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Gabriel Torres

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Tudo que Gabriel Torres postou

  1. Nós já falamos aqui em nossa coluna de dicas sobre o BackOrifice, um programa que, se estiver instalado em seu micro, permite que outras pessoas tenham acesso ao seu PC (leia este tutorial clicando aqui). Mas, devido ao alto número de e-mails de leitores perguntando sobre o assunto, resolvemos explicar um pouco mais sobre invasões. Existem dois programas super famosos que, quando instalados em seu micro, permitem que outras pessoas tenham acesso a ele através da Internet: Back Orifice e Netbus. Os dois são programas do tipo cliente-servidor e, para funcionarem você obrigatoriamente terá de ter um dos dois instalados no micro. Em outras palavras, não há como um hacker invadir o seu micro se você não tiver algum programa que permita a invasão instalado em seu micro. Mas qual é o maluco que irá querer instalar um programa que permite que intrusos entrem e mexam em seu micro? O problema é que tanto o Back Orifice quanto o Netbus são distribuídos em forma de Cavalo de Tróia, isto é, escondidos dentro de um outro programa qualquer (por exemplo, dentro de uma animação que algum amigo seu enviou por e-mail). E aí é que está o perigo: você pode ter um desses dois programas instalados no micro e nem saber. Para nossa sorte, a maioria dos antivírus mais novos reconhecem ambos os programas e os eliminam sem maiores dificuldades. Mas se você quiser ter uma proteção ainda maior contra invasões, experimente os programinhas NOBO e o Netbuster. O NOBO, que pode ser baixado em http://web.cip.com.br/nobo/download.html, é uma proteção extra contra o Back Orifice. Após instalado, ele fica verificando o micro e imediatamente alerta o usuário caso algum engraçadinho esteja tentando entrar em seu micro usando o Back Orifice, permitindo que você mande uma mensagem para o indivíduo. Já o Netbuster (http://www.nttoolbox.com/public/tools/netbuster1_31.zip) monitora o micro contra invasões usando o Net Bus. Assim como o NOBO, o Netbuster após ser instalado monitora o micro contra invasões usando o Net Bus. Caso ele detecte alguém tentando invadir o seu micro (o programa toca uma corneta e você pode monitorar o que o hacker está tentando fazer através da guia Main), você pode mandar arquivos, mensagens ou seja, contra-atacar quem esteja tentando atacá-lo. O Netbuster possui ainda uma interessantíssima função, disponível através da guia Scan, que verifica se o Net Bus (ou alguma variante desse programa) está instalado em seu micro. É claro que ambos os programas não são exatamente uma proteção, mas sim uma maneira de contra-atacar usuários metidos a hacker.
  2. O Windows usa um recurso chamado cache de disco, que consiste em armazenar dados recentemente acessados do disco rígido na memória RAM para poder acessar os dados do disco rígido mais rapidamente. Para você ter uma ideia mais clara, os discos rígidos mais rápidos transferem dados a 33 MB/s ou 66 MB/s, enquanto o processador é capaz de acessar a memória RAM a 528 MB/s ou 800 MB/s (em processadores que trabalham externamente a 66 MHz e 100 MHz, respectivamente). Falando em bom português: toda a vez em que o processador tem de acessar o disco rígido o micro fica lento, pois ele tem de esperar os dados serem carregados do disco rígido. Com isso, se os dados necessários estiverem na memória RAM e não no disco rígido, o micro será mais rápido. Acontece que o gerenciador de cache de disco do Windows 9x não é muito eficiente. Ele reserva entre 25 e 40% da memória RAM instalada no sistema para ser usada como cache de disco, fazendo com que você perca parte da memória RAM com esse esquema. Mas o problema não é esse. O Windows não coloca limite algum na quantidade máxima de memória RAM que o sistema pode alocar para ser usado como cache de disco, e não são raras as vezes em que, após algumas horas de trabalho, grande parte da memória RAM está sendo alocada como cache de disco, fazendo com que o micro tenha menos memória RAM disponível, tornando-o mais lento. Além disso, o Windows não "devolve" a memória RAM que ele "roubou" para ser usada como cache de disco. Esse problema acontece principalmente quando você acessa arquivos grandes em máquinas com pouca memória RAM (menos de 128 MB), tornando comum erros quando trabalhamos com programas "pesados" como o Photoshop, Corel Draw ou PageMaker. A solução para esse problema é um programa chamado Cacheman, que é grátis e pode ser baixado em http://www.outertech.com/index.php?_charisma_page=downloads. Através desse programa você pode acompanhar, em tempo real, o uso da memória RAM, o uso do cache de disco e o uso da memória virtual (arquivo de troca, swap file) e mudar as configurações do cache de disco de acordo com as suas necessidades. Esse ajuste pode ser feito de duas formas: manualmente ou automaticamente. O ajuste manual só é recomendado para usuários experientes. Já o ajuste automático resolve as necessidades da maioria dos usuários. Para isso, basta ajustar, através do menu Settings, o uso que você dará à sua máquina: Standard System (configuração padrão), CD writer (se você usa muito o seu micro para gravar CDs), Power user (configuração para usuários que usem muitos programas "pesados"), Low memory system (recomendada para máquinas com até 64 MB de RAM), Multimedia (se você usa muitas aplicações multimídia, como vídeo clips e arquivos MP3) e 3D Games (se você usa o seu micro basicamente para jogos 3D). Após fazer o ajuste é necessário reiniciar a máquina. Com certeza você sentirá o seu micro mais rápido após ter ajustado corretamente o cache de disco através do Cacheman. Figura 1: Através do Cacheman você é capaz de ajustar corretamente o cache de disco e tornar o seu micro mais rápido.
  3. A VIA, tradicional fabricante de chipsets (circuitos integrados usados em placas-mães), aumentou incrivelmente o seu tamanho (e potencial) no ano passado: fora o projeto e a fabricação de chipsets, estabeleceu o padrão de memória PC-133, comprou a Cyrix, tradicional fabricante de processadores (que fabricava os processadores 6x86, 6x86MX e MII), comprou a Centaur, outro fabricante de processadores (que fabricava os processadores WinChip), e fechou o ano comprando 15% da S3, um dos maiores fabricantes de processadores de vídeo (o principal componente usado nas placas de vídeo). Em abril deste ano, a S3 anunciou que seus processadores de vídeo passariam a ser fabricados exclusivamente pela VIA a partir de julho. Recentemente a VIA anunciou o lançamento de seu primeiro processador, chamado Cyrix III. Esse processador é o primeiro processador não-Intel a usar o padrão de pinagem soquete 370, isto é, ele usa o mesmo tipo de placa-mãe originalmente projetada para o processador Celeron, da Intel. Internamente, o Cyrix III tem 128 KB de memória cache L1 e 256 KB de memória cache L2, trabalhando na mesma frequência de operação interna do processador, assim como ocorre no Celeron e no Pentium III FC-PGA, que é um modelo de Pentium III que, em vez de ser construído em um cartucho, é fabricado em forma de soquete, usando a mesma placa-mãe projetada para o Celeron (soquete 370). Na tabela a seguir você compara as características internas dos processadores concorrentes do Cyrix III, lembrando que, quanto maior o tamanho do cache de memória, mais rápido é o processador. Incluímos o Celeron, o Pentium III FC-PGA e o novo Duron, da AMD (clique aqui para ler o artigo sobre este processador). Característica Cyrix III Celeron Pentium III FC-PGA Duron Cache L1 128 KB 32 KB 32 KB 128 KB Cache L2 256 KB 128 KB 256 KB 64 KB Barramento Externo 100 MHz / 133 MHz 66 MHz 100 MHz / 133 MHz 100 MHz A grande vantagem do Cyrix III sobre o seu concorrente mais direto - o Celeron - é o uso do barramento externo de 133 MHz, obtendo o dobro de desempenho do processador Celeron no acesso à memória RAM, o que aumenta incrivelmente o desempenho do micro. Outras características do Cyrix III incluem o uso da tecnologia MMX e da tecnologia 3DNow!. Nós ainda não testamos esse processador e, portanto, não temos como dizer se ele é mais rápido ou não que os processadores concorrentes. Mas, com certeza, assim que tivermos acesso a ele publicaremos um teste completo sobre o seu desempenho.
  4. Duron é o nome do novo processador da AMD que será oficialmente lançado no próximo dia 5 de junho. Anteriormente conhecido por seu nome-código Spitfire (ou Athlon Select), ele é um processador Athlon destinado a micros baratos, concorrendo diretamente com o Celeron da Intel. Assim como o Celeron, possui um cache L2 integrado dentro do processador (trabalhando na mesma freqüência de operação interna do processador), mas de apenas 64 KB (no Celeron esse circuito é de 128 KB e, no Athlon e no Pentium III, de 512 KB). Mas é bem provável que mesmo assim o Duron seja muito mais rápido do que o Celeron, já que o cache L1 do Celeron é de apenas 32 KB, enquanto que esse circuito do Duron é de 128 KB. Em outras palavras, apesar de o cache L2 do Duron ser menor que o do Celeron, o cache L1 é maior. Mas a grande característica que diferencia o Duron de todos os demais processadores existentes hoje no mercado é o uso de um novo padrão de pinagem, chamado soquete A, que é um soquete de 462 pinos parecido com o usado pelo Celeron (que tem 370 pinos e, logo, incompatível). Isso significa que o Duron necessita de placas-mães que usem esse novo tipo de soquete, sendo totalmente incompatível com as placas-mães hoje existentes no mercado. Isto é, não dá para fazer upgrade de qualquer outro processador para o Duron trocando-se apenas o processador, mesmo que seu processador atual seja da AMD. Figura 1: Processador Duron, da AMD. Como você pode reparar, a AMD está usando a mesma estratégia da Intel para reduzir o custo de produção de seus processadores, passando a usar soquetes convencionais em vez de cartuchos (para quem não sabe, a Intel passou a produzir processadores Pentium III em forma de soquete em vez de cartucho para baratear o seu custo). Parece que isso dará resultado. O modelo de 550 MHz do Duron será lançado (nos Estados Unidos) a US$ 79,00, menos da metade do preço do processador Athlon de mesma freqüência, que custa U$ 169,00. Ainda não tivemos contato com esse processador e, portanto, não temos como dizer se ele é ou não realmente mais rápido que os processadores da Intel e também como é o seu desempenho comparado aos demais processadores da própria AMD (K6-2, K6-III e Athlon), mas prometemos esse teste para assim que esse processador for lançado no Brasil.
  5. Quem nunca soltou palavrões quando tentou mexer em algum dos inúmeros plugues existentes na parte de trás no micro? Porta paralela, porta serial, porta do joystick, saída das caixas de som, saída para o monitor de vídeo... Todos esses conectores ficam na parte traseira do micro, o que pode dificultar bastante caso você mexa nesse conectores com uma certa freqüência. Quem tem um joystick sabe do que estamos falando. Se você instalou o micro em um móvel ou armário feito sob medida, o caso é pior ainda, pois normalmente você tem de tirar o micro do móvel para poder mexer em seus cabos. Mas todo esse problema está ficando para trás com uma nova invenção muito bem bolada da empresa Frontx (http://www.frontx.com). Trata-se de um extensor de portas que move os conectores da parte traseira do micro para a parte frontal do gabinete. Esse extensor tem um tamanho padrão da baia de 5 1/4" do gabinete e, portanto, é compatível com todos os micros existentes no mercado. Ou seja, desde que você tenha uma baixa de 5 1/4" disponível em seu micro, é possível instalar esse periférico. O primeiro modelo lançado é uma extensão para a placa de som, que coloca os conectores line out, speaker out, line in e a porta do joystick na frente do micro. Esse periférico auxilia os usuários que trabalham com edição de áudio, bem como os fanáticos por games, pois torna a instalação e desinstalação do joystick uma tarefa muito mais simples. O fabricante ainda lançará, até o final do ano, extensões para a porta paralela, portas seriais, portas USB e saída de vídeo, todas para serem instaladas na frente do micro. Outro aspecto interessante é que a base onde os conectores são fixados é universal para todos os modelos de conectores, isto é, na mesma baia de 5 1/4" você pode instalar todos os conectores que a empresa disponibiliza. O periférico trás também uma tampa frontal escamoteável, permitindo que você tampe os conectores quando você não os estiver usando, fazendo o perfeito acabamento estético de seu micro. Como o produto foi recém lançado, infelizmente ainda não há representantes no Brasil (o fabricante afirma estar procurando parceiros em nosso país). Se você quiser, poderá comprá-lo através do site do fabricante (http://www.frontx.com), embora o custo final fique um pouco elevado por conta da taxa de importação (o produto, com frete incluso, sai a US$ 34,50 e a taxa de importação fica a US$ 20,70, dando um total de aproximadamente R$ 100,00).
  6. Afinal, qual é o processador mais rápido disponível no mercado hoje? O Athlon, da AMD, ou o Pentium III, da Intel? Realizamos testes comparativos de desempenho em nosso laboratório com um Athlon-550 e um Pentium III-550 e os resultados foram muito similares, com uma leve vantagem para o processador da AMD. Confira nossos testes. O desempenho de processamento do Pentium III e do Athlon é praticamente igual, com uma leve vantagem para o Athlon, que obteve um desempenho 3,34% superior ao do Pentium III quando este usava vídeo on-board e 2,94% superior ao do Pentium III desabilitando o vídeo on-board e usando a mesma placa de vídeo usada nos testes com o Athlon (Diamond Viper v330), sendo este o resultado realmente válido. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Já o desempenho de processamento matemático foi a grande surpresa do Athlon. Os processadores não-Intel tipicamente apresentam um desempenho matemático muito inferior ao dos processadores Intel. O Athlon é o primeiro processador não-Intel a ter um desempenho matemático superior ao do Pentium III: 2,37% superior com o vídeo on-board desabilitado e 2,03% superior com o vídeo on-board habilitado. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Os testes de desempenho de vídeo devem ser analisados com cuidado. Como a placa-mãe usada nos testes com o Pentium III possuía vídeo on-board, os resultados corretos são aqueles obtidos quando o vídeo on-board foi desabilitado e substituído pela mesma placa de vídeo usada nos testes com o Athlon (Diamond Viper v330). O resultado obtido pelo Athlon foi 2,17% superior. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Os resultados dos testes de desempenho de disco favorecem o processador da AMD. O Athlon obteve desempenho de disco 26,32% superior ao do Pentium III com vídeo on-board e 24,14% superior quando este circuito foi desabilitado e substituído pela placa de vídeo Diamond Viper v330. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. O Pentium III usado em nossos testes é um novo modelo de Pentium III, chamado FCPGA (Flip Chip Pin Grid Array) ou Coppermine (seu nome-código), que, em vez de usar um cartucho como os modelos tradicionais de Pentium II e Pentium III, usa pinagem soquete 370, a mesma do processador Celeron. Teoricamente toda placa-mãe soquete 370 aceita esse novo modelo de processador, mas não é isso o que ocorre na prática. A maioria das placas-mães soquete 370 fabricadas antes do lançamento desse processador não aceitam a sua instalação, por motivos de compatibilidade que não são resolvidos com um simples upgrade de BIOS. Portanto, ao comprar uma placa-mãe para o Pentium III FCPGA certifique-se de que a placa-mãe aceita corretamente esse processador. Mas não é só na pinagem que o Pentium III FCPGA é diferente. Internamente ele possui somente 256 KB de memória cache L2, a metade da quantidade de memória cache existente no Pentium II e Pentium III convencional. Em compensação, o cache do Pentium III FCPGA é acessada na mesma freqüência de operação do processador, enquanto nos modelos de cartucho esse circuito é acessado na metade da freqüência de operação. Isto é, no Pentium III-550 FCPGA o cache é acessado a 550 MHz, enquanto que no Pentium III-550 em cartucho esse circuito é acessado a somente 275 MHz. No final das contas, apesar de ter menos memória cache, esse novo processador acaba sendo mais rápido. O Athlon ainda tem algumas limitações que o estão impedindo de ser mais rápido. Por exemplo, ele usa um barramento externo de 200 MHz, mas as memórias que conseguem trabalhar a essa freqüência de operação – como a Rambus e a DDR-SDRAM – ainda são muito caras. A placa-mãe usada em nossos testes foi uma ASUS K7M, que usa memória PC-100 convencional, que é limitada a uma operação a 100 MHz. A escassez de placas-mães para esse processador ainda é um problema para as revendas, que não tem muitas opções de marca – isto é, existem muito mais variedade de placas-mães para o Pentium III do que para o Athlon. Mas acreditamos que isso não deixa de ser uma questão de tempo para mais fabricantes de placas-mães aderirem ao Athlon. O grande ponto fraco dos processadores AMD – o baixo desempenho matemático – foi finalmente ultrapassado, tornando o Athlon uma boa opção ao Pentium III da Intel, ainda mais por ser mais barato. Não temos dúvida em afirmar que, no segmento de micros de alto desempenho, o Athlon é o melhor processador existente hoje para o usuário final. Como queríamos comparar somente o desempenho dos processadores, a maioria das peças foi mantida igual entre as sessões de teste: memória SDRAM 64 MB PC-100, disco rígido Quantum Fireball de 3,2 GB e placa de vídeo Diamond Viper v330. A grande dificuldade foi com a placa-mãe. O Athlon e o Pentium III usam modelos diferentes de placa-mãe. Em nossos testes com o Athlon, usamos uma placa-mãe ASUS K7M, e nos testes com o Pentium III, usamos uma placa-mãe Gigabyte 6WMMC7. O programa usado para medir o desempenho foi o tradicional Winbench, que pode ser obtido em http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp. A placa-mãe usada nos testes com o Pentium III possui vídeo on-board (produzido pelo chipset Intel 810) e, por esse motivo, repetimos os testes desabilitando o vídeo on-board e instalando a placa de vídeo Diamond Viper v330, a mesma utilizada nos testes com o processador Athlon.
