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Eu tenho três multimetros sendo um deles TRUE RMS, que é um modelo de maior precisão pra medir ondas senoidais distorcidas, comparei uma medição em horário de pico, onde possivelmente a onda é mais distorcida, um multimetro barato e o TRUE RMS, que me custou quase R$ 300,00 e ambos marcaram uma medição igual, com uma diferença desprezível. Claro que quanto mais distorcida a onda, maior as chances de dar uma diferença na medição, mas isso prova que pra testes simples, pra se ter uma ideia do valor entregue da tensão, um multimetro barato dá e sobra.

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  • 2 semanas depois...
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Olá, Rau! Estava relendo os posts teus que por sinal, acho que tenho que imprimir... Hehehe! Só uma pequena dúvida? O que causa um alto nível de impedância num aterramento TT? A ausência da malha da concessionária interligada?

Outra coisa: Tu fez curso superior ou técnico em alguma área? Porque estou admirando muito esse tipo de assunto... Acho que vou cair pra essa área!

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A simples incapacidade de se drenar uma corrente elevada pra uma malha isolada TT é o que causa esse problema, a alta resistência e má condutividade entre as hastes e o solo é o que dificulta esse processo. É teoricamente possivel conseguir que uma malha TT permita que uma corrente elevada flua e desligue um disjuntor do circuito que apresente essa fuga, mas é impraticável e sem garantias, porque condições naturais como a mudança de umidade do solo já altera tudo que foi projetado no início. Uma seca prologanda por exemplo pode não ter sido prevista no projeto e mesmo que prevista, não há muito o que se fazer a não ser manter um regador em volta das hastes! :D

O neutro por estar conectado internamente ao transformador, no "meio" das fases, logicamente permite que uma corrente elevada flua de volta e cause um curto-circuito que permita um disjuntor disparar. Logo conectando o fio terra no neutro num ponto estratégido, "barra" de equipotencialização como é chamada pela norma, permite que uma fuga plena para o fio terra se caracterize também como um curto-circuito.

Infelizmente cada caso é um caso e há locais onde essa corrente de curto-circuito elevada não é nada desejável. Em refinarias de petróleo por exemplo ou em locais com atmosfera com possibilidade de explosão - uma usina de grãos que tenha muitas particulas, pó dos grãos, no ar. Essa atmosféra é explosiva! Qualquer faiscamente maior pode causar um desastre, logo geralmente é adotado um esquema TT ou algum meio que limite ao máximo correntes de curto-circuito porque essas geram faiscamento brabo antes do disjuntor atuar e quando ele atua tb. Dispositivos DR de alta sensibilidade junto com um aterramento TT é uma das soluções mais fáceis de se adotar, mas há outras soluções tb.

Bem, não tenho curso superior, só técnico, mas sou um estudante constante e auto-ditada desses assuntos discutidos aqui. Já passei e passo algumas madrugadas lendo sobre esses assuntos e dias na frente do PC lendo muita coisa, só faço o papel de repassar conhecimento de uma forma mais compreensível pras outras pessoas, não sei se consigo colocar de uma forma mais compreensível, mas tento! :)

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A simples incapacidade de se drenar uma corrente elevada pra uma malha isolada TT é o que causa esse problema, a alta resistência e má condutividade entre as hastes e o solo é o que dificulta esse processo. É teoricamente possivel conseguir que uma malha TT permita que uma corrente elevada flua e desligue um disjuntor do circuito que apresente essa fuga, mas é impraticável e sem garantias, porque condições naturais como a mudança de umidade do solo já altera tudo que foi projetado no início. Uma seca prologanda por exemplo pode não ter sido prevista no projeto e mesmo que prevista, não há muito o que se fazer a não ser manter um regador em volta das hastes! :D

O neutro por estar conectado internamente ao transformador, no "meio" das fases, logicamente permite que uma corrente elevada flua de volta e cause um curto-circuito que permita um disjuntor disparar. Logo conectando o fio terra no neutro num ponto estratégido, "barra" de equipotencialização como é chamada pela norma, permite que uma fuga plena para o fio terra se caracterize também como um curto-circuito.

