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O linux para leigos


TonhoE

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Quase todo mundo sabe que Mint Linux e Zorin são portas de entrada para o Linux.  As vantagens do Linux para utilizador leigo são muitas: a facilidade do uso, a estabilidade, o fato de que o computador já não vai estar cheio de vírus e spyware, numa lerdeza insuportável, após 15 dias de uso depois da formatação, etc.  Zorin é só pra leigo mesmo: sistema pronto e acabado, sem nada a mexer ou personalizar. O Mint pode agradar qualquer público, embora eu mesmo tenha substituído o meu pelo Manjaro após 5 anos de uso.

 

Vou classificar o leigo numa escala de 1 a 5.  Não falo do leigo em Linux, mas do leigo em computador mesmo, mas que tem alguma experiência no uso do Windows. Se o user for da escala 1, 2 ou 3 nem adianta tentar induzi-lo ou estimulá-lo ao uso do sistema, pois o resultado será sempre desastroso. O leigo dessa escala é aquele que vai receber um arquivo compactado pelo email e correr ao Baixaki pra instalar o Winrar e descompactar o arquivo. Em seguida vai reclamar do sistema que não instalou o Winrar e vai enviar o arquivo compactado para um amigo com Windows descompactar pra ele. Vai aproveitar e pedir ao amigo pra formatar a máquina e colocar "Windows 7".  O amigo vai concordar que Linux é uma porcaria.  Esse leigo é aquela pessoa que ouve e acredita e repete que para descompactar um arquivo rar precisa do winrar, para abrir um pdf precisa do Acrobat, para baixar torrent precisa do μtorrent, para emular um DVD tem de instalar o Daemon Tools e assim por diante. É o usuário maria-vai-com-as-outras. Tudo isso são programas que nem mesmo o user do Windows deveria ter ou utilizar, pois também no Windows há opções um tanto melhores (com exceção em certos casos do Acrobat Reader).

 

Já o utilizador leigo de nível 4 ou 5 compreende que está num novo sistema, com outra filosofia, e com outros aplicativos. Ele ainda pode querer executar isso ou aquilo do Windows dentro do Wine, mas pelo menos compreende do que está fazendo. Às vezes é até melhor mesmo emular alguma coisinha que se fez necessária do que manter um dual boot.  Mas mesmo para um utilizador leigo que tenha se sentido estimulado ao uso do Linux, não basta simplesmente instalar o Mint Linux e deixar configurado, pronto pra uso. Botar tema do Windows para enganar o user só pioraria a coisa, pois quanto menos ele confundir os sistemas melhor será. O segredo para obter sucesso, além de fazer uma apresentação do sistema, é criar atalhos grandes na área de trabalho, inclusive para desligar o computador. É preciso ter em mente que o utilizador leigo é leigo. Atrapalha-se até com a mudança do Windows 7 para o 10.  O usuário leigo é um destruidor de sistema. Isto até explica e em parte justifica a chatice extrema do Windows com a UAC, os pontos de restauração e o Windows Defender. Seria bom o utilizador leigo sequer saber a senha a ser colocada quando requerida pelo Linux, mas isso você não poderá esconder dele, a menos que seja um familiar a utilizar seu próprio computador. 

 

Abaixo o Linux Mint configurado do jeito mais fácil que fácil para um utilizador leigo que não se adaptou bem ao Windows 10 e não necessita de programas Windows. Mas nada de transformar a área de trabalho em pasta home, como fazem os leigos no Windows, numa poluição visual terrível. O computador é utilizado basicamente para Office e Internet, Facebook, ouvir música, assistir a alguns vídeos e imprimir documentos.  Por enquanto o utilizador, que é na verdade uma utilizadora, está indo bem e se adaptando.  Não sei se alguém vai ler o textão, mas se beneficiar apenas um já valeu.  

 

 

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A curva de aprendizado em um smartphone com Android é muito rápida para qualquer pessoa.

Quando for possível instalar o Chrome OS com acesso a Google Play em qualquer computador ou tablet o Windows e Linux perderão todo o sentido.

 

Editado: Sei que Android roda sobre um kernel Linux mas a usabilidade é totalmente diferente.

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@f_neto eu tenho que admitir que sou uma cinquentona e talvez isso afete o resultado. Mas estou demorando muito mais para aprender a usar esse tijolinho que me deram do que demorei pra aprender a usar o Ubuntu rssss:tw_blush:

 

Agora @TonhoE achei bem interessante sua ideia e é possível que tenha de adaptá-la em breve para o meu pai. O pc dele é um Athlon 64 X2 4800+, mal aguenta o windows 10 e não pensamos (podemos?$$) em trocar tão já. Ele tem a vantagem de ser curioso e independente e a desvantagem de morar na Alemanha. Assistência técnica por skype rssss. O windows 10 ele instalou sozinho, depois de eu fazer uma apostila ilustrada em pdf, mandar pra ele e ele imprimir. Estamos em negociação, pois meu pai usa basicamente a internet para ler noticiário e pesquisar coisas que acha interessantes, o youtube para ouvir músicas da infância e o skype para falar com as filhas e netos no Brasil. Assiste a filmes no pc, mas nem sabe onde está o word que instalamos pra ele, cada vez que quer escrever alguma coisa abre o bloco de notas eh eh eh. Ou seja, é um uso bem simples mesmo. Vá contando pra gente como é sua experiência com a utilizadora leiga, assim eu tenho um ponto de partida pra preparar a mudança com meu pai (esqueci de dizer, ele tem 83 anos).

e parabéns pela iniciativa!

 

 

 

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@Henrique - RJ eu imagino rssss. Quando precisamos trocar o pc do meu pai muitos colegas sugeriram comprar um notebook. Aí eu fiquei imaginando ele com o bicho na mesa, tendo que escolher entre ficar com a cabeça inclinada para baixo o tempo todo ou elevar o note e ficar com as mãos numa posição incômoda para digitar. E entre enxergar mal numa tela pequena (gente mais velha sofre com isso da vista!) ou aumentar a imagem da tela até só conseguir ler umas quatro linhas de cada vez. Ou comprar um monitor, um mouse e um teclado para conectar e usar como... um desktop. Rsss Smarts e notebooks são muito úteis e legais para quem está o dia todo de lá pra cá e precisa estar conectado. Mas pra usar em casa, pra trabalhar e navegar, sou mil vezes um desktop e uma tela de 20 pol ou mais. Independente de potências ou tamanhos, é mais ergonômico, tem um campo visual mais amplo e é muito mais fácil de trocar peças, abrir e limpar, etc...

Enfim, cada coisa no seu nicho. Se o android se desenvolver como opção desktop pode ser interessante, mas até agora não vi isso, o que vejo é um sitema muito ágil e rápido pra coisas básicas (no sentido de simples, não de bobas). Minha dúvida, @f_neto é sobre usabilidade para trabalho: eu tenho editado livros em casa, estou aprendendo a criar ebooks. Mexo com imagens, arquivos grandes, programas mais pesados (tudo linux, me recuso a ir atrás do indesign). você acha que o android permite ou permitirá esse tipo de uso? É uma pergunta séria, não estou ironizando não.

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