  7. A Intel recentemente lançou novos modelos do seu processador Pentium III no mercado, e é bom você ficar por dentro dessa novidade, para comprar corretamente o seu Pentium III. Você encontrará dois tipos de Pentium III no mercado: o tradicional, em forma de cartucho – que usa placas-mães do tipo slot 1, a mesma do Pentium II –, e o novo modelo em forma de soquete, chamado FCPGA (Flip Chip Pin Grid Array) – que utiliza placas-mães do tipo soquete 370, a mesma usada pelo Celeron PPGA. Ou seja, para baratear o custo do processador, a Intel passou a produzir o Pentium III no mesmo formato do Celeron. Mas tome muito cuidado: não são todas as placas-mães soquete 370 que aceitam o Pentium III FCPGA. Dessa forma, se você está pensando em fazer um upgrade de um Celeron para um Pentium III FCPGA trocando apenas o processador, verifique no site do fabricante da placa-mãe se a sua placa aceita esse novo modelo de Pentium III. Caso não aceite, você precisará trocar também a placa-mãe ao efetuar o upgrade (a memória RAM precisará ser trocada também, caso ela não seja PC-100). Mas não é só no formato físico que há novidades. Há modelos de Pentium III que trabalham externamente a 133 MHz – diferentemente dos modelos convencionais, que trabalham a 100 MHz – e, por esse motivo, são bem mais rápidos. Esses modelos são chamados "B". Por exemplo, existem dois modelos do Pentium III-600 no mercado: o de 100 MHz (Pentium III-600) e o de 133 MHz (Pentium III-600B). Apesar de ambos terem a mesma freqüência de operação interna, o modelo B é bem mais rápido por trabalhar externamente a uma freqüência de operação maior. Dessa forma, ao comprar o seu novo processador Pentium III, opte pelo modelo "B" – se o seu orçamento permitir, é claro. A placa-mãe para os modelos de 133 MHz é diferente (ela tem de suportar o barramento de 133 MHz) e a memória RAM também (ela tem de ser preferencialmente PC-133 ou Rambus. Apesar de algumas placas-mães aceitarem processadores de 133 MHz trabalhando em conjunto com memórias de 100 MHz, esse procedimento diminui o desempenho da máquina), o que acaba elevando o preço do micro. Outra novidade é a existência de modelos de Pentium III com 256 KB de memória cache – chamados modelo "E" – em vez de 512 KB, como é o padrão. Em compensação, nos modelos com 256 KB a memória cache é acessada na mesma freqüência do processador, enquanto nos modelos de 512 KB esta memória é acessada na metade da freqüência de operação do processador. Por exemplo, em um Pentium III-550 a memória cache, de 512 KB, é acessada a 275 MHz. Em um Pentium III-550E, a memória cache é menor, de 256 KB, mas é acessada a 550 MHz. No final das contas, pode ser que o processador fique até mais rápido com essa modificação. Há processadores Pentium III que trazem simultaneamente o barramento de 133 MHz e a memória cache de 256 KB. Esses modelos são chamados "EB", como, por exemplo, o Pentium III-600EB.
  8. A entrevista abaixo foi dada a Marcelo Gregatti, responsável pelo portal da EscelsaNet e traz diversas opiniões pessoais sobre o mercado de manutenção de micros, que acredito serem de interesse de todos os visitantes do Clube do Hardware. Você começou a escrever livros técnicos com qual intuito? Foi a convite de alguém ou iniciativa própria? Eu havia criado o meu próprio Curso de Hardware e sentia necessidade de um material didático de qualidade. Os livros existentes na época podiam ser classificados em três categorias: de autores nacionais ruins (isto é, superficiais demais), de autores estrangeiros traduzidos (que possuíam inúmeros erros de tradução e não estavam adaptados à realidade brasileira) e os livros importados (que, além de caros, não dava para todos lerem, já que estavam em inglês). Sim, comecei a escrever por iniciativa própria. Dos 13 livros que você possui hoje publicados, existe algum que você nos dias de hoje não escreveria? Porquê? Não, eu adoro todos os livros que escrevi, apesar de os mais antigos estarem totalmente obsoletos. Fazendo um panorama atual das assistências técnicas no Brasil, qual sua opinião geral? O que mais falta nas assistências técnicas é profissionalismo. Por causa do problema educacional do nosso país, as pessoas não investem em sua própria formação profissional. Querem aprender tudo "de graça", e sem qualquer tipo de esforço. Só que nada cai do céu. Para se tornar um bom profissional deve-se investir muito tempo e determinação em sua profissão. Você acredita que os técnicos de computadores de hoje, caso não se atualizem em novas tecnologias integradas do tipo telefonia móvel celular, web-tv entre outras estarão obsoletos? Sim e não. Muitas dessas tecnologias estão começando a surgir agora e não sabemos ainda se irão "pegar". É bom estar antenado com as novas tecnologias, mas estudar a fundo uma tecnologia que poderá ficar obsoleta (isto é, "não pegar") pode acabar sendo perda de tempo. Eu acho que os técnicos tem de se preocupar em estudar as tecnologias diretamente ligadas à área de informática (novos processadores, por exemplo) do que praticar "futorologia". É incrível a quantidade de técnicos que sabem tudo sobre as novidades e projetos para o futuro, mas são profissionalmente ruins por não terem o conhecimento adequado das atuais e antigas tecnologias. Eu sou particularmente mais favorável que se estude as tecnologias antigas e consagradas, pois o que temos hoje é uma evolução do passado. Entendendo o passado, entendemos o presente e podemos dar palpites mais acertados em relação ao futuro. Estamos observando hoje em dia, uma queda muito grande na valorização do serviço técnico de manutenção de micros. Na época do 386DX-40, um técnico cobrava R$50,00/hora e hoje vê-se técnicos cobrando R$10,00/hora. Porque isto está acontecendo? Falta de educação? Falta de profissionalismo. Somente técnicos ruins cobrarão R$ 10 por hora. Técnicos bons continuarão cobrando R$ 50 ou até mais. Essa coisa de se basear nos outros é furada. Isto é, você deve fazer o seu próprio preço baseado em seu grau de profissionalismo e know-how. Não desmereça o seu serviço só porque há "técnicos" que cobram R$ 10. Com certeza a qualidade do serviço de um técnico de R$ 10,00 é muito inferior ao de um de R$ 50. Os clientes com o tempo acabam aprendendo isso: atraídos pelo preço, chamam um desses "técnicos" que cobram barato. Só que eles não resolvem o problema. E chamam outro, e mais outro, e mais outro, até que ele decide contratar um técnico de verdade (de R$ 50), que consegue resolver o problema dele. No final das contas, o técnico de R$ 10 acabou saindo mais caro... Para um profissional que está em início de carreira, como ele deve proceder na hora de fazer um currículo? No início da carreira você deve estudar muito. Minha opinião pessoal nesse ponto é que o profissional estude bastante tecnologias antigas e consagradas e, aos poucos, vá se inteirando sobre o que há de novo. Na hora de fazer um currículo, o ideal é destacar os seus conhecimentos (já que ele não terá muita experiência profissional) e, na entrevista para um emprego, ele acaba "arrebentando" se estiver bem preparado. Muitas peças que compõem os computadores estão sendo falsificadas, principalmente chipsets e processadores, onde o usuário leigo não faz nem idéia do que está comprando. Caso seja constatado algum ítem falso, a quem o usuário deve recorrer? O problema da falsificação é que muitos lojistas, por não serem técnicos, também estão por fora. Caso o usuário constante uma memória cache ou um processador falsificado, o precedimento ético a ser tomado é entrar em contato imediatamente com o lojista, explicando CALMAMENTE o fato (nada de exaltações), até porque, como disse, o próprio lojista pode não estar a par da situação e não ser totalmente "culpado" (a única culpa dele nesse caso é a falta de profissionalismo de não querer estar atualizado). Na maioria das vezes o lojista acaba trocando o equipamento e ele mesmo acaba ficando chateado (para não usar outra palavra mais pesada) com o fornecedor dele, e resolve agir contra esse tipo de esquema. Mas se o camarada for irredutível, aí sim o usuário deve recorrer ao Procon/Decon, que resolve esse caso facilmente, marcando uma audiência de reconciliação. Computadores com memórias de video, som, modem e placa de rede on-board, possuem um rendimento e qualidade inferior aos outros? Sim. Como você pode constatar em nossos testes publicados no Clube do Hardware, placas-mães com dispositivos on-board possuem desempenho muito inferior. Mas, em contrapartida, o micro torna-se muito mais barato. Dessa forma, há de ser feita a escolha: um micro muito barato, com desempenho de 20 a 30% abaixo do ideal ou então um micro trabalhando no topo de seu desempenho, porém mais caro. Até que ponto uma boa placa-mãe e um bom disco rígido podem influenciar na performance de uma máquina? Há diferenças gritantes de desempenho entre placas-mães. Por exemplo, a placa-mãe FIC VA-503 chega a ser mais de 10% mais rápida que a PCChips M598. Muitas vezes acontece de o usuário comprar um micro com uma placa-mãe ruim e achar que o micro inteiro que é ruim. Todos os dias vemos pessoas reclamando que o K6-2 é ruim, que vive travando, mas estudando melhor o caso, descobrimos que a placa-mãe do sujeito é uma M598... Quanto ao disco rígido, o seu desempenho influi diretamente no desempenho geral da máquina. Como o sistema operacional está constantemente usando um recurso chamado memória virtual - que é a técnica de se gravar informações contidas na memória RAM no disco rígido do micro -, o disco rígido influi no desempenho da máquina, já que, se o processador precisar de alguma informação que foi colocada no disco rígido, é necessário primeiro carregá-la na memória RAM, e isso demora alguns milisegundos, já que o disco rígido é um sistema mecânico. Só para lembrar, a memória RAM trabalha na casa dos nanosegundos, ou seja, na ordem de 1.000 vezes mais rápida. Para terminarmos, como não poderia deixar de ser... Linux ou Windows? Comparar o Linux com Windows é como comparar bananas com maçãs. A única semelhança é que ambos são frutas, isto é, sistemas operacionais. O mercado do Linux não é o mesmo do Windows. O Linux é voltado para servidores de rede (mercado corporativo) e, no mercado SOHO, o máximo que pega é a fatia dos heavy-users. A esmagadora maioria dos usuários continuará usando o Windows, por causa do marketing da Microsoft e pela comodidade. Lembro um detalhe importante: apesar de o Linux ser um sistema "grátis", a sua manutenção é bem mais cara do que o Windows (técnicos especialistas em Linux são mais caros do que técnicos especialistas em Windows) e, daí, o grande argumento dos defensores do Linux - que o sistema é grátis - é um grande "furo". Estatísticas mostram que as empresas gastam mais dinheiro com a manutenção/suporte do que com a compra de equipamentos e de softwares. Essa "guerrinha" Windows vs. Linux lembra muito a mesma "guerrinha" Windows 95 vs. OS/2: milhões de usuários "xiitas" querendo provar que o "seu" sistema é melhor. E o que aconteceu? Eu, por escrever para a maioria e não para a minoria, tenho de usar Windows.
  9. Por uma falha nossa, nossos testes anteriores realizados com a placa-mãe Tekram P6Pro-A+ estavam errados. Nós havíamos invertido os resultados dos testes de desempenho de processamento com os de vídeo. Acabamos de corrigir a falha e pedimos desculpas a todos pelo inconveniente. Aproveitamos para incluir uma comparação dessa placa com a Gigabyte GA-6ZMM. Essa placa-mãe da Tekram (http://www.tekram.com.tw) utiliza o chipset VIA Apollo Pro 133, que consegue trabalhar externamente a 133 MHz. Essa placa-mãe é, portanto, recomendada para os novos processadores Pentium III que operam externamente a essa freqüência de operação ou então caso você queira fazer um overclock do micro. Como você verá nos testes de desempenho, o grande ponto forte dessa placa-mãe é o seu desempenho de disco. Seu desempenho geral é menor do que outras placas que testamos e acreditamos que isso seja por causa do chipset, já que essa é a primeira placa-mãe slot 1 com chipset não-Intel que testamos. As principais características dessa placa-mãe são: Slot 1. Chipset VIA Apollo Pro 133, com funcionamento até 133 MHz. A placa-mãe permite overclock até 150 MHz. Toda a configuração da placa é feita através do setup. Formato ATX. Monitoramento do estado das ventoinhas, temperatura e tensões da fonte. Permite que o micro seja ligado através do pressionamento simultâneo das teclas CTRL e F1. Também permite que o micro seja ligado através do mouse, caso ele seja PS/2. Periféricos integrados: Não tem aúdio nem vídeo on-board. Possui portas IDE Ultra DMA/66, duas portas USB e demais periféricos encontrados em placas ATX (mouse PS/2, etc). Possui conector WOL (Wake-up On LAN) e conector para barramento IrDA (infravermelho). Slots: 1 slot AGP, 5 slots PCI e 2 Slots ISA (1 compartilhado). Soquetes de memória: 3 soquetes DIMM (máximo de 768 MB de memória). Como comentamos, o ponto forte dessa placa-mãe é o seu desempenho de disco, 45,58% superior ao da Gigabyte GA-6ZMM, 38,06% superior ao da Soyo SY-6BE+ e 9,18% superior que o da ABIT BE6-II, no caso dos testes usando um Pentium II-400. Nos testes usando um Pentium II-333, o desempenho de disco da P6Pro-A+ foi 45,93% superior ao obtido pela Gigabyte GA-6ZMM, 43,80% maior que o da Soyo SY-6BE+ e 7,65% superior ao da ABIT BE6-II. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Já em desempenho de processamento, a Tekram P6Pro-A+ tem um desempenho 2,79% inferior ao obtido pela ABIT BE6-II, 5,79% inferior ao da Soyo SY-6BE+ e 6,51% inferior ao da Gigabyte GA-6ZMM, quando usamos um Pentium II-333. Quando o processador usado foi o Pentium II-400, essa placa mostrou ter um desempenho 2,56% inferior ao da ABIT BE6-II, 3,80% inferior ao da Soyo SY-6BE+ e 4,40% inferior ao da Gigabyte GA-6ZMM. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Em vídeo, a placa-mãe ABIT BE6-II obteve um desempenho 2,91% superior ao da Tekram P6Pro-A+, quando o processador usado foi um Pentium II-333, e 11,23% superior quando o processador usado foi um Pentium II-400. Já a Soyo SY-6BE+ obteve um desempenho de vídeo 4,92% superior ao da Tekram P6Pro-A+, quando o processador era um Pentium II-333, e 12,27% superior, quando o processador instalado era o Pentium II-400. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench 99 (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Para avaliar o desempenho com a placa operando a 66 MHz, usamos um processador Pentium II-333 e, para avaliar o seu funcionamento a 100 MHz, usamos um processador Pentium II-400. O micro foi montado com 64 MB, disco rígido Quantum de 3,2 GB e placa de vídeo Diamond Viper v330. Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada.
  10. Essa placa-mãe é fabricada no Brasil pela Netgate (http://www.netgate-ba.com.br), fábrica que tivemos o prazer de apresentar nos testes da placa-mãe NG-6WMM7-1. Leia os testes desta placa-mãe para conhecer melhor essa fábrica. A NG-5SMM é uma placa-mãe Super 7 (isto é, para os processadores K6-2 e K6-III) que utiliza o chipset SiS 530 e, com isso, concorre no mercado diretamente com a placa-mãe PCChips M598, que seguramente é a placa-mãe Super 7 mais vendida no Brasil. Mas, ao contrário do que ocorreu com os testes da NG-6WMM7-1, nos decepcionamos bastante com o desempenho da NG-5SMM. Seu desempenho de processamento conseguiu ser inferior ao da PCChips M598, até então a pior placa-mãe Super 7 que havíamos testado. A vantagem da NG-5SMM é ter manual em português, garantia e suporte de fábrica, com atendimento através de uma linha 0800 e, é claro, o seu preço, o menor do mercado. Se você pretende montar micros baratos usando processadores Super 7 (K6-2, K6-III), essa placa-mãe é a melhor alternativa, mas, em contrapartida, não terá um micro com um desempenho campeão. Se você realmente quiser montar um micro de alto desempenho usando processadores Super 7, opte pela FIC VA-503 ou pela FIC PA-2013 – mas você pagará mais caro, é claro. Em tempo: A Netgate NG-5SMM é a mesma placa GA-5SMM da Gigabyte, só que "Made in Brazil". As principais características da placa-mãe NG-5SMM são: Soquete 7. Chipset SiS 530. 512 KB de memória cache L2. Formato ATX. Monitoramento do estado das ventoinhas, temperatura e tensões da fonte. Periféricos integrados: O vídeo é on-board, produzido pelo próprio chipset SiS 530. Possui áudio on-board produzido pelo circuito ESS ES1985 ("Solo-1"). Possui duas portas USB e demais periféricos encontrados em placas ATX (mouse PS/2, etc). Possui conector WOL (Wake-up On LAN) e conector para barramento IrDA (infravermelho). Slots: 3 slots PCI e 2 slots ISA. Soquetes de memória: 3 soquetes DIMM (máximo de 768 MB). Em nossos testes de desempenho, a Netgate NG-5SMM não foi nada bem. O desempenho de processamento nos decepcionou bastante. A placa-mãe PCChips M598 obteve um desempenho de processamento 12,38% superior ao dessa placa (comparando os resultados com o vídeo on-board habilitado). A campeã FIC VA-503+ obteve desempenho de processamento 24,75% superior ao da Netgate NG-5SMM e a ASUS P5A-B obteve desempenho 17,33% superior. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Em desempenho de disco, a Netgate NG-5SMM obteve o mesmo desempenho da PCChips M598, ou seja, 6,78% inferior ao desempenho de disco da FIC VA-503+, 9,84% inferior ao da ASUS P5A-B e 12,23% inferior ao da Biostar M5ALA. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Já nos testes de desempenho de vídeo, o vídeo on-board da Netgate NG-5SMM foi 8,35% superior ao da PCChips M598 e 3,39% mais rápido do que a placa-mãe Biostar M5ALA equipada com uma placa de vídeo Diamond Viper v330, mas 11,98% inferior ao da ASUS P5A-B equipada com a mesma placa de vídeo. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench 99 (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Utilizamos um processador K6-2-300 e 64 MB de memória RAM. O disco rígido era um Quantum de 3,2 GB e a placa de vídeo uma Diamond Viper v330 (nos testes marcados com "2" nos gráficos; nos testes marcados com "1", o vídeo era produzido pelo chipset da placa-mãe). A resolução de vídeo usada foi 800x600x32 bits. Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada.