Infelizmente cada caso é um caso e há locais onde essa corrente de curto-circuito elevada não é nada desejável. Em refinarias de petróleo por exemplo ou em locais com atmosfera com possibilidade de explosão - uma usina de grãos que tenha muitas particulas, pó dos grãos, no ar. Essa atmosféra é explosiva! Qualquer faiscamente maior pode causar um desastre, logo geralmente é adotado um esquema TT ou algum meio que limite ao máximo correntes de curto-circuito porque essas geram faiscamento brabo antes do disjuntor atuar e quando ele atua tb. Dispositivos DR de alta sensibilidade junto com um aterramento TT é uma das soluções mais fáceis de se adotar, mas há outras soluções tb.

Bem, não tenho curso superior, só técnico, mas sou um estudante constante e auto-ditada desses assuntos discutidos aqui. Já passei e passo algumas madrugadas lendo sobre esses assuntos e dias na frente do PC lendo muita coisa, só faço o papel de repassar conhecimento de uma forma mais compreensível pras outras pessoas, não sei se consigo colocar de uma forma mais compreensível, mas tento! :)

Cara, agora consegui entender tudo! Beleza Raul, mas acho que tu seria um excelente professor de engenharia elétrica! Hehehehe....Valeu mano, abração!

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  • 4 semanas depois...
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Ótimo tópico mesmo, pior que eu era um destes que "pregava" hastes separadas de aterramento, e fiz uma pequena besteira aqui em casa:

Puxei da caixa de disjuntores um circuito separado com disjuntor próprio de 15a, fios de 2,5mm2 em 127 volts, fase posicionada corretamente na tomada, para ligar a TV, o PS3, e o Receiver (distancia do quadro de mais ou menos 7 metros)!

Ainda falta providenciar um bom filtro de linha, e o modelo da CLAMPER esta na minha mira, o PS3 fica "protegdido" com um nobreak APC, apenas para ser desligado em segurança como alguma atualização,etc..

Decidi "fazer" um aterramento, e naquele esquema de "pregar" aterramento separado do aterramento da RUA, enterrei uma haste de 2,4 mts no jardim, usei conector adequado, caixa de inspeção, inclusive com pedras em volta da conexão e tudo mais..

Medindo com multimetro entre NEUTRO e TERRA, não encontro qualquer tensão, medindo entre NEUTRO e FASE, encontro +/- 125 volts e entre FASE e TERRA, tb encontro os +/- 125 volts, isso foi medido em dias distintos!

Esta instalação que fiz, esta perigosa? Seria melhor eu ligar o neutro neste aterramento que fiz?

Muito Obrigado!

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Os três perigos desse tipo de aterramento são.

1 - Descargas atmosféricas.

Uma descarga atmosférica nas proximidades, injeta uma corrente elevada no neutro da rede, que cria uma elevação de tensão no neutro. Dentro das fontes existem componentes entre neutro e terra que poderão ser destruido devido a alta corrente que fluirá por ele em direção aos dois pontos aterrados distintamente.

2 - Ha duas situações em que tensão de passo pode ser criada. A primeira é quando esse terra tiver que cuidar de um "pega pra capar". Se for descarregada uma corrente vinda de Fase pra terra, esse terra isolado se satura rapidamente e começa a aparecer tensão nele, em volta das hastes e nas carcaças.

A outra situação é novamente a descarga atmosférica. A diferença de potencial entre uma haste e outra, pode criar gradientes de tensão de passo bem grandes, de uma haste à outra. A tensão de passo é capaz de eletrocutar pessoas descalças e animais.

3 - Proteção contra choques limitada. Se houver uma falha no equipamento, que descarregue uma corrente para esse terra isolado, como ele possui uma impedância naturalmente alta, vai aparecer uma tensão nas carcaças, com sorte de menor intensidade do que se a fase tivesse toda na carcaça do aparelho, mas para a proteção completa precisamos que algo detecte esse problema antes de alguém tomar um choque e nesse caso, o mais corriqueiro é o uso do Dispositivo DR.

No caso de se manter aterramento em esquema TT o uso de proteções que possuam alta capacidade de dissipação de corrente entre neutro-terra, que é a chamada proteção em modo comum, ou common mode protection em inglês, é ideal. Na verdade em qualquer esquema de aterramento, essa proteção é desejável já que surtos em modo comum podem ser criados após o ponto em comum entre neutro e terra.

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Pelo visto nao foi só eu que finquei uma barra de cobre no quintal e, puchou um fio verde para o PC :lol:

Muito legal esse topico, parabens _Rau_!!

Eu pretendo, depois de ler seu topico ,fazer um aterramento decente aqui em casa,mas gostaria que você me orientasse,se possivel, com algumas duvidas que tenho.

