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Compartilhando informações sobre moto eletrica Shineray SHE bateria modelo 2023


Pincipi

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Então, agora em novembro de 2022 existem algumas opções no mercado para se adquirir uma moto com motor elétrico e acho que o fato de ter uma tela e bateria integrados a uma controladora já é motivo para se abrir um post aqui no CDH com informações que não são encontradas na internet. Caso você tenha alguma informação deste modelo SHE ou similar, compartilhe.

Começando pelas opções concorrentes, tem a marca Watts W125 que oferece um kit quase idêntico mas, não encontrei opções de pronta entrega aqui em São Paulo, depois tem a marca Voltz EVS a qual fiz a reserva de R$ 500,00 e pela previsão e comentários a estimativa de entrega deve ocorrer daqui a um ano, (quando me mandaram o link de pagamento já tinha torrado a grana na Shineray), seguida pela Bashi XFX um verdadeiro fantasma sem informações, tem ainda a opção da besouro verde a qual não consegui descobrir o preço e como tinha corrente na transmissão nem cheguei a cogitar, assim como muitas outras opções oferecidas numa faixa de preço bem maior, Odin, Wayy e outras.

Na comparação, você precisaria rodar cerca de 300 Km por dia para justificar o valor pago e a partir dai começar a economizar, em outras palavras sai mais barato comprar a moto mecânica de dez mil e ir gastando com gasolina e óleo os outros dez mil da diferença. Em outros termos teria que rodar 50.000 Km para se pagar a economia de gasolina usando a bateria. Mesma relação se faz com o carro elétrico de R$ 150.000,00 que teria que rodar 100.000 Km para pagar o valor da bateria.

Sem contar com a questão de substituir a bateria em 2, 4 ou 5 anos, o que economicamente não compensa, pelo menos atualmente, ou até que a maior quantidade de fabricação ou mudanças de tecnologia permitam uma redução no preço ou então o preço da gasolina se eleve a R$ 15,00 ou R$ 20,00 o litro para se equiparar ao custo da mobilidade elétrica.

No quesito negociação no preço de R$ 19.980,00 com uma bateria, se for no cartão em 12 vezes sem juros não ganha o desconto de R$ 500,00 para o caso de pagar no PIX.

A bateria extra fica em R$ 5.500,00 que também dá para dar um desconto de mais R$ 500,00 nela se sair na mesma nota fiscal, se comprar a bateria extra em outra NF eles não dão o desconto, interessante saber que a bateria no paralelo, mais precisamente no mercado livre fica em R$ 12.200,00 fora o frete. (no caso da Voltz, o CEO declarou que existe subsidio no valor da bateria)

Eu dei uma chorada na concessionária do Pacaembu e ofereci 24K no PIX com duas baterias, bagageiro e banco preto e só não consegui trocar o banco marrom mas, me orientaram a trocar a capa por uns R$ 50,00. Já numa outra concessionária, a de Moema, trocam o banco mas só dão R$ 500,00 de desconto.

A garantia é de apenas um ano com a condição de fazer duas revisões em Osasco ou em Guarulhos, não me lembro mais o local exato, depois edito. Uma com três meses e outra com seis meses, no valor em torno de R$ 100,00 onde serão apertados os parafusos e feito um diagnóstico eletrônico espetando a moto no computador para se avaliar se o usuário está detonando ou não a moto.

Informação importante é quanto a altura da água que não pode chegar nos parafusos do motor (menos de um palmo) porque entrando água no motor vai causar alguma coisa que invalida a garantia. Tem um comentário na net de que o motor e a roda são uma peça só, pelo que entendi ele pegou um buraco e amassou a roda e na hora de desmontar e reparar, a roda não se separava do motor, chegou a achar um motor novo na Shineray mas, o preço dele dava perda total na moto e ainda parece que dava para trocar apenas a tampa do motor com o número de série e desta forma não precisar modificar o documento. Ele optou por pagar R$ 600,00 no reparo da roda.

Na página do fabricante tem a opção de fazer o download do manual do proprietário mas, apenas faz a download de página 65 do manual que aparece no scribd:

https://pt.scribd.com/document/602434741/MANUAL-DE-PROPRIETARIO-SHE-S

Neste manual constam informações diferentes das que coletei referente a garantia e revisão.

O vendedor disse que não tem 22/22 e que só existe 23/23 mesmo tendo sido fabricada e entregue em 2022 e o despachante disse que vai constar 22/23 porque paguei uma parte proporcional do IPVA 2022, a vantagem é que o IPVA será sempre com o ano base 2022.

Mas, e quanto ao que realmente interessa neste post? A eletrônica embarcada? A tecnologia da bateria? O software? Eventuais problemas como entrar no modo de segurança ou falha de algum sensor? Etc e etc. Pelo que entendi até agora o vendedor não recebeu informações deste nível e espero encontrar respostas neste post, de qualquer forma, na revisão vou tentar colher o máximo de informações técnicas e soluções de problemas.

Já sei que a controladora está programada para funcionar apenas com uma bateria por vez, você pode colocar as duas ao mesmo tempo dentro da moto mas, só dá para espetar uma por vez no conector. Mesmo que faça uma gambiarra com um cabo o painel vai mostrar apenas uma bateria, a vantagem neste caso seria a menor perda de potência na aceleração mas, por outro lado não se sabe se vai prejudicar em outro aspecto. Diferente ocorre com Voltz EVS que está programada para usar e recarregar duas baterias ao mesmo tempo, inclusive mostrando elas no painel.

Sobre a questão de personalizar a placa, as informações que constam na internet dão a entender que aqui em São Paulo o dono pode escolher a combinação de letras e números podendo formar nomes ou palavras como por exemplo BRA2o23, ELT0N69 ou PAULO77, na prática quem pagou a taxa e recebeu a lista de combinações não conseguiu achar nenhuma que fosse do agrado. Se contratar um despachante, ele consegue acessar as opções disponibilizadas e se não gostar, não precisa pagar a taxa extra e escolhe dentre as dez opções disponibilizadas normalmente pelo sistema.

No meu caso específico eu contratei um despachante por R$ 1.127,60 (Doc e placa 900, IPVA 77,60 + Placa diferenciada 150,00) pedindo para tentar achar combinações BRA ELT SHE VTZ FUI e embaixo 2o23, ai ele me mandou três telas para escolher:

p1.jpg.8251c3ab12dbb1bf5958d48eac1cf29e.jpg

p2.jpg.7271313a2f7b9613b7085906120a2044.jpg

p3.jpg.b7cca6f3a1864ab0163852ae4d97461a.jpg

Acabei escolhendo ELT que seria abreviação de elétrica e uma combinação que imitava o final do chassis, se eu não tivesse escolhido nenhuma destas três telas, teria que aceitar uma das opções geradas automaticamente pelo sistema e não precisaria pagar a taxa extra. Não tem jeito de pesquisar antes qualquer opção a não ser que use o Sinesp cidadão e vá fazendo a consulta de placas, a que não der registro está teoricamente disponível mas, na hora de escolher só tem a opção do que aparece no sistema. Até pensei em algo como "Zero CO2" como ZCO2 mas, não tem jeito.

A única opção de seguro disponível é a Suhai que não incluiu acessórios como a segunda bateria, bagageiro, para-brisa, antena, mata cachorro, rádio etc. No meu caso só furto e roubo R$ 760,88. + PT e colisão R$ 1.143,88. + RFC 1.437,17. Estes valores variam conforme o perfil do contrato.

É isso, vamos ver quais são os outros mistérios escondidos da SHE.

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Recebi o kit transferência e nele tinham as seguintes notas fiscais:

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1NFMatrizFilial220922.thumb.jpg.721d0d2ef00c22e31c7681323bb16cf8.jpg

Haviam várias motos nestas duas primeiras NF e destaquei apenas a correspondente ao meu chassis.

Segue a segunda NF:

2NFRemessaComodato.thumb.jpg.743bc2cb041907f24275694f794eac3e.jpg

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E finalmente a minha NF com a bateria extra:

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3NFf.thumb.jpg.5c3ee5631e7100ebd4ae6d9334a5b5ab.jpg

Acabei de pegar a moto (23Nov22) e existem segredos que não podem ser divulgados aqui pois, devem permanecer entre o proprietário/condutor e o fabricante, quando você comprar a sua vai ficar sabendo de todos eles mas, existem outros que podem ser divulgados e vou mandando eles conforme tenho tempo de escrever aqui.

Para começar recebi o manual em PDF:

MANUAL DE PROPRIETARIO SHE-S.pdf

Fiz também umas imagens do carregador, só por fora porque vou esperar acabar a garantia para desmontar:

2.jpg.60424a8ac282de663cfe8061669c947a.jpg

3.jpg.97912ff553c0c4d7c70b764a01c2d184.jpg

4.jpg.4d88c4792e4d769f49fc4d3875a3cadf.jpg

Veio um fuzivel instalado e mais dois sobressalentes:

5.jpg.03c4e12b4c96d3d9add16047f6517e5e.jpg

Em um terminal vem escrito "F10AL250V" e no outro "CCC" dentro de um circulo e "CE", que parece ter sido escrito à mão igual se faz com escultura em grão de arroz.

Um usuário do grupo disse que vieram um no carregador, dois extras e um debaixo do banco numa caixinha no chicote da tomada de carga, todos eles F15A250V. Na minha só tem o fio, não tem a caixinha com o fuzivel.

Abaixo o manual impresso do carregador:

1M.jpg.6237e4dd07130338f0236b3b3ce8b611.jpg

E a sua tradução:

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IMG-20221222-WA0026.thumb.jpg.915f99a597a4bf1e2365e08f1c009058.jpg

A primeira coisa que pensei é que o usuário tentaria ligar a moto direto na tomada mas, parece que se precaveram e fizeram o conector diferente:

6.jpg.80202a12480e72ee427b89d5c25c5fd1.jpg

Acima o que encaixa na bateria e abaixo o que encaixa no carregador.

A gerente percebeu meu grande interesse no assunto e contratou um parceiro especialista em mecânica/elétrica para sanar algumas dúvidas técnicas que tenho do tipo e se cair um raio e se cair dois raios ou se por os dedos molhados nos terminais da bateria o que acontece?

Só de olhar eu imagino que o aterramento vai até o carregador e a partir dai segue sem aterramento.

Depois que eu obtiver mais respostas, compartilho aqui.

