Temperatura
Como já explicamos, a temperatura é um aspecto muito importante em verdadeiros testes de fontes de alimentação, já que semicondutores perdem sua capacidade de fornecer corrente (e consequentemente potência) à medida que a temperatura aumenta.
Vários fabricantes de fontes de alimentação rotulam seus produtos a 25° C, que é uma temperatura irreal. Dentro do computador a temperatura é muito maior do que isto. Por isso nós conduziremos nossos testes com uma temperatura ambiente entre 45° C e 50° C.
Nós medimos temperatura com o auxílio de um termômetro digital de precisão Fluke 52 II, que possui precisão de 0,05% + 0,3° C. Nós compramos este instrumento em maio de 2009 e em testes publicados antes desta data nós usamos um termômetro CompuNurse, que não é tão preciso (e é por isso que o termômetro da Fluke custa mais do que US$ 200 e o CompuNurse custa menos de US$ 20). Este termômetro possui dois sensores. Um é usado para medir a temperatura dentro da nossa câmara térmica, enquanto que o outro é usado para medir a temperatura na superfície da fonte sendo testada, sendo instalado no lado superior da fonte.
Figura 8: Termômetro digital de precisão Fluke 50 II.
Em vez de comprarmos uma câmara térmica (também conhecida como “incubadora” ) - que nos permitira configurar a temperatura exata em que queremos que a fonte de alimentação trabalhe - nós decidimos criar a nossa própria câmara térmica. O objetivo desta câmara térmica é manter a temperatura ao redor da fonte de alimentação entre 45° C e 50° C. Para aumentar a temperatura dentro da nossa câmara térmica nós instalamos um duto conectando a saída do sistema de exaustão do nosso testador de carga (que expulsa ar quente do aparelho) à nossa câmara. Nós construímos esta câmara em MDF em 23/06/2009. Em testes publicados antes desta data nós usamos uma caixa de papelão (caixa do nosso receiver de home theater da Sony) que, apesar da aparência amadora, funcionava muito bem.
Figura 9: Nossa câmara térmica.
Figura 10: Duto conectando o sistema de exaustão do testador de carga à câmara térmica.
Figura 11: Localização do sensor do termômetro.
Perto da nossa câmara térmica nós mantemos um extintor de incêndio classe ABC de 2 Kg (não mostrado na foto) para qualquer eventualidade.
Antes de nossos testes nós deixamos a fonte de alimentação trabalhando até que a temperatura interna da câmara chegue a pelo menos 45°C. Nós podemos aumentar ou diminuir a temperatura dentro da câmara abrindo ou fechando a sua porta frontal de acrílico. Nós também instalamos uma ventoinha de 110 V conectada a um dimmer para ajudar no controle da temperatura interna da caixa.
Figura 12: Ventoinha e dimmer.
Algumas pessoas podem argumentar que poderíamos instalar a fonte dentro de um gabinete. Na verdade esta não é uma boa opção por vários motivos. Primeiro, a comprimento dos cabos da fonte de alimentação não nos permite fazer isto. Segundo, nós precisaríamos manter o gabinete aberto para instalarmos os cabos da fonte de alimentação no testador de carga. Terceiro, nós precisaríamos ter um computador trabalhando dentro do gabinete de modo a gerar uma quantidade de calor compatível com o produzido por um micro real, e isto seria impossível de se obter já que precisaríamos de outra fonte de alimentação para alimentar o micro – e onde deveríamos instalá-la? Portanto nós precisaríamos manter o gabinete aberto para usar esta segunda fonte e como o gabinete está aberto, toda a ideia de usar o gabinete de um micro iria por água a baixo (nós precisaríamos do gabinete fechado para realmente simular um PC típico).
Na verdade mesmo usando uma câmara térmica comercial nós enfrentaríamos alguns dos desafios expostos acima: o comprimento dos cabos da fonte e também precisaríamos abrir um buraco na câmara para passarmos os cabos da fonte para o testador de carga.
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