que deve servir para não arranhar a tinta, faz um isolamento elétrico, que ainda é somado ao isolamento elétrico da pintura do veículo. (não levando em conta pinturas metálicas)

Então eu imagino que não faz diferença colocar a antena no meio, na frente ou atrás porém, no caso de antena de base fixa, a base dela é aterrada direto no metal (tem que raspar a pintura ou furar a lata) e neste caso o principio em pauta funciona conforme o descrito.

Eu testei em um carro de fibra, Gurgel BR800, a antena de imã não fica firme o suficiente em ponto algum do teto e no caso da antena fixa, sem imã, prender a base dela na calha de fibra resulta em quase não ouvir ninguém mas, se ouve muito bem quando se aterra a base da antena no chassis, no caso utilizei HT, sem estar conectado a bateria do carro.

Agora vem outro ponto, o pólo negativo da alimentação do rádio está conectado no chassis do veículo e este chassis está conectado na ponta onde rosqueia o cabo que vai na antena. será que é através desta conexão que se estabelece o aterramento? E assim o principio de direcionamento da antena funciona normalmente?

Ou será que nada disto faz diferença? Tipo assim, apenas a malha do cabo funciona como difusor, ou então, mesmo com o isolamento elétrico da base da antena de imã, o sinal passa. Uso por comparação ao caso do HT com a antena original, ele apenas em cima da mesa tem um sinal de recepção mais fraco do que sendo empunhado ou segurado pela mão por uma pessoa, já que o corpo passa a fazer parte da antena, ou melhor, funciona como parte da antena.

É isso, saber o que realmente acontece quando se usa a antena de imã é a minha bola da vez.

Ha sim, a propósito, emendei o cabo com fita isolante, para fechar o ponto onde cortei para expor a malha e medir:

Será que está condenado? Considerando que não vou pegar chuva, ou independente disto, o certo é montar outro cabo?

 

[.if]

Olha o chute... talvez o contato terra não esteja diretamente na rosca mas sim lá naquele anel interno na base da rosca 1ª foto. Meça pra ver.

E tem+: ao meu ver não há necessidade de dar contato terra com o ímã ... nem sei se é esta tua inquietação...

[Pincipi]

11 minutos atrás, if. disse:

Olha o chute... talvez o contato terra não esteja diretamente na rosca mas sim lá naquele anel interno na base da rosca 1ª foto. Meça pra ver.

Nesta parte está tudo certo, consigo medir a resistência do ponto B até onde a malha "rompeu" no ponto A.

O anel interno da rosca está conectado na malha.

Trabalhei mais um pouco no ponto A:

Cheguei a conclusão de que a malha estava unida a peça prateada e se rompeu por oxidação. Me baseei também num manual de antenas, com uma antena igual mas, sem o imã:

De acordo com o esquema, a base é aterrada.

 

21 minutos atrás, if. disse:

E tem+: ao meu ver não há necessidade de dar contato terra com o ímã ... nem sei se é esta tua inquietação...

O contato terra com o imã, ou a base onde está o imã é parte da preocupação, quero saber se a massa do veiculo passa a fazer parte da antena ou não, mesmo estando isolado pela tinta e o protetor do imã.

São duas situações diferentes, um HT apenas com a antena aterrada ou não, sem estar ligado na bateria do carro e um radio base, ligado na bateria do carro com a antena aterrada ou não.

Quero saber se tem diferença ou não e porquê.

[Eder Neumann]

até onde entendo do assunto penso o seguinte, a rosca do conector no radio é aterrada solidamente ao negativo da alimentação, se vier a aterrar na outra ponta do cabo também você cria um loop de terra com o cabo ao chassis/lata do veículo, este loop pode captar frequências fora da faixa desejada de recepção e perturbar os sinais recebidos dentro da faixa desejada.

Tenho um px também que estava instalado num uno, o suporte da antena usava uma borracha para proteger a lata e também promovia esta isolação.

com relação à posição não acredito que a antena use a lata como defletor/refletor de sinal, mas sim a lata do carro influencia na recepção e transmissão do sinal mais como obstáculo previsto do que como parte integrante da antena.