O que esperamos dos notebooks atualmente?

Artigo de minha autoria publicado originalmente no site WePC. Traduzido e republicado com autorização.

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O que esperamos dos notebook atualmente e o que deveria ser padronizado no futuro?

Possivelmente nós já temos uma ideia pré-concebida de como um notebook deve ser. Mudar o que sabemos sobre eles não é uma tarefa fácil, o que torna a tarefa dos fabricantes em introduzir novas ideias mais difícil. Só para dar um exemplo pessoal, meu notebook atual é da ASUS e ele tem um touchpad multimídia, ou seja, o touchpad tem teclas play, pause, volume, etc para controlar tocadores de mídia. Eu achei isto simplesmente inovador, mas depois de um tempo eu comecei a pensar “talvez este touchpad já tenha sido lançado há algum tempo, talvez eu é que esteja assumindo que já vi de tudo em relação aos notebooks”. Infelizmente este é o caso, e é exatamente onde quero chegar.

Portanto nós precisamos estar mais abertos a novos recursos. Como discutimos anteriormente, há muitos recursos que não são funcionais. No papel eles são uma maravilha, mas quando tentamos usá-los eles não são nada práticos. Mas incluir muitos recursos também é um problema. Quem não se lembra dos videocassetes repletos de recursos que ninguém sabia como usá-los? Até mesmo ajustar o relógio era um problema para a maioria das pessoas.

O momento certo também é importante. Durante a CES 2009 nós vimos todos os fabricantes lançando netbooks (mini notebooks), uma tendência iniciada pela ASUS com o seu Eee PC. Mas quando paramos para pensar, os notebooks pequenos já estão no mercado há um bom tempo, portanto porque só agora eles parecem “estar na moda”? Esta é uma boa pergunta. Talvez o mercado ainda não estivesse preparado. Talvez seja porque eles agora custam menos de US$ 500 nos EUA. Talvez seja porque a Intel esteja promovendo seu processador Atom e os fabricantes estão comprando o papo de vendedor da Intel. Talvez seja o fato de que o processador Atom seja mais barato, tenha um desempenho satisfatório e um baixo consumo de energia, o que aumenta a autonomia da bateria. Ninguém saberá com certeza qual é a resposta correta.

Novos recursos podem apenas se tornar padrão quando eles vêm a um preço acessível e o usuário final conhecer o benefício de todos os recursos disponíveis no mercado (por exemplo, pergunte à sua mãe se ela pagaria mais para ter um SSD em seu notebook; a resposta dela provavelmete será “S-S-o que?”). Claro que os aficionados em tecnologia sempre tentarão ter as tecnologias mais recentes antes do que qualquer um em seu bairro; nós estamos falando aqui sobre o usuário comum. Em seguida vem a situação “quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?”. O preço só pode cair quando há volume, e volume pode apenas existir se todo mundo começar a comprar – após a queda do preço.

Nós, apaixonados por tecnologia, temos que entender que nem todo mundo precisa das mesmas funções do que a gente. Apesar de eu acreditar veementemente que unidades SSD serão padrão assim que seu preço cair (que é um recurso que até mesmo o usuário comum precisa, apesar dele não saber disso) existem alguns recursos tais como caixas de som topo de linha que continuarão sendo opcionais (a vovó que quer apenas um pequeno computador para falar com os netinhos no Skype não precisa de caixas de som da Altec Lansing ou Bose).

Eu acredito que mesmo no futuro os usuário terão de pesar o tamanho, design, desempenho, autonomia da bateria, tamanho da tela, recursos e custo na hora de escolher um computador portátil que atenda às suas necessidade. Provavelmente a métrica será diferente – por exemplo, se hoje estamos escolhendo um computador portátil com autonomia de bateria de 3 ou 5 horas, talvez a gente passe a escolher entre 6 ou 10 horas; e assim por diante – mas ainda haverá uma opção a ser feita.