Jogando com o FG1000
Como dizem os tenistas, o segredo está no pulso. Ao testarmos o FG1000, percebemos que a experiência é radicalmente diferente – mas, infelizmente, não melhor – do que jogar com um mouse comum. Em vez de arrastar o dispositivo horizontalmente, é preciso colocar o pulso para trabalhar para mexer a mira na tela. Mesmo alterando a resolução do FG1000, porém, não chegamos ao nível de precisão alcançado por nosso G9 da Logitech.
A princípio culpamos a nossa falta de experiência com o aparelho, que, afinal, requer algumas partidas para que se acostume. A ideia é interessante, mas ficou no rol das boas intenções: mesmo quando configuramos a velocidade dos eixos X e Y, ainda assim faltou precisão aos tiros, especialmente quando a mira tem que subir para alcançar um inimigo em um nível mais alto. Jogamos Team Fortress 2 na classe de atirador de elite e os headshots (tiros na cabeça) foram uma raridade (normalmente cravamos uma média de cinco até sermos abatidos por algum adversário). A movimentação pelo pulso é até intuitiva, mas falta a liberdade espacial que uma pistola de verdade daria, como em certos jogos de console em que o controle simula uma arma de fato, como a série Time Crisis. Várias vezes levantamos o FG1000 da mesa para atingir um determinado alvo – o que, na verdade, mandava a mira para o vinagre. Ao menos a sensação de apertar um gatilho para disparar dá mais veracidade aos jogos do gênero FPS.
Figura 4: A pegada.
Concluindo, infelizmente o FG1000 parece mais uma engenhoca para atrair quem não se garante nos jogos de tiro de primeira pessoa do que mesmo um periférico útil para jogadores ocasionais e até inveterados. Depois de horas de teste, ainda com a mão acostumada ao seu manejo, demoramos a operar um mouse comum para prosseguirmos trabalhando nesse texto. O intuito da Zalman é louvável, mas, infelizmente, o inferno dos videogames está cheio de boas intenções.
Respostas recomendadas