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  • 2 semanas depois...
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Hoje, 29Nov22, eu fiz a retirada técnica da moto, a gerente contratou o especialista Leandro que promove curso de manutenção em moto elétrica para me fazer a apresentação da moto ao mesmo tempo em que eu tirava minhas dúvidas e em alguns quesitos eu tive a impressão de que ele sabia a resposta porém, preferiu não me falar por algum motivo, como eu disse, "eu tive a impressão" e não sei se realmente algumas questões estão fora do campo de conhecimento ou se são guardadas a sete chaves, como o ponto de conexão da moto ao computador.

Para tentar transmitir as respostas que obtive, achei melhor expor princípios e conceitos gerais e como eles se encaixam no assunto;

-Erro de procedimento do usuário é a principal causa de problemas, não existe na literatura casos de incêndio espontâneo na bateria, o que existe são casos de utilização de carregador não original, de corrente ou carga diferente das especificações de fábrica, abertura da bateria por mera curiosidade ou tentativa de reparo ou reposição de células, além de modificações diversas como mudança de software ou parâmetros, gambiarras com várias baterias, o módulo foi projetado para trabalhar e suportar com 45 amperes, não foi projetado para equalizar as duas baterias ao mesmo tempo que somadas chegariam nos 70 amperes, sem contar a possibilidade de uma bateria descarregar a outra, a questão de desativação de sensores é complexa, basicamente invalida a garantia, tem até mesmo caso de curto circuito com a chave de ignição mal posicionada em outros modelos de moto, o cara errou o buraco de abertura lateral e enfiou a chave nos terminais da bateria.

-Outro principio é que o corpo humano só percebe a descarga elétrica ou choque com mais de 80/85 Volts. No caso de queda de raio é certo que os ocupantes não terão qualquer proteção mas, não é certo ou definido quais danos ocorreriam na moto, uma vez que o chassis não possui aterramento e grande parte das peças são de plástico, pouco se sabe que problemas teriam ao se colocar os dedos nos terminais da bateria entretanto, no caso de se realizar solda elétrica como por exemplo no bagageiro, a recomendação é para remover a bateria antes e pela lógica os demais componentes elétricos/eletrônicos não correm qualquer risco por conta da falta de aterramento. Outra lógica aplicada é que na fiação até o carregador vai correr 110V ou 220V alternados conforme a tomada e do carregador para frente 80V contínuos e tudo de diferente que o usuário fazer, vai lhe expor a estas tensões, combinando com o eventual erro do usuário em ligar o fio da tomada direto na moto ou na bateria, sem o carregador, vai fritar os componentes da moto e até mesmo provocar o incêndio da bateria, que neste caso, uma vez iniciado, não tem uma classificação de combate ao fogo, só restando esperar para que tudo se consuma, pode-se até tentar refrigerar com os meios conhecidos de combate ao fogo, pó químico seco, água, espuma e abafamento porém, nada disso consegue evitar o consumo gradual das células pelo fogo, sendo certo que elas "pipocam" todas uma a uma, a única forma de prevenção é utilizar a forma recomendada de uso e confiar no sistema de proteção BMS.

-Para se obter uma boa longevidade das baterias, com previsão de duração em mil ciclos, recomenda-se sempre dar carga assim que usa, não importa se muito ou pouco, o principio é que se guardar descarregada, a tendência é que a degradação seja mais rápida, mesmo que não utilize, dê uma carga toda semana. Importante saber que se deve esperar uns 15 minutos antes de iniciar a carga para que todo o sistema se resfrie e assim ela ocorra sem problemas. Não existe uma informação precisa se com mil ciclos a bateria deixa de funcionar mesmo as células estando em bom estado, o que se acredita é que dentro destes mil ciclos as células manterão uma razoável capacidade e ao longo da vida vão perdendo autonomia aos poucos, tipo consegue rodar inicialmente 80 KM e após algum tempo com a mesma carga só consegue rodar 70 KM e mais algum tempo 60 KM até não segurar mais carga.

-O usuário ao se deparar com algum problema de não conseguir andar ou recarregar a moto só pode ir até o limite de checar o disjuntor, por exemplo se o painel não acende é certo que o disjuntor está desligado, idem para o caso do carregador permanecer na luz verde sem carregar a bateria. O normal é a ventoinha se ligar e a luz vermelha se acender e só mudar para verde quando atingir a carga. Qualquer outro tipo de intervenção como remover carenagem ou conectores dá perda de garantia. No meu caso específico estou com grandes dificuldades em dominar a moto na ladeira porque ao acionar o freio, corta o motor e quando solto o freio, leva um tempo para o acelerador responder e dar força no motor, tempo suficiente para a moto andar para trás, eu ainda não consegui dominar esta questão e descobri que pode ser habilitada a função que impede a moto de descer a ladeira de ré:

descida.jpg.86c06164b99b9307a57d6fa234d684ff.jpg

No destaque acima em vermelho está a solução, bem como estou muito raivoso com o acionamento automático do "P" alguns momentos depois de parar a moto e bem na hora que o semáforo abre, puxo o acelerador e nada acontece porque entrou no modo "P", ai tenho que apertar o botão e esperar sair do "P" para obter aceleração. Eu imagino que se eu desativar o sensor do freio e esse maldito P automático vou conseguir dominar a moto, acontece que se eu fizer isto, perco a garantia. Vou ver se consigo abrir alguma exceção com o fabricante. Já sei que é possível desativar o "P":

2.jpg.6b381ff074700f8245ec95b91f4fe6f2.jpg

Outras pessoas do grupo conseguiram desabilitar o Parking e me passaram a informação (20Out23), tem que modificar o parâmetro PC14:

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Mudar de 56 para 30:

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Desta forma o Parking é acionado normalmente quando liga a moto e quando está com o pézinho acionado mas, ao apertar e soltar o botão de parking, ele só volta a ser acionado quando liga a moto ou quando aciona o pézinho.

Esta seria a solução ideal para mim, só falta testar e confirmar.

Outra coisa que pode ser mudada é a maior velocidade final ou aceleração:

maioraceleracaovelocidadefinal.jpg.1aebd820752a197c3eec21e52b7bf097.jpg

Exatamente na parte indicada dom o quadrado vermelho, eu não entendi bem mas, parece que deve mudar de 0 para 20 e testar como ficou.

Existe no manete o botão com o desenho ou símbolo de uma chave de boca, ele não faz nada ao ser acionado e está reservado para uso interno da Shineray para corrigir algum aviso no painel. Outro problema que pode ocorrer é o caso da ventoinha do carregador não ser acionada e se o usuário não perceber, corre o risco de sobreaquecer e queimar, igual acontece se não checar antes a tensão da tomada e a seleção manual do carregador em 110V ou 220V. O usuário também pode ligar apenas o carregador na tomada para checar se a luz vermelha acende e depois plugar na bateria, neste momento a ventoinha deve acionar, fazer esta ordem de ligação diferente do recomendado no manual não invalida a garantia e pode ser feita normalmente conforme o gosto do usuário, igual faz com a calibragem do pneu mais dura ou mais macia desde que não esteja muito longe da recomendada de 28 dianteiro e 30/32 traseiro (sem carga e com carga).

-A questão da integração com outros componentes de 12V como o caso do rádio PX; alguns componentes da moto funcionam em 12 Volts, como os LEDs mas, os fios são finos e podem não aguentar a carga, bem como diminuir consideravelmente a autonomia. O projeto dela prevê o uso de um dispositivo USB e é razoável que dê carga num rádio com plug USB ou jumperstarter e este alimente os dispositivos de interesse, como por exemplo o compressor de ar para encher pneu, o rádio de 12V, o notebook e até mesmo a chupeta na bateria de outro carro. Se tentar puxar a energia direto da moto ou da bateria vai dar algum problema.

-Tudo em torno de moto elétrica no geral é ainda assunto novo e repleto de segredos não desvendados, não existe um acesso a tabela de preços de peças, manuais de serviço ou esquemas elétricos como ocorre com outros dispositivos eletrônicos como celulares ou impressoras, na hora de fazer reposição de peças ou serviços tem que consultar com o fabricante o que se pode fazer e se não encontrar solução, pegar a peça e levar na Rua General Osório para tentar encontrar algo igual por comparação direta e se for parte de eletrônica vai ter que procurar no AliExpress. A quantidade de motos produzidas, vendidas e negociadas é tão pequena que nem sequer existe na tabela Fipe e a revenda é difícil, bem como não existem locais próprios de recarga, a única solução é uma tomada simples de 10A, 110V ou 220V.

-O uso de painéis solares ou geradores de energia até que podem dar certo desde que conectados nos 110V ou 220V lembrando que a carga completa pode levar algumas horas.

-As rodas são de alumínio e não existem restrições para o uso de vacinas anti furo nos pneus. No caso de furar o pneu traseiro a recomendação é levar no fabricante porque a roda é integrada ao motor e para fazer o reparo na prática tem que remover o motor e os borracheiros não tem qualificação técnica para fazer o serviço com segurança ou melhor dizendo preferem não se arriscar, é claro que o proprietário pode se aventurar com o reparo estilo macarrão sem a remoção do pneu mas, a tendência é que neste tipo de serviço se rompam os fios da banda de rodagem condenando o pneu. E é claro que não é possível fazer balanceamento ou reparos em máquinas preparadas apenas para a roda sem o motor junto.

-O que é feito na revisão obrigatória ainda é mistério, se imagina que sejam reapertados parafusos e checadas as conexões, no manual consta uma informação sobre a primeira revisão e a posição oficial do vendedor é que com três meses devo levar a moto em alguma oficina da relação e lá obter informações da próxima revisão, que deve ser em seis meses.

-A moto é resistente à água e não é a prova de água, este é o principio básico e decorrente dele sabe-se que uma chuva fraca não vai penetrar no interior da moto ou no motor, igualmente uma lavagem com mangueira de água sem pressão, uma ou outra poça de água rasa não causa nada, muito diferente acontece se enfrentar chuva forte, alagamento e lavagem com água em esguicho ou alta pressão, nestes casos a água entra nas partes internas, chega nos conectores e no motor e ai vai gerar uma série de novidades que podem ser bem esclarecidas para quem quiser fazer o curso de manutenção de moto elétrica. Se você não quiser passar por problemas, não ande em chuva forte, pare e espere passar, não entre em alagamentos, dê a volta ou espere abaixar as águas e não lave sua moto com alta pressão de água, use um paninho úmido e seja feliz.

