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Como as particulas "deslocam" no circuito?


Ir à solução Resolvido por Renato.88,

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Estou com uma dúvida singela.

Eu tenho uma definição que eu aprendi no ensino médio que me deixa um pouco em dúvida quando estudo eletrônica. Aprendi que o elétron "sai" de onde tem muito elétron e vai para onde tem falta de elétrons.

Estou estudando agora transistores e quando olho alguns circuitos eu fico um pouco pensativo e fico tão confuso que gostaria de fazer um vídeo para que eu explanasse com desenhos a forma que eu penso para que meus colegas de fórum me corrija ou fale se estou correto com minha forma de visualisar as coisas.

A lei de malhas diz que a corrente é dividida quando há um nó. Só que ela pode retornar por onde ela passou? Nesse vídeo que eu fiz eu mostro que eu fico um pouco confuso.


 



Fico um pouco com vergonha de fazer um vídeo desse e ser taxado por não saber coisa básica como ler um circuito, mas prefiro tirar esse peso e aprender de fato para não passar essa dificuldade novamente.

  • Solução
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5 horas atrás, HROGDev disse:

Aprendi que o elétron "sai" de onde tem muito elétron e vai para onde tem falta de elétrons.

Tem toda razão, amigo. Num circuito elétrico que seja, quem trabalha são os elétrons que são as partículas negativas dos átomos.

São eles que estão por fora do átomo fazendo as junções fazendo a eletricidade circular pelos materiais condutores.

Este é o sentido real da corrente elétrica, visto pelo ponto de vista do movimento dos elétricos.

Isso é mais usado pelos físicos, nos estudos das partículas, quântica, funcionamento dos semi condutores (caso queira ir mais a fundo) etc.

 

Na elétrica, eletrônica usamos o que se chama de sentido convencional, este é baseado nos campos elétricos que é a parte da eletricidade que nos interessa.

Daqui em diante, você deve entender que a corrente elétrica circula do mais para o menos.

Reparou nas setas que estão lá? É exatamente isso que elas dizem.

Veja:

A corrente de B1 segue do + para o potenciômetro e se ramifica nele, indo uma parte para o transistor e outra parte de volta ao - da pilha. E o mesmo acontece quando entra na base do transistor, pois uma parte dessa corrente volta a pilha através do emissor.

 

Em B2 a corrente circula do coletor para o emissor e pode ser regulada de acordo com a posição do potenciômetro.

 

Pois o transistor tem a corrente de coletor proporcional a da base, ela é multiplicada por um número estabelecido pelo fabricante do transistor.

Esse numero é conhecido como ganho, é representado pela letra grega "beta" e medido em uma unidade chamada de hFe.

Matematicamente você pode transferir esse valor entre a corrente de base e a corrente de coletor, por exemplo:

Se um transistor tem um ganho 100, você pode aplicar 1mA na base e no coletor a corrente que vai circular é de 100mA.

 

Por isso existem milhares de transistores diferentes, pois assim o projetista pode escolher o que tem tensão, corrente, potência e ganho mais adequado à situação. Quando não há um tipo adequado se faz o uso de vários transistores juntos, unindo o melhor de dois ou mais mundos.

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Mas se mesmo depois da aula de mestre, acima, você ainda quiser literalmente "ir contra a corrente", caro @HROGDev... você não inverteu o sentido original das flechas no desenho? Inverta também a flechinha do transistor... ou melhor, imagine os elétrons entrando pela ponta da flechinha do transistor.

  • Obrigado 1
Postado

@HROGDev Não tenha medo de passar por burro. Quem tem esse medo continua burro por nunca tirar as dúvidas. Aprendi (e continuo aprendendo) muito por fazer perguntas. 

Vamos falar um pouco de história. Quando a humanidade aprendeu a produzir eletricidade o conhecimento sobre o átomo era muito menor. Definiu-se, de forma arbitrária, o que seria o positivo e que a corrente sempre circularia do mais para o menos. Toda uma indústria se desenvolveu em cima dessa definição. Com o melhor conhecimento do átomo se descobriu que a carga do elétron tinha característica negativa à luz do que foi arbitrado como positivo e negativo. Daí se formou essa zorra de ser considerado o sentido convencional ou o sentido real da corrente. Use sempre o sentido convencional, o real te leva a erros. Todos os catálogos de componentes e máquinas fazem uso do sentido convencional, nas raras vezes em que é necessário considerar o sentido real há uma advertência que está sendo utilizado o sentido real, na ausência da advertência o sentido sempre é o convencional. Só se usa real quando o projeto leva em consideração a movimentação de cargas elétricas na matéria e sua consequente modificação do comportamento da referida matéria. 

Exemplos de uso do sentido real: projeto e fabricação de semicondutores e uso de eletricidade estática (impressora laser). Fora casos muito específicos só se usa o sentido convencional.

 

Um bom exemplo do erro que o uso real provoca na análise de circuito foi seu vídeo. A corrente sai do polo negativo da bateria e vai para o potenciômetro. Do potenciômetro vai para o positivo, nada é desviado para a base do transistor. Do polo negativo também flui corrente para o emissor e lá se divide, grande parte vai ao coletor e uma menor parte para a base. Essa menor parte que sai da base se soma, através do cursor, à corrente que entrou no potenciômetro e vai para o positivo. Na seu vídeo começaste com o sentido real e no meio deste misturaste com o convencional resultando em erro. Eu, com toda a minha experiência, tive que pensar vagarosamente para fazer a descrição do sentido real sem erros. Não vale a pena usar o sentido real por purismo acadêmico, considere sempre o convencional, desenhe sempre pelo convencional (mais fácil), seus erros serão menores e o aprendizado bem mais fácil.

Bons estudos.

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Na realidade (e não segundo as convenções) transistores NPN são PNP. E a ponta marcada na agulha da bússola aponta mesmo é para o Sul da Terra. O mundo estava de ponta cabeça e a gente não sabia, rs...

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