  11. Essa placa-mãe slot 1 da Gigabyte (http://www.giga-byte.com) nos surpreendeu por vários motivos. Primeiro, ela foi a primeira placa-mãe que testamos a bater a Soyo SY-6BE+, até então a placa-mãe slot 1 com melhor desempenho de processamento. Em segundo lugar, ela tem vídeo on-board mas, ao contrário da esmagadora maioria das placas-mães com vídeo on-board disponíveis no mercado, não usa arquitetura UMA (Unified Memory Architecture). Isto é, essa placa-mãe tem um processador de vídeo próprio (ATI Rage Pro Turbo) e memória de vídeo própria (8 MB SDRAM) soldada na placa-mãe, e, por isso, o desempenho do micro não cai por causa do uso do vídeo on-board. Você verá isso provado em nossos testes: repare que nos testes de desempenho de processamento, o desempenho se mantém inalterado independentemente se usamos o vídeo on-board ou uma placa de vídeo avulsa. Em outras palavras, essa placa-mãe possui uma placa de vídeo ATI Rage Pro Turbo AGP com 8 MB de memória soldada diretamente sobre ela. Se você está pensando em montar um micro de alto desempenho mas com custo acessível, considere usar a Gigabyte GA-6ZMM. Esta é a uma das melhores placa-mãe slot 1 que testamos até hoje e, apesar de ter vídeo on-board, este é um circuito independente que não compromete em nada o desempenho do micro – pelo contrário, este circuito mostrou ser mais rápido que a excelente Viper v330 da Diamond. As principais características da placa-mãe GA-6ZMM são: Slot 1. Chipset Intel 440ZX. Formato ATX. Monitoramento do estado das ventoinhas, temperatura e tensões da fonte. Periféricos integrados: O vídeo é on-board, produzido pelo chip ATI Rage Pro Turbo, que usa 8 MB de memória SDRAM disponíveis na placa-mãe. Também tem áudio on-board, produzido pelo chip Yamaha XG (YMF740C). Possui duas portas USB e demais periféricos encontrados em placas ATX (mouse PS/2, etc). Possui conector WOL (Wake-up On LAN) e conector para barramento IrDA (infravermelho). Slots: 3 slots PCI e 1 slot ISA. Soquetes de memória: 2 soquetes DIMM (máximo de 512 MB). Ficamos surpreendidos com o desempenho da Gigabyte GA-6ZMM, principalmente porque ela rompe com o mito de que placas-mães com dispositivos on-board são ruins. Pelo contrário. Essa placa-mãe foi a primeira a bater a Soyo SY-6BE+, até então a placa-mãe slot 1 mais rápida que havíamos testado. E como o seu vídeo on-board é produzido por um circuito a parte (ATI Rage Pro Turbo AGP), o desempenho do micro não cai quando o vídeo on-board é utilizado. Em desempenho de processamento, essa placa foi 0,77% mais rápida que a Soyo SY-6BE+, quando usamos um Pentium II-333, e 0,63% mais rápida que a SY-6BE+ quando usamos um Pentium II-400. Comparada à ABIT BE6-II, a Gigabyte GA-6ZMM obteve um desempenho de processamento 3,98% superior, quando usamos um Pentium II-333, e 1,92% quando usamos um Pentium II-400. Comparada à Tekram P6PRO+, a vantagem em processamento foi de 6,97%, quando usamos um Pentium II-333, e 4,61%, quando usamos um Pentium II-400. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Já em desempenho de disco, essa placa-mãe não é tão boa quanto as suas concorrentes. Nos testes usando um Pentium II-333 (barramento de 66 MHz), a Soyo SY-6BE+ foi 0,74% mais rápida, a ABIT BE6-II foi 34,56% mais rápida e a Tekram P6PRO-A+, 44,85% mais rápida. Já nos testes usando um Pentium II-400 (barramento de 100 MHz), a Soyo SY-6BE+ foi 3,33% mais rápida, a ABIT BE6-II foi 30,67% mais rápida e a Tekram P6PRO-A+, 42,67% mais rápida. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Em desempenho de vídeo, temos de considerar os resultados obtidos quando o vídeo on-board estava desabilitado, para que a comparação com as outras placas-mães tenha sentido (já que nos testes com as outras placas-mães usamos uma placa de vídeo Diamond Viper v330 e não uma ATI Rage Pro Turbo). Mas, apenas por curiosidade, o vídeo on-board da Gigabyte é 23,36% mais rápido que a placa de vídeo Diamond Viper v330 – o que é um resultado excepcional. Chegamos a essa conclusão comparando o resultado do teste de desempenho de vídeo obtido com a GA-6ZMM com seu vídeo on-board com o resultado do teste usando a mesma placa-mãe, mas desabilitando o seu vídeo on-board e instalando a placa da Diamond. Com o vídeo on-board desabilitado, os resultados do desempenho de vídeo foram iguais aos obtidos pela ABIT BE6-II, como você confere no gráfico. Ou seja, 11,23% maior que o da Tekram P6PRO-A+, mas 0,93% inferior ao da Soyo SY-6BE+, considerando os resultados obtidos com o barramento a 100 MHz (Pentium II-400). (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench 99 (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Para avaliar o desempenho com a placa operando a 66 MHz, usamos um processador Pentium II-333 e para avaliar o seu funcionamento a 100 MHz, usamos um processador Pentium II-400. O micro foi montado com 64 MB, disco rígido Quantum de 3,2 GB e placa de vídeo Diamond Viper v330 (nos testes marcados com "2" nos gráficos; nos testes marcados com "1", o vídeo era produzido pelo chipset da placa-mãe). Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench 99 (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Para avaliar o desempenho com a placa operando a 66 MHz, usamos um processador Pentium II-333 e para avaliar o seu funcionamento a 100 MHz, usamos um processador Pentium II-400. O micro foi montado com 64 MB, disco rígido Quantum de 3,2 GB e placa de vídeo Diamond Viper v330 (nos testes marcados com "2" nos gráficos; nos testes marcados com "1", o vídeo era produzido pelo chipset da placa-mãe). Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada.
  12. Essa placa-mãe é exatamente a mesma que o modelo GA-6WMM7-1, também da Gigabyte, só que preparada para receber o processador Pentium III FCPGA. Esse processador possui algumas pequenas diferenças que fazem com que nem todas as placas-mães soquete 370 o aceitem. Incrivelmente essa placa teve um desempenho um pouco abaixo da NG-6WMM7-1, que é a GA-6WMM7-1 fabricada no Brasil pela Netgate (leia os nossos testes dessa placa-mãe). As principais características da placa-mãe GA-6WMMC7-1 são: Soquete 370. Chipset Intel 810. Não há jumpers de configuração. Toda a configuração da placa é feita através do setup. Formato ATX. Monitoramento do estado das ventoinhas, temperatura e tensões da fonte. Periféricos integrados: O vídeo é on-board, produzido pelo próprio chipset Intel 810. Possui duas portas USB e demais periféricos encontrados em placas ATX (mouse PS/2, etc). Possui conector WOL (Wake-up On LAN) e conector para barramento IrDA (infravermelho). Slots: 3 slots PCI, 1 slot AMR. Soquetes de memória: 2 soquetes DIMM (máximo de 512 MB). A GA-6WMMC7-1 obteve um desempenho de processamento 0,33% superior a CA810AL da Intel, mas obteve um desempenho 1,91% inferior a da Netgate NG-6WMM7-1, considerando os resultados obtidos com o vídeo on-board habilitado. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Em desempenho de vídeo, a Intel CA810AL continua sendo a placa-mãe com chipset Intel 810 com o vídeo mais rápido que já testamos, obtendo um desempenho de vídeo 21,37% superior ao da Gigabyte GA-6WMMC7-1. A Netgate NG-6WMM7-1 obteve um desempenho 9,40% maior que a placa testada. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Em desempenho de disco, a Gigabyte GA-6WMMC7-1 também obteve resultados inferiores às outras placas testadas. A Intel CA810AL foi 7,79% mais rápida em disco e a Netgate NG-6WMM7-1, 16,23% mais rápida no mesmo quesito. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench 99. Utilizamos um processador Celeron-400 e 64 MB de memória RAM. O disco rígido era um Quantum de 3,2 GB e a placa de vídeo uma Diamond Viper v330 (nos testes marcados com "2" nos gráficos; nos testes marcados com "1", o vídeo era produzido pelo chipset da placa-mãe). Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada.
  13. A ABIT (http://www.abit.com.tw) vive inovando. Desta vez ela acaba de lançar uma placa-mãe, chamada BP6, que é dual soquete 370. O objetivo dessa placa é a montagem de servidores de rede usando processadores Celeron PPGA. O uso desse tipo de processador faz com que o custo do servidor caia bastante, já que esse tipo de processador é mais barato. O próprio custo da placa-mãe é também menor. Em outras palavras, um servidor usando uma BP6 e dois processadores Celeron sai bem mais barato do que usando uma placa-mãe dual Pentium III e dois processadores Pentium III convencionais. Note que, apesar de essa placa-mãe ser soquete 370, ela não aceita a instalação do processador Pentium III FC-PGA. É claro que, para usar o recurso de processamento simétrico disponível nessa placa (isto é, a possibilidade, no caso, de usar dois processadores simultaneamente) é necessário que você use um sistema operacional que comporte esse sistema, como o Windows NT, o Windows 2000 e a maioria das versões de Unix disponíveis no mercado. Ou seja, não adianta nada comprar uma placa-mãe dessas para rodar Windows 9x. Como esse sistema não reconhece mais do que um processador, o desempenho do micro ficará absolutamente igual independentemente se você usar um ou dois processadores na placa. Outra grande vantagem dessa placa-mãe é a existência de quatro portas IDE, permitindo a instalação direta de até oito dispositivos IDE. Dessas quatro portas, duas são UDMA/66 e duas são UDMA/33. Essa ideia foi herdada da placa-mãe BE6 e, para uma discussão mais detalhada dessa característica, leia nosso teste com a placa-mãe BE6. As principais características dessa placa-mãe são: Dual soquete 370. Chipset 440BX. Não há jumpers de configuração, toda a configuração da placa é feita através do setup. Formato ATX. Monitoramento do estado das ventoinhas, temperatura e tensões da fonte. Permite que o micro seja ligado através do pressionamento simultâneo das teclas CTRL e F1. Também permite que o micro seja ligado através do mouse, caso ele seja PS/2. Periféricos integrados: Não tem aúdio nem vídeo on-board. Possui quatro portas IDE, sendo duas Ultra DMA/66, permitindo a conexão de até 8 dispositivos IDE. Possui duas portas USB e demais periféricos encontrados em placas ATX (mouse PS/2, etc). Possui conector WOL (Wake-up On LAN) e conector para barramento IrDA (infravermelho). Slots: 1 slot AGP, 5 slots PCI e 2 Slots ISA (1 compartilhado). Soquetes de memória: 3 soquetes DIMM. Não tínhamos o material necessário para os testes de desempenho usando a placa-mãe com o seu processamento simétrico, já que essa é a primeira placa-mãe multiprocessada que testamos. Quando dissemos material necessário, não é só um disco rígido com o Windows NT ou Windows 2000 instalado e um programa específico de teste de desempenho, mas também resultados obtidos por outras placas-mães, para comparação. Como todos já sabem, todos nossos testes são comparativos e resultados de testes sem comparação com produtos concorrentes não fazem sentido. Por isso, nossos testes de desempenho se limitaram somente ao mesmo procedimento efetuado convencionalmente com outras placas-mães soquete 370. Os resultados da BP6 foram similares ao de outras boas placas-mães soquete 370 existentes no mercado. Em desempenho de processamento, a BP6 obteve o mesmo resultado da Gigabyte GA-6WMMC7 (quando o vídeo on-board desta placa estava habilitado), sendo 0,33% mais rápida do que a Intel CA810AL. Mas perdeu para a Netgate NG-6WMM7, que obteve um desempenho 1,95% superior, quando o vídeo on-board estava habilitado, e 2,27% superior, com esse circuito desabilitado. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. O desempenho de disco da BP6 foi 5,19% superior ao da Gigabyte GA-6WMMC7 (quando o vídeo on-board desta placa estava habilitado), mas perde para a Intel CA810AL (que é 2,47% mais rápida do que a BP6 em disco) e para a Netgate NG-6WMM7 – que é 10,49% mais rápida em disco quando o vídeo on-board está habilitado e 15,43% mais rápida quando esse circuito está desabilitado. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330 Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench 99 (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Utilizamos um processador Celeron-400. O micro foi montado com 64 MB, disco rígido Quantum de 3,2 GB e placa de vídeo Diamond Viper v330. Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada.
  14. Finalmente surgiu no mercado nacional uma fábrica de placas-mães de qualidade. A Netgate (http://www.netgate-ba.com.br), situada no pólo industrial de Ilhéus/BA, realmente fabrica as placas-mães que levam a sua marca. Todos nós somos muito céticos em relação a fábricas de componentes de hardware no Brasil, por causa da época da reserva de mercado, quando existiam diversas empresas que diziam fabricar componentes de hardware mas, na verdade, não passavam de empresas de fachada para o contrabando. Mesmo hoje em dia muitas empresas colocam suas marcas em produtos que não são fabricados por elas, em um esquema chamado OEM. Por exemplo, os celulares da Gradiente, que são fabricados pela Nokia, e os scanners da TCE, que são fabricados pela Avision. Nos surpreendemos com as placas-mães da Netgate por diversos motivos. Primeiro, porque tivemos a honra de conhecer a fábrica de Ilhéus e constatar que realmente eles fabricam as placas e que estão muito bem estruturados, com uma equipe técnica de dar inveja e com equipamentos de última geração. E, segundo, porque as placas-mães fabricadas pela Netgate são boas e, como você verá em nossos testes, apresentam um excelente desempenho, melhor do que muitas placas concorrentes das marcas mais conhecidas. E, é claro: a grande vantagem das placas da Netgate é que elas, como são fabricadas em uma região que possui incentivos fiscais, são muito mais baratas do que as placas importadas. É importante notar que, pelo menos por enquanto, a Netgate está produzindo placas-mães com tecnologia da Gigabyte, isto é, a placa NG-6WMM7-1 é exatamente a mesma placa GA-6WMM7-1 fabricada pela Gigabyte, só que "Made in Brazil". Outros pontos de destaque da Netgate vão para o seu manual, totalmente em português e de fácil entendimento, e a existência de uma linha 0800 (0800-56-1111) para o atendimento às revendas e técnicos que estejam montando micros com placas-mães Netgate. Nesta fase inicial da Netgate, essa linha atende também a chamados de usuários finais, mas no futuro isso deverá ser abolido. As principais características da placa-mãe NG-6WMM7-1 são: Soquete 370. Chipset Intel 810. Não há jumpers de configuração. Toda a configuração da placa é feita através do setup. Formato ATX. Monitoramento do estado das ventoinhas, temperatura e tensões da fonte. Periféricos integrados: O vídeo é on-board, produzido pelo próprio chipset Intel 810. Possui duas portas USB e demais periféricos encontrados em placas ATX (mouse PS/2, etc). Possui conector WOL (Wake-up On LAN) e conector para barramento IrDA (infravermelho). Slots: 3 slots PCI, 1 slot AMR. Soquetes de memória: 2 soquetes DIMM (máximo de 512 MB). Realmente ficamos surpreendidos com o desempenho dessa placa. O desempenho de processamento e o desempenho de disco foram os pontos fortes dessa placa. Em vídeo, ela perde para a CA810 da Intel, que continua sendo a placa-mãe com chipset Intel 810 com o melhor desempenho de vídeo. Essa placa obteve um desempenho de processamento 1,95% superior ao da placa Gigabyte GA-6WMMC7 e 2,28% superior ao da Intel CA810. Essas comparações foram efetuadas com os resultados obtidos com o vídeo on-board ativado. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Em desempenho de disco, essa placa obteve um bom resultado: 7,83% superior ao resultado obtido pela Intel CA810 e 16,23% superior ao obtido pela placa Gigabyte GA-6WMMC7. Essas comparações foram efetuadas com os resultados obtidos com o vídeo on-board ativado. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Já o desempenho de vídeo foi 9,86% inferior ao da Intel CA810, que continua sendo a placa-mãe com chipset Intel 810 com melhor desempenho de vídeo. Comparada ao desempenho de vídeo da Gigabyte GA-6WMMC7, essa placa obteve um desempenho 9,40% maior. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench 99 (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Utilizamos um processador Celeron-400 e 64 MB de memória RAM. O disco rígido era um Quantum de 3,2 GB e a placa de vídeo uma Diamond Viper v330 (nos testes marcados com "2" nos gráficos; nos testes marcados com "1", o vídeo era produzido pelo chipset da placa-mãe). Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada.