 

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Recebi a lista de oficinas para fazer a revisão ou serviços:

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No meu caso são as mais próximas de onde moro e ela parece ser dinâmica, tipo vai mudando com o passar do tempo, por exemplo o Feltrin Motosport termina o contrato no fim de dezembro, já o Full Eletric nem existe, ou melhor, o telefone dá como inexistente e no endereço ninguém conhece a oficina, o Autolex fica dentro de um estacionamento, numa área reservada por grade e no momento da visita, só havia alguém para anotar o telefone com a promessa de retorno. No site da shineray tem um link para trabalhe conosco onde são enviados os dados e o curriculo, pode ser que seja por ai que os interessados em fornecer o serviço se cadastrem. Também recebi o contato do distribuidor oficial caso queira comprar as peças e eu mesmo fazer o serviço:

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Também consegui um catálogo de peças sem os preços:

CATÁLOGO SHE S - 21.07.2022 (1).pdf

Pelo que entendi não tem o velho padrão de levar na concessionária para fazer a revisão e de fato deixaram a tarefa para especialistas em moto elétrica, liguei e conversei com alguns para saber como funciona e não consegui arrancar muitas informações além de que o serviço é basicamente dentro ou fora da garantia, para consumidor final ou empresa, sendo necessário apresentar a nota fiscal de compra e fazer um relato do ocorrido para validar o serviço em garantia.

Como exemplo tem o caso do suporte da pedaleira que se quebra naturalmente com o peso do corpo ou quando a moto tomba ou bate:

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Comum acontecer com piloto gordinho, já que lá na China são todos esbeltos e o projeto foi destinado ou melhor, não previu alto índice de massa corporal.

Explicando melhor; na realidade também acontece de se soltar as soldas da parte onde o suporte é parafusado:

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Parece que se trata apenas de pouca solda e uma solução seria reforçar a solda em volta da porca:

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Lixar e depois pintar.

No caso da quebra é possível parafusar a pedaleira direto no buraco do suporte e seguir viagem:

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Só deve se lembrar que esta gambiarra exclui a garantia.

No caso de soltar a peça não tem outro jeito senão seguir com o pé pendurado, se bem que quando quebrar a parte de baixo:

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Ainda dá para parafusar na parte de cima e continuar a andar:

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Até quando quebrar também, ai eu imagino que tirando o parafuso central dá para passar uma barra roscada dentro, presa por porcas, que serviria de estribo.

Se a narrativa contiver a palavra queda ou batida, o serviço fica fora da garantia e o suporte custa R$ 179,90 + R$ 69,90 de frete e mão de obra em R$ 150,00 mas, se disser que quebrou sozinho enquanto andava, o reparo é feito na garantia sem despesas.

Se bem que a formação desta opinião varia de um mecânico para outro, uns acham que é garantia e outros não acham, não existe um consenso.

Esta peça em particular é exclusiva deste kit de moto e não é encontrada no mercado paralelo e eventualmente pode ser achada no mercado livre ou outro site semelhante, anunciada imagino eu por alguém que quebrou um lado, se assustou com o preço e mandou fazer um par novo, mais resistente, e resolveu vender o lado que sobrou. Esta peça também é conhecida como "bacalhau", por conta de seu formato ser semelhante.

No Ali tem ela com o nome de Super Soco:

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Eu quebrei a cara comprando esta peça pensando que iria servir e não serviu, simplesmente é maior do que a original:

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Em preto são as medidas da peça anunciada e em vermelho são as medidas da peça original da SHE. A única parte que conferiu foi a rosca do parafuso de prender a pedaleira, todo o resto é diferente e em tese poderia ser adaptada com outros parafusos de cabeças mais largas.

Já outras peças não são exclusivas, como por exemplo o manete direito original custa R$ 150,00 e funcionalmente é idêntico ao manete direito da Fazer XTZ 125, 250 Lander (90/...), sendo que o esquerdo dela usa cabo de aço e não serve. Também idêntico ao da Yamaha Nmax, ambos os lados que podem ser encontrados a partir de R$ 10,00 a unidade.

Importante saber que se o proprietário fizer alterações ou personalizações na moto pode incorrer em infração de trânsito como alterar características do veículo ou do sistema de iluminação, bem como um inquérito de alteração de originalidade acarreta na perda da garantia. Instalar antena corta linha de pipa, para-brisa bolha, baú, bagageiro etc. desde que não seja soldado ao chassis não implicam perda de garantia.

Existem diferenças sutis nas peças originais que as diferenciam das não originais, facilmente identificáveis por quem trabalha com isto e pelo que pude observar os usuários rodam com as peças preferidas e no momento da revisão recolocam as peças originais para não serem descobertos e perderem a garantia.

Escolhi algumas peças e fiz uma cotação de preços:

SEGUE OS VALORES , COTAÇÃO VÁLIDA PARA 15 DIAS SUJEITO A ALTERAÇÕES DE VALORES : CONJUNTO DE FREIO DIANT. / TRAS. COMPLET NÃO VENDE SEPADO SÓ UM LADO ,SÓ VENDE O CONJUNTO DIREITO E ESQUERDO R$ 1.599,00

ASSENTO R$ 399,90

CARREGADOR R$ 998,90

CHASSI R$ 1.990,00

CHICOTE DO CONTROLADOR NÃO TENHO 

CHICOTE ELETRICO NÃO TENHO 

CONJUNTO ACELERADAOR R$129,90

CONTROLADOR ELETREICO NÃO TENHO 

INTERRUPTOR ESQUERDO COMPLETO R$ 95,90

PAINEL COMPLETO R$ 339,90

DISJUNTOR 63A CURVA B R$ 20,90

PORTA OBJETOS R$ 125,90

ESPELHO RETROVISOR PAR r$ 65,90

BAGAGEIRO TRASEIRO R$ 449,90

BATERIA 72V 35AH R$ 4.990,00

CABO DE conexão NÃO TENHO

MOTOR ELÉTRICO NÃO TENHO

O vendedor não consegue informar o valor de peças fora do estoque, porque são compradas em dólar, trazidas da China, automaticamente sai do sistema quando está zerado o estoque.

Na internet o comentário é que o motor é o M50S Votol:

Votol.jpg.e2dc7a22cf55bb8b347ca7809012a83b.jpg

No ali talvez seja esta a controladora:

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Aproveito para por a imagem dos fios e do cabo de conexão:

fios.jpg.f93bf247712dddd6b52fa4c5e0ee6de2.jpg

E achei um anúncio de um motor visualmente parecido:

MOTORALI.thumb.jpg.a9252eff489efb2782784043e689a553.jpg

Não sei se a controladora vem junto ou não mas, tem um esquema:

MotorAliexpress.jpg.f898e465c8be553c571f982b387c1a6b.jpg

Esquema.thumb.jpg.0ac750254b759a41dc6c3317390ef5a7.jpg

E parece ser possível obter mais dados técnicos com os vendedores, lembrando que o preço sofre tributação ao entrar no Brasil.

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A titulo de curiosidade, um breve vídeo da ventoinha do carregador em funcionamento:

O som real dela é idêntico ao som da ventoinha das fontes 12V de LED e muito parecido com o som de ventoinha de computador de mesa, durante o carregamento ela não tem variação ou oscilação de diferentes velocidades, ou está sem girar quando desligado ou está girando quando ligado.

Outro detalhe é a área de maior aquecimento durante a recarga:

aquece.jpg.bcfb18ef0092b31245b7b2c803655f81.jpg

No destaque o circulo vermelho com mais aquecimento exatamente onde estão as cabeças dos parafusos, dá para segurar com a mão sem queimar, por alguns momentos antes de ficar insuportável, apenas nesta área fica mais quente que o resto do carregador e aproveitando a foto, o sentido do ar é para fora, entrando pelas aletas na outra extremidade e saindo pelas pás da ventoinha.

Medi as temperaturas após sete horas de recarga, ambiente 26 graus, tomada elétrica na parede 32 graus, chassis do carregador 37,5 graus, área dos parafusos do carregador 42,7 graus, bateria 32 graus.

Eu utilizei algumas vezes a bateria principal em percursos de 3 ou 6 km e depois realizava a recarga, o indicador sempre ficou com a última barra apagada no painel, sem mostrar alteração, depois fiz três percursos de 12 km sem recarga com a mesma indicação no painel da moto quando de repente, sem qualquer alarme ou aviso prévio o indicador pulou para uma única barra piscando, provavelmente indicando o fim de carga, rodei ainda cerca de 4 Km procurando um lugar mais seguro para trocar as baterias até que a moto perdeu potência, não passando de 20 ou 25 Km/h e cerca de 500 metros depois parou por completo.

Neste momento eu desliguei a moto e esperei dois minutos para ligar de novo e no painel apareceram 4 barras, ai desliguei de novo e troquei a bateria, eu imaginava que as barras iriam diminuindo gradualmente igual ocorre com o indicador de carga de um celular, espero que a bateria não se comporte sempre assim e que se estabilize igual ocorre com outras baterias novas tipo Lipo que nas primeiras recargas não pegam boa carga ou se descarregam rápido, ficando com cargas plenas e duráveis após algumas recargas, importante observar que na hora de trocar os conectores eu estava quase ligando uma bateria na outra porque me atrapalhei e ainda por cima fisicamente era possível, sabe-se lá o que poderia ter acontecido mas, com certeza a moto não teria ligado, se tivesse ligado os polos certos acho que uma bateria descarregaria a outra até ficarem iguais e se tivesse ligado os polos invertidos teria incendiado tudo.

Submeti a bateria reserva às mesmas exatas condições e ela se comportou diferente, com cerca de 20 Km o indicador caiu para uma barra, pulou direto de cinco para um e não ficou piscando, sendo que ao soltar o acelerador o indicado subia para quatro barras e só baixava para uma quando acionava o acelerador, ficando assim até completar os Km de percurso sem ocorrer perda da velocidade e sem parar, ao final todos os LEDs da bateria acendiam. A principio eu diria que a bateria principal está ruim ou defeituosa entretanto, vou repetir os testes e ver se as medições continuam com diferença.

Segue a comparação dos LEDs indicadores da carga da bateria:

Cargacheia.jpg.6f0c5a93f03d8316aa5741f0374dbf80.jpg

Acima com a carga cheia e abaixo com a carga vazia:

vazio.jpg.b26cb6313df07a92a8c69f918ecda882.jpg

Tem que apertar o botão para eles acenderem com a indicação, assim que solta eles se apagam. Isto confirma a informação que o vendedor me passou de que realmente os LEDs indicam a real carga da bateria, diferente do que eu acreditava ser um mero indicador de saúde em que todos os LEDs se acendem independente da carga real, apenas indicando que está tudo bem.

Outros detalhes observados; em apenas duas horas de carga os LEDs ficam todos acesos (tem que apertar o botão) e a bateria fica com as laterais mornas, semelhante a ficarem expostas ao sol por pouco tempo e depois disso não aquece mais pelas próximas seis ou oito horas até o carregador acender a luz verde.

