

Som Surround: Compactação de Áudio
Quando fizemos os cálculos para encontrar a quantidade de espaço em disco que um áudio com qualidade de CD necessitaria, tivemos que multiplicar o espaço requerido por dois, uma vez que os CDs utilizam dois canais independentes. Você pode gravar informações de áudio totalmente diferentes em cada canal (esquerdo e direito) de um CD. Eles são completamente independentes.
Agora imagine a quantidade de espaço que um sistema de som surround precisaria, já que eles utilizam quatro ou mais canais de áudio independentes. Se fizermos as contas para o formato de som surround mais popular atualmente, o 5.1 – que é usado pelos DVDs –, chegaríamos à conclusão de que seriam necessários 441.000 bytes por segundo de espaço em disco, ou 25 MB por minuto, se a qualidade de CD for usada. Se você pegar um filme típico de uma hora e meia de duração, seriam necessários 2,2 GB de espaço em disco simplesmente para armazenar o áudio, não contando com o filme em si.
Para os cálculos acima consideramos apenas cinco canais de áudio. O sexto canal, o canal de graves (canal do subwoofer, também conhecido como LFE, Efeitos de Baixa Freqüência ou Low Frequency Effects), necessitaria menos espaço em disco, já que podemos usar uma taxa de amostragem menor para ele, pois o subwoofer é usado apenas para sons de baixa freqüência. Daí o nome ‘5.1” e não “6”: o sexto canal não é um canal “completo”. Se consideramos o canal de subwoofer, o espaço requerido em disco seria ainda maior.
A solução é usar compressão de áudio para diminuir a quantidade de espaço em disco necessário. Todos os algoritmos de compressão de áudio disponível em DVDs são baseados em perda de dados, ou seja, o sinal de saída não é igual ao som original. Apesar de os especialistas afirmarem que os usuários comuns não conseguem perceber a diferença entre um som sem compactação (PCM) de um som com compressão de áudio baseado em perda de dados, audiófilos afirmam que conseguem perceber esta diferença. É por isto que para certos títulos o áudio PCM de dois canais (ou seja, qualidade de áudio de CD) é uma opção.
Os dois algoritmos de compressão de áudio comerciais mais populares são o Dolby Digital (também conhecido como AC3) e o DTS (Digital Theater System, Sistema de Cinema Digital). A taxa de transmissão (“bitrate”) do Dolbly Digital varia entre 384 Kbps e 448 Kbps, embora seja possível obter uma taxa de transmissão até 640 Kbps. A taxa de transmissão do DTS varia entre 768 Kbps e 1.536 Kbps. Como o DTS utiliza uma taxa de transmissão maior do que a do algoritmo AC3, especialistas afirmam que o algoritmo DTS tem uma qualidade de áudio melhor do que do Dolbly Digital, já que quanto maior a taxa de transmissão menor é a perda dos dados originais na compressão. Para efeito de comparação, um áudio PCM de 5 canais com qualidade de CD tem uma taxa de transmissão de 3.445 Kbps (mais uma vez não computamos o canal de graves).
Na prática, existem outras diferenças. Discos de DVD com codificação de áudio DTS podem ser tocados apenas em receivers capazes de decodificar DTS, enquanto todos os receivers de home theater podem tocar DVDs com compressão de áudio Dolby Digital. Em cinemas, filmes que usam som Dolby Digital têm uma faixa óptica na película com as informações de áudio digital codificadas, enquanto filmes com som DTS têm somente uma faixa de controle na película que comanda um CD-ROM que tem as informações de áudio digital armazenadas.
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