  15. Gabriel Torres

    Setup

    O setup é um programa de configuração que todo micro tem e que está gravado dentro da memória ROM do micro (que, por sua vez, está localizada na placa-mãe). Normalmente para chamarmos esse programa pressionamos a tecla Del durante a contagem de memória. A configuração do micro é armazenada dentro de uma memória especial, chamada memória de configuração. Como essa memória é construída com a tecnologia CMOS, muitas pessoas chamam a memória de configuração de memória CMOS. Como esta memória é do tipo RAM, seus dados são apagados quando o micro é desligado. Para que isso não aconteça, há uma bateria que fica alimentando essa memória, para que os dados nela armazenados não sejam perdidos quando o micro é desligado. Essa bateria também é responsável por alimentar o circuito de relógio de tempo real do micro (RTC, Real Time Clock), pelo mesmo motivo. Todo micro tem esse relógio e ele é o responsável por manter a data e a hora atualizadas. No setup nós alteramos parâmetros que são armazenados na memória de configuração, como mostra a figura. Há uma confusão generalizada a respeito do funcionamento do setup. Como ele é gravado dentro da memória ROM do micro, muita gente pensa que setup e BIOS são sinônimos, o que não é verdade. Dentro da memória ROM do micro há três programas distintos armazenados: BIOS (Basic Input Output System, Sistema Básico de Entrada e Saída), que é responsável por "ensinar" ao processador da máquina a operar com dispositivos básicos, como a unidade de disquete, o disco rígido e o vídeo em modo texto; POST (Power On Self Test, Autoteste), que é o programa responsável pelo autoteste que é executado toda a vez em que ligamos o micro (contagem de memória, por exemplo); e setup (configuração), que é o programa responsável por alterar os parâmetros armazenados na memória de configuração (CMOS). Outra confusão comum é achar que as configuração alteradas no setup são armazenadas no BIOS. Como o BIOS é uma memória do tipo ROM, ela não permite que seus dados sejam alterados. Todas as informações manipuladas e alteradas no setup são armazenadas única e exclusivamente na memória de configuração (CMOS) do micro. Dessa forma, quando chamamos o setup não "entramos" no BIOS nem muito menos alteramos os valores do BIOS, como muitas pessoas dizem erroneamente. Na verdade entramos no setup e alteramos os valores da memória de configuração. Figura 1: Relação entre ROM, memória de configuração (CMOS) e relógio de tempo real (RTC). Figura 2: Chip de memória ROM da placa-mãe. Os programas BIOS, POST e Setup estão gravados dentro deste chip. Figura 3: Exemplo de um chip ponte sul. A memória CMOS e o relógio de tempo real (RTC) estão atualmente embutidos neste chip. Figura 4: Esta bateria é conectada ao chip ponte sul, para alimentar tanto a memória CMOS quanto o relógio de tempo real. Para entrar no setup você deve pressionar a tecla Del durante a contagem de memória. Em alguns micros "de marca" (como os da IBM), a tecla é outra e você deve prestar atenção às instruções que aparecem na tela do micro durante a contagem de memória para poder ter acesso ao setup. Dentro do setup, a navegação é normalmente feita utilizando-se as setas de movimentação do teclado, a tecla Enter para selecionar um menu, Esc para retornar ao menu anterior e as teclas Page Up e Page Down para modificar uma opção existente. É muito importante notar que as alterações feitas enquanto você está dentro do setup não são gravadas automaticamente dentro da memória de configuração (CMOS). Por isso há a necessidade de se gravar as alterações antes de sair do setup, através da opção Save and Exit. Ao entrar no setup você verá um menu principal com opções para a entrada em outros menus de configuração. Essas opções são basicamente as seguintes (não se preocupe pois iremos estudar detalhadamente cada uma delas no futuro): CPU Setup: Em micros onde a placa-mãe não tem jumpers de configuração você encontrará esse menu, que serve para você configurar o processador: multiplicação de clock, clock externo, etc. Standard CMOS Setup: Setup básico. Nesse menu configuramos opções básicas do micro, como o tipo de unidade de disquete, a data e hora e os parâmetros do disco rígido (os parâmetros do disco rígido podem ser configurados automaticamente através de uma opção chamada Hdd Auto Detection). Advanced CMOS Setup (ou BIOS Features Setup): Setup avançado. Aqui você encontrará algumas opções de configuração avançada, que em sua maioria inclui opções de customização do seu micro e que podem ser alteradas de acordo com o seu gosto pessoal. Também há aqui algumas opções que podem aumentar o desempenho do micro. Advanced Chipset Setup: Setup avançado do chipset. São opções para a configuração do chipset da placa-mãe. Essas opções incluem configurações que normalmente envolvem o acesso à memória RAM do micro, como wait states. Se você fizer alguma configuração errada nesse menu o micro pode travar. Por isso, não mexa nas opções desse menu a não ser que você tenha certeza do que está fazendo. PCI/Plug and Play Setup: Configura os recursos alocados por dispositivos instalados no micro, tais como placas de som e fax/modems. Power Management Setup: Neste menu você faz toda a configuração do gerenciamento de consumo elétrico, a fim de que o micro economize energia. Peripheral Setup (ou Integrated Peripherals): Configura os dispositivos integrados à placa-mãe (on-board). Auto Configuration With BIOS Defaults: Coloca os valores de fábrica em todas as opções do setup. Auto Configuration With Power-on Defaults: Coloca os valores contidos na memória CMOS nas opções do setup. Em outras palavras, configura o setup da mesma maneira que estava antes de você entrar nele. Change Password: Configura uma senha que será pedida quando você ligar o micro (ou tentar entrar no setup, dependendo da configuração efetuada no setup avançado). Auto Detect Hard Disk (ou HDD Auto Detect ou IDE Setup): Lê os parâmetros dos discos rígidos IDE do micro e configura automaticamente o setup avançado com os valores lidos. Hard Disk Utility (ou HDD Low Level Format): Formata o disco rígido em baixo nível (formatação física). Essa opção não deve nunca ser usada, sob a pena de você danificar permanentemente o seu disco rígido. Write to CMOS and Exit: Salva as alterações efetuadas na memória de configuração (CMOS) e sai do setup. Do Not Write to CMOS and Exit: Sai do setup sem gravar as alterações. O setup básico não apresenta dificuldades em sua configuração. Nele você deve configurar: Data e hora do sistema, através das opções date e time, respectivamente. Tipos de unidades de disquete instaladas no micro. Você deve configurar que tipo (2.88 MB, 1.44 MB, 1.2 MB, 720 KB ou 360 KB) são as unidades de disquete A e B de seu micro. Um erro muito comum cometido por iniciantes é achar que para trocar a unidade A com a B (isto é, a atual unidade A passar a se chamar B e vice-versa) basta mudar aqui a configuração. Isso não é verdade. Para trocar a unidade A com a B é necessário abrir o micro e trocar a posição das unidades no flat-cable que liga as unidades à controladora (normalmente na placa-mãe). A unidade instalada na ponta do cabo sempre será a A e a unidade instalada no meio, sempre será a unidade B. Como atualmente a maioria dos micros só tem uma unidade (A, de 1.44 MB), na maioria das vezes você deve configurar a unidade A como sendo de 1.44 MB e a unidade B como "não instalada" (Not Installed). Geometria do disco rígido. Essa é a configuração mais difícil do setup básico mas, para a nossa sorte, há uma opção no menu principal do setup – chamada Hdd Auto Detection, IDE Setup ou similar, como vimos na semana passada – que lê os dados do disco rígido e configura automaticamente a geometria do disco rígido. Portanto, não há com o que se preocupar. Tipo de placa de vídeo. Configure como EGA/VGA. Algumas pessoas se confundem aqui. Essa opção configura o tipo de placa de vídeo instalada dentro do micro e não o tipo de monitor de vídeo. Existe uma opção chamada "Monochrome", que é para micros que tenham uma placa de vídeo MDA instalada. Se você tem um micro com placa de vídeo VGA ou Super VGA com um monitor monocromático instalado, a opção correta é EGA/VGA (que configura a placa de vídeo que está instalada no micro) e não Monochrome (já que a sua placa de vídeo não é MDA). E só. Em alguns setups podem aparecer algumas opções a mais: Floppy Mode 3 Support: Existe uma unidade de disquete japonesa que é de 3 1/2" e 1.2 MB (em vez de 1.44 MB) e, para que o micro a reconheça, é necessário habilitar esta opção. Como você provavelmente não tem esse tipo de unidade em seu micro, deixe essa opção desabilitada (Disabled). Halt On: Essa opção informa ao micro em que situação de erro ele deverá parar durante o autoteste inicial da máquina (POST). A opção default é "All Errors", ou seja, em qualquer situação de erro detectada durante o autoteste o micro irá parar e uma mensagem de erro será apresentada. Já a opção "All but keyboard" fará o micro parar em todos os tipos de erro, menos em erros de teclado. E assim por diante de acordo com as demais opções disponíveis. Nossa recomendação é que você configure essa opção em "All Errors". Daylight Saving: Essa opção não é muito comum e provavelmente você só encontrará em micros muito antigos. Essa opção habilita o ajuste automático do horário de verão (que em inglês chama-se daylight saving). Acontece que esse ajuste baseia-se nos EUA, onde o verão ocorre durante o nosso inverno e, portanto, essa opção deve permanecer desabilitada (Disabled). É claro que em alguns micros você poderá encontrar outras informações no setup básico, como a quantidade de memória RAM instalada no micro. Mas as opções que você encontrará em todos os setups são essas que apresentamos hoje. Como o próprio nome indica, no setup avançado (Advanced CMOS Setup) existem opções avançadas de configuração do micro. Entretanto, a maioria das opções do setup avançado são ajustadas de acordo com o gosto do usuário, como você perceberá. A seguir iremos apresentar as opções mais comuns do setup avançado, indicando a nossa recomendação de configuração, muito embora você não precise seguir à risca nossas recomendações já que, como dissemos, diversas opções são configuradas de acordo com o gosto do usuário. É importante notar que o setup do seu micro pode não ter todas as opções aqui descritas, da mesma forma que podem existir opções que não apresentamos aqui. Lembre-se que para habilitar uma opção, você deverá configurá-la como "enabled" e, para desabilitar, como "disabled". Typematic Rate Programming: Você pode configurar a taxa de repetição de teclas do teclado habilitando essa opção, isto é, ao manter uma tecla pressionada, ela começará a ser repetida automaticamente. A configuração dessa taxa é feita através das duas opções a seguir. Typematic Rate Delay: Configura o tempo que o micro demorará para começar a repetir uma tecla caso você mantenha ela pressionada. O valor configurado nessa opção é dado em milissegundos. Typematic Rate: Configura a quantidade de caracteres por segundo que a repetição automática irá gerar. Quick Power On Self Test: Em BIOS Award, o teste de memória é executado três vezes. Com essa opção habilitada, o teste é feito somente uma vez, tornando o processo de boot mais rápido. Above 1 MB Memory Test: Habilite essa opção para que o micro teste toda a memória RAM durante a contagem de memória. Caso essa opção não seja habilitada, o micro só irá testar o primeiro 1 MB de memória, o que não é bom. Memory Test Tick Sound: Habilita o barulho ("tick") feito durante a contagem de memória. O ajuste fica a gosto pessoal. Hit <DEL>Message Display: Com essa opção habilitada, a mensagem "Hit <DEL>To Run Setup" é mostrada durante a contagem de memória. Nossa recomendação é que essa opção permaneça habilitada, muito embora você continue podendo entrar no setup normalmente mesmo que essa mensagem não seja apresentada durante a contagem de memória. Wait For If Any Error: Similarmente à opção anterior, habilita a mensagem "Press To Resume" caso ocorra algum erro durante o autoteste (POST). Recomendamos habilitar essa opção. System Boot Up Num Lock: Configura o estado da tecla Num Lock ao ligar o micro. Nossa sugestão é habilitar essa opção. Floppy Drive Seek at Boot: Faz um teste, após a contagem de memória, para ver se as unidades de disquete configuradas no setup básico realmente estão instaladas. Nossa recomendação é que você desabilite essa opção para que o processo de boot torne-se mais rápido. System Boot Up Sequence: Configura a seqüência de boot, isto é, de qual unidade o boot será dado. Nossa recomendação é que você configure essa opção como "C Only" (ou "C, A" caso essa opção não exista). Isso fará com que o boot seja mais rápido (já que o micro irá ler diretamente o sistema operacional do disco rígido) e evitará que o seu micro seja contaminado por vírus de boot (já que o boot através de disquete ficará desabilitado). Bootsector Virus Protection (ou Anti-virus ou Virus Warning): Tome cuidado, pois o nome dessa opção induz a um erro. Com essa opção habilitada, o micro não irá permitir que nenhum programa atualize o setor de boot do disco rígido, tarefa que algum vírus pode tentar efetuar. O grande problema é que alguns utilitários de disco (como o Norton Utilities) e o próprio programa de instalação do sistema operacional alteram dados do setor de boot, fazendo com que o micro acuse falsamente um erro quando essa opção está habilitada. Aliás, é por isso que muitos técnicos não conseguem instalar o sistema operacional quando essa opção está habilitada. Por isso, nossa recomendação é que você mantenha essa opção desabilitada. Se você quer se proteger contra vírus, use um bom programa anti-vírus. Continuaremos com as principais opções existentes no setup avançado do micro. Password Checking Option (ou Security Option): No menu principal do setup podemos definir, através da opção Change Password, uma senha que será pedida quando o micro é ligado. Através dessa opção configuramos quando essa senha será solicitada: sempre em que ligamos o micro (opção Always ou System) ou então só quando tentamos entrar no setup (opção Setup). A configuração fica a seu critério, de acordo com a sua política de segurança. Swap Floppy Drive ou Floppy Drive Swapping: Essa opção troca a unidade A com a B. Isto é, se a sua unidade A for de 5 1/4" e a B, de 3 1/2", habilitando essa opção a unidade A passará a ser a de 3 1/2" e a B, a de 5 1/4". Como hoje em dia a maioria dos micros só possui uma única unidade de disquetes (de 3 1/2"), essa opção deve permanecer desabilitada. PCI VGA Palette Snooping ou VGA Palette Snoop: Essa opção compatibiliza algumas placas de vídeo antigas de alta resolução com o padrão VGA. Como atualmente todas as placas de vídeo são compatíveis com esse padrão, essa opção deve ficar desabilitada. Hard Disk Type 47 RAM Area ou Extended ROM RAM Area ou Extended BIOS RAM Area ou Scratch RAM Option: Essa opção configura como será acessada a área de memória RAM que o BIOS usa como rascunho. Existem duas opções: "DOS 1KB", que diminui a memória convencional de 640 KB para 639 KB e usa essa área de 1 KB para acessar a área de rascunho; ou "0:300", que usa o endereço 300h para acessar essa área de rascunho. A primeira opção é melhor, já que a segunda opção normalmente fará com que o seu micro apresente conflito com uma placa de rede, que placas de rede normalmente utilizam o endereço 300h para se comunicarem com o micro. Essa perda de 1 KB de memória atualmente é desprezível. External Cache Memory ou L2 Cache Memory: Habilita o cache de memória L2. Habilite, ou o seu micro ficará muito lento. Internal Cache Memory ou L1 Cache Memory: Habilita o cache de memória L1. Habilite, ou o seu micro ficará muito lento. System BIOS Cacheable ou System ROM Cacheable ou System BIOS Cacheable: Essa opção faz com que o BIOS do micro seja acessado usando o cache de memória, o que aumenta o desempenho do micro consideravelmente. Portanto, habilite essa opção. Video BIOS Cacheable ou Video Cacheable Option ou Video ROM Cache: Idem para a memória ROM da placa de vídeo. Habilite essa opção. System ROM Shadow ou Main BIOS Shadow ou Adaptor ROM Shadow F000, 64K ou F Segment Shadow: O shadow é uma técnica onde o conteúdo da memória ROM é copiado para a memória RAM e a memória RAM passa a ser acessada em vez da ROM. Isso é feito de forma a aumentar o desempenho do micro, já que o tempo de acesso da memória ROM é maior do que o tempo de acesso da memória RAM (ou seja, a memória ROM é mais lenta do que a RAM). Essa opção habilita o shadow do BIOS do micro, fazendo com que o conteúdo do BIOS seja copiado para a RAM e, a partir de então, o processador passa a acessar a cópia do BIOS que está na memória RAM e não mais diretamente a memória ROM do micro. Obviamente recomendamos que essa opção seja habilitada. Video ROM Shadow ou Adaptor ROM Shadow C000, 32K ou Adaptor ROM Shadow C400, 16K: Idem para a ROM da placa de vídeo. Recomendamos que essa opção seja habilitada. Outras opções de Shadow: Outras opções de shadow deverão permanecer desabilitadas, já que normalmente não há outras memórias ROM no micro e, portanto, não há a necessidade de se habilitar shadow de outras áreas de memória. Continuaremos vendo mais opções do setup avançado do micro. Muitos leitores estão nos escrevendo falando que diversas opções que estamos apresentando não existem em seus micros. Isso é normal! Você não encontrará todas as opções em todos os setups. Floppy Disk Acess Control: Essa opção configura se o usuário terá acesso total à unidade de disquete (opção R/W, Read/Write) ou se ele poderá apenas ler disquetes (opção Read Only). Configure em "R/W", a não ser em algum caso particular que você não queira permitir gravação em disquetes. HDD Sequence SCSI/IDE First: Se você tiver um disco rígido IDE e um SCSI instalados ao mesmo tempo no micro, você poderá configurar, através desta opção, qual deles que dará boot. Se você não tiver um disco SCSI, deixe essa opção em "IDE". Caso contrário, ajuste conforme a sua necessidade. Assign IRQ for VGA: Essa opção força a placa de vídeo a usar uma linha de interrupção. Se desabilitarmos essa opção, a placa de vídeo não usará uma IRQ, liberando uma interrupção para ser usada para algum outro periférico, o que pode ser conveniente em alguns casos (micros lotados de periféricos gerando conflitos de interrupção com a placa de vídeo). Embora isso possa parecer interessante, os programas DOS (sobretudo jogos) não conseguirão acessar o vídeo com mais de 256 cores se essa opção estiver desabilitada. Por isso, recomendamos que você deixe essa opção habilitada. Inclusive essa é a solução do caso clássico de você não estar conseguindo configurar mais de 256 cores em seu jogos predileto. Init Display First: Se você tiver mais de uma placa de vídeo instalada no micro (para aproveitar o suporte a múltiplos monitores do Windows 98) e uma delas for AGP, você deverá configurar através dessa opção qual placa de vídeo irá inicializar primeiro: a placa AGP ou a placa PCI. Você deve ajustar conforme o seu gosto pessoal. Em micros com vídeo on-board, essa opção serve também para desabilitar o vídeo on-board (instalando-se uma placa de vídeo PCI e configurando essa opção em "PCI"). No caso de você não ter mais de uma placa de vídeo, essa opção é ignorada. BIOS Update: Essa opção habilita o upgrade de BIOS. Existe um vírus famoso, chamado CIH (mais conhecido como Spacefiller ou Chernobyl), que apaga o BIOS. Se essa opção estiver desabilitada, o upgrade de BIOS não é possível, bem como esse vírus não conseguirá apagar o BIOS de seu micro, caso o seu micro seja infectado. Nossa recomendação é que você desabilite essa opção e só a habilite durante o procedimento de upgrade de BIOS (esse procedimento raramente é necessário para a maioria dos usuários). Report No FDD For Win95: Habilite essa opção somente se você não tiver nenhuma unidade de disquete instalada no micro. Normalmente essa opção deve ficar desabilitada. Delay for HDD: Discos rígidos muito antigos demoram um tempo para atingirem a sua velocidade de rotação. O sintoma mais comum desse problema é você ligar o micro e aparecer a mensagem de erro "HDD Controller Failure", mas, dando um reset, o micro passa a funcionar perfeitamente. Isso ocorre justamente porque, da primeira vez que o micro tentou dar o boot, o disco ainda não tinha atingido a sua velocidade de rotação correta, fazendo com que fosse apresentada uma mensagem de erro. Se isto estiver ocorrendo, você pode configurar um tempo de espera (em segundos) que será dado após a contagem de memória para ser dado o início da leitura do disco rígido. Como esse problema só ocorre em discos rígidos antigos, deixe essa opção desabilitada (ou em "0"). S.M.A.R.T. For Hard Disks: Habilita o modo SMART (Self-Monitoring, Analysis and Reporting Technology) do disco rígido, caso ele possua essa tecnologia (todos os discos rígidos novos tem). Trata-se de um diagnóstico interno preventivo que é executado pelo disco rígido que informa ao micro caso o disco rígido tenha alguma possibilidade de se danificar no futuro, dando tempo do usuário fazer backup de seus dados antes de uma "catástrofe" acontecer. Recomendamos que você habilite essa opção. Vamos continuar vendo mais opções do setup avançado. Graphics Aperture Size: As placas de vídeo AGP podem usam a memória RAM do micro para armazenarem informações de z-buffering e de texturas. Essa opção define até quanto de memória RAM essas placas de vídeo podem usar para si. Em geral você pode deixar essa opção configurada em seu