Testes de Sobrecarga
Como de costume nós fizemos com que esta fonte trabalhasse acima de suas especificações para ver o que acontecia.
Primeiro nós tentamos ver se a proteção contra sobrecarga de corrente estava ativa e em que nível. Para testar isto nós instalamos apenas os cabos do barramento virtual de +12V1 na entrada de +12V1 do nosso testador de carga. Isto incluiu o cabo de alimentação principal da placa-mãe, os dois cabos de alimentação para periféricos e um dos cabos ATX12V. Feito isto nós aumentamos a corrente em +12V1 até que a fonte desligasse. Isto aconteceu quando extraímos mais de 20 A, o que significa que a proteção contra sobrecarga de corrente (OCP) estava ativada e configurada para desligar a fonte caso mais de 20 A seja extraído de qualquer barramento de +12V. Isto é excelente porque de acordo com a etiqueta da fonte de alimentação cada linha de +12V tem um limite de 18 A, portanto a proteção OCP estava realmente configurada com um valor próximo ao que estava impresso na etiqueta. Várias fontes de alimentação no mercado têm o circuito OCP configurado com um valor muito alto e que provavelmente nunca entrará em ação, o que significa que a fonte de alimentação realmente não estará protegida.
Nosso próximo passo foi descobrir qual era a quantidade máxima de potência que esta fonte poderia fornecer mantendo-a funcionando dentro de suas especificações.
Começando do padrão número seis (veja na página anterior) nós aumentamos a corrente em ambos as entradas de +12 V do nosso testador de carga para 19 A. Acima disto a fonte de alimentação desarmava.
Nós sabemos que esta fonte não tem proteção contra sobrecarga de potência (OPP ou OLP, ambas siglas significam a mesma coisa) porque o circuito integrado responsável pelas proteções da fonte não traz esta proteção.
Portanto basicamente a proteção contra sobrecarga desta fonte está sendo feita por um circuito OCP muito bem configurado. Nós sabíamos que poderíamos queimar os retificadores de +5 V ou +3,3 V se tentássemos sobrecarregá-los. Este é um cenário irreal, já que atualmente um computador sobrecarregaria as linhas de +12 V, devido aos componentes que mais consomem no micro, que são as placa de vídeo e o processador.
Desta vez nós fomos um pouco conservadores em nossos testes de sobrecarga já que já tínhamos descoberto que poderíamos extrair um máximo de 38 A (456 W) das saídas de +12 V. Com isso nós aumentamos a corrente em +5 V e +3,3 V para 15 A cada. Nós achamos que este aumento já representa uma boa situação de sobrecarga. Neste cenário obtivemos os resultados apresentados na tabela abaixo.
Entrada |
Máximo |
+12V1 |
19 A (228 W) |
+12V2 |
19 A (228 W) |
+5V |
15 A (75 W) |
+3,3 V |
15 A (49,5 W) |
+5VSB |
2,5 A (12,5 W) |
-12 V |
0,8 A (9,6 W) |
Total |
598,5 W |
% Carga Máx. |
119,7% |
Temp. Ambiente |
45,6° C |
Temp. Fonte |
48,1° C |
Potência CA |
756 W |
Eficiência |
79,2% |
Neste cenário o ruído e o ripple estavam no mesmo nível apresentados na página anterior.
Nós pudemos extrair ainda mais corrente das saídas de +5 V e +3,3 V (20 A cada, para um total de 641,4 W e extraindo 823 W da rede elétrica, uma eficiência de 78%), mas nesta configuração a fonte “morreu”. Após abrirmos a fonte testamos todos os semicondutores principais e nenhum deles estava queimado. Não conseguimos descobrir qual componente havia queimado.
O circuito de proteção contra curto-circuito (SCP) funcionou para ambas as linhas de +5 V e +12 V.
A ventoinha usada nesta fonte de alimentação é realmente silenciosa, mesmo quando a fonte de alimentação estava quente e fornecendo 500 W.
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