Quero deixar claro que vou procurar um profissional qualificado,embora seja difícil aqui na minha cidade,pois existem ate encanadores eletricistas aqui.

Eu fiz um diagrama esquematico tosco pra você dar uma olhada se é isso mesmo que posso fazer .

diagramaesquematico0001.jpg

Uploaded with ImageShack.us

A posiçao do Dispositivo DR esta correta?

E ,tem necessidade de instalar um dispositivo independente para as tomadas?

Outra coisa seria com a distancia das duas barras,qual a mais recomendada?

Desde ja agradeço :)

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A distância entre as duas hastes, pelo menos o comprimento da própria haste.

O desenho do DR não deu pra entender bem o que você fez no desenho, mas aparentemente está errado.

O DR vem antes de qualquer coisa, passa a(s) fase(s) e neutro pelo DR e só depois disso segue a(s) fase(s) pros disjuntores e o neutro pro seu destino final ou para o barramento de distribuição de neutro dentro do próprio quadro.

DR independente em cada tomada não é comum no Brasil, apesar de ser comum nos EUA. DR's independentes seriam melhor, mas sairia mais caro. Um DR geral pra tudo é bom por um lado, mas ruim por outro. Bom porque protege tudo, ruim porque se ele desarmar, desliga tudo tb. Por isso a instalação tem que tá toda certinha, inclusive os equipamentos da instalação, em especial o chuveiro elétrico, que é um dos aparelhos que mais dão fuga de energia.

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É,realmente eu esqueci de passar o neutro no DR.

Colocar DR's independentes sai bem caro mesmo,mas acho interessante pelo menos um exclusivo para os chuveiros e um para o restante.Acho que vou fazer desse jeito.

DR de que Amper devo usar??

PS:.Retificando a primeira msg,onde eu escrevi "Eu pretendo, depois de ler seu topico " na verdade é "Agora eu pretendo,depois de ter lido seu topico"

Dava a entender que eu nao tinha lido :D

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O DR deve ser instalado no quadro interno, nunca no externo, as CIA's Elétricas não permitem, não sei se entendi bem o seu desenho, mas aparentemente ele tava externamente...

Bem, a corrente do DR deve ser SEMPRE igual ou superior à corrente do disjuntor geral da instalação. Por exemplo, se no quadro de entrada tem um Disjuntor geral de 40A, o DR deve ser de no mínimo 40A. A sensibilidade dele sempre deve ser 30mA.

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O DR deve ser instalado no quadro interno, nunca no externo, as CIA's Elétricas não permitem

Foi bom você ter falado porque eu tinha intençao de instalar no externo.

Bom,agora estou com um bom embasamento tecnico para poder discutir com o instalador.

_rau_,muito obrigado!!

Ate +

:)

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Tópico épico!

Rau, na página anterior, eu entendi que você comentou que a bitola do fio do atteramento deve ser a mesma que o neutro e fase. Seria o mesmo que o neutro e fase, do quadro interno da casa (distribuição)? Com um fio de maior bitola, ele não agüenta mais corrente, e portanto, não seria melhor?

1 – As tomadas tem um limite, quanto a bitola dos fios?

2 – Neutro e Fase têm a mesma bitola, tanto na entrada de força, como no quadro de distribuição (interno)?

3 – No caso do DR, você mencionou que usa um para cada cômodo da casa. No quadro interno você colocou um para cada circuito (disjuntor)?

4 – O DPS é instalado sempre na entrada da residência, lá no relógio?

5 – No caso do DPS, ele é instalado logo após o disjuntor geral da residência, lá na entrada (no fio fase, ou fios fase)? Posso adicionar mais, no quadro interno para que, paralelamente, ofereça maior grau de proteção?

Obrigado, e parabéns pelo nível de conhecimento.

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O Fio terra deve ter a mesma seção nominal do fio Fase, quando a Fase é de até 16mm2, sendo que após essa medida há uma redução de tamanho em relação ao fase, geralmente o fio terra ficaria 1 ou 2 medidas atrás do fase após a seção nominal de 16mm2.

O valor da seção nominao do fio terra é por trecho, se o trecho tem fio fase de 10mm2, o terra deve ser por norma, de 10mm2 tb no mesmo trecho. Se após o quadro um derminado circuito usa fio 2,5mm2, nesse trecho o fio terra deve ter a mesma seção nominal tb.