valor default, mas você pode experimentar mudar o valor caso esteja encontrando erros em jogos 3D. CPU Level 2 Cache ECC Checking: Processadores Intel a partir do Pentium II-300 permitem que seja usado um modo avançado de correção de erros no acesso à sua memória cache L2, chamado ECC (Error Correction Check). Esse método de acesso aumenta a confiabilidade dos dados. Embora possa parecer interessante habilitar essa opção, ela diminui o desempenho do micro, já que o processador gastará mais tempo no armazenamento e na leitura de dados do cache de memória, por conta dessa verificação de erros. Portanto, nossa sugestão é que você desabilite essa opção. System BIOS Cacheable ou System ROM Cacheable ou System BIOS Shadow Cacheable: Essa opção habilita o uso do cache de memória no acesso ao BIOS do micro. Como o BIOS é acessado o tempo todo e como o uso do cache de memória aumenta o desempenho do micro, essa opção faz com que o desempenho do micro aumente. Por isso recomendamos que essa opção seja habilitada. Video BIOS Cacheable ou Video Cacheable Option ou Video ROM Cache: Essa opção faz o mesmo que a opção anterior, só que para a memória ROM localizada na placa de vídeo. Recomendamos que essa opção seja habilitada, para que o desempenho de vídeo seja aumentado. Essas foram as principais configurações existentes no setup avançado (Advanced CMOS setup). A seguir iremos ver as principais opções existentes no setup avançado do chipset (Advanced Chipset Setup). A maioria das opções desse menu dizem respeito a configuração do acesso à memória RAM. Por isso, tome muito cuidado ao alterar alguma opção, pois uma configuração mal feita pode fazer com que o micro fique travando. Caso o micro passe a travar após você ter habilitado alguma opção, basta reiniciar o micro e desfazer as alterações efetuadas no setup para que o micro volte a funcionar normalmente. Muito embora algumas vezes iremos sugerir habilitar algumas opções, pode ser que o seu micro não suporte essa opção habilitada (ele ficará travando). Memory Parity Error Check: Habilita o teste de paridade. Como a maioria das memórias hoje em dia não possuem chip de paridade, recomendamos que essa opção seja desabilitada, para que você não obtenha a mensagem de erro de paridade aleatoriamente. DRAM ECC/Parity Select: Seleciona qual será o método de correção de erros empregado no acesso à memória RAM: ECC ou paridade. O método ECC só poderá ser selecionado caso você tenha uma memória RAM do tipo ECC, que é minoria em nosso mercado e é mais vendida para servidores de rede. A não ser que o seu micro tenha memória ECC instalada (o que achamos pouco provável), configure essa opção em "Parity". ECC Checking/Generation: Habilita o esquema ECC de correção de erros. Só habilite essa opção caso o seu micro tenha memória RAM com suporte a esse método de correção de erros (que, como dissemos, achamos improvável). Run OS/2>= 64 MB ou OS Select for DRAM> 64 MB: Caso você use o sistema operacional OS/2, você deverá habilitar essa opção para acessar mais de 64 MB de memória RAM. Como a maioria dos usuários usa Windows 9x, desabilite essa opção (ou coloque em "Non-OS/2"). Fast EDO Path Select: Habilite essa opção caso a memória de seu micro seja do tipo EDO. A maioria das configurações do setup avançado do chipset (Advanced Chipset Setup) fica presa a uma configuração padrão e normalmente você só pode alterar essas configurações caso você desabilite a opção Auto Configuration ou Auto Config existente. Isso ocorre porque as configurações desse menu normalmente envolvem base de tempo, e toda configuração dessa natureza faz com que o micro trave caso você configure um valor errado. Dessa forma, se você não quiser correr riscos, o melhor a fazer é habilitar a configuração automática e não mexer nas configurações que ficam truncadas por essa opção. Dentre as inúmeras opções envolvendo base de tempo estão as configurações de wait states. Wait states são pulsos de clock adicionados ao ciclo de leitura ou escrita em memória de modo a casar a velocidade do processador com a velocidade da memória RAM, pois a memória RAM é bem mais lenta que o processador. Durante os pulsos de wait state o processador não faz absolutamente nada, ele fica somente esperando a memória RAM ficar pronta para receber ou enviar os dados. Ou seja, o uso de wait state faz com que o desempenho do micro diminua. Acontece que não há como o processador acessar diretamente a memória RAM sem o uso de wait states. Dessa forma, quanto menos wait states o processador usar, melhor. Isso significa que você pode tentar diminuir a quantidade de wait states para ganhar um pouco mais de desempenho em seu micro. A configuração automática (Auto Config) não coloca os melhores valores de wait states, mas sim os valores que com certeza não farão com que o micro trave. Por isso, há a chance de você diminuir o número de wait states e o micro não travar. Se você decidir por diminuir os wait states, desabilite a opção Auto Config e diminua o número usado por cada opção, uma de cada vez. Por exemplo, imagine que a opção CAS Read Wait State esteja configurada em "4" (ou seja, usando 4 wait states). Você pode diminuir esse valor para 3, salvar as alterações e tentar usar o micro um pouco para ver se ele não trava. Se travar, você deve reiniciar o micro, entrar no setup e desfazer a última alteração feita. Caso o micro não trave, você pode tentar diminuir ainda mais esse número, repetindo todo o processo até achar o valor ideal (que é sempre um antes do micro travar). Só não experimente mudar um monte de opções ao mesmo tempo, pois caso o micro trave você não saberá qual opção você mudou que está fazendo com que o micro trave. O ajuste fino de wait states deve ser feito individualmente para cada opção existente. É um processo demorado, mas que, como dissemos, pode render um desempenho extra para o micro. Se você não tem paciência para fazer esse ajuste fino ou não tem o tempo necessário para fazê-lo, não se preocupe: baste habilitar a opção Auto Configuration e esqueça essa história de ajuste de wait states. As principais opções de ajuste de wait states são as seguintes: Cas Read Wait State ou DRAM Read Wait States: Número de wait states usado na leitura da memória RAM. CAS Write Wait State ou DRAM Write Wait States ou DRAM Wait State Select ou DRAM Write CAS Pulse: Idem para a escrita em memória. Memory Wait State ou DRAM Wait State: Alguns setups apresentam somente uma única opção para o ajuste de wait states. DRAM Speed Option: Em alguns setups o número de wait states não aparece de forma numérica, mas sim através de rótulos: Fastest (0 wait state), Faster (1 wait state), Slower (2 wait states) e Slowest (3 wait states). Através dessa opção você ajusta o número de wait states da mesma forma que nas outras opções apresentadas. Por exemplo, configurá-la em "Faster" é equivalente a configurá-la com 1 wait state. Em geral, opções que tenham a ver com base de tempo devem ser configuradas da mesma maneira do que wait states. Isto é, quanto menor o tempo, maior o desempenho. Mas, para isso, você deve achar o valor exato da configuração, conforme explicamos na semana passada. As seguintes opções podem ser configuradas da mesma forma que wait states: RAS to CAS Delay ou Fast RAS to CAS Delay: Define quantos pulsos de clock existirão entre os sinais de RAS e CAS, responsáveis pelo acesso à memória RAM. DRAM RAS Precharge Time: Número de pulsos de clock necessários para que o sinal RAS (responsável pelo acesso à memória) acumule carga antes de um ciclo de refresh (ciclo que consiste em varrer a memória para recarregar os valores nela armazenados). DRAM R/W Leadoff Timing: Número de pulsos de clock necessários antes do início de um ciclo de leitura ou escrita em memória. A seguir veremos outras opções comuns de serem encontradas no setup avançado do chipset. DRAM Speed: Configure com o tempo de acesso das memórias instaladas no micro. DRAM Speculative Leadoff: O chipset da placa-mãe pode especular qual será o próximo endereço a ser lido pelo processador, aumentando o desempenho do acesso à memória RAM. Recomendamos que você habilite esta opção. Turn-around Insertion: Insere um wait state nos acessos a dois dados consecutivos na memória. Desabilite esta opção para eliminar este wait state e, com isso, aumentar o desempenho do micro. Read-around Write: Se um dado for lido de um endereço recém-escrito na memória RAM, o controlador de memória (que está embutido no chipset da placa-mãe) poderá entregar esse dado ao processador sem a necessidade de lê-lo da memória, já que ele ainda estará armazenado internamente no chipset. Habilite essa opção para ganhar desempenho. I/O Recovery Time ou AT Cycle Wait State ou AT Cycle Between I/O Cycles ou 8 Bit I/O Recovery Time ou 16 Bit I/O Recovery Time: Configura wait states para serem utilizados no acesso a dispositivos instalados no barramento ISA. Como o uso de wait states piora o desempenho, recomendamos desabilitar essas opções (ou seja, configurá-las em 0 wait states) ou, se não for possível, configurar o uso de apenas um wait state. ISA Line Buffer: Habilita um buffer de dados para o barramento ISA, aumentando o seu desempenho. Recomendamos, portanto, que você habilite esta opção. Memory Hole ou Memory Hole At 15 MB Add: Cria um “buraco” na área de memória entre 15 MB e 16 MB, para que o micro fique compatível com algumas placas de vídeo ISA antigas que usavam essa área para si. Como essa opção faz com que o micro perca 1 MB de memória, sugerimos que você mantenha ela desabilitada. Continuaremos a ver opções importantes presentes no setup avançado da máquina. As opções a seguir aumentam o desempenho do micro quando habilitadas, por isso recomendamos que você as habilite. Mas nem todos os micros são 100% compatíveis com essas opções e, com isso, o micro pode travar depois de você ter habilitado alguma dessas opções. Se isso ocorrer, basta desabilitar a opção que está gerando o problema. CPU Burst Write ou CPU-to-Memory Burst Write: Aumenta o desempenho de escrita na memória RAM. PCI Bursting ou Host-to-PCI Burst Write ou PCI Burst Mode ou PCI Burst Write Combine ou PCI Dynamic Bursting: Aumenta o desempenho do barramento PCI, habilitando o seu modo burst. PCI Concurrency ou Peer Concurrency: Permite que o barramento PCI atenda a mais de um dispositivo PCI por vez, aumentando o desempenho. PCI Streaming: Permite a transferência de pacotes de dados maiores, aumentando o desempenho do barramento PCI. PCI-to-DRAM Pipeline: Aumenta o desempenho de escrita de dados feita pelo barramento PCI na memória RAM. CPU-to-PCI Write Post ou CPU-to-PCI Write Buffer: Habilita uma memória (chamada buffer) para o armazenamento temporário dos dados enviados pelo processador ao barramento PCI, caso o barramento não esteja pronto para receber dados, liberando o processador para a realização de outra tarefa. Caso essa opção não seja habilitada, o processador terá de esperar o barramento ficar pronto para receber dados, diminuindo o desempenho de escrita no barramento PCI. PCI Master 0 WS Write: Permite que dispositivos PCI escrevam na memória RAM sem usar wait states. Passive Release: Aumenta o desempenho do barramento PCI. Vamos ver mais algumas opções presentes no setup avançado: PCI IRQ Activate By: Configura se as interrupções do barramento PCI serão ativadas pelo flanco (edge) ou nível (level) do sinal do pedido de interrupção. Nossa sugestão é que você configure em "level". Delay Transaction ou PCI 2.1 Support: Compatibiliza o chipset da placa-mãe com a especificação PCI 2.1. Recomendamos habilitar. AT Bus Clock ou AT Clock Selection ou Bus Clock Frequency Select ou ISA Bus Clock Option ou AR Bus Clock Control ou PCICLK-to-ISA Sysclk Divisor: Essa opção configura o clock que será utilizado pelo barramento ISA, que deve funcionar a 8 MHz. Acontece que a maioria das placas-mães não possuem um gerador de clock de 8 MHz, e daí, para gerarem esse clock, usam um divisor ou do clock do barramento externo do processador (Bus Clock ou Sysclock) ou do clock do barramento PCI (PCICLK). Como o clock do barramento PCI é de 33 MHz, normalmente devemos configurar essa opção em "1/4 PCICLK" (que configurará o clock do barramento ISA em 8,25 MHz). Você mesmo poderá fazer as contas para saber a melhor configuração para essa opção. Lembramos que dispositivos ISA normalmente não conseguem trabalhar muito acima de 8 MHz. Portanto, se você configurar essa opção para um clock mais alto - por exemplo 11 MHz - os dispositivos ISA de seu micro provavelmente não funcionarão. Agora que nós já vimos as opções mais importantes do setup avançado (Advanced CMOS Setup e Advanced Chipset Setup), iremos ver a configuração do gerenciamento de consumo elétrico avançado do micro (Advanced Power Management), que é feita através do menu Power Management (ou equivalente) do setup. O micro possui diversos modos de "hibernação". Nesses modos de hibernação, o micro consome menos eletricidade. Isso é conseguido de diversas formas, como, por exemplo, diminuindo o clock do processador ou desligando o disco rígido. É claro que o micro só entra em modo de hibernação depois de estar um determinado tempo ocioso, isto é, sem fazer absolutamente nada. É justamente na configuração do gerenciamento do consumo elétrico do micro que você configura o tempo de ociosidade necessário para que o micro entre em modo de hibernação. Existem três modos de hibernação: Doze, Standby e Suspend. A diferença entre eles é a "profundidade" da hibernação. Quanto mais profundo for o "sono" do micro, mais você economizará energia. O modo Doze é o mais superficial e o Suspend, o mais profundo. No setup você configura o tempo de ociosidade necessário para o micro entrar nesses modos de hibernação. Fora isso você configura quanto tempo de ociosidade é necessário para que o disco rígido seja desligado (opção IDE Power Control ou HDD Power Down Time) ou ainda configura para que a ventoinha do processador seja desligada quando ele entrar em modo Suspend (opção CPU Fan Off). Como o clock do processador é reduzido quando ele entra neste modo, a ventoinha pode ser desligada, já que o processador não esquentará tanto. Você também pode configurar o tipo de atividade que "acordará" o micro. Um bom exemplo é o modem. Muita gente usa o modem como fax e deixa o micro ligado durante o dia esperando ligações de fax. Para economizar energia, você pode configurar o micro a entrar em modo de hibernação e acordar automaticamente quando o micro receber alguma ligação de fax, voltando a entrar em modo de hibernação depois de um período de ociosidade. Esse recurso é chamado Wake-up On Ring. Na maioria dos setups há uma configuração de que pedido de interrupção (IRQ) acordará o micro. Isto significa que se houver alguma atividade no dispositivo que estiver usando aquela IRQ, o micro acordará. Por exemplo, o teclado usa a interrupção 1 (IRQ1). Com isso, se você configurar que a IRQ1 acordará o micro, significa dizer que o teclado acordará o micro. O mesmo ocorre para todos os demais dispositivos conectados ao micro, como, por exemplo, o mouse serial, que normalmente usa a IRQ4 (ou seja, configurando a IRQ4 para acordar o micro, o micro sairá do modo de hibernação quando você mexer no mouse). Você pode obter uma lista completa de quais interrupções são usadas pelos dispositivos de seu micro através de Gerenciador de Dispositivos (ícone Sistema do Painel de Controle), selecionando Computador e clicando na caixa Propriedades. Com o gerenciamento de consumo elétrico habilitado no setup, o Windows 9x passa a ter mais uma opção no menu Iniciar: Suspender. Essa opção coloca o micro imediatamente em modo Suspend, não sendo necessário esperar o tempo de ociosidade programado no setup. É claro que em seu micro poderão existir inúmeras outras funções no menu de configuração do gerenciamento de consumo elétrico, mas entendendo o que explicamos hoje, você saberá configurá-las intuitivamente. No setup existe um menu para a configuração do barramento PCI e dos dispositivos ISA Plug and Play, normalmente chamado PCI/Plug and Play Setup. A correta configuração desse menu é importante para que não existam conflitos de interrupção ou DMA em seu micro, especialmente se você tiver algum periférico antigo instalado, como, por exemplo, uma placa de som. Normalmente quando dois ou mais periféricos estão configurados a usar um mesmo recurso, eles não funcionam corretamente. Quando dois dispositivos Plug and Play são instalados usando um mesmo recurso (uma mesma linha de interrupção ou canal de DMA), o próprio sistema operacional pode reconfigurar automaticamente os dispositivos, de modo a resolver o conflito de recursos. Dispositivos ISA antigos não são Plug and Play e, com isso, não há como alterar suas configurações por software, isto é, através do sistema operacional (nesse tipo de periférico a configuração é normalmente feita através de jumpers). Se um dispositivo Plug and Play "cismar" em usar uma mesma interrupção ou canal de DMA que um periférico antigo não Plug and Play, pode ser que o sistema não consiga gerenciar esse conflito, fazendo com que os periféricos entrem em conflito e não funcionem. Por isso, no setup do micro há como definir manualmente quais linhas de interrupção (IRQ) e quais canais de DMA estão sendo usados por dispositivos antigos não Plug and Play. Assim, esses recursos são separados pelo sistema e nenhum dispositivo Plug and Play poderá utilizá-los. Se tiver qualquer dispositivo antigo não plug and play instalado em seu micro – como, por exemplo, uma placa de som ou fax modem – você deve efetuar esse procedimento. Placas de som normalmente usam a IRQ5, o DMA1 e o DMA5, enquanto placas de fax modem normalmente usam a IRQ3. A configuração é feita através de opções como "IRQ x Available To" e "DMA x Available To". Existem duas possibilidades de configuração: "PCI/PnP", caso o recurso esteja sendo utilizado por um dispositivo PCI ou ISA Plug and Play, ou então "ISA/EISA" (ou "Legacy ISA"), caso o recurso esteja sendo usado por um dispositivo não Plug and Play. Por exemplo, se você tiver uma placa de som antiga no micro, provavelmente deverá configurar "IRQ5 Available To", "DMA1 Available To" e "DMA5 Available To" em "Legacy ISA", enquanto as demais opções deverão ficar em "PCI/PnP". Caso você não tenha placas antigas instaladas em seu micro, você pode simplesmente configurar a opção "Resources Controlled By" em "Auto", para informar que todos os periféricos de seu micro são Plug and Play. No caso de existir ao menos uma placa antiga, não Plug and Play, instalada em seu micro, você deverá deixar essa opção em "Manual" e efetuar a configuração que descrevemos. A opção "PnP OS Installed" existente nesse menu deve ser habilitada caso você esteja usando o Windows 9x. Concluindo, veremos o menu Peripheral Setup (ou Integrated Peripherals), que configura todos os periféricos que estão integrados na placa-mãe (isto é, on-board), incluindo as portas seriais, porta paralela, portas IDE e controladora de unidade de disquete. As opções mais comumente encontradas nesse menu são: On Chip VGA: Habilita o vídeo on-board, caso a sua placa-mãe possua esse recurso. Caso você queira desabilitar o vídeo on-board para instalar uma placa de vídeo em um dos slots do micro, basta desabilitar essa opção. On Board VGA Memory Size ou VGA Shared Memory Size: Em micros com vídeo on-board que usam a arquitetura UMA (Unified Memory Architecture, Arquitetura Unificada de Memória) o chipset da placa-mãe usa parte da memória RAM como memória de vídeo. Nessa opção você especifica o quanto de memória RAM será utilizado para vídeo. Quanto mais você especificar, pior, pois mais memória você perderá para o uso de aplicações. A quantidade ideal depende da resolução que você for trabalhar no Windows. Recomendamos a seguinte configuração: 640x480, 1 MB; 800x600, 2 MB; 1.024x768 ou 1.280x1.024, 4 MB. Por exemplo, é besteira configurar o micro a usar 4 MB de memória de vídeo se a resolução usada for 640x480, pois essa resolução não usa mais do que 1 MB de memória de vídeo. Com isso, você perderá 3 MB de memória à toa. On Board Sound: Habilita o áudio on-board, caso a sua placa-mãe possua. Desabilite essa opção caso você queira instalar uma placa de som avulsa em um dos slots do micro. Programming Mode: Se você configurar essa opção em "auto", o setup configurará automaticamente as demais opções existentes neste menu. Já em "manual", você poderá configurar manualmente as opções existentes. On Board FDC: Habilita a controladora de unidade de disquetes (deixar habilitado). FDD AB Exchange Function ou Swap Floppy Drive: Troca logicamente a unidade A com a B. Deixe essa opção desabilitada. Serial Port 1: Configura a porta serial 1. Deixe em "Auto" ou "COM1" ou "3F8". Serial Port 2: Configura a porta serial 2. Se você tem um fax modem instalado no micro usando o endereço COM2, você deverá desabilitar a porta serial 2 da placa-mãe para não dar conflito, o que é feito através dessa opção. Se não for esse o caso, deixe em "Auto" ou "COM2" ou "2F8". Serial Port 1 MIDI Support: Habilita a compatibilidade da porta serial 1 com a interface MIDI. Deixar desabilitado. Serial Port 2 MIDI Support: Idem. Parallel Port: Configura a porta paralela do micro. Deixe em "Auto" ou "LPT1" ou "378". Parallel Port Mode: Configura o modo de operação da porta paralela, normal ("Normal" ou "SPP") ou bidirecional ("Extended" ou "ECP/EPP"). Sugerimos configurar em modo bidirecional. Parallel Port Extended Mode: Configura o modo bidirecional que será utilizado pela porta paralela, EPP ou ECP. Sugerimos configurar em modo ECP, que oferece melhor desempenho.
