Conclusões
Só mesmo no Brasil para uma fonte ser rotulada com três potências diferentes – “nominal”, “de pico” e “real”. Em nossos testes, não conseguimos puxar 250 W da Duex DX500SE, porém talvez seja possível que ela entregue 250 W a temperaturas mais baixas, visto que conseguimos puxar até cerca de 240 W dela.
O problema são estas marcas brasileiras que insistem em rotular fontes com suas potências máximas: fontes não podem ser rotuladas com as suas potências máximas; sempre deve haver uma margem. Basta ver nossos testes de fontes que receberam o nosso selo “Produto Recomendado”.
Mas, como já explicamos exaustivamente aqui, potência não é tudo. É preciso saber se as tensões da fonte estão dentro da faixa de operação permitida e se os níveis de oscilação e ruído existentes não estão muito altos. A Duex DX500SE, por não ter bobinas de filtragem em seu secundário, falhou neste quesito em todos os nossos testes. Isso pode sobrecarregar os capacitores eletrolíticos da sua placa-mãe e também fazer com que o seu computador opere de maneira errática, com travamentos, resets aleatórios e apresente erros aleatórios.
O bacana é a descrição desta fonte no site da marca: “A linha de fonte Duex trás o que há de mais moderno em fontes de alimentação”. Como assim “mais moderno” se esta fonte claramente usa um projeto de pelo menos 15 anos atrás?
Até quando teremos de aturar empresas que cometem este tipo de crime (fraude, artigo 171 do Código Penal, e propaganda enganosa, artigo 66 do Código de Defesa do Consumidor) continuar impunes? Até quando teremos de aturar empresas (brasileiras, diga-se de passagem) despejando lixo tecnológico em nosso país?
Muitas pessoas no Brasil gostam dizer que países desenvolvidos gostam de explorar a população dos países em desenvolvimento. Entretanto, os fatos mostram claramente que são os próprios brasileiros que não têm o menor respeito com a nossa população.
Respostas recomendadas