

Introdução (Cont.)
Retirando a grande cobertura plástica preta que cobre o cooler inteiro podemos ter uma ideia melhor de como ele é. Há três dissipadores com aletas de alumínio ligados à base por heatpipes, sendo dois na vertical e um "deitado", refrigerados por duas ventoinhas de 120 mm. Esse radiador horizontal fica posicionado sobre a região da placa-mãe onde ficam as memórias ajudando, portanto, a refrigerá-las.
Figura 6: Visão geral do cooler sem a sua cobertura.
As duas ventoinhas de 120 mm são ligadas no mesmo fio, e têm sua rotação controlada pela placa-mãe, por meio de um conector miniatura de quatro pinos. Elas são ventoinhas de plástico preto semitransparente e dotadas de LEDs vermelhos, tendo rotação nominal entre 800 rpm e 2400 rpm.

Na Figura 8 você pode ver como é o dissipador sem as ventoinhas. Um detalhe interessante é que elas não são presas ao dissipador, sendo na verdade parafusadas à cobertura do cooler. Não há, porém, nenhum tipo de mecanismo que impeça que a vibração das ventoinhas seja repassada aos dissipadores de calor.

O dissipador que fica sobre as memórias é ligado à base por quatro heatpipes. Já o dissipador vertical que fica próximo a ele usa apenas dois heatpipes.

Apesar do tamanho, da presença de duas ventoinhas e três dissipadores, o verdadeiro diferencial desse cooler é realmente a presença da placa TEC (Thermo-eletric cooler), também conhecida por placa Peltier, por funcionar baseada no efeito Peltier, onde um dispositivo semicondutor funciona como uma máquina termodinâmica "bombeando" calor de uma fonte fria para uma fonte quente. Dessa forma, esse cooler não funciona apenas como um dissipador de calor como os outros coolers "comuns", mas funciona verdadeiramente refrigerando o processador.
Essa placa, porém, tem algumas desvantagens: a primeira é o custo, que se reflete no alto preço do V10. A segunda é o fato de que uma placa Peltier consome energia para funcionar, e não é pouca: esse cooler chega a "roubar" até 70 W de sua fonte de alimentação. A terceira é o fato de que, quando ela está em pleno funcionamento e sua placa fria atinge temperaturas muito baixas, pode causar condensação da umidade do ar, gerando gotas d'água da mesma forma que um copo cheio de água gelada "cria" gotas d'água ao seu redor.
A Cooler Master, porém, conseguiu resolver esse dois últimos problemas de uma forma interessante: um circuito controlador que dosa a tensão entregue à placa TEC de acordo com a temperatura da base do cooler. Se essa base estiver a menos de 20 °C, a placa simplesmente está desligada. Acima disso, a tensão entregue a ela vai aumentando até chegar ao máximo (12 V, consumindo 70 W) numa temperatura de 70 °C. Esse circuito controlador está dentro da caixinha preta que você vê acima da base na Figura 10. A placa TEC em si fica do lado da base, com seu lado frio ligado a ela por quatro heatpipes, enquanto sua face quente é ligada a um dissipador por meio de dois heatpipes em forma de "U". Dessa forma, o terceiro dissipador não refrigera o processador, mas sim a placa TEC.
Figura 10: Placa TEC e seu controlador.
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