  16. Essa série de editoriais serviu para pensarmos a respeito da maior pergunta de todas: Afinal, Para que Conselho Regional? Em nossa última enquete, perguntamos a nossos visitantes "Você acha que deve haver um órgão que regulamente o trabalho dos técnicos em manutenção de hardware (Ex: CREA)? Isto é, você acha que esse tipo de regulamentação é benéfica para o mercado (clientes e técnicos de uma forma geral)?" Setecentas e vinte e seis pessoas participaram de nossa enquete. A esmagadora maioria (84,6%) respondeu que sim, que esse tipo de regulamentação é benéfica ao mercado de uma forma geral. Ou seja, a maioria concorda que é importante haver um conselho regional regulamentando a profissão de técnico em manutenção de PCs e que isso beneficia o mercado, tanto para os clientes (que terão ao menos um órgão a recorrer em caso de problemas com a empresa ou profissional contratado) quanto para os próprios técnicos (que podem se destacar dos falsos técnicos no mercado por ser registrado no conselho regional). O problema todo, e acredito que essa seja toda a questão: Mas o que o CREA tem feito de benéfico para o mercado? A princípio nada, a não ser cobrar anuidade dos técnicos e encher os próprios cofres. Não adianta nada ter um Conselho Regional que: 1. Não divulga para o mercado a importância de se procurar um técnico registrado e regulamentado no CREA; 2. Apesar do CONFEA (autarquia da esfera federal ao qual todos os CREAs estão subordinados) ter uma resolução que obriga todos os técnicos em manutenção de PCs serem registrados no CREA, o CREA não possui nenhum pré-requisito e nenhum currículo para a criação de cursos de manutenção de micros, nem possui nenhum teste ou prova que os técnicos possam fazer para serem registados junto ao órgão; 3. Os funcionários do CREA, em sua maioria, desconhecem essa resolução do CONFEA e não sabem informar nada sobre a situação dos técnicos em manutenção ou como eles podem se registrar no órgão; 4. Não fiscaliza o mercado de manutenção de PCs. Ou seja, ainda falta muita coisa para o CREA se tornar algo tão importante para os técnicos de manutenção quanto a OAB é para os advogados e o CRM é para os médicos. Nota: mudei de opinião 14 anos depois de publicar esta série de editoriais. Entenda. Para saber mais: CREA: Mais Opiniões CREA: Dúvidas de Nossos Visitantes A Importância do CREA para os Técnicos em Manutenção A irrelevância do CREA para os técnicos em manutenção
  17. Essa nova placa-mãe da ABIT (http://www.abit.com.tw) foi criada especialmente para usuários que pretendem fazer overclock no micro, pois ela permite que clocks acima de 100 MHz possam ser configurados de um em um MHz. Fora essa característica, ela permanece com as mesmas características da sua antecessora BE6. Ela é uma das melhores placas-mães slot 1 para processadores com barramento externo de 100 MHz existente no mercado, como você poderá conferir em nossos testes. As principais características dessa placa-mãe são: Slot 1. Chipset Intel 440BX, ou seja, funcionamento a até 100 MHz. Essa placa-mãe permite configuração de overclock a até 200 MHz! Toda a configuração da placa é feita através do setup ou, opcionalmente, através de jumpers existentes na placa-mãe. Formato ATX. Monitoramento do estado das ventoinhas, temperatura e tensões da fonte. Permite que o micro seja ligado através do pressionamento simultâneo das teclas CTRL e F1. Também permite que o micro seja ligado através do mouse, caso ele seja PS/2. Periféricos integrados: Não tem aúdio nem vídeo on-board. Possui quatro portas IDE, sendo duas Ultra DMA/66, permitindo a conexão de até 8 dispositivos IDE. Possui duas portas USB e demais periféricos encontrados em placas ATX (mouse PS/2, etc). Possui conector WOL (Wake-up On LAN) e conector para barramento IrDA (infravermelho). Slots: 1 slot AGP, 5 slots PCI e 2 Slots ISA (1 compartilhado). Soquetes de memória: 3 soquetes DIMM. O desempenho da BE6-II é similar ao das demais placas-mães da ABIT que testamos no passado (BE6 e BX6), com a vantagem de permitir o overclock. Em seu funcionamento normal (sem overclock), ela possui um desempenho de processamento muito similar ao da Soyo SY-6BE+ - que continua sendo a placa-mãe slot 1 mais rápida que já testamos. A placa-mãe da Soyo é apenas 0,93% mais rápida que a BE6-II em processamento (quando usamos um Pentium II-400), mas essa diferença aumenta para 1,96% em favor da SY-6BE+ nos testes usando o Pentium II-333. A ABIT BE6-II mostrou ser 11,23% mais rápida que a Tekram P6PRO+ nos testes usando o Pentium II-400, mas é apenas 2,91% mais rápida que esta placa nos testes usando o Pentium II-333. Veja os resultados do teste de desempenho de processamento no gráfico abaixo. (1) On-board video. (2) With Diamond Viper v330 video board. Em desempenho de disco essa placa-mãe deixa a Soyo SY-6BE+ comendo poeira, como você pode conferir no próximo gráfico: ela é 26,45% mais rápida em disco usando um Pentium II-400 e 33,58% mais rápida usando um Pentium II-333. Em compensação, a placa P6PRO+ da Tekram atingiu um desempenho 9,18% maior usando um Pentium II-400 e 7,65% maior usando um Pentium II-333. v (1) On-board video. (2) With Diamond Viper v330 video board. Já em desempenho de vídeo a BE6-II bateu a P6PRO+ em 2,63% (Pentium II-400) e 2,87% (Pentium II-333), mas perdeu para a Soyo SY-6BE+, que obteve um desempenho de vídeo 1,28% maior, quando usamos um Pentium II-400, e 3,19% maior quando usamos um Pentium II-333. (1) On-board video. (2) With Diamond Viper v330 video board. Clique aqui para ler os testes completos de overclock com essa placa-mãe. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench 99 (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Para avaliar o desempenho com a placa operando a 66 MHz, usamos um processador Pentium II-333 e, para avaliar o seu funcionamento a 100 MHz, usamos um processador Pentium II-400. O micro foi montado com 64 MB, disco rígido Quantum de 3,2 GB e placa de vídeo Diamond Viper v330. Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada.
  18. No editorial A Importância do CREA Para os Técnicos em Manutenção cometi um equívoco que venho agora reparar. Está em trâmite no Congresso Nacional o projeto de lei que cria o CONIN, Conselho Nacional de Informática, que regula as atividades dos profissionais ligados à informática, como programadores, analistas, técnicos em informática, etc. Da mesma forma, já foi apresentada ao Congresso Nacional o projeto de lei que cria o CONFREI (Confederação Nacional de Informática) e o CREI (Conselho Regional de Informática), que é o equivalente ao sistema CONFEA e CREA para as profissões ligadas à informática (técnicos, analistas, programadores, etc). Lembro que a atividade de técnico em manutenção de computadores continua sendo regulamentada pelo CREA (no próximo editorial voltaremos ao assunto "CREA"). Gostaria de agradecer ao leitor Anderson G. Portella, que trabalha na Secretaria Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro por ter me passado essa informação. Abaixo apresento, na íntegra, o projeto de lei 815 de 1995 que cria o CONIN e o projeto de lei 981 de 1999, que cria o CONFEI e o CREI. Nota 1: Como tudo ainda é projeto de lei, esses órgãos ainda não existem. Nota 2: mudei de opinião 14 anos depois de publicar esta série de editoriais. Entenda. CÂMARA DOS DEPUTADOS PROPOSTA DE SUBSTITUTIVO DA FENADADOS AO PROJETO DE LEI No. 815/95 (Do Sr. Sílvio Abreu) Dispõe sobre a regulamentação do exercício das atividades profissionais de Informática e sua correlatas, cria o Conselho Nacional de Informática (CONIN) e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: TÍTULO I Do Exercício Profissional de Informática Art. 1º - É livre, em todo o território nacional, o exercício das atividades relacionadas com a Informática e o uso dos seus recursos técnicos, observadas as disposições legais. Art. 2º - A designação de Analista de Informática é privativa: I – dos possuidores de diploma de nível superior em Informática, tais como: Analista de Sistema, Ciência da Computação, Informática, Engenheiro de Computação, Tecnólogo de Informática, ou correlatos, expedido no Brasil por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Governo federal; II – dos diplomados por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis de seu país e que revalidaram seus diplomas de acordo com a legislação em vigor. III – dos que, na data de entrada em vigor desta Lei, possuam diploma de pós graduação em Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Análise de Sistemas, ou correlatos, expedido no Brasil, por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Governo Federal; IV – dos que, na data de entrada em vigor desta lei, tenham exercido comprovadamente, através da carteira profissional, durante o períodode no mínimo 2 anos: as atividades de Analista de Informática, conforme o art. 4; ou desempenhado a função de Analista de Sistema ou Programador de Computador. Art. 3º - Poderão exercer a profissão de Técnico de Informática: I – os portadores de diploma de segundo grau ou equivalente, diplomados em Curso Técnico de Informática, reconhecido pelos órgãos competentes; II – os que, na data de entrada em vigor desta lei, tenham exercido, comprovadamente, através de carteira profissional, durante o período de, no mínimo, 1 ano, a função de Técnico de Informática e que requeiram o respectivo registro no Ministério do Trabalho. Art. 4º - As atividades e atribuições dos profissionais de que trata esta lei consistem em: I – planejamento, coordenação e execução de projetos de sistemas de informação, como tais entendimentos os que envolvam o informática ou a utilização de recursos de informática; II – elaboração de orçamentos e definições operacionais e funcionais de projetos e sistemas para processamento de dados, informática e automação; III – definição, estruturação, teste e simulação de programas e sistemas de informação; IV – Projetos de Hardware; V – Projetos de Software, elaboração e codificação de programas; VI – estudos de viabilidade técnica e financeira para implantação de projetos e sistemas de informação, assim como máquinas e aparelhos de informática e automação; VII – suporte técnico e consultoria especializada em informática e automação; VIII – estudos, análises, avaliações, vistorias, pareceres, perícias e auditorias de projetos e sistemas de informação; IX– ensino, pesquisa, experimentação e divulgação tecnológica; X – qualquer outra atividade que, por sua natureza, se insira no âmbito de suas profissões. Parágrafo Único – o Técnico de Informática desempenhará as atividades e atribuições previstas nos itens III, V e VIII, além de prestar auxílio ao trabalho do Analista de Informática. Art. 5º - É privativa do Analista de Informática a responsabilidade técnica por projetos e sistemas de informática, assim como a emissão de laudos, relatórios ou pareceres técnicos. Parágrafo 1º - Ao responsável por plano, projeto, sistema ou programa é assegurado o direito de acompanhar a sua execução e implantação, para garantir a sua realização conforme as condições, especificações e detalhes técnicos estabelecidos. Parágrafo 2º - As alterações de plano, projeto, sistema ou programa, quando realizados por outro profissional que não os tenha elaborado, passarão a ser de inteira responsabilidade deste. TÍTULO II Do Conselho Nacional de Informática Art. 6º - O Conselho Nacional de Informática (CONIN), entidade civil de caráter privado, é a instância da sociedade organizada responsável pelo exercício profissional dos trabalhadores e empresas que trata esta lei, em todo o território nacional. Art. 7º - Constituirão atribuições do Conselho Nacional de Informática: I – Criar normas e padrões para o exercício das atividades profissionais em Informática, atualizando-as constantemente; II – Definir nomenclatura e atribuições de outras funções em Informática; III – Zelar pela observância dos princípios da ética e disciplina profissionais, definindo um Código de Ética para a Informática; IV – Elaborar subsídios para definição da formação profissional em Informática; V – Emitir certificados de qualificação para os profissionais de informática que, opcionalmente, submeterem-se a exame específico. Art. 8º - A constituição do primeiro Conselho Nacional de Informática (CONIN), bem como a sua implantação, caberá a FENADADOS (Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Informática, Serviços de Informática e Similares) e a SBC (Sociedade Brasileira de Computação). Parágrafo Único – Na constituição do Conselho Nacional de Informática (CONIN), será garantida processo de eleição direta dos seus membros. Art. 9º - Caberá ao Conselho Nacional de Informática a sua organização, bem como, sua auto-manutenção financeira. Art. 10 - As atribuições do CONIN poderão ser exercidas por Conselhos Regionais, com jurisdição sobre um ou mais estados, constituídos pelo Conselho Nacional. Parágrafo Único – a implantação dos Conselhos Regionais será de responsabilidade das entidades regionais representativas dos profissionais. CAPÍTULO II Do Registro e da Fiscalização Profissional Art. 11 - Todo Analista de Informática e Técnico de Informática, habilitado na forma da presente Lei, para o exercício da profissão, deverá registrar-se no Conselho Nacional de Informática. Parágrafo 1º – para a inscrição de que trata esse artigo, é necessário que o candidato: I – satisfaça as exigências de habilitação profissional previstas nesta lei; II – não esteja impedido, por outros fatores, de exercer a profissão; Parágrafo 2º – A fiscalização do exercício profissional deverá ser feita pelo Ministério Público, ou entidades sindicais que representem os profissionais atingidos na lei. Parágrafo 3º – O CONIN estabelecerá prazo para registro e enquadramento dos profissionais que atendam o previsto no art. Parágrafo. Art. 12 - qualquer pessoa ou entidade poderá representar ao Conselho Nacional de Informática (CONIN) contra a violação do Código de Ética. Art. 13 - O CONIN poderá representar junto ao Ministério Público com a violação desta Lei. Art. 14 - As pessoas jurídicas e as organizações estatais só poderão exercer as atividades enunciadas no art. 4 com a participação efetiva e autoria declarada de profissional habilitado e registrado no Conselho Nacional de Informática, assegurados os direitos que esta Lei lhe confere. Parágrafo Único – O CONIN estabelecerá prazo para regularização do funcional das pessoas jurídicas e organizações estatais citadas no caput deste artigo. CAPÍTULO III Das Infrações e Penalidades Art. 15 - Constituem infrações disciplinares, além de outras: I – transgredir preceito de Ética profissional; II – exercer a profissão quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício não inscritos ou impedidos; III – praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime ou contravenção; IV – descumprir determinações do Conselho Nacional de Informática (CONIN), em matéria de competência destes, depois de regularmente notificado. Art. 16 – As infrações disciplinares estão sujeitas a aplicação pelo Conselho Nacional de Informática das seguintes penas: I – advertência; II – censura; III – pedido de cassação do exercício profissional da pessoa e/ou empresa, ao Ministério Público. Art. 17 – O Conselho Nacional de Informática constituirá uma Câmara de Ética, responsável pela análise das infrações previstas no inciso I e III do art. 15. Parágrafo único – Na constituição da Câmara de Ética, será garantida a participação de entidades nacionais representativas da sociedade civil organizada com um mínimo de 1/3 (um terço) de seus membros. PROJETO DE LEI N.º 981, DE 1999 (Do Sr. Edison Andrino) Dispõe sobre a regulamentação do exercício das profissões de Analista de Sistemas e suas correlatas e autoriza a criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Informática. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º. Esta lei regulamenta a profissão de Analista de Sistemas e suas correlatas e autoriza a criação do Conselho Federal de Informática – CONFEI e dos Conselhos Regionais de Informática – CREI. Art. 2º. É livre em todo o território nacional, o exercício das atividades de análise de sistemas e demais atividades relacionadas com a Informática, observadas as disposições desta lei. Art. 3º. Poderão exercer a profissão de Analista de Sistemas no Pais; I – os possuidores de diplomas de nível superior em Análise de Sistemas, Ciência da Computação, Informática ou Processamento de Dados, expedido no Brasil por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Governo Federal; II – os diplomados por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis de seu país e que revalidaram seus diplomas de acordo com a legislação vigente; III – os que, na data de entrada em vigor desta Lei, possuam diploma de pós-graduação em Análise de Sistemas, expedido no Brasil, por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Governo Federal, bem como os pós-graduados por escolas estrangeiras, com diplomas revalidados no Brasil, de acordo com a legislação vigente; IV – os que, na data de entrada em vigor desta lei, tenham exercido, comprovadamente, durante o período de, no mínimo, 5 (cinco) anos, a função de Analista de Sistemas e que requeiram o respectivo registro aos Conselhos Regionais de Informática. Art. 4º. Poderão exercer a profissão de Técnico de Informática: I – os portadores de diploma de segundo grau ou equivalente, diplomados em Curso Técnico de Informática ou de Programação de Computadores reconhecido pelos órgãos competentes. II – os que, na data de entrada em vigor desta lei, tenham exercido, comprovadamente, durante o período de, no mínimo 4 (quatro) anos, a função de Técnico de Informática, ou função equivalente, e que requeiram o respectivo registro aos Conselhos Regionais de Informática. Art. 5º - As atividades e atribuições dos profissionais de que trata esta lei consistem em: I – planejamento, coordenação e execução de projetos de sistemas que envolvam o processamento de dados ou a utilização de recursos de informática e automação; II – elaboração de orçamentos e definições operacionais e funcionais de projetos e sistemas para processamento de dados, informática e automação; III – definição, estruturação, teste e simulação de programas e sistemas; IV – elaboração e codificação de programas; V – estudos de viabilidade técnica e financeira para implantação de projetos e sistemas, assim como máquinas e aparelhos de informática e automação; VI – fiscalização, controle e operação de sistemas de processamento de dados que demandem acompanhamento especializado; VII – suporte técnico e consultoria especializada em informática e automação; VIII – estudos análises, avaliações, vistorias, pareceres, perícias e auditorias de projetos e sistemas de informação; IX – ensino, pesquisa, experimentação e divulgação tecnológica; X – qualquer outra atividade que, por sua natureza, se insira no âmbito de suas profissões. Parágrafo único – É privativa do Analista de Sistemas a responsabilidade técnica por projetos e sistemas para processamento de dados, informática e automação, assim como a emissão de laudos, relatórios