1 - Com o uso de terminais nas tomadas dos fios, dá pra colocar um fio mais grosso, mas não justifica após certo limite. Tem gente que acha melhor, por qualquer razão, colocar fio 6mm2 nas tomadas, nesse caso o uso de terminais nas pontas dos fios é quase uma necessidade porque o fio não entrará nos contatos das tomadas para serem apertados. Tomadas individualmente aguentam 10 ou 20A, dependendo do tipo comprado, logo em teoria deveríamos dimensionar o fio que vai até ela que suporte essas correntes, mas por norma o mínimo é 2.5mm2. Só que se tivermos por exemplo uma sala com muitas tomadas que são de fatos usadas, se a corrente por trecho de fiação for superior à suportada pelo condutor, devemos se possível aumentar a seção nominal do trecho ou do condutor principal que levará a energia para determinada sala.

2 - Sim, deveriam ser de mesma bitola ou o neutro deveria ser até maior em alguns casos, onde por exempplo há redes trifásicas com carga muito desbalanceadas entre as fases e/ou muitas cargas que geram distorção harmônica - toda carga eletrônica sem correção do fator de potência (PFC).

3 - Onde que eu mencionei isso? :) Eu pessoalmente uso um pra tudo. É economicamente inviável utilizar vários DR's, nem no exterior é costume fazer isso a não ser que o dispositivo DR esteja integrado no próprio receptáculo da tomada, com é bastante comum nos EUA. Lá eles não costumam colocar DR no quadro, mas sim nas tomadas de banheiros, garagens, cozinhas, etc e o DR tem sensibilidade bem mais alta, de 6mA. Eu considero essa solução mais elegante, mas aqui no Brasil sairia muito cara. Lá nos EUA já ouvi dizer que uma tomada com DR sai por 15 dolares cada. Lá eles chamam de tomada GFI ou GFCI:

GFI-726222.jpg

4 - Não necessariamente. Mas idealmente a onda de frente de um surto causado por raios deveria ser contido ali na entrada, mas não quer dizer que se você colocar DPS só no quadro interno não será eficiente. Na impossibilidade, pode instala-lo só internamente e no final, após as tomadas, que se use um bom protetor que possua boas caracteristicas de proteção contra surto.

5 - Na entrada eles só são instalados entre o(s) Fio(s) Fase(s) e o Neutro. DPS entre Fase-Fase não é comumente necessário, mas se não tiver o neutro, é o único jeito de instala-lo, mas a proteção contra descargas atmosféricas não será muito boa porque fica ausente um condutor aterrado para dissipar esse surto na terra, aqui no caso o neutro... Após a entrada, quando o condutor terra vem separado do neutro, no quadro de disjuntores o DPS devem ser instalados um pra cada fase e mais um pro neutro. Sendo que todos eles poderão ser ligados contra o neutro ou Terra. Por exemplo, numa instalação com 2Fases + Neutro + Terra. Precisariamos de 2 DPS entre Fase/Neutro e o terceiro entre outro entre Neutro/Terra ou então 2 DPS's entre Fase/Terra + 1 entre Neutro/Terra.

E sim, DPS's podem e deveriam ser instalados em cascata ao longo da instalação, aumentando assim o grau de proteçã, o que chamamos de menor tensão residual.

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Obrigado pela atenção!

Você escreveu: "O Fio terra deve ter a mesma seção nominal do fio Fase, quando a Fase é de até 16mm2" -> Essa Fase, seria na entrada de força, lá no relógio?

Você escreveu: "O valor da seção nominal do fio terra é por trecho" -> Quer dizer, que dependendo da bitola usada no Fase, em um cômodo, ou tomada em específico, o fio terra teria várias bitolas, comparando com a casa inteira?

1 - Entendi. Além de o condutor ser dimensionado, bem como as tomadas, o disjuntor também, né? O Disjuntor protege o cabo.

2 - No caso de eletrônicos sem fator de potência seriam reatores eletrônicos e eletroeletrônicos em geral (TVs, Monitores, DVDs, Som, HomeTheater, etc)? No caso de computadores, somente aqueles que não tenham uma fonte com PFC ativo. Em caso de "sim”, o dimensionamento da bitola do Neutro é feito como?