Aproveitando segue a visão da tampa superior da bateria com o conector aberto:

Tampa.jpg.ac3c141b038c385561468615e89a023c.jpg

E a etiqueta lateral:

Etiqueta.jpg.f564d714a1a8aa975cbe1fde7fa92a2a.jpg

Finalmente alguém abriu a bateria:

https://youtu.be/lPnrq5EwOU0

E respondeu a muitas perguntas, agora sei que tem como monitorar as células prismáticas ou retangulares que são iguais a que uso na lanterna jumpstarter, não são cilíndricas. Basta seguir os passos do vídeo, comprar a nova BMS e ir monitorando, quando identificar é só trocar a defeituosa, o que parece ser realmente difícil é desmontar o PAC.

Em maio de 2023 eu comprei exatamente esta bateria do vídeo com a BMS controlada por Bluetooth, achei muito divertido observar como a tensão das células vão mudando e se ajustando, depois vou criar um tópico específico.

Ainda na questão da recarga da bateria, existe um consenso no sentido de que uma carga mais lenta degrada menos a bateria, ocorre que na prática ao carregarem 110V o tempo de recarga é maior e se carregar em 220V o tempo de recarga é menor em cerca de um terço porém acredita-se que este tempo menor de recarga vai degradar a bateria mais rapidamente. A conta que quero fazer seria chegar na solução a longo prazo financeiramente se seria melhor carregar em 110V ou 220V, considerando que carregando em 220V a conta de luz vai ser mais barata do que carregar em 110V e considerando também o fator de troca da bateria degradada que em tese a carregada sempre em 220V vai durar menos, ou ter uma vida útil menor do que a carregada em 110V.

Veja bem, um dos argumentos dos vendedores de moto elétrica é que não existe preocupação em se saber se a energia elétrica está adulterada ou não, já que em comparação com a gasolina e o álcool, podem estar adulterados e causar uma série de problemas, acontece que eles não tem noção destas pequenas particularidades dos veículos elétricos. Eu compararia a ter um carro flex e ter que ficar fazendo contas na hora de abastecer se é melhor com álcool ou com gasolina e se o clima está frio por um pouco de gasolina misturada no álcool para dar melhor partida. Acrescento ainda o detalhe da tomada de três pinos, caso consiga que alguém lhe empreste uma tomada num caso de emergência, geralmente só vai ter dois pinos e você não pode arrancar o terceiro pino para não perder a garantia, ai terá que carregar sempre um adaptador ou ir utilizando um cabo de dois pinos. Muito curiosa é a forma como nos adaptamos de uma matriz energética de combustível sólido para uma elétrica, cheia de dúvidas e percalços, por exemplo não dão garantia para o uso em fora de estradas ou em estradas de terra por conta do pó entrar nos conectores, só que na prática, pelo menos aqui em São Paulo uma estrada de terra batida e cascalho tem menos irregularidades, buracos e sujeira do que o asfalto, quem anda aqui sabe muito bem o que eu estou dizendo.

 

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  • 2 semanas depois...
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Entrei num grupo de WhatsApp em especial da Shineray SHE-S, através do Instagran shinerayshes, no momento 104 participantes. Logo de cara peguei muitas informações que considero importantes e estou tentando agrupar e sintetizar, se bem que, acho melhor ir lançando aqui conforme for descobrindo;

Um principio geral é que toda a base de conhecimento adquirido com a utilização de drones se aplica para esta moto, principalmente na utilização das baterias.

No caso dos indicadores de carga tanto os LEDs da bateria como os indicadores do painel são próprios para indicar a carga de bateria de Li-ion e não são para LiFePo4 em que a tensão tá sempre alta entre 77 e 79V, com curva de descarga não linear, seguindo a tabela 100% = 79.2 (resting), 90% = 79.2V, 80% = 79V, 70% = 78.6V, 60% 78.4V, 50% = 78.2V, 40% = 78V e 20% = 77.6V, abaixo de 77V cai tudo, portanto, neste caso, os indicadores de LEDs e de painel são praticamente inúteis.

Uma forma emergencial de gerenciar o fim de carga da bateria para não ficar parado na rua sem carga nenhuma é seguir a seguinte tabela:

78,5V rodar no máximo a 25 Km/h

78,0V rodar no máximo a 20 Km/h

77,5V rodar no máximo a 15 Km/h

77,0V não consegue rodar, só vai empurrando ou carregando.

Mesmo que o painel se apague, ainda dá para desligar o disjuntor, esperar três minutos e ligar de novo, assim o painel se acende mostrando o residual da tensão, eu fiz o teste depois que apagou o painel, desliguei o disjuntor e esperei trinta segundos, liguei de novo, e o painel se acendeu indicando a carga atual.

A descarga da bateria abaixo de um limite é extremamente prejudicial, acaba por degradar a capacidade da bateria antes do tempo, principalmente se for guardada descarregada.

 

Salientando que estas informações que estou colhendo são obtidas das conversas dos diversos usuários, alguns não tem a moto e outros tem, sendo certo que estou escrevendo o que entendi do assunto tratado e resumindo aquilo que considero importante, no caso alguns temas já estavam em andamento antes de entrar no grupo e só tive contato com partes incompletas.

 

Na questão do motor um usuário queria cotar as opções de troca de motor e um outro apresentou algum problema no motor sendo orientado a levar a moto em algum lugar mais próximo para efetuarem a troca na garantia, acontece que a loja mais próximo dava mil quilômetros de ida e volta e em resumo as opções fora da garantia envolviam mandar rebobinar ou enrolar novamente sem uma cotação do valor do serviço, isso claro que na situação de queima, também havia a opção de comprar um motor novo fornecido por integrante do grupo por R$ 3.490,00 com a opção dar em troca o usado com defeito e pagar a diferença de R$ 2.490,00 ai iriam tentar reformar o motor com defeito, além disso cotaram o motor da Watts por R$ 5.500,00.

Tinha também a opção da importação pelo Ali. A questão da numeração do motor e da regularização não foi comentada.

Ainda no motor a capacidade real é de 2000W e não a anunciada de 3000W, só não sei como constataram isto.

Outra interessante informação é que o usuário que trocou a BMS original da bateria por uma BMS do Ali que se conecta ao telefone e permite a monitoração, fez um teste de recarga utilizando o carregador original da Shineray constatando que o carregamento ocorre em torno de 5A, mais exatamente 4,8A, isso em 220V enquanto que o carregador não original bivolt automático do Ali faz o carregamento em 10Ah também em 220V.

Na realidade o carregador original promete 10A e só entrega 5A. Do meu ponto de vista tem a questão de estar utilizando uma BMS não original e ainda levanto a questão de que não seria melhor para a longevidade da bateria carregar em 5A do que em 10A? A resposta é 5A.

Olhei as inscrições no carregador e me deu a entender que em 220V entrega 5A e em 110V entrega 8,5A. Ocorre que input é entrada e output é a saída na qual está escrito 10A.

Levantaram a questão da inteligência do carregador o qual em determinadas circunstâncias entra maior ou menor corrente, como por exemplo na primeira hora de carga atinge uma porcentagem e dai para frente manda menos carga, começa com carga rápida e termina com carga lenta.

Eu observei que após terminar a recarga, por alguns momentos voltava a carregar de novo e parava, a explicação lógica é que as células não ficaram com a mesma carga e momentos depois baixaram o valor para o mesmo da célula mais baixa, o que reativou a recarga, isto no caso de estar carregando direto na bateria, já no caso de estar carregando na moto, algum sistema como por exemplo o alarme está ativo e consumindo a carga e portanto passível de reativar a recarga para equalizar as células.

O retentor da Bengala é igual ao da Honda Titan 150 CBX 150/CBX 200 medindo 31X43X10,3. O óleo é o Fork oil 10W e uns dizem ter 175 ml e outros dizem ter 250 ml em cada garfo ou bengala.

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  • mês depois...
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Um usuário do grupo relatou que não conseguia carregar a moto mesmo conectando o carregador na moto e na tomada a luz verde permanecia acesa e a luz vermelha de carregamento não acendia, ai ele tentou direto na bateria e conseguiu carregar, só que na hora de andar na moto simplesmente o painel não acendia, ou melhor acendia apenas o nome Shineray em verde, após algum tempo ele checou o disjuntor e descobriu que havia derretido na junção do fio, segundo ele o motivo teria sido que não estava bem preso e causou faíscamento e derreteu em volta do conector:

derrete.jpg.5dff2a6a05819ca62e66da4127b2838d.jpg

Então em cima do assunto eu lancei a intenção de estanhar a ponta do fio para evitar o ocorrido, ai veio a história do efeito joule e que o certo é colocar um terminal no mesmo material, é uma série de conceitos, começa com o calor provocado que vai derreter o estanho e fazer ele escorrer, depois vem a eletrólise quando um material perde material para outro, tipo cobre ligado em alumínio.

Apareceu um segundo caso de motor queimado que foi trocado na garantia, ai citaram uma empresa que rebobina o motor: www.brasileletromecanica.com.br 31 997067846.

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  • 3 semanas depois...
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Um outro usuário rodou 18.000 km e percebeu um jogo nos rolamentos do motor, a garantia cobriu porém tinha que esperar as peças chegarem, na realidade o embrólio foi complexo porque inicialmente a assistência não sabia o que fazer e o proprietário decidiu parar a moto para não correr o risco de danificar o motor, se passaram algumas semanas para conseguirem alguém que sabia o que fazer neste caso que simplesmente é a troca dos rolamentos 6206RZ e 6205RS, um de cada lado, no final o proprietário optou por pagar o serviço e as peças e assim voltar a andar logo com a moto mas, não disse quanto pagou.

