Análise do Secundário
A corrente máxima teórica que cada linha pode fornecer é dada pela fórmula I / (1 - D), onde D é o ciclo de trabalho usado e I é a corrente máxima suportada pelo diodo de retificação. Como esta fonte usa o projeto meia-ponte, o ciclo de trabalho é de 50%, ou seja, basta somar a corrente máxima de todos os diodos de cada saída.
A saída de +12 V é produzida por dois diodos PR3002 em vez de usar um único componente retificador contendo dois diodos dentro. Sem brincadeira, tem mais de 15 anos que não vemos este tipo de configuração! Cada um desses diodos suporta até 3 A a 90° C, portanto a saída de +12 V tem um limite máximo teórico de 6 A ou 72 W. Sim, você leu certo! Esses diodos são do tipo “rápido” e não do tipo “Schottky”, o que quer dizer que eles possuem uma alta queda de tensão (1,2 V no caso desses modelos), o que faz com que eles consumam muito durante sua operação fazendo, portanto, que a fonte ofereça menor eficiência.
A saída de +5 V usa um retificador Schottky S16C45C, possuindo uma corrente máxima de 16 A (8 A por diodo interno a 125° C, queda de tensão máxima de 0,55 V). Isso nos dá uma potência máxima teórica de 80 W para a saída de +5 V.
A saída de +3,3 V usa um retificador Schottky S10C45C, dando uma potência máxima teórica de 33 W para a saída de +3,3 V.
Aqui o fabricante usou sua varinha mágica para fazer com que uma potência máxima teórica de 185 W (72 W + 80 W + 33 W) se transformasse em 435 W na etiqueta da fonte. O mais ridículo é que a Jitek de 250 W, que é uma fonte baseada no mesmo projeto interno da Coletek LC-8460BTX S de “450 W”, usa componentes mais “parrudos” e é rotulada com uma potência nominal muito inferior.
Figura 11: Retificadores de +3,3 V, de +12 V e de +5 V.
O circuito integrado ATX2005, apresentado na Figura 10, além de ser o controlador PWM monitora também as saídas da fonte, suportando apenas as proteções contra subtensão (UVP) e sobretensão (OVP).
Todos os capacitores desta fonte de alimentação são chineses, como era de se esperar.
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