3 - Você escreveu: "Eu pessoalmente uso DR pra todos os cômodos", na página 23, 6ª resposta (pelo menos entendi isso). Eu também nunca vi DR separado para cada cômodo, ou disjuntor. Pra mim, eles tinham 2 (monofásico) ou 3 (bifásico) terminais. No caso, seria "inteligente" colocar um geral para toda a casa, no quadro de distribuição interno, e um separado pra chuveiro(s)? Realmente, essa solução, da tomada em separado com limite bem menor, é top, se aqui fosse fácil encontrar, por um preço razoável, valeria a pena.

4 - Entendi. No caso, o excesso de uma descarga, escoaria pelo aterramento (haste(s)) do Neutro, no relógio.

Aqui é bifásico residencial, tensão de 127V (meço 128 no Multímetro Minipa True RMS ETI 1605). Na entrada, tenho 2 disjuntores Siemens, modelo 5SX1, C63 220/380V. Pelo que vi lá, vem um cabo com 3 condutores, 2 pretos e um azul. Como os pretos estão ligados, um em cada disjuntor, acredito serem os Fases. O azul passa direto, deve ser o Neutro. Tem um parafuso, com um fio marrom enrrolado nele, deve ser o da Haste. Neste caso, se eu for colocar DPS eu coloco antes ou depois dos disjuntores? No caso do parafuso de aterramento, teoricamente, partiria dali o aterramento, com destino ao 3º pino das tomadas? Se for melhor, arrumo um jeito de tirar fotos.

Obrigado!

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Sim, a Fase do "relógio" que vai até o quadro de disjuntores.

Se sai fio 2,5mm2 de um disjuntor, o fio terra desse circuito deve ser 2,5mm2 tb, se sai 4mm2, o terra tem que ser 4mm2 e assim por diante, até 16mm2.

Se for colocado um Dispositivo DR pra toda casa, todos os circuitos, é seguro usar até usar o terra de seção menor que o fase, mas norma é norma e há a questão de se o DR falhar, esse terra precisará carregar uma corrente elevada pra um disjuntor atuar nesse caso, tem também o fato de protetores contra surtos elétricos tb usarem a linha terra para dissipar algumas correntes de surtos, daí é bom dimensionar igual a norma pede.

1) Sim, isso aí.

2) Sim, são esses dispositivos, mas não se preocupe com isso. Essa preocupação com corrente no neutro se dá em instalações grandes, prédios com salas com centenas de computadores e outros equipamentos com baixo fator de potência. Numa casa típica o neutro igual as fases tá de bom tamanho. Numa situação ideal de três fases 100% equilibradas, a corrente no neutro é quase zero, mas como isso é quase impossível, ainda mais hoje em dia com tantos eletrônicos que causam uma defasagem entre a relação corrente/tensão, a soma das correntes de fase sempre resultará num nível de corrente considerável no neutro e em casos extremos, sobrecarregando o neutro. Se há uma fase só, a corrente no neutro será igual a da fase, se há duas, geralmente a corrente no neutro costuma ser mais ou menos a metade da corrente das duas fases - isso varia, pode ser mais da metade da soma das duas fases, mas pra motivo de referência é mais ou menos isso aí.

3)Eu deveria ter dito, UM DR para todos os cômodos, o único inconveniente é que se ele desligar, vai cair tudo. A nossa norma brasileira entretanto não obriga por em tudo, apenas em áreas onde está sujeita ao contato com água e/ou piso molhado - banheiros, cozinhas, área de serviço, garagens, etc.

No caso do disjuntor, aí a preferência é do instalador. Numa casa típica 1 disjuntor pra cada cômodo não é necessário, você pode por exemplo colocar um disjuntor de 20A pra cada três cômodos, com exceção da cozinha e área de serviço que deveriam idealmente ter um ou mais disjuntores só pra essas partes da casa. Na cozinha e banheiros por exemplo, além da área de serviço, poderíamos no caso ter torneiras elétricas, aí teria que ter circuito dedicado só pra toneira elétrica, ou lavadora de roupas com aquecimento de água, daí novamente deveria ter circuito dedicado, alguns fornos elétricos tb, tudo que consumir mais de 10A deve ter circuito separado. Circuitos de iluminação tb é bom separar das tomadas para motivo de seletividade. Se de noite por exemplo, um disjuntor desligar, pelo menos ainda tem luz pra você procurar qual tomada teve curto-circuito ou sobrecarga. A norma prevê certos criterios para divisão de circuito, mas eu costumo dizer que quanto mais dividido, melhor, tendo um bom senso, claro!

