

Índice
Índice
- Introdução
- Transações e blocos
- Organização de redes P2P
- História e evolução da mineração do Bitcoin
- Aplicações da tecnologia blockchain: Bitcoin
- Aplicações da tecnologia blockchain: Etherum
- Aplicações da tecnologia blockchain: Zcash
- Aplicações da tecnologia blockchain: Ripple
- Aplicações da tecnologia blockchain: demais criptomoedas
Aplicações da tecnologia blockchain: Bitcoin
O Bitcoin (BTC ou XBT) é uma blockchain de rede descentralizada que sustenta uma criptomoeda de mesmo nome. É código aberto, portanto qualquer pessoa que se dispor a avaliar seu código, para certificar que não haja vulnerabilidades em sua criptografia ou instruções para criação, ou desvio de BTC, os identificaria imediatamente.
Qualquer pessoa que quiser pode criar um nó de rede e/ou minerar Bitcoin. Atualmente (outubro de 2018) a blockchain do BTC está ocupando um espaço de 185 GB, então um usuário precisaria desse espaço livre para criar um nó de rede e precisaria de um ASIC moderno para minerar. Clique aqui para conferir o tamanho atual da blockchain do Bitcoin.
O Bitcoin não está sujeito à jurisdição de nenhum governo, banco ou pessoa física. Se qualquer mudança que afete toda a rede tiver que ser tomada, um mínimo de 85% dos mineradores e nós de rede teriam que concordar em usar, ou não, um programa, por um período mínimo de tempo, que tivesse o código a ser incluído, modificado ou retirado.
O objetivo do BTC, de forma sucinta, é livrar-se de fronteiras como, por exemplo, os seguintes casos:
- Transferir dinheiro para um familiar que mora em outro país.
- Pagar todos os custos de uma viagem ao exterior.
- Comprar em lojas do exterior, pela internet, produtos físicos ou virtuais.
- Transferir uma quantia, qualquer que seja, para uma instituição financeira em outro país.
Realizar os pontos acima com a mesma conta e endereço que o usuário usa onde mora com as seguintes vantagens:
- Não ter que pagar taxas de transferência, de cartão de crédito internacionais ou se incomodar em abrir uma conta num banco exterior apenas para contornar esses custos.
- Não perder tempo criando uma estratégia para a diminuição (legal) de impostos devidos.
- Não ter suas riquezas guardadas com base numa moeda que, a depender da situação política e econômica ou bem querer do governante em regência, pode inflacionar, deflacionar ou ser retida nos bancos sem direito a saque.
- Ser uma moeda aceita e usada por qualquer pessoa no mundo, desde que haja internet.
- Não envolver o custo, com mediações judiciais, inerente a transações bancárias. O fato das transações não serem processadas por uma, ou mais de uma, instituição financeira, ou órgão governamental, somado ao fato de serem irreversíveis torna desnecessário o custo com mediações jurídicas, que é um risco envolvido em cada transação e a torna mais cara conforme a quantia em jogo quando feito por bancos, e não pelo BTC. Sobre esse ponto, veja sobre XRP Ripple.
Alguns destes pontos não são exatamente uma realidade para o Bitcoin. Especificamente o ponto referente a guardar riquezas; afinal a economia do BTC ainda não tem volume e bases fundamentais suficientemente sólidas para que sua volatilidade seja equiparável a outros ativos confiáveis durante crises econômicas agudas, principalmente aquelas com forte impacto no sistema financeiro. O ouro é um exemplo de ativo assim.
Outro ponto que não corresponde a uma implicação dos casos acima é a improbabilidade de existir uma moeda em vigor que não seja controlada. Idealmente o conceito de um sistema financeiro cujos detentores de poder não sejam órgãos, instituições ou alianças governamentais é extremamente atrativo e corrobora os ímpetos de compra e venda que compõem a volatilidade atual do Bitcoin. A realidade, no entanto, é que este mesmo conceito vem sendo um dos principais motivos pelos quais certos bancos e governos vêm dificultando o envolvimento de pessoas físicas e jurídicas com o mercado de criptomoedas.
Por um lado este movimento vem daqueles que vêem o risco de suas funções tornarem-se obsoletas devido às facilidades que a tecnologia blockchain provê; e por outro lado esse movimento é resultado da responsabilidade que as agências governamentais têm de fiscalizar um ativo para fazer controle de para onde vem e vai um capital, para estudar os riscos do mercado, para ter garantia de que não se trata, por exemplo, de uma pirâmide financeira; e para, com isso, ter meios de saber se uma transação é juridicamente legal, garantindo que a blockchain não seja usada e permitida apenas para facilitar lavagem de dinheiro.
A explosão de popularidade que as criptomoedas tiveram recentemente pode, em parte, ser atribuída às facilidades de transferência de valores entre duas partes. E o movimento dos bancos e governos contrários a essas criptomoedas resulta em complicar o uso delas, por meio de questionamentos jurídicos, na intenção de comprometer essas facilidades e assim conter escoamento de capital.
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