ou pareceres técnicos. Art. 6º - Ao responsável por plano, projeto sistema ou programa é assegurado o direito de acompanhar a sua execução e implantação, para garantir a sua realização conforme as condições, especificações e detalhes técnicos estabelecidos. Art. 7º - A jornada de trabalho dos profissionais submetidos a atividades que demandam esforço repetitivo será de 20 (vinte) horas semanais, não excedendo a 5 (cinco) diárias, já computados períodos de 10 (dez) minutos para descanso, a cada 90 (noventa) minutos de trabalho. Art. 8º - Fica autorizada a criação do Conselho Federal de Informática – CONFEI – e dos Conselhos Regionais de Informática – CREI, dotados de personalidade jurídica de direito privado. Parágrafo Único – Os Conselhos a que se refere o caput deste artigo terão como objetivos precípuos orientar e fiscalizar, em caráter privado, o exercício dos profissionais de Informática, bem como as pessoas jurídicas que têm sua atividade principal relacionada à área de Informática, valendo-se, para isso, das normas regulamentadoras especificadas no art. 9º desta lei. Art. 9º - A organização, a estrutura e o funcionamento dos Conselhos Federal e Regionais de Informática serão disciplinados em seus estatutos e regimentos mediante decisão do plenário daquele Conselho Federal, garantindo-se que, na composição desse plenário, estejam representados todos os seus Conselhos Regionais de Informática. Parágrafo Único – Caberá à FENADADOS – Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares, a coordenação dos trabalhos de instalação dos Conselhos referidos no caput deste artigo. Art. 10 – O Conselho Federal de Informática – CONFEI e os Conselhos Regionais de Informática – CREI, em seus respectivos âmbitos, são autorizados, dentro dos limites estabelecidos em lei, a fixar, cobrar e executar as contribuições anuais devidas por pessoas físicas ou jurídicas, bem como preços de serviços e multas que constituirão receitas próprias, considerando-se título executivo extrajudicial a certidão relativa aos créditos decorrentes. Art. 11 – O controle das atividades financeiras e administrativas dos Conselhos Federal e Regionais de Informática será realizado pelos seus órgãos internos, devendo os Conselhos Regionais prestar contas anualmente ao Conselho Federal e este, aos Conselhos Regionais. Art. 12 – Os profissionais de Informática terão 90 (noventa) dias a contar da data da vigência desta lei, para instalar os Conselhos Federal e Regionais de Informática, elaborar e registrar seus estatutos e regimentos. Parágrafo Único – Os profissionais de Informática, para o exercício de sua profissão, deverão, obrigatoriamente, inscrever-se nos Conselhos Regionais de Informática de sua região. JUSTIFICAÇÃO A regulamentação das profissões relacionadas à informática vem sendo discutida há longos anos nesta Casa, e configura-se hoje como lacuna a cada dia mais grave na legislação trabalhista brasileira. A Informática, de fato, permeia, cada vez mais, as atividades do setor produtivo e a vida do cidadão. Se, há alguns anos, o seu uso ficava restrito a procedimentos administrativos, a processos industriais especializados ou à pesquisa científica, hoje, a Informática é ferramenta amplamente utilizada em inúmeros campos. A informática ocupa, atualmente, lugar cativo em nossos lares, com o computador pessoal e os "chips" embarcados em eletrodomésticos, alarmes, sistemas de iluminação, aquecimentos e segurança. Esse é o lado visível da computação. Igualmente importante, porém, é a sua utilização em inúmeros equipamentos industriais, em instrumentos e equipamentos cirúrgicos, em tratamentos clínicos, centrais nucleares, aeronaves, controle de tráfego aéreo e centrais de computação telefônica, dentre outras. Tais aplicações são críticas, não admitindo falhas, sob pena de provocar prejuízos financeiros, operacionais, constituindo, também, riscos à saúde e à segurança da coletividade. A imprensa nos traz, eventualmente, o relato de incidentes provocados por falhas de programas de computador. Nos anos 80, por exemplo, um modelo de equipamento para radioterapia, de fabricação canadense, submeteu diversos pacientes a doses excessivas de radiação, causando a morte de um deles, devido a um erro em seu software. Em 1991, três instruções incorretas no programa de uma central telefônica deixou inoperantes, por algumas horas, 10 milhões de telefones nas cidades de Washington, Pittsburgh e Los Angeles. Mais recentemente, um aeroporto norte-americano já concluído teve sua inauguração atrasada em dezoito meses devido a falhas no software de seu sistema de distribuição de bagagens. Tais ocorrências nos trazem a preocupação quanto à garantia da qualidade de software, quanto à sua confiabilidade e segurança. A responsabilidade técnica pelos programas de computador é um aspecto essencial dessa questão e não existe, na legislação brasileira, norma que regulamente as atividades do profissional de informática suas necessidades de capacitação, seus direitos e responsabilidades. Há que se considerar, ainda que a disseminação da informática em todos os segmentos da sociedade, em sua variada aplicabilidade, tornou vulnerável o acesso, por pessoas inescrupulosas, às informações confidenciais das empresas. Mais uma razão, portanto, para justificar a regulamentação das atividades dos profissionais da área, na tentativa de assegurar a confiabilidade no referido profissional e a segurança da sociedade como um todo. A discussão da regulamentação profissional do Analista de Sistemas foi abordada no Projeto de Lei 2356 de 1981, de iniciativa do Deputado Victor Faccioni, aprovado por esta Casa em 1983 e em tramitação, até hoje, no Senado Federal. A Informática, porém, sofreu, nos últimos anos, transformações significativas Graças à tecnologia hoje disponível, o desenvolvimento de inúmeros programas administrativos vem sendo realizado pelo próprios usuários, pessoas sem especialização em Informática. A regulamentação da prática do desenvolvimento de pequenos sistemas de informação por pessoas das mais diversas áreas, cujo livre exercício é inevitável. Por outro lado, os programas de grande complexidade que exigem elevada qualificação técnica de seus projetistas e os programas críticos que controlam processo onde segurança e desempenho são fatores essenciais devem ser, com toda certeza, desenvolvidos por profissionais especializados, que sejam chamados a assumir a responsabilidade técnica por seu resultado e que, para tal, tenham a oportunidade de investir em formação apropriada e na garantia de poder associar o seu nome à autoria e à gestão de tais projetos. Este é o espírito do projeto de lei que ora apresentamos: ao par de tornar livres as atividades de Informática, espelhando a realidade tecnológica em que vivemos, que colocou na mãos do usuário do computador a possibilidade de desenvolver seus próprios programas, privilegia o profissional da área, por reconhecer que é seu direito e obrigação assumir a responsabilidade técnica pelos projetos desenvolvidos em bases profissionais. Esperamos, com a proposta, contribuir para um entendimento mais moderno do significado que a regulamentação profissional vem assumindo no Pais. Não podemos mais nos preocupar, apenas, com as necessidades específicas desta ou daquela categoria, mas precisamos, sobretudo, resolver as demandas que a sociedade impõe a cada profissional. São os aspectos de caráter ético, são as exigências de mais segurança e melhor qualidade nos produtos e serviços decorrentes de sua atuação profissional. No que concerne à criação dos Conselhos Federal e Regionais de Informática, esta proposição atende ao disposto na Lei n.º 9649, de 27 de Maio de 1998, que alterou a personalidade jurídica dos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas. O art. 58 da mencionada Lei reza que tais entidades, antes com natureza jurídica de autarquias especiais, passam a se constituir em entes dotados de personalidade jurídica de direito privado. Assim, compete a este Congresso Nacional apenas autorizar a sua criação, remetendo para uma entidade de direito privado a competência para coordenar os trabalhos de instalação de conselhos. Em conseqüência, a organização, a estrutura e o funcionamento desses órgãos passam a ser disciplinados exclusivamente pelos respectivos regimentos e estatutos. No caso em tela, estamos remetendo à FENADADOS a tarefa de coordenação dos trabalhos para tornar efetiva a instalação dos Conselhos Federal e Regional de Informática. Pelo exposto, pedimos o valioso apoio dos ilustres Pares para a aprovação deste projeto de lei, na certeza de que estaremos fazendo justiça à laboriosa classe dos profissionais de Informática e contribuindo para o aperfeiçoamento das relações democráticas e sociais neste País. Sala das Sessões, em 20 de Maio de 99
  19. O assunto continua despertando muita polêmica - e com razão. Um de nossos visitantes questiona: "Gabriel, se até os seus cursos não são registrados no CREA, você não está incentivando a prática ilegal da profissão?" Volto a repetir o que disse no editorial passado: ser simplesmente um engenheiro ou um técnico em eletrônica não transforma o profissional em um técnico em manutenção de micros. Atualmente a manutenção de micros não envolve somente a parte eletrônica. Por esse motivo, acredito que aqueles que puderem fazer um curso técnico em eletrônica que o façam, mas não acho que seja 100% necessário. É apenas um "plus" no currículo, um diferencial no mercado de trabalho. Ademais, o curso técnico em eletrônica é uma excelente pedida se você realmente curte o assunto. Resumindo, faça o curso somente se você quiser se aprofundar no assunto. Acho que todos o que quiserem realmente ser bons técnicos tem de pensar em outras questões, como ética e profissionalismo, que são pontos que a maioria dos cursos não aborda e que tentamos abordar aqui no Clube do Hardware. Leia a enquete que fizemos sobre a qualidade das assistências técnicas brasileiras para entender melhor essa questão. Em relação a cursos, o mais importante é procurar cursos que sejam ministrados por instituições idôneas. Gostaria de lembrar que a instituição onde ministro meus cursos (Instituto de Tecnologia ORT) é devidamente registrada no CREA e no MEC, além de ser a maior organização não governamental de ensino técnico profissionalizante do mundo. Recebemos o seguinte e-mail do nosso visitante Ronald, que analisa o outro lado da moeda: "Em relação à regulamentação de profissionais pelo CREA estou em desacordo, pois até hoje não vi nada de útil que o CREA tivesse feito a não ser política e cobrar dos já tão paupérrimos profissionais que esta entidade deveria regulamentar. Creio que o momento é de competência e já existem dois orgãos federais (Ministério da Educação e Ministério do Trabalho) para cuidarem do aspecto legal das profissões. O pessoal que normalmente administra o CREA é aquele mesmo pessoal que quando acadêmicos pertenciam a diretórios e coisa e tal.O Brasil precisa é de gente que sabe realmente das coisas! Papel não projeta ou conserta coisa alguma. Não vamos colocar mais uma dificuldade na vida do profissional de informática. Deixemos o CREA bem longe de nossa atividade. Desculpe o desabafo, mas imagino que muita gente pensa como eu. Não queremos ter de engolir goela abaixo o Sr. CREA. A melhor fiscalizaçao é feita pelo livre mercado, pela concorrência, pela competência técnica. Chega de papel, precisamos de profissionais que dominem a área, que resolvam problemas." Nota: mudei de opinião 14 anos depois de publicar esta série de editoriais. Entenda. Para saber mais: CREA: Dúvidas de Nossos Visitantes A Importância do CREA Para os Técnicos em Manutenção Afinal, Para que Conselho Regional? A irrelevância do CREA para os técnicos em manutenção
  20. Vários visitantes nos escreveram por causa do editorial da semana passada. A seguir discutiremos as questões mais comuns e que consideramos mais importantes. Sou formado em Ciencias da Computação, mesmo assim é necessário eu ter registro no CREA? Posso exercer a profissão de suporte técnico em uma empresa sem problemas? Apresentando o meu diploma eu consigo o registro no CREA? A resposta é "não" para todas as perguntas. O CREA só é responsável por profissionais de nível técnico ou superior das áreas de engenharia, arquitetura e agronomia. Logo, o CREA não é conselho regional para cursos superiores em informática (não existe conselho regional para cursos de informática). Você só precisará do registro se você pretende exercer a profissão de técnico em eletrônica (o que não é o seu caso). Trabalhar com suporte técnico em uma empresa presume-se que você irá fazer consultoria na área de informática, tarefa que todos aqueles que fizeram curso superior em informática em princípio estão capacitados a realizar. Fiz um curso de hardware em uma instituição idônea. Posso me registrar no CREA? Não. Nenhum curso de hardware permite que você obtenha registro no CREA. Você só obterá registro no CREA se cursar algum curso de formação em técnico em eletrônica reconhecido pelo MEC e pelo CREA. Afinal, tenho que me preocupar ou não em ter um registro no CREA? Já trabalho há anos consertando micros! Atualmente a manutenção de micros envolve tanto conhecimentos de hardware quanto de software. Por isso, não necessariamente um técnico em eletrônica ou um engenheiro sabe consertar um computador ao terminar o seu curso, da mesma forma que alguém que estuda informática não sabe consertar um micro ao terminar seu curso técnico ou sua faculdade. Dessa forma, minha opinião particular é que você não se preocupe tanto com essa questão caso você trabalhe consertando micros ou dando consultoria/suporte técnico. Considero mais importante que você se preocupe com outras questões, como o profissionalismo, o atendimento e o contínuo investimento em sua formação técnica (lendo livros, revistas, sites; freqüentando cursos, workshops, etc). Entretanto, se você trabalha fazendo consertos em peças que só envolva eletrônica - como é o caso de monitores de vídeo, por exemplo - recomendamos que você estude para ser um técnico em eletrônica. Em todos os casos, ser um técnico em eletrônica te dará um diferencial no mercado de trabalho, como comentamos no editorial passado. Nota: mudei de opinião 14 anos depois de publicar esta série de editoriais. Entenda. Para saber mais: CREA: Mais Opiniões A Importância do CREA Para os Técnicos em Manutenção Afinal, Para que Conselho Regional? A irrelevância do CREA para os técnicos em manutenção
  21. Recebemos o seguinte e-mail do nosso leitor Gilberto Brandão dos Santos e achamos oportuno desenvolver o assunto: "Gostaria de ter mais informações sobre o CREA. Tenho bom conhecimento em manutenção de impressoras e monitores de vídeo, só que sempre os amigos me alertam: 'Cuidado com o CREA!'. O que é isso? Como posso trabalhar em paz?" O CREA é o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e é ele quem regula as atividades profissionais dessas áreas, tanto em nível superior quanto em nível técnico. Toda a empresa de manutenção de equipamentos eletrônicos (inclusive empresas de manutenção de computadores) necessita que exista um técnico em eletrônica cadastrado como responsável técnico pela empresa. A prefeitura (pelo menos as das grandes cidades) só libera o alvará das empresas de manutenção caso seja apresentada a documentação comprobatória de que há um técnico em eletrônica assinando como responsável técnico pela empresa. Esse documento chama-se ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e é obtido no CREA. Obviamente somente técnicos registrados no CREA podem obter esse documento. Para registrar-se no CREA é necessário cursar um curso técnico em eletrônica reconhecido pelo MEC e pelo CREA. Após terminar o curso, basta apresentar o diploma ao CREA para o devido registro. A importância de ser um profissional registrado no CREA é enorme, pois comprova que você freqüentou um curso técnico reconhecido e está apto a exercer legalmente a sua profissão de técnico. Pessoas que exercem a profissão sem terem feito um curso técnico reconhecido - como parece ser o seu caso - estão exercendo a profissão ilegalmente e podem ter complicações legais no futuro caso haja denúncia ou caso você se envolva em algum problema envolvendo a sua profissão. Por exemplo, imagine que um monitor de vídeo exploda na casa de um cliente e a casa dele pegue fogo. Além de ser processado por danos materiais, caso você seja um técnico sem ter registro no CREA, você pode ser processado por exercício ilegal da profissão, o que é um agravante seríssimo. Além disso, ter sua empresa registrada no CREA e ser um técnico igualmente registrado são características que podem diferenciá-lo no mercado de trabalho junto aos seus clientes. Infelizmente todos nós sabemos que a maioria dos "técnicos" em manutenção existentes não freqüentaram qualquer tipo de curso. Ter o registro profissional é um diferencial que, se bem trabalhado em termos de marketing, poderá fazê-lo crescer enormemente no mercado. Muitos pensam, equivocadamente, que a profissão de técnico em manutenção de micros não é regulamentada. Legalmente, somente técnicos em eletrônica podem exercer essa profissão, pois envolve eletrônica (hardware). Somente ainda não estão totalmente regulamentadas as profissões da área de informática que envolva sistema (software), como os cursos superiores de análise de sistemas e informática e os cursos técnicos correlatos, como programação (Leia o editorial sobre a Criação do CONIN, CONFREI e CREI). Nota: mudei de opinião 14 anos depois de publicar esta série de editoriais. Entenda. Para saber mais: CREA: Mais Opiniões CREA: Dúvidas de Nossos Visitantes Afinal, Para que Conselho Regional? A irrelevância do CREA para os técnicos em manutenção