DR na questão do numero de fases há dois tipos, "Bipolar" - Fase-Fase ou Fase-Neutro e Tetrapolar, onde você pode usar tanto F-N, F-F, F-F-N, F-F-F-N e F-F-F. Já que é pra comprar, compre um tetrapolar logo, já que aceita todas combinações, atentando-se a alguns detalhes nas suas ligações para que o dispositivo funcione corretamente.

Usar um DR só pro chuveiro seria inteligente sim, mas nem sempre necessário. Se o chuveiro for do tipo baixa fuga de corrente ou "Compatível com DR", quase sempre é desnecessário isso, se o chuveiro for de resistência blindada, melhor ainda porque esse não tem fuga alguma de energia em condição normal.

Se não me engano a Pial Legrand tem uma linha de DR integrado na tomada, mas deve custar bem caro. Nunca vi em lojas, entretanto. Só no catalogo deles.

4) Sim. Não só ali, parte retorna para a saída do neutro na rua e dissipa em todos pontos que ele tá aterrado, postes e outras casas. Só o aterramento local costuma apresenta resistência elevada, mas em conjunto com toda rede aterrada, apresenta uma resistência baixa.

Você deveria ter apenas 1 disjuntor bipolar 63A e não dois de 63A.

O DPS vai depois do disjuntor, as Fases idealmente iriam até o DPS e do mesmo lado do DPS voltaria pra entrada do medidor, do outro lado do DPS ligaria no Neutro/Terra.

Sim, o fio terra partiria dali daquele parafuso e iria idealmente para o quadro de disjuntores primeiro, onde seria ligado a um barramento de distribuição, de onde sairia os condutores mais finos aos circuitos finais. Se o quadro não possui barramento, leve o terra principal até um ponto mediano, ou dentro do quadro mesmo, e ligue os fios mais finos no condutor principal, por meio de um conector ou soldagem dos fios. Idealmente deveria existir um condutor terra para cada circuito (disjuntor), mas a norma permite compartilhar o mesmo fio terra com outros circuitos, desde que esse circuito seja semelhante, no caso se for circuito dedicado, tipo chuveiro, o fio terra deve ser separado e não compartilhado no caminho final.

Se quiser postar fotos, pode postar, mas deu pra visualizar bem.

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  • 3 semanas depois...
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_rau_

Li que você lançou no tópico Tutorial: Construindo um filtro de linha a seguinte pergunta:

Eu não entendi até hoje como o terra pode gerar perda de qualidade de imagem/som num sistema TN-S como aponta o Knirsch, na verdade ele generaliza o sistema TN, não fala exatamente TN-S, fala simplesmente TN que pode ser TN-C ou TN-C-S e recomenda com todas as letras o sistema TT pra equipamentos de audio.

Faller, você sabe me explicar porque um terra TN-S seria ruim pra sistemas de audio/video? Seria por causa do referencial do neutro não ser 0 volt sempre? Até que ponto isso poderia influenciar um ETI? Acredito que não influenciaria, ou normas internacionais não recomendaria o mesmo ou recomendaria com ressalvas, mas nada fala quanto a isso, apenas diz que o sistema TT em princípio não é bom pra ETI's e sim o TN-S as causas principais são as DDP's entre Neutro e Terra num sistema TT ou seja, ruidos e surtos N-T.

Sei que é um assunto complexo, mas se você souber dizer algo em poucas palavras, fico satisfeito.

Gostaria de saber se você ja tem uma resposta pois fiquei curioso com a sua dúvida.

Possuo um sistema NT-S em minha casa com 3 hastes com 2,6m de comprimento em triângulo espaçadas com uma distância igual a de cada haste... a principio parece ser um aterramento eficiente mas como posso garantir que está tudo em ordem sem um terrometro?

Fiz um aterramento semelhante na casa de um amigo porém um sistema TT e com 3 hastes de 1m de comprimento... a haste do neutro está a uns 7m de distância. A ddp entre neutro e terra ne tomada é constantemente 7,5V... (O cara é aficionado pos equipamentos de audio).

Desde ja agradeço.

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Eu andei pesquisando daquele tempo pra cá e duas coisas eu tirei conclusão:

1 - Um terra TT possui seu referencial de tensão mais limpo que um TN. Por que?