Foi divulgada uma lista de peças que podem ser compradas no Ali:

 

Controladora

https://pt.aliexpress.com/item/1005002324390319.html

Hoje R$ 431,92 + 135,14 de frete

 

Carregador 10A

https://pt.aliexpress.com/item/4001361607464.html

455,49 + 89,58 (eu comprei um e fiz um post sobre ele)

 

Alarme

https://pt.aliexpress.com/item/1005004742242865.html

47,30 com frete grátis

 

Painel

https://pt.aliexpress.com/item/1005003523639503.html

79,98 + 54,06

 

Acelerador

https://pt.aliexpress.com/item/1005003918624120.html

157,56 + 98,58

 

Disco de freio dianteiro

https://pt.aliexpress.com/item/1005004925041170.html

116,91 + 22,97

 

BMS da bateria

https://pt.aliexpress.com/item/4001231926555.html

196,84 com frete grátis

 

Alavancas de freio esportivas

https://pt.aliexpress.com/item/32702954060.html

75,01 com frete grátis

 

Disjuntor

https://pt.aliexpress.com/item/623944511.html

7,20 + 27,01

 

Chicote do motor

https://pt.aliexpress.com/item/1005004885516074.html

151,39 com frete grátis

 

Sensores de freio

https://pt.aliexpress.com/item/1005004225326616.html

20,84 + 15,66

 

Conversor tensão

https://shopee.com.br/product/252076006/17411667061?d_id=df7cd&utm_content=3HSvMkUtN3hDK8Xq2AcYeHHLr6gX

34,41 + 6,50

 

Este último é no Shopee.

Tem também uma peça que trava o freio, seria uma espécie de freio de estacionamento, hoje eu fui calibrar o pneu num posto com inclinação no solo e não encontrei um jeito de parar a moto a não ser apoiando a roda na guia para ela não andar sozinha.

Na parte de proteção a queda parece que nada se adapta a esta moto.

 

-Manete de freio convencional Yamaha Nmax direito e esquerdo.

-Retentor de Bengala CG 150 (31X43X10.3).

-Rolamentos do motor 6206RZ e 6205RS.

-Pastilha de freio traseira Honda Twister 2008.

-Conector da bateria Anderson SB50 cinza.

 

A revisão de 90 dias da minha moto ficou assim; como completou a data na véspera do carnaval foi dado a entrada do pedido das peças e enquanto elas não chegam, eu vou rodando, quando as peças chegarem eu paro a moto e eles fazem o serviço.

O para-lama dianteiro é fixado em quatro pontos, dois deles já quebraram e eu desmontei para tentar remendar no estilo de derreter plástico.

Um dos retentores do amortecedor dianteiro está rompido e vazando óleo.

Na questão do bater das baterias o único conselho é para usar feltros adesivos grossos, não sei ainda os detalhes de espessura e local de aplicação.

 

Numa visita a loja da Watts eu fiquei sabendo que atualmente o comércio está voltado a montadora e deixam o pós venda, manutenção, garantia, peças e revisão a terceiros, sendo que a vendedora prevê que nos próximos 4 anos este panorama deve mudar e as montadoras também estarão fornecendo peças.

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  • 2 semanas depois...
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Hoje, 15Mar23 eu notei que a moto perdeu um pouco de potência e fiquei desconfiado da ponta do cabo que vai no disjuntor, toda vez que eu tiro e coloco as baterias acabo forçando um pouco o cabo então, resolvi fazer uma revisão do cabo antes que a situação fique pior.

Para começar basta abrir a tampa da moto e usar alguma coisa para amarrar ela aberta:

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No destaque em verde as pessoas costumam amarrar neste ponto e no guidão para que as molas (destaque em azul) não fechem a tampa. Eu particularmente estou encaixando a tampa numa parte do guidão, destaque em vermelho, a tampa fica um pouco empenada e espero que a longo prazo não venha a se danificar. Uma outra alternativa seria posicionar a cabeça ou o ombro de forma a segurar a tampa enquanto se usa as duas mãos para remover a bateria, veja bem, com uma mão você puxa a bateria pela alça e com a outra mão você desenrosca os fios e outras partes que impedem a bateria de sair, idem para encaixar de volta a bateria, em seguida desliga o disjuntor e desconecta os terminais:

2.jpg.31615ce65e85879f35ae7b0af27fa999.jpg

E depois de remover as baterias:

3.jpg.cd3275e77632abcc0ce661fbb266b9ad.jpg

Usa uma simples chave de fenda normal ou philips para soltar o parafuso que prende o cabo ao disjuntor, na sequência tem que soltar o terminal do conector Anderson de 50A:

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Acima o esquema em corte lateral para se entender como funciona o esquema, basta usar alguma coisa para empurrar a lâmina que trava o borne e assim puxar o fio para fora:

5.jpg.4633ec7dd1ddc24dd87f3669b9a1f978.jpg

Eu usei uma ferramenta de dentista como mostrado acima. Com o fio removido, vem a análise de todo o conjunto, a começar pelo ponto de encaixe no disjuntor, note que no local onde ocorre a torção do cabo, alguns fios se romperam:

A1.jpg.049ccc15957f56fa1d30981ceff13128.jpg

Bem como parte dos fios está oxidado, não há sinal de zinabre. Pelo que sei, este ponto começou a criar uma resistência a passagem da energia elétrica e se não tomar providências, vai evoluir até o ponto de entrar em curto a a moto parar de funcionar, como mostrado bem mais acima na foto do disjuntor queimado.

A2.thumb.jpg.ef0600e39cac3caecdcfc96426e97e48.jpg

O restante do cabo está em boas condições apesar de alguns arranhões de uso, o plástico não está rompido ou ressecado:

A4.jpg.29096f666a1bb1b242af1baa0a18876e.jpg

No borne alguns fios se romperam também porém, ainda não se nota a formação de oxidação:

A3.thumb.jpg.d03bbee576f74abcf86f3f8a08fb908a.jpg

Seguindo o principio da análise do cabo em seu todo, a melhor solução seria cortar a ponta danificada, estanhar ou climpar um conector e por para funcionar de novo. Se o cabo estivesse ressecado, oxidado, quebradiço ou esfarelando teria que ser trocado.

Como eu não tenho o terminal para climpar, optei por recuperar na base de solda, mesmo sabendo que a solda tende a esfarelar com o tempo, primeiro desempenei ao máximo os fios rompidos:

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Ai passei pasta de solda:

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E fui soldando aos poucos, me recomendaram a evitar esquentar este fio:

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Na sequência soldei também os fios rompidos na outra ponta:

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Depois limei o excesso:

R4.jpg.a59752ab1f64887566bd2b3f8f6ea3e7.jpg

Até chegar no acabamento final, é claro que se tivesse utilizado um pote de solda seria bem mais fácil bastando mergulhar a ponta do fio.

R5.jpg.039bbed509e21a9a7d95f973d76dc46d.jpg

Ficou assim, acima e abaixo:

R6.jpg.6c825f15bf0c5b247a523a814dfb7b74.jpg

Terminado o serviço o cabo ficou assim:

R7.jpg.33cad7b8e91c581d7073b97b3eb143c0.jpg

Para remontar segui a ordem inversa de desmontagem:

T1.jpg.e83cc997b8135a29048f7f1d4519a407.jpg

Notem que o ponto onde os fios estavam rompidos ficou coberto pela solda e ao torcer novamente o cabo para encaixar a bateria:

T2.jpg.41d9516c8964cc5358bc276135915f7f.jpg

Mudei o ponto de torção e desta forma, acredito que os fios vão começar a romper num ponto diferente.

Analisando a situação; parece ser de bom grado utilizar um terminal que evitaria a dobra acentuada do cabo 10mm e consequentemente o rompimento dos fios internos.

Vou ver como se comporta esta gambiarra e já estou me preparando para comprar alguns bornes novos do conector Anderson, alguns terminais e um pedaço de fio novo. Depois eu conto se a perda de potência era realmente isto.

 

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  • 3 semanas depois...
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Descobri a causa da aparente perda de potência: engordei 10Kg.

Muitas informações tem circulado no grupo de wattsapp; usuários venderam a moto por um valor bem abaixo do mercado entre 14 e 16 mil, no caso parece que necessitavam de maior potência para utilizar em estradas, um dos compradores entrou para o grupo cheio das mesmas dúvidas gerais da moto.

Um outro usuário relatou que o para-lama na garantia finalmente chegou após 8 meses do pedido, o dele é o personalizado do homem de ferro que vem em duas cores e logo em seguida foi pintado todo de preto.

Teve um relato de acionamento do indicador de falha no motor elétrico:

painel.thumb.jpg.7500238ce8f726583c54d7e15d12695a.jpg

A letra M com o circulo em volta, segundo o usuário ele transitava normalmente e o indicador era acionado juntamente com o corte ou perda de funcionamento do motor, outro usuário disse que seria problema de sensor hall do motor. A moto foi enviada na garantia e cerca de um ano depois o resultado foi este:

Laudo.jpg.3216afc5e930926e78f84f148587e81e.jpg

E abaixo as imagens do estrago interno decorrente da entrada de água:

motor1.thumb.jpg.d89605819dd9fe8d8a6593fd0892d996.jpg

Motor2.jpg.fb1f02d05772740675a85be41b11cb06.jpg

Posteriormente outro usuário relatou o acionamento do M, foi após passar em um buraco, depois que desligou e religou o M sumiu mas, qualquer trepidação aciona o M de novo. Na garantia ninguém sabe o que é e nem o que fazer, inicialmente disseram que deveria trocar a controladora. Novamente outro usuário repetiu a tese de ser algo no sensor hall do motor e realmente faz todo o sentido ser no sensor, porque com a trepidação ele deve dar alguma leitura incorreta, talvez esteja parcialmente solto ou começando a se soltar.

Outra curiosidade é que se um dos ímãs trincar, acaba virando dois ímãs que darão a informação incorreta ao sensor hall. 

Outro assunto muito comentado é sobre o farol, que é um modelo fácil de ser encontrado no AliExpress em diversas versões ou estilos diferentes mas, o que causa aflição nos atuais proprietários é o fato de não ter como se regular a direção do facho de luz que é ligeiramente um pouco acima do que deveria ser, ou seja, não ilumina o solo, ilumina o nada a frente, a minha opinião é que o farol é apenas um item obrigatório para atender a legislação, um mero enfeite sem utilidade funcional porque além de não ser capaz de iluminar um buraco logo à frente, também não pode ser sequer notado por outros motoristas ou pedestres, na prática quando ando no corredor os motoristas só abrem o espaço quando vem outra moto a combustão atrás de mim ou quando paro a moto logo atrás do retrovisor e fico esperando pararem de falar no celular quando se dão conta da minha presença e gentilmente fazem aquela leve inclinada de direção andando um pouco para frente liberando a minha passagem. Ainda na questão do farol, ele tem a opção de desligado, apenas a assinatura LED, farol baixo e farol alto, na foto sai muito bem tanto de dia como de noite e no trânsito do dia a dia não faz diferença estar em numa ou noutra posição porque ninguém enxerga ou todos fazem de conta que não estão vendo, no meu caso eu ando sempre acesso no baixo, tanto de dia como de noite.

Um usuário disse que para desativar o parking basta entrar na controladora pelo cabo USB, usando o programa da Votol, salvar as configurações sem mexer ou alterar nada que "você já perde o parking definitivamente" simples e fácil assim.

