

Análise do Secundário
Esta fonte de alimentação usa quatro retificadores Schottky em seu secundário, porém eles são conectados de maneira diferente de outras fontes de alimentação.
Atualmente em fontes de alimentação com quatro retificadores nós normalmente temos dois deles conectados em paralelo retificando a linha de +12V, um retificando a linha de +5 V e outro retificando a linha de +3,3 V. Isto reflete a utilização da fonte de alimentação de hoje em dia, onde a maior parte da potência é extraída das saídas de +12V. Antigamente a maior parte da potência era concentrada nas saídas de +5 V.
Nesta fonte de alimentação, no entanto, os dois retificadores que são conectados em paralelo são responsáveis pelas saídas de +5 V e eles são usado, ao mesmo tempo, para ajudar na retificação da linha de +12V. Esta é a primeira vez que vimos uma configuração exótica como essa. Para ajudar a você entender esta configuração, nós desenhamos um diagrama simplificado do secundário desta fonte na Figura 13.
Figura 13: O secundário.
Todos os quatro retificadores Schottky são os mesmos: DF40S4. Cada retificador pode fornecer até 40 A a 106°C (20 A por diodo interno). Por causa deste projeto diferente calcular as correntes máximas teóricas não é tão simples.
A corrente máxima teórica que cada linha pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 – D), onde D é o ciclo de trabalho usado e I é a corrente máxima suportada pelo diodo responsável pela retificação. Apenas como um exercício teórico podemos assumir um ciclo de carga típico de 30%.
Como a saída de +3,3 V não compartilha diodos com as outras saídas ela é a mais fácil de calcular: diodo retificador de 20 A, corrente máxima de 29 A [20 A/(1 - 0.30)] e portanto uma potência máxima teórica de 94 W.
Pelo o que entendemos a saída de +5 V é produzida pelos dois diodos retificadores desenhados na parte inferior do esquemático usando os dois diodos localizados no meio do esquemático como diodos de "giro livre" ("freewheeling"). Isto nos daria um diodo retificador de 40 A (20 A x 2), corrente máxima de 57 A e portanto uma potência máxima de 286 W.
Calcular os valores máximos teóricos para a saída de +12 V é bem difícil e podemos estar errados. Nós vamos considerar apenas um diodo retificador (o localizado no topo do esquemático), que nos deria uma corrente máxima de 29 A e, portanto, uma potência máxima de 343 W.
Figura 14: Retificadores do secundário.
Figura 15: Retificador do secundário e regulador de tensão de -12 V.
Esta fonte de alimentação usa um sensor térmico no dissipador de calor do seu secundário (veja a Figura 16; para tirar esta foto nós removemos o dissipador de calor do secundário), que é usado para controlar a velocidade de rotação da ventoinha de acordo com a temperatura interna da fonte.
Figura 16: Sensor térmico.
Esta fonte de alimentação usa um circuito integrado para monitoramento PS223 (veja na Figura 16), que é responsável pelas proteções da fonte, como OCP (sobrecarga de corrente). Este circuito integrado também oferece proteções contra sobretensão (OVP), subtensão (UVP) e superaquecimento (OTP), mas ele não traz proteção contra sobrecarga de potência (OPP).
O capacitor do PFC ativo é japonês da Chemi-Com e é rotulado a 85°C, enquanto que os capacitores eletrolíticos do secundário são rotulados a 105°C.
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