Num terra TN sempre haverá uma pequena tensão, mesmo que na casa dos milivolts e em alguns casos essa tensão pode subir, frequentemente em torno de 1 ou 2V, dependendo de como o neutro está sobrecarregado. Em casos atípicos essa tensão pode ir além desses valores. Lembrando que qualquer coisa abaixo de 50V é seguro ao toque do usuário.

Um terra TT tem seu plano de referencial bem mais limpo, sem ruídos e por essa razão provavelmente ele é tido como melhor opção para o uso em audio/video. Mas eu tenho a opinião de que isso depende muito da qualidade das fontes de alimentação desses equipamentos. Como não entendo como opera a eletrônica desses equipamentos, prefiro não tentar discutir e o cara citado é engenheiro eletrônico e especialista na área de audio/video há décadas...

2 - Outro fenônome que eu não vou saber explicar, mas que eu andei lendo, é que quando mais próximo a massa do equipamento (que é onde o fio terra está atado) está próxima de um condutor com corrente passando, mais as chances de interferências ocorrerem, especialmente em equipamentos muito sensíveis, médico-hospitalares, etc. No esquema TN-C, onde temos o fio terra do equipamento bem em cima do neutro local, onde inevitavelmente haverá corrente passante o tempo inteiro há poucos metros do equipamento, é dito que essa condição aumenta as chances de provocar interferências nesses equipamentos mais sensíveis. É dito que 0,7A passando no neutro há 1 metro do equipamento aterrado em TN-C, é o suficiente pra causar algumas anomalias em equipamentos muito sensíveis.

ETI's modernos em geral são bem imunes à disturbios no plano de referencial da terra. É dito que esses equipamentos suportam disturbios entre 2500 e 4000V entre neutro-terra - palavras da APC e alguns outros laboratórios que realizaram testes desse tipo. Tensão entre neutro-terra, mesmo que relativamente alta, dificilmente causará problema num PC tipico.

Voltando ao esquema TT, é indispensável que haja um excelente DPS entre N/PE (neutro-terra), com capacidade de dissipação de correntes elevadissimas, acima de 60kA, para que durante uma descarga atmosférica nas proximidades, o DPS possa equipotencializar momentaneamente essas duas linhas. De preferência um DPS que use centelhador ao invés de varistor porque esses costumam ter uma capacidade de dissipação de corrente bem mais elevada que varistores. A proteção contra choques por contatos indiretos tb deve ser provida por meio de um dispositivo DR.

Atualização:

A DDP de 7,5V não é desejável, ou o condutor neutro ou terra está com tensão, se for o neutro no caso, ele pode estar sobrecarregado, com alta resistência em alguma conexão, mal aterrado, etc. Mas provavelmente os equipamentos de audio não possuem elementos de filtragem entre N/PE ou F/PE o que por si não causará interação entre essa DDP com o equipamento em uso normal, mas é certo que numa descarga atmosférica próxima essas duas linhas oscilarão bastante entre si, podendo causar "flashovers" - arco voltacio - dentro do equipamento, queimando-o. Essas DDP's tb pode ser perigosas ao usuário que esteja usando o equipamento no momento da descarga.

Na verdade o esquema TN tb não é imune à surtos entre N/PE porque esses surtos pode ser gerados internamente durante a descarga de uma corrente vinda de raios por meio de um varistor entre Fase-Neutro. O neutro interno flutuará seu potencial em relação ao PE inevitavelmente, por isso devemos usar protetores que ofereça proteção entre essas linhas tb no esquema TN quando o ponto equipotencial entre essas linhas tiver a mais de 3 metros do equipamento. A diferença é que surtos gerados externamente entre N/PE não passam do ponto equipotencial, mas um surto do Fase jogado no neutro, gera essa DDP entre N/PE lá no final da instalação. Quanto maior o comprimento do N e PE ao longo da instalação, após o ponto equipotencial, maior a DDP entre esses condutores quando um protetore joga o surto apenas no neutro. Por isso bons protetores, APC, Clamper, etc, oferecem sempre proteção entre Fase-Neutro, Fase-Terra e Neutro-Terra, isso permite com que essas três linhas esteja equipotencializadas durante um surto elétrico.

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Fugindo um pouco do assunto....

Quais são as características/diferenças das curvas B e C, dos disjuntores bimetálicos?

Quando usar um ou outro?

Eu li um pouco a respeito, mas gostaria da opinião de vocês.

