Introdução
Chegou a hora de testarmos o modelo de 550 W da Powerstrike que, segundo o fabricante, é uma fonte de potência “nominal”. Estávamos muito curiosos para testar esta fonte, já que os modelos de potência “real” deste fabricante (500 W e 650 W) conseguiram atingir o “status” de piores fontes que já testamos.
A caixa desta fonte diz que ela é uma fonte de 550 W, mas em letras miúdas no canto da embalagem encontramos a frase “potência real: 250 W”. Mas aparentemente nem o fabricante sabe qual é a potência real desta fonte, já que em seu site ele diz que a fonte tem uma potência real de 280 W. Seja qual for a verdadeira potência máxima desta fonte (que iremos descobrir em nossos testes), é inexplicável a mágica usada pelo fabricante para rotular esta fonte. É impressionante como no Brasil empresas rotulam fontes com uma potência falsa e ficam impunes.
Figura 1: Fabricante diz na caixa em letras miúdas que a potência real é de 250 W.
Por falar na caixa, que tal a frase “tanquilidade não tem preço”? Uma piada de mal gosto, não é mesmo? Há ainda um erro grosseiro de grafia (“standart power” em vez de “standard power”) – pior mesmo é o “tecnologia” (sic) no site do fabricante. Há um número de registro da UL impresso na caixa que, similarmente ao que ocorre com as demais fontes da Powerstrike, resolve para a FSP, mas este número é falso (eles copiaram e colaram as logomarcas de certificações de outra fonte qualquer): nós mandamos fotos das fontes Powerstrike desmontadas para a FSP e de acordo com o engenheiro da FSP que nos atendeu essas fontes não são fabricadas por eles e o comentário dele foi “falsificação de fontes de alimentação? Era só o que faltava!”. A etiqueta da fonte traz ainda especificação de potência para a saída de -5 V, que não existe na fonte.
Figura 2: Fonte de alimentação Powerstrike 550 W.
Figura 3: Fonte de alimentação Powerstrike 550 W.
A Powerstrike de 550 W segue o padrão das primeiras fontes de alimentação para gabinetes mini-torre: 14 cm de profundidade, ventoinha de 80-mm em sua parte traseira e baseada na topologia meia-ponte, sem circuito PFC ativo.
Nenhum dos cabos possui proteção de nylon e todos eles usam fios 20 AWG, que são mais finos do que o mínimo recomendado (18 AWG). A reduzida quantidade de cabos corresponde a um produto de baixo custo:
- Cabo principal da placa-mãe com conector de 20/24 pinos.
- Um cabo com um conector ATX12V.
- Um cabo de alimentação SATA com dois conectores.
- Um cabo de alimentação para periféricos com dois plugues padrão e um conector para unidades de disquete.
Como você pode ver, esta fonte não possui cabo para alimentar placas de vídeo.
Os cabos são ridiculamente curtos, medindo apenas 30 cm entre a carcaça da fonte e o primeiro conector do cabo, tornando impossível a instalação desta fonte em gabinetes do tipo “full tower” ou gabinetes torre média onde a fonte fica na parte inferior. Cabos com mais de um conector possuem 15 cm de distância entre os conectores.
Figura 4: Cabos.
Vamos agora dar uma olhada no interior desta fonte de alimentação.
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