E pensando neste assunto eu imagino ou pondero algumas considerações:

1-A programação de fábrica deve ser feita no fabricante da China;

2-A programação de montadora deve ser feita na montadora e

3-A chamada programação de fábrica deve ser encomendada por quem vai fazer a montagem e entregue já programada pelo fabricante.

O que eu não consigo entender é porque raios simplesmente salvar a mesma configuração sem fazer qualquer alteração acaba desativando o Parking? Não tem uma lógica aparente que explique isso e de qualquer forma já fiz a compra do adaptador USB CH340:

ch340.jpg.d777daa016b778a2303a25bfabebfa25.jpg

E quando chegar vou estudar mais a fundo a conexão dos fios, numa primeira etapa para depois estudar o acesso pela USB e as telas com suas respectivas configurações originais.

Num outro tópico aqui no CDH:

Estou tratando a situação da utilização do cabo Y para unir e utilizar duas baterias ao mesmo tempo e achei interessante como vou aprendendo mais sobre o assunto à medida que as pessoas vão divulgando sobre.

Antes de comprar a moto eu sabia que as baterias seriam de lítio e desconfiava que poderia existir uma BMS imaginando que seria do tipo usado na Voltz com células cilíndricas, depois que comprei alguém abriu a bateria e mostrou como é por dentro, também trocou a BMS original por uma BMS com monitoramento por Bluetooth além de afirmar categoricamente que as células são de lifepo4 e prismáticas.

Até este momento eu tinha reparado que o fio de entrada de carga era mais fino que o fio de saída de carga e apenas ontem é que fui introduzido no conceito de porta de entrada de carga e porta de saída de carga que podem ser separadas ou não.

Lá atrás eu tinha minhas dúvidas sobre o que aconteceria se unissem duas baterias e agora com as informações que tenho, eu penso quase ter a resposta.

Então, vamos lá, vou tentar explicar como acho que funciona; primeiro eu uso como referência a bateria do modelo SHE 3000 da Shineray, em específico a que vem com uma bateria grande no lugar do antigo motor a explosão, quando fiz a visita na loja e pedi para abrir o compartimento pude notar que não havia uma porta específica de entrada e outra de saída, ou melhor dizendo uma porta de carga e outra de descarga, só observei que havia uma única porta, no caso um conector SB120 Anderson de 120A, fisicamente maior que o utilizado na minha SHE-S SB50 Anderson de 50A, agora eu sei que esta moto tem a base de porta única tanto para recarga como para descarga, em outras palavras a BMS vai executar o seu trabalho de proteção da bateria seja durante a carga ou seja durante a recarga, seja ela direto na bateria ou seja ela ligada na moto.

Tendo definido este primeiro ponto, vamos partir para a parte mais complicada e difícil de entender para mim que sou novato no assunto, a bateria da SHE-S tem uma BMS diferente no seguinte aspecto; a base das portas são separadas, ou seja, a porta de entrada de carga C13 plug A de 10A (conector preto igual ao das fontes de computadores) tem fios mais finos que a porta de saída de carga pelo conector SB50 Anderson 50A (conector cinza).

A orientação que recebi de alguns usuários do grupo é que não posso unir duas baterias pelos conectores Anderson com diferença de tensão entre uma e outra bateria, ou melhor, uma bateria carregada e a outra descarregada, na realidade a única forma segura e ideal de união é com as duas baterias carregadas e com a mesma tensão ou pelo menos com uma diferença de décimos de volts não maior que 0,3V.

Outras combinações como por exemplo: as duas descarregadas não é indicado.

No geral disseram que eu devo imaginar duas caixa de água sendo unidas e qualquer diferença de nível entre uma e outra fará com que a água em excesso de uma passe para a outra em déficit, literalmente nesta situação de diferença de tensões vai ocorrer desde incêndio, passando por estufamento até aquecimento desnecessário.

Acontece que, sabendo destes detalhes, entramos agora na parte do conceito da BMS de portas separadas; quando unimos as duas baterias seja pelos conectores SB50 ou pelo cabo Y, estamos unindo elas pela porta de descarga e esta BMS original que vem na bateria tem capacidade de proteger a bateria em caso de descarga por esta porta, não tem capacidade de proteger quando a carga entra pela porta de descarga.

Pelo menos é isto que se acredita ser pois ainda não se encontra literatura oficial na internet.

Já do ponto de vista das portas de carga pelo conector C13, a BMS tem capacidade de proteger a bateria no momento da recarga e não tem capacidade de proteger a bateria no momento da descarga.

Essa proteção a que me refiro é o desligamento do fornecimento ou recebimento de energia quando se atinge parâmetros pré estabelecidos que farão com a as células trabalhem dentro de uma faixa segura onde se possibilita uma longa vida útil.

Resumidamente a BMS faz com que as células trabalhem entre uma tensão máxima e uma tensão mínima, caso se ultrapasse a tensão máxima ou a tensão mínima ocorrerão danos na integridade ou capacidade de armazenamento delas, tornando-as incapazes de fornecer o que é esperado.

Existe bastante literatura para as lifepo4 utilizadas em sistemas solares mas, nada específico para baterias utilizadas em motos elétricas.

Segurando estes dois conceitos de proteção na entrada e na saída vamos trabalhar em duas situações:

Primeira; unindo os conectores SB50 devemos ter em mente que o projeto está destinado apenas a situação de descarga, no caso de recarga por esta ligação as BMS não estão preparadas para atuar na proteção das células e poderão permitir uma passagem maior de tensão ou corrente fora da faixa de utilização normal.

Imagine uma via de trânsito sinalizada com proibido seguir em frente no caso de recarga, respeite isto e tudo dará certo.

Agora imagine outra via de trânsito sinalizada com proibido seguir em frente no caso de descarga, é o caso da outra porta, a do conector C13, neste caso o projeto da BMS vai proteger as células apenas quando for utilizada para carga da bateria, caso seja utilizada esta via para descarga, a BMS não vai proteger as células porque vai permitir a passagem de tensão ou corrente fora das especificações ou faixa de trabalho previamente registradas como seguras.

Este acredito ser este o conceito de base de portas separadas, tipicamente posso comparar com as portas da cozinha de um restaurante, onde só se entra por um lado e só se sai por outro lado, qualquer um que desrespeitar este principio vai causar um acidente.

Ufa! Espero ter conseguido me expressar.

Coisa difícil de se entender na teoria e fácil de aprender quando faz alguma coisa errada e danifica dois paks de baterias de 6 mil reais cada. (Em termos sexuais as mulheres entendem bem este conceito de porta única de entrada e porta única de saída.)

Colocando tudo isso na prática e resumindo; para se utilizar duas baterias ao mesmo tempo na SHE-S devemos seguir à risca o seguinte procedimento técnico operacional (PTO):

1-Passo inicial, anterior a união das baterias, deve-se recarregá-las de forma individual, cada uma pela respectiva porta de entrada de carga ou porta de recarga, seja uma de cada vez com um carregador ou seja cada uma com um carregador diferente.

Nunca, jamais, carregar as duas baterias conectadas juntas ao mesmo tempo, seja dentro da moto ou fora da moto.

Para toda regra existe uma ou outra exceção: Se você tiver um carregador com dois plugs C13 pode naturalmente usar ele para carregar, desde que o projeto dele esteja em sintonia com a situação de desligamento da BMS quando atinge o limite, o que eu quero dizer é que estando as duas baterias em recarga ao mesmo tempo o carregador vai estar transmitindo uma certa corrente e tensão, ocorre que em determinado momento do processo uma delas irá desligar ou interromper antes da outra e exatamente neste momento a que permaneceu ligada e estava recebendo metade da corrente vai subitamente passar a receber o dobro da corrente anterior, vai sofrer um pico e a partir dai só Deus sabe se vai desligar também protegendo o sistema ou se vai continuar a carregar normalmente ou não.

Isso considerando que o carregamento está sendo monitorado pelo usuário e digamos ser também seguro no caso do usuário iniciar este tipo de recarga por apenas uma hora onde teoricamente ocorre a carga até 80% e então ele desliga ou então passa a carregar cada uma individualmente.

Lembrando de um pequeno detalhe técnico; se tirar da tomada durante o carregamento, seja a tomada da parede, seja a tomada da bateria, vai ocorrer um pipoco ou centelhamento, que não corre quando o carregador se desliga sozinho ao fim de carga.

Imagino eu que um disjuntor ou interruptor irá absorver esta fagulha.

2-Próximo passo, após as baterias estarem carregadas por completo; deve-se esperar pelo menos 15 minutos e então observar que estejam na mesma tensão ou pelo menos com uma pequena diferença de décimos de tensão dentro do limite de 0,3V.

Caso tenha alguma diferença acima disto, deve-se conectar na moto a bateria com maior tensão e acionar alguma coisa de modo a tensão ficar próxima do desejado, para então prosseguir na união.

Estando ambas dentro da tensão esperada podemos unir as baterias pela porta de descarga com total segurança, ou melhor explicando podemos juntar os conectores SB50 diretamente ou através do cabo Y, seja dentro da moto ou fora dela.

Neste momento ocorrerá uma espécie de equalização que dura cerca de dez a quinze minutos para se estabilizar por completo e as duas baterias passarão a medir exatamente a mesma tensão.

Importante lembrar que no momento desta união também ocorre um pipoco nos conectores.

Recomenda-se seguir este passo rigorosamente antes de acionar qualquer coisa na moto.

Para quem não possui um multímetro ou aparelho similar de medição, basta conectar uma bateria na moto e ligar a chave com mais nada acionado, seja farol, alarme, luz de freio, pisca ou qualquer outra coisa que faça consumo, inclusive o acionamento pelo controle, use apenas a chave e evite acionar pelo controle, feito isto anote a tensão que está sendo indicada no painel, desligue a moto, desconecte a bateria e conecte a outra bateria repetindo o processo de ligar com a chave e anotar a tensão do painel.

Após estarem equalizadas e cada uma indicando a mesma tensão, tudo está pronto para ser utilizado.
3-Para a descarga das baterias, considerando que será feita na utilização normal da moto, é só ir usando normalmente tomando o cuidado de anotar a quilometragem percorrida de modo a calcular e prevenir que ocorra o desligamento de uma das BMS antes da outra.

Por exemplo a minha B1 desliga em torno dos 80 a 86 km enquanto que a B2 desliga em torno de 62 a 77 Km.