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_rau_

Bom saber!! fiquei com um certo "medo" destes 7,5V... este final de semana vou medir novamente. Diz, o meu amigo, que depois do aterramento, desapareceram os ruídos do amplificador dele... mas ele é meio metido a audiófilo, jura de pés juntos que sente uma diferença notável na qualidade do som quando a ponta do plugue é banhada a ouro ou algo do gênero...

Outra dúvida... quero fazer um filtro de linha e estava pensando em por um LED entre fase e terra (LEd + resistor + diodo) indicando a presença do aterramento quando está aceso...

O fato de ter uma corrente circulando no condutor de aterramento continuamente, por mais insignificante que seja, influenciaria em alguma coisa?

Valeu

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LED entre fase e terra, no way.

LED + resistor + retificador = você precisa ter uma tensão de pico muito bem definida pra jogar no conjunto LED+Resistor.

No aterramento você pode ter de tudo, desde nada até kV.

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Fugindo um pouco do assunto....

Quais são as características/diferenças das curvas B e C, dos disjuntores bimetálicos?

Quando usar um ou outro?

Eu li um pouco a respeito, mas gostaria da opinião de vocês.

O disjuntores Curva B e C se diferem em sua curva de tempo x atuação durante um curto-circuito. Os de Curva B atuam de forma mais rápida que os de Curva C.

Disjuntores de Curva B atuam entre 3 e 5 x Corrente máxima suportada por ele e os Curva C de 5 à 10x. Por exemplo, se o disjuntor for de 20A Curva B, ele pode atuar entre 60 e 100A durante um curto-circuito. Logo se esse disjuntor for usado onde os picos de partida drenam mais do que esses valores, o disjuntor poderá desarmar. O valor varia de 60 à 100A porque varia com o tempo da duração do pico de corrente no instante. Se um pico de corrente durar mais tempo, provavelmente com 60A esse disjuntor atuaria, se durar menos tempo, com 100A. Não vou saber agora precisar pra você valores exatos.

Os disjuntores Curva B são mais indicados para cargas resitivas e/ou cargas indutivas de baixa corrente, como geladeiras domesticas, maquinas de lavar, alguns aparelhos de ar-condicionado pequenos e coisas semalhantes. Os Curva C são necessário para motores elétricos em geral, de pequeno/médio porte e uso geral em qualquer equipamento que demanda picos de partida elevados.

Mas por que essa diferença se ambos protegem a fiação da mesma forma? É claro que o Curva B protege melhor contra pequenos curto-circuitos, mas ambos protegem contra curtos e sobrecargas que poderiam gerar incêndios. A existência dessas duas curvas permite com que circuitos com aterramento em esquema TN possam dar maior proteção às pessoas contra contatos indiretos usando apenas o seccionamento por meio de um disjuntor. Sabendo-se que o tempo de atuação e exposição do usuário à uma superfície aterrada, mas acidentalmente energizada, deve ser o mais curto possível (há um valor definido pra isso), os disjuntores Curva B permitem que isso ocorra em circuitos mais longos do que o que seria permitido com Curva C, e por atuarem mais velozmente, dão maior proteção ao usuário, seccionando o circuito antes que a superfície aterrada tenha seu potencial elevado.

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LED entre fase e terra, no way.

LED + resistor + retificador = você precisa ter uma tensão de pico muito bem definida pra jogar no conjunto LED+Resistor.

No aterramento você pode ter de tudo, desde nada até kV.

(LED + resitor + diodo) isso não basta? A tensão de pico será (raiz de 2) vezes 127V = 179,6V...

Preciso fazer aquela ponte retificadora de diodos? Um só não basta para impedir q o LED queime?

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No caso dos disjuntores de curva B, eu li que eles são recomendados para a iluminação. Mas, no caso dos reatores eletrônicos partida rápida, eles seriam recomendados também?

Disjuntores de curva B em geladeiras, maquinas de lavar e ar condicionados pequenos? No caso da partida de seus motores, não há um momento de corrente elevada?

Para dimensionar um disjuntor curva B, deve-se levar em conta o pico de corrente, no momento da partida?

você disse: "os disjuntores Curva B permitem que isso ocorra em circuitos mais longos" no caso dos circuitos mais longos, seria sua distribuição/instalação, ou a distancia para com o aterramento?

Na entrada de força, lá do medidor, da minha residência, os disjuntores são curva C, de 63A (dois unipolares). Como aqui é bifásico (acho que são duas Fases de 127V), o certo não seria um unico disjuntor bipolar de 63A ?

Obrigado pela paciência!

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