  22. Introdução Perguntamos a seguinte questão aos nossos visitantes: "Você acha que deve haver um órgão que regulamente o trabalho dos técnicos em manutenção de hardware (Ex: CREA)? Isto é, você acha que esse tipo de regulamentação é benéfica para o mercado (clientes e técnicos de uma forma geral)?" Setecentas e vinte e seis pessoas participaram de nossa enquete. A esmagadora maioria (84,6%) respondeu que sim, que esse tipo de regulamentação é benéfica ao mercado de uma forma geral. O que talvez seja contestado é a forma com que essa regulamentação deve ser feita. Exploraremos mais essa questão em nosso editorial Afinal, Para que Conselho Regional? Qual é a qualidade das assistências técnicas brasileiras? Realizamos uma enquete sobre esse tema com os nossos leitores. Pedimos para que fosse dada uma nota de 0 a 10 para a qualidade das assistências técnicas brasileiras, tanto empresas (autorizadas ou não) e técnicos autônomos. Além disso, pedimos para nossos entrevistados apontarem os principais pontos fracos das assistências técnicas brasileiras. Nosso objetivo é analisar os resultados e dar a você, leitor do Site de Hardware, dicas de como você pode melhorar profissionalmente, aumentando a taxa de satisfação de seus clientes e com isso, aumentando o número de clientes e a quantidade de dinheiro que você irá ganhar. O resultado foi bastante conclusivo e, de posse deles, você conseguirá melhorar (e muito!) a qualidade dos seus serviços. 222 leitores responderam à nossa enquete. Veja a seguir os resultados, comentários e conclusões. Resultados Nota (média): 4,85 Principais pontos fracos: Falta de conhecimento técnico: 66,22% Desonestidade: 37,84% Atendimento: 29,28% Demora no serviço: 27,48% Preço elevado: 12,61% Falta de profissionalismo: 9,01% Falta de qualidade: 6,76% Garantia: 3,60% Falta de experiência: 2,25% Falta de bons fornecedores: 1,35% Falta de ética: 1,35% Nota: A soma dos resultados ultrapassa 100% porque era permitido apontar mais de um ponto fraco. As respostas dadas foram espontâneas. Análise dos resultados Os resultados de nossa enquete estão bem claros: a maioria dos entrevistados acha que o grande problema dos profissionais brasileiros é a falta de formação e conhecimento técnico. Esse é um reflexo direto de nossa educação (ou melhor, falta dela). Infelizmente, a maioria das pessoas não considera o aprendizado uma forma de investimento. Muitos consideram que acessar Internet, ler livros e revistas e fazer cursos sai muito "caro". Posso dar um exemplo pessoal nesse ponto: muitos técnicos, que trabalham no mercado e têm a assistência técnica como fonte de renda, reclamam pessoalmente comigo do preço do meu livro Hardware Curso Completo e dos meus cursos, de uma forma geral. Ora, se você já trabalha no mercado, quanto mais conhecimento você tiver, um melhor profissional você será. É isso que a nossa pesquisa aponta: o profissional que tiver maior conhecimento técnico será aquele que mais se destacará. Dessa forma, não considere adquirir conhecimento como "gastar", mas sim "investir". Afinal, quanto melhor você for, mais clientes satisfeitos você terá, o que inevitavelmente atrairá mais novos clientes. Além disso, quanto maior o conhecimento e a experiência do profissional, mas ele poderá cobrar. Ou seja, no final das contas, você estará ganhando muito mais dinheiro, o suficiente para pagar todo o seu investimento e ainda sobrar muito. A segunda maior reclamação foi desonestidade. Sem comentários. Só um lembrete: aqueles que são desonestos abrem espaço para que outros sejam desonestos com eles. Quanto ao atendimento, as principais reclamações foram "má vontade", "arrogância", "falta de pontualidade", "falta de disponibilidade", "desorganização" etc. O atendimento é a porta de entrada para novos clientes! Se esforce para apresentar um atendimento nota 10! Outro ponto importante: muitos apontaram "Preços elevados" como um ponto negativo. Precisamos desenvolver um pouco mais esse ponto. O que é preço elevado? Consideramos preço elevado algo que seja muito mais caro do que a qualidade do serviço proporcionada. Se um técnico é bom, extremamente atualizado e investe muito em sua carreira (comprando livros, assinando revistas, acessando a Internet, fazendo cursos etc), é claro que ele terá obrigatoriamente de cobrar mais caro do que a média de mercado, afinal ele é um profissional mais bem preparado. Consideramos isso justo. Entretanto, a reclamação de nossos leitores têm fundamento no seguinte contexto: quando o serviço é executado por pessoas não qualificadas e, mesmo assim, o preço cobrado é o mesmo de um serviço nota 10. Já nesse ponto realmente concordamos com nossos leitores: serviços sem qualidade não podem custar a mesma coisa de serviços com boa qualidade. Conclusões Tome os resultados da nossa enquete como uma forma de melhorar a qualidade de seu trabalho. Com certeza, da maneira que esse mercado se apresenta, os bons técnicos se destacam e ganham mais. Tente não cometer os erros apontados por nossos entrevistados. Com certeza, se você (ou sua empresa) não cair em nenhum dos pontos fracos, você será um vencedor. Nossa principal conclusão: Invista em conhecimento técnico. Se você está lendo essa pesquisa e está acessando o Clube do Hardware, com certeza você está preocupado com esse ponto. Lembre-se que com o conhecimento adequado, você ganhará muito mais e terá dinheiro suficiente para pagar todos os seus investimentos (cursos, livros, etc) e ainda sobrará mais, tanto para novos investimentos quanto para rechear um pouco a sua conta bancária. E, finalmente: seja ético e honesto, ou seja, trabalhe com profissionalismo. Você se destacará e terá a sua clientela garantida. Boa sorte! Leia também: A prostituição do mercado brasileiro de informática A irrelevância do CREA para os técnicos em manutenção
  23. Muitos usuários, a fim de aumentarem o desempenho do micro, usam uma técnica chamada overclock, que consiste em configurar o processador da máquina a trabalhar com um clock acima do especificado. Como fazer o overclock e qual é o ganho real de desempenho com essa técnica são duas perguntas que iremos responder no microteste deste mês. O processador trabalha com dois clocks, um clock externo e um clock interno. O clock estampado no corpo do processador (ex: 333 MHz, 400 MHz, 450 MHz, etc) é o clock interno, que só é atingido dentro do processador. Do lado de fora, isto é na comunicação do processador com a memória RAM, é usado um clock menor, em geral de 66 MHz, 100 MHz ou 133 MHz. Para atingir o clock interno, o processador pega o clock externo e multiplica ele por um fator de multiplicação. Por exemplo, o Pentium II-400 trabalha externamente a 100 MHz e internamente a 400 MHz. Nesse caso o processador pega o clock externo e multiplica seu valor por quatro para obter o clock interno. Acontece que tanto a freqüência de operação externa quanto o fator da multiplicação de clock são configurados manualmente pelo técnico ao montar o micro. Em outras palavras, o processador não sabe qual é a sua freqüência de operação verdadeira e, com isso, você pode "tapeá-lo" para que ele trabalhe em uma freqüência de operação acima da especificada. O overclock pode ser feito de duas formas: aumentando o fator de multiplicação (por exemplo, alterando ele de 4x para 4,5x) ou aumentando o clock externo (de 100 MHz para 120 MHz, por exemplo). Os processadores a partir do Pentium II possuem proteção contra overclock e não há como alterar a sua multiplicação de clock. Ou seja, não há como configurar um Pentium II-400 para multiplicar o clock acima de 4x. No entanto, não há nenhum mecanismo contra o overclock do clock externo do processador. Com isso, podemos aumentar o clock externo e aumentar o desempenho do micro. Como o clock interno é obtido multiplicando-se o clock externo, esse procedimento faz com que o clock interno aumente também. Por exemplo, configurando um Pentium II-400 para trabalhar externamente a 110 MHz fará com que seu clock interno passe a ser de 440 MHz (110 MHz x 4). Essa configuração é feita alterando-se os jumpers de configuração de clock da placa-mãe ou através do setup do micro, em placas-mães mais modernas que não possuem jumpers de configuração (neste caso é necessário mudar a configuração para "manual" ou "user define" no setup para que você possa fazer o overclock). Note que nem sempre o overclock funciona. Em nossos testes o máximo que conseguimos de overclock foi colocar nosso processador Pentium II-400 trabalhando externamente a 120 MHz, transformando ele em um processador de 480 MHz. Acima disso o micro nem ligava ou então travava quando tentávamos carregar o Windows. O overclock é uma experiência e deve ser encarado como tal. Quando configuramos o processador acima de sua freqüência de operação, não estamos "forçando" somente ele a trabalhar acima de suas especificações. A maioria dos chipsets do mercado funcionam oficialmente somente até 100 MHz, como é o caso do chipset Intel 440BX usado na placa-mãe de nossos testes (ABIT BE6-II). Ou seja, configurando o clock externo acima de 100 MHz fez com que os circuitos da placa-mãe trabalhassem também em overclock, aumentando as chances de o overclock não dar certo. Em outros casos a memória RAM também poderá trabalhar em overclock. As memórias -8 suportam clocks de até 125 MHz e as -7, até 133 MHz. Se você estiver usando uma memória -10 (de 100 MHz) possivelmente o seu overclock não funcionará. Além disso, os fabricantes de processadores afirmam que o uso do overclock pode diminuir a vida útil do processador, já que ele estará trabalhando acima de suas especificações originais. Tanto que a garantia do micro normalmente não cobre defeitos do processador decorrentes do uso de overclock. Dessa forma, configure o overclock por sua própria conta e risco. Talvez valha a pena por causa do aumento de desempenho do micro, que em nossos testes chegou a incríveis 20%, como veremos. Em nossos testes usamos a nova placa-mãe BE6-II da ABIT, que é uma placa-mãe especialmente projetada para overclock. Nessa placa você pode ir aumentando o clock externo de um em um megahertz (até 200 MHz), sendo possível achar o ponto máximo de overclock do seu micro. Em nossos testes, esse ponto máximo foi 120 MHz em um Pentium II-400. Os processadores Pentium II até 333 MHz trabalham externamente a 66 MHz. Os processadores Pentium II a partir de 350 MHz, Pentium III, K6-2 a partir de 300 MHz e K6-III trabalham externamente a 100 MHz. E os novos Pentium III a partir de 600 MHz trabalham externamente a 133 MHz. Isso significa que, externamente, um Pentium II-400 e um Pentium III-500 são iguais. Com o overclock, pode ser que o seu processador "turbinado" fique mais rápido do que um processador convencional de clock mais elevado. Em outras palavras, o seu Pentium II-400 pode ficar mais rápido do que um Pentium II-450, mesmo que o clock interno final de seu Pentium II-400 "turbinado" seja menor do que 450 MHz, já que você aumentará o clock externo do processador, enquanto o clock externo do Pentium II-450 continuará inalterado. O aumento do clock externo faz com que o acesso à memória RAM e aos periféricos do micro – especialmente vídeo e disco – seja efetuado mais rapidamente. É o que comprova os resultados dos testes de desempenho de vídeo. Aumentamos em 11,60% o desempenho de vídeo de um Pentium II-333 configurado a trabalhar externamente a 75 MHz em vez de seus originais 66 MHz. No caso do Pentium II-400, o aumento de desempenho de vídeo chegou a 20% quando configuramos ele a trabalhar a 120 MHz externamente. Os resultados desse teste você confere no gráfico. Desempenho de Vídeo No desempenho de disco ocorreu o mesmo. No Pentium II-333 configurado a 75 MHz o desempenho de disco aumentou 3,03%. Já no Pentium II-400, esse desempenho chegou a aumentar 9,09% no caso do processador trabalhando a 120 MHz. Desempenho de Disco No final das contas, o maior beneficiado foi mesmo o desempenho de processamento. No overclock do Pentium II-333 para 75 MHz, o processador ficou 12,75% mais rápido, enquanto o Pentium II-400 trabalhando a 120 MHz teve seu desempenho aumentado incríveis 20,51%. Desempenho de Processamento O desempenho matemático do processador também teve um grande aumento de desempenho. Isso significa que o overclock é uma técnica particularmente interessante para aqueles que usam o processador para muitos cálculos matemáticos, como os gamemaníacos que curtem jogos 3D. O aumento desse desempenho foi de 12,28% no overclock do Pentium II-333 para 75 MHz e 20,39% no overclock do Pentium II-400 para 120 MHz. Desempenho Matemático Como eu faço um overclock? Há duas maneiras de se fazer um overclock: aumentando-se o fator de multiplicação de clock ou aumentando-se a freqüência de operação externa do processador. Em ambos os casos essa configuração é feita mudando-se jumpers na placa-mãe do micro ou então através do setup da máquina, no caso de placas-mães mais novas. Configurei o meu Pentium II-400 para multiplicar o clock por 4,5x (em vez de 4x, como é sua configuração original) e ele agora está configurado como se fosse um Pentium II-233 e não um Pentium II-450. Porque isso ocorre? Os processadores da Intel a partir do Pentium II possuem proteção contra overclock, não permitindo que você aumente a sua multiplicação de clock. Dessa forma, a única maneira de se fazer overclock com esse tipo de processador é aumentando-se o clock externo do processador. O mesmo não ocorre com processadores de outras marcas. O overclock é prejudicial à máquina? Segundo os fabricantes de processadores, o overclock diminui a vida útil do processador e pode até mesmo queimá-lo. Depois que eu fiz o overclock o meu micro vive travando. O que está acontecendo? Nem sempre o overclock funciona. O caso mais comum é o micro ficar travando, dando resets aleatórios ou erros aleatórios dentro do Windows quando o overclock é feito. Esses sintomas indicam que o seu micro não está suportando o overclock e você deverá configurar o micro com a sua configuração original. Desfazendo o overclock o micro voltará a funcionar corretamente. Qual é o ganho de desempenho que terei efetuando o overclock? Depende da sua configuração de overclock. Em nossos testes conseguimos um ganho de processamento de 20% configurando um Pentium II-400 a trabalhar externamente a 120 MHz. Nossos testes foram realizados com dois processadores: Pentium II-333 (que trabalha externamente a 66 MHz) e Pentium II-400 (que trabalha externamente a 100 MHz). Usamos a placa-mãe ABIT BE6-II (http://www.abit.com.tw), que é uma placa projetada especialmente para overclock, já que permite que você configure o clock de um em um megahertz e é possível configurar o clock externo do processador em até 200 MHz. Usamos 64 MB de memória RAM PC-100 -7 e uma placa de vídeo Diamond Viper v330. Para medir o desempenho, usamos o programa Winbench, que pode ser baixado em http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp.
  24. Essas duas placas-mães da Intel, CA810AL e CA810E são idênticas, com a diferença que a CA810E usa o novo chipset Intel 810E, que opera a até 133 MHz. Essas placas-mães são soquete 370 e provaram o que todo mundo já sabia: que as placas-mães Intel são de boa qualidade. Primeiro, apesar de ter vídeo on-board, usa o chipset Intel 810, que tem um vídeo on-board de excelente desempenho, conforme havíamos testado anteriormente. E, segundo, o seu som on-board é feito pelo chip ES1373 da Creative Labs, o mesmo da Sound Blaster PCI 128. As principais características dessas placas-mães são: Soquete 370. Chipset Intel 810 (CA810AL) e Chipset Intel 810E (CA810E). Não há jumpers de configuração. Toda a configuração da placa é feita através do setup. Formato ATX. Monitoramento do estado das ventoinhas, temperatura e tensões da fonte. Periféricos integrados: Possui áudio on-board, que é produzido pelo chip Creative ES1373, que é o mesmo usado pela placa de som Sound Blaster PCI 128. O vídeo é on-board, produzido pelo próprio chipset Intel 810. Possui placa de rede on-board, duas portas USB e demais periféricos encontrados em placas ATX (mouse PS/2, etc). Possui conector WOL (Wake-up On LAN) e conector para barramento IrDA (infravermelho). Slots: 4 slots PCI. Soquetes de memória: 2 soquetes DIMM. O ponto forte dessas duas placas-mães é o desempenho de vídeo, que consegue ser mais rápido que o da ABIT WX6, até então a mais rápida neste quesito. A CA810E é um pouco mais rápida em vídeo do que a CA810AL (1,59%) e seu vídeo é 4,82% mais rápido do que o da ABIT WX6 e 9,09% mais rápido que o da ECS P6IWT-Me/i810E, conforme você pode conferir no gráfico abaixo. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Em processamento de disco, essas placas-mães também foram bem, se comparadas com outras placas-mães que usam o chipset Intel 810: A CA810AL foi um pouco mais rápida em disco que a CA810E (0,9%), e 5,66% mais rápida em disco que a ECS P6IWT-Me/i810E e 8,74% mais rápida que a ABIT WX6. Entretanto, se comparadas com outras placas-mães soquete 370 que não tenham vídeo on-board, essas placas perdem. A ECS P6BXT+ ver 1.3 continua sendo a mais rápida em disco (2,68% mais rápida que a CA810AL). (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Já em desempenho de processamento, essas placas-mães não foram tão bem, como é normal ocorrer em placas-mães com vídeo on-board. Isso ocorre porque, como é o chipset quem controla o vídeo e não um circuito adicional, o processador tem de disputar o uso do barramento com o chipset e a conseqüência direta é a queda de desempenho de processamento (o processador tem de esperar o barramento ficar livre para então enviar dados à memória). A CA810E foi 1,56% mais rápida do que a CA810AL, mas foi 1,25% mais lenta que a ECS P6IWT-Me/i810E, que é a placa-mãe soquete 370 com vídeo on-board mais rápida em processamento que já testamos até agora. A CA810E é 2,79% mais lenta em processamento que a Soyo SY-6IZA e a ECS P6BXT+ ver 1.3. Os resultados você confere no gráfico abaixo. (1) Vídeo on-board. (2) Com placa de vídeo Diamond Viper v330. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Utilizamos um processador Celeron-400 e 64 MB de memória RAM. O disco rígido era um Quantum de 3,2 GB e a placa de vídeo uma Diamond Viper v330 (nos testes marcados com "2" nos gráficos; nos testes marcados com "1", o vídeo era produzido pelo chipset da placa-mãe). Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada.
  25. É de conhecimento de todos os amantes de hardware que a Intel passou a produzir o processador Celeron soqueteado (soquete 370) em vez de contruído em um cartucho para baratear o custo deste processador. A grande novidade é o anúncio de uma nova geração de processadores Pentium III usando soquete 370. Esses processadores terão 256 KB de cache L2 trabalhando na mesma frequencia de operação do processador (o cache L2 do Celeron é de 128 KB) e barramento externo de 133 MHz. O encapsulamento está sendo chamado de FC-PGA (Flip Chip Pin Grid Array). Esses novos processadores não passam de um Celeron com cache L2 dobrado. Todas as placas-mães soquete 370 que tenham barramento de 133 MHz aceitam essa nova geração de processadores, por exemplo as que usam o novo chipset Intel 810E. Quanto ao desempenho dessa nova safra de Pentium III, achamos que eles terão o mesmo desempenho (ou podem ser até mesmo mais rápidos) do que os atuais processadores, se compararmos processadores com o mesmo clock. Como você pode ver em editorial de 02 de julho de 1999, a diferença de desempenho entre um Pentium II-400 e um Celeron-400 é muito pouca, pois, apesar de o Celeron ter um cache L2 menor, este trabalha na mesma freqüência de operação do processador, enquanto que no Pentium II e Pentium III o cache é acessado na metade da freqüência de operação do processador. Por falar em K6-III, nota-se nitidamente a busca da Intel por barateamento de seus produtos, já que os processadores da AMD são mais rápidos e mais baratos, e a Intel vem paulatinamente perdendo mercado no segmento de micros baratos (low-end). É sempre bom lembrar que na época do 386 a AMD dominava o mercado de processadores para PCs, porque eram iguais aos da Intel e mais baratos (e, em alguns casos, mais rápidos, como era o caso do 386DX-40 que só a AMD produzia). Com a campanha de marketing efetuada em conjunto com o lançamento do processador Pentium é que a Intel virou a mesa. E a AMD está gradativamente tomando o mercado de volta.

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