Ciente disto eu costumo rodar cerca de 50 km em cada uma a fazer a troca e a recarga com segurança e portanto ao utilizar as duas ao mesmo tempo vou parar e recarregar por volta dos 100 Km, ou antes, sem correr o risco de uma BMS desligar antes da outra.

Leva-se em consideração que durante a utilização a moto vai estar consumindo uma determinada corrente, digamos que seja 20A, sendo 10A de cada bateria e no momento em que uma das BMS se desligar durante o uso, a bateria que se desligou vai estar protegida apenas para a descarga mas, ainda vai estar com a porta de descarga suscetível a receber carga da bateria que ainda não se desligou, desta forma, esta bateria que ainda não se desligou e estava fornecendo 10A, vai passar a fornecer subitamente os 20A do consumo imediato mais o que eventualmente for puxado pela bateria que desligou.

Na realidade eu ainda não sei se a proteção de desligamento para descarga também impede a recarga.

O que sei apenas é que este é o conceito no campo da teoria.

Findado o ciclo de descarga, voltamos para o passo inicial que é a recarga das baterias.

Porém, ainda fica uma duvida no ar que é o caso do carregamento de uma bateria pelo plug na moto, sabemos que neste caso a carga vai entrar na bateria pela porta de descarga e então? como ficam todos os conceitos acima?

A teoria é o seguinte: acredita-se que a BMS está preparada para receber a tensão e corrente normal do carregador pela porta de descarga mas, não está preparada para receber a carga da outra bateria ou também do carregador ao mesmo tempo.

Tão fascinante é acelerar a moto elétrica e ouvir o barulho do ar passando pelo capacete como é ir descobrindo todo o funcionamento que envolve ou está em torno deste simples acelerar.

Importante salientar que deve-se evitar a recarga com as baterias unidas, sob pena de risco de danos conforme explicado acima.

 

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  • Membro VIP
1 hora atrás, Pincipi disse:

Tão fascinante é acelerar a moto elétrica e ouvir o barulho do ar passando pelo capacete como é ir descobrindo todo o funcionamento que envolve ou está em torno deste simples acelerar.

 

Em termos numéricos (R$), como você avalia a experiência que está tendo? Olhando de longe, parece validada a noção popular de que "o pioneiro toma fumo".

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  • Membro VIP

Em termos de o pioneiro toma fumo é validado sim, eu me sinto um boi de piranha porque já me dei mal em alguns aspectos e alertei o grupo para não caírem na mesma armadilha entretanto, vários integrantes também relataram seus problemas o que me deixou bem esperto para outros aspectos.

Em termos numéricos sai mais barato comprar moto a combustão por 10 mil e ir gastando 10 mil de gasolina do que gastar 20 mil na elétrica numa paulada só, é claro que a elétrica tem algumas vantagens como só parar no posto para calibrar os pneus, em determinados locais como cemitérios dá para ouvir o barulho dos rolamentos e do óleo dos garfos; o radar de laço não pega, zero trepidação, zero barulho e zero poluição.

Em termos de desvantagens ainda respiro o escapamento dos outros e ouço o motor deles também, a autonomia é baixa, não tem como viajar longas distâncias, o tempo de recarga é longo 4 a 6 horas, o radar de imagem pega e não pode molhar a moto além da dificuldade de peças e manutenção especializada.

As estimativas é que após uns 4 anos melhore muito esse negócio de mobilidade elétrica.

Se pintar outra greve de combustíveis vou ter a rua só para mim! Risos.

  • Obrigado 1
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  • 2 semanas depois...
  • Membro VIP

A moto está na revisão e bateu um raio de sol na lateral da bateria 2 que ficou aqui quando pude perceber que possui número serial com duas letras e doze números:

SerialSHE.jpg.4e8cfa1c90176b9e52e9a48e94f5d324.jpg

No destaque em verde a localização dele, logo abaixo do logotipo Shineray Eletric. Agora eu quero descobrir se existe uma tabela de interpretação para se saber a data de fabricação pelo serial dela.

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  • Membro VIP
1 hora atrás, alexandre.mbm disse:

Essas baterias por certo são packs de células. O BMS é externo?

A BMS é interna e não possui balanceamento ativo, tipo 24S 1P, são 24 células prismáticas de LiFePo4 de tamanho e características ainda não desvendadas. Por enquanto tem apenas um vídeo de quem abriu e colocou uma BMS Bluetooth com sensor de temperatura:

Em 08/12/2022 às 20:30, Pincipi disse:

Finalmente alguém abriu a bateria:

https://youtu.be/lPnrq5EwOU0

Tem a BMS no AliExpress:

Em 06/03/2023 às 22:00, Pincipi disse:

BMS da bateria

https://pt.aliexpress.com/item/4001231926555.html

196,84 com frete grátis

 

  • Amei 1
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  • Membro VIP

Atualizando as curiosidades; como já disse antes, tem coisas que ficam entre o proprietário e o fabricante e agora acrescento que tem coisas que ficam entre o proprietário e o prestador de serviços, o que faz a revisão, por isso que muitas coisas não são publicadas aqui.

Fiquei sabendo que o dono da Shineray é o sogro do CEO da Voltz, e o curioso é que as pessoas amam jogar pedras na Voltz como a musica do joga pedra na Jeni e defendem ferrenhamente a SHE-S sem saberem que o negócio de mobilidade elétrica está tudo em família.

O verdadeiro fabricante da SHE é este:

fabricante.thumb.jpg.042ac1350557a41792d7568efd1a9361.jpg

A Shineray e a Watts bem como outras tipo Urbet que comercializam o kit fazem seu pedidos neste fabricante, no grupo foi mencionado que o dono do fabricante chinês é o dono da Shineray, eu não consegui pegar todas mensagens porque agora estão temporárias e as informações do grupo correm muito rápidas, fico rolando as páginas e não consigo mais encontrar estes detalhes.

Outra coisa é que a APG ou alta performance garage tem um aparelho capaz de realizar a medição da capacidade da bateria da SHE, eu ainda não consegui entender se mede sem abrir o paq ou se desmonta o paq para medir cada célula de forma individual.

A imagem do aparelho seria esta:

er.jpg.d545a29f5642ecadd48b7db6f0a4b029.jpg

Tem no AliExpress algo com o titulo 150W 25A 4-wire bateria tester para... ...LiFePo4... ...bloco teste ferramentas.

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  • Membro VIP

Um usuário do grupo teve problemas com o carregador original; segundo ele, apenas trocou o cooler e refez algumas soldas que estavam de enfeite. Quando mediu a tensão na saída dos terminais deu algo em torno de 75V, ai ele regulou os tripots para uma saída de 84V. Um outro usuário mediu e deu 87,6V.

Ainda na discussão, o calor é que danifica o carregador, no caso acima esqueceu o carregador carregando no sol do Piaui, mediu os circuitos, capacitores e mosfets e constatou que só o cooler tinha queimado, não entendendo porque os resistores variáveis alteraram o valor da saída. como mora em região litorânea, salientou o aspecto de maresia na placa, com soldas bem ruins.

Abaixo as imagens que ele fez do carregador aberto:

1.jpg.c269115a609de108c5c22774d2cb21ca.jpg

2.jpg.ab3a4294ff1934dcbc15a6de5d5c17b0.jpg

3.jpg.36c664c97097ed55dea0486929eb6870.jpg

Outro usuário comentou para verificar se tem que trocar a pasta térmica, lembrando que o melhor dissipador é de alumínio e também comentou que o cooler é minúsculo e o dissipador de calor é pequeno.

Olhando as imagens; deu para perceber que o aterramento no chassis do carregador está ligado no fio amarelo que está ligado na entrada 110/220V. E também que o próprio chassis serve como dissipador de calor. Eu imagino que a almofada térmica seja inútil neste caso e que seria melhor ligar direto no chassis.

Outra dúvida que tenho é sobre a tensão de saída, se é diferente com a luz verde ou vermelha.

Retornando à discussão a questão da margem de erro do hodômetro:

err.jpg.e3f53e2e878801cb45b9e80d493c464a.jpg

No caso o usuário rodou 8 Km no painel e no celular mediu 5,9 Km. Uns dizem que o GPS enxerga em linha reta a distância do ponto A ao ponto B, que ele não tem noção se subiu ou desceu um morro por exemplo para percorrer esta distância e por isso que se dá a diferença, outros dizem que precisa regular o tripod do painel e eu imaginava que acessando a controladora eu poderia mudar parâmetros de voltas do motor e acertar com a velocidade e distância real percorrida.

Eu imagino que num local plano esta medição seria inquestionável para se saber se existe ou não divergência.

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  • 2 semanas depois...
  • Membro VIP

Surgiu mais uma questão no grupo, um usuário constatou que quando coloca para carregar na moto o carregador indica que está carregado, porém a bateria está descarregada.

Sugeri para colocar para carregar direto na bateria e verificou que assim carrega, um outro usuário disse que o carregador está com defeito e se prontificou a emprestar um por uma semana enquanto resolve o problema.

Eu pensei na questão e pela lógica o carregador está bem e existe algum problema no conector ou chicote da moto então, outros usuários ensinaram como tirar o banco e olhar dentro, ai o interessado encontrou a razão do defeito:

fuz.jpg.7c6559d9e62d12c071b873ed0c3b2c6b.jpg

O fuzível dentro da moto está queimado, isto gerou várias opiniões e dúvidas quanto ao novo fuzível a ser colocado no lugar já que não teve como o interessado identificar, nem tão pouco foi encontrada qualquer informação na literatura da moto.

Eu imagino, sem qualquer base técnica, que seja o mesmo fuzível que fica dentro do carregador, só não consigo entender porque diabos tem mais este fuzível?

Meu objetivo agora é desmontar o meu suporte do bagageiro para poder tirar meu banco e olhar o meu fuzivel interno na esperança de achar alguma identificação nele. Considero que esteja bom porque apenas uma vez utilizei a porta de recarga da moto, na entrega na concessionária.

Supondo que seja igual ao do carregador e aconteça de queimar o fuzivel do carregador e não ter um reserva ali na hora, basta tirar o banco e usar o fuzível da moto no carregador! Simples e eficaz.

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  • Membro VIP

Preciso compartilhar outras informações gerais sobre a revisão; não consegui maiores detalhes sobre o que realmente é feito na revisão, por enquanto vale a frase genérica de reaperto de parafusos e verificação de itens, neste campo em especial ou é assunto novo e as pessoas não querem divulgar seus segredos com medo de serem prejudicados pela concorrência ou realmente não sabem ou não tem preparo para divulgar o assunto.

Minha única alternativa é tentar me inscrever na Shineray como profissional de manutenção qualificado para fazer a revisão e assim obter as informações que o fabricante fornece.

Outro ponto, quando for levar sua moto para revisão, remova todos os acessórios e pertences, esta regra não é exclusiva da moto elétrica, vale para qualquer veículo. Digamos que você deixe seu gato de estimação na moto, o cara da revisão não vai cuidar dele dando água e comidinha, ele vai cuidar da moto, entendeu?

Para toda regra existem exceções ou flexibilizações, no caso da Shineray suas peças oficiais são encontradas apenas no revendedor oficial ou não oficiais, importadas do AliExpress ou encontradas no mercado nacional  quando são idênticas a de outras motos, na parte mecânica tem bastante semelhança, já na elétrica/eletrônica não tem similar nacional.

Disto isto, ou pelo menos exposto a atual realidade, vem a parte da mão de obra terceirizada e cada um com a suas particularidades e segredos comerciais.

No meu caso a revisão de três meses não foi feita de uma vez só, está sendo feita em picados ou em partes, chegaram o bacalhau e o paralama mas, ainda não vieram os retentores, então o paralama não deve ser trocado agora porque ainda está batendo na controladora, tem que primeiro trocar o retentor e colocar mais óleo para ai sim fazer a troca do paralama.

Na parte do bacalhau foi feita a solda de reforço no descanso do pé apenas no lado que se soltou e nada foi feito no outro lado.

Eu pretendia ter aproveitado que a moto foi ao serralheiro para fazer a solda e ter pagado por fora o serviço do outro lado, achei que assim seria mais prático e rápido mas, acho que não consegui me expressar bem e não obtive êxito na minha pretensão.

O cara que faz a revisão conhece quem faz a solda também do bacalhau mas, ainda não testou para saber se a peça resiste, apenas disse que o soldador garante que fica mais resistente que o original de liga de zamag, pelo menos na parte que é soldada.

Ele também tem contatos de outras empresas que trabalham com a manutenção das baterias e uma série de fornecedores, numa boa conversa se consegue as indicações porém, parece haver no ar uma preferência para ele pegar o serviço e mandar fazer ao invés de apenas indicar o profissional.

De qualquer forma a estratégia de como vai fazer algum serviço nesta moto deve ser de dividir em partes mecânicas separadas das partes elétricas/eletrônicas e conforme o caso sai mais rápido fazer o serviço fora da garantia, como por exemplo no caso do motor em garantia que foram substituídos os rolamentos, o proprietário preferiu pagar os rolamentos por fora para não ter que ficar com a moto parada por muitos dias. Era parte mecânica que podia ser encontrada aqui no Brasil.

Eu optei por esperar as peças chegarem e ir andando com a moto do jeito que ela está porém, tudo tem as suas consequências, o óleo que está vazando do garfo desceu até o disco de freio e contaminou as pastilhas, fazendo com que o freio ficasse incapaz de segurar o peso da moto numa ladeira, a garantia cobria o vazamento do retentor e na época era só isso e agora não é mais só o retentor, incluiu o freio e no caso de ser em garantia, só tem reposição completa do kit, eles não vão simplesmente limpar tudo, dar uma lixada na superfície das pastilhas e remontar. Tem gente que prefere trocar tudo e eu prefiro só reparar.

Pensando nisto, se eu tivesse feito a troca do retentor por minha conta assim que começou a vazar, agora eu não estaria preocupado em mexer no freio e ficar na incerteza se a garantia vai cobrir ou não o freio porque tecnicamente parece que agora minha garantia já findou, de certo que no manual é uma coisa e verbalmente é outra coisa.

O assunto de acionar a garantia envolve muito tempo com a moto parada aguardando as peças ou aguardando a autorização do serviço.

Para quem utiliza a trabalho compensa gastar por fora, perde menos dinheiro. Tem um usuário que disse que na cidade dele as motos a combustão cobram sete reais o frete para entregar uma pizza, ai ele comprou a moto e ofereceu o mesmo frete por dois reais, ele faz várias entregas com uma carga que na energia elétrica custaria cerca de dois reais mas, como ele usa fotovoltaica, sai de graça. Isso é o que eu chamo de concorrência desleal, a pizzaria só chama ele para fazer as entregas.

Tem ainda o assunto dos parafusos que se enferrujam, a sugestão no grupo é para trocar o kit por parafusos inox que não enferrujam, custa cerca de R$ 100,00 outros sugerem passar algum anticorrosivo e depois pintar. Eu imagino que se colocar um pouco de graxa deve retardar o processo instalado de corrosão mesmo que se grude algum pó, para mim a estética não é mais importante que a funcionalidade.

A questão da homologação para poder emplacar a moto, parece que quem expede a nota fiscal tem que cadastrar a chave dela no RENAVAM com o CAT ou certificado de adequação a legislação de trânsito.

Teve um usuário que comprou uma moto elétrica importada e expediram a nota fiscal mas, a empresa faliu e não fez o cadastro, ai o proprietário não consegue emplacar com o preço normal, só consegue emplacar pagando despachante mais que o dobro do valor e licenciando em outro estado. Até ai o cara assume o risco de ser multado e ter a moto apreendida, depois ele vai lá e regulariza e libera a moto só que ele não sabe da existência da lei 14.562 de 2023 que considera crime inafiançável andar com a moto sem a placa.

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  • Membro VIP

Pedi no grupo para compartilharem o número de série de suas baterias e a data de compra, com o objetivo de tentar estabelecer um padrão ou significado que forneça alguma informação sobre as características de tipo/modelo, data de fabricação e mais alguma coisa interessante.

O número fica abaixo do logotipo da Shineray, tem uma imagem com o detalhe mais acima.

Apenas um usuário teve interesse no assunto e juntamos nossos três números de série e a teoria formulada por ele ficou assim:

GY723522XXXXXX

Os oito primeiros caracteres são idênticos em todas as três baterias.

GY = ele não sabe o que é, e eu imagino que pode ser a abreviação de GYD, que vem impresso no motor da moto. Controladoras e motores tem muito em comum e com certeza devem ser do mesmo fabricante.

72 = 72V essa sequência 723522 eu não tive a menor ideia do que seja.

35 = 35A a melhor explicação ou relação seria associar tensão, corrente e;

22 = 2022 ano de fabricação

Todos os X são números; a teoria do usuário é que os dois primeiros podem ser o mês de fabricação, a minha B1 é 02 e a B2 é 05, a bateria do outro usuário é 02. Os demais são sequenciais, a B1 é 0489 e a B2 é 0677. A cada ano essa numeração que vai de 0000 a 9999 deve zerar. Na minha opinião eventualmente todos estes oito números podem ser meramente sequenciais.

A importância de se saber o ano de fabricação pode estar ligada ao fato de que as células se deterioram  com o passar do tempo, independente do uso e também ao se estabelecer a idade do pac de baterias dá para se fazer uma estimativa de uso dela, digamos que seja razoável uma ou duas cargas por dia então podemos estimar que a cada ano teremos de forma arredondada cerca de 400 ciclos na contagem da vida dela e em dez anos teríamos 4.000 ciclos.

Parece que não existe um meio eletrônico de se acessar a controladora e saber cada ciclo que foi efetuado, igual se faz com a bateria do Apple onde mediante um comando aparece na tela as informações de número de série ciclos e outras coisas.

Eu imagino que foi feito um pedido na fábrica e fizeram um lote sequencial, não imagino que sejam fabricadas em pequenas quantidades, principalmente se realmente o terminal não tem a furação que aparece nas células comercializadas individualmente. Talvez as placas metálicas estejam cobrindo os furos? Vai saber. Ou então, as células foram feitas por encomenda específica para virem sem os furos.

Outro detalhe da bateria:

683392476_bateriadaroton.jpg.1bc393d94623c7d28295d7eff278108e.jpg

Esta é a imagem de propaganda da bateria da Ronton, dá para ver nitidamente os terminais das células e a sua ligação, neste caso não são 24 células, são 48 células e como a foto é de baixa resolução não dá para ver precisamente como é a ligação elétrica entre elas mas, na teoria devem ser 24 pares em paralelo, ligados em série. Aqui parece que as placas são parafusadas e não unidas com solda eletrônica.

E abaixo a imagem da bateria da SHE que foi aberta:

IMG-20230429-WA0069.thumb.jpg.acbcf1289aa7295ac71dd55c5438c750.jpg

Notem que acima da capa verde tem os terminais com marcas características de solda eletrônica, não em forma de pontos mas, em forma de três barrinhas e olhando para a foto da bateria da Gadiro:

IMG-20230429-WA0070.thumb.jpg.9af4723ceb541f44a06faf26917ab93c.jpg

Deu para notar a diferença porque não tem a capa verde e se voltar para comparar com mais atenção vai notar que os terminais das células são idênticos, observe atentamente o terminal identificado a caneta como B14 e verá um pequeno detalhe do terminal que a capa verde não cobriu.

Olhando assim, parece que os terminais das células não tem a cavidade roscada para entrar o parafuso e só permitem a solda eletrônica, imagino que a vibração iria soltar os parafusos, isso fazendo a comparação com as células de LiFePo4 que são usadas em sistemas solares e as pessoas usam plaquinhas com furos roscados para unir os terminais. O sistema solar é fixo e não tem vibração.

 

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  • Membro VIP

@Pincipi , você está dando uma contribuição imensa à comunidade. Por favor aceite como construtiva a minha crítica: formate mais, as mensagens. Não está fácil reter a atenção nos textos, acredito que não apenas para mim, mas também para outros que, como eu, não tem maior estímulo na garagem ou na conta bancária.

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20 minutos atrás, alexandre.mbm disse:

@Pincipi , você está dando uma contribuição imensa à comunidade. Por favor aceite como construtiva a minha crítica: formate mais, as mensagens. Não está fácil reter a atenção nos textos, acredito que não apenas para mim, mas também para outros que, como eu, não tem maior estímulo na garagem ou na conta bancária.

Como seria a formatação das mensagens?

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  • Membro VIP
28 minutos atrás, Pincipi disse:

Como seria a formatação das mensagens?

 

Mais quebras-de-linha e/ou parágrafos. Um negrito aqui e ali. Títulos e subtítulos. Chamadas ou perguntas. Essas coisas... "edição".

 

Grandes "textos em bloco" desconvidam à leitura, por mais que o conteúdo seja interessantíssimo.

 

Daí você ter toda essa dedicação em compartilhar e não ser lido com a atenção devida, é dose.

 

Sinceramente, eu, no seu lugar, teria feito um blog. Ou um ebook de atualização periódica.

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