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Gabriel Torres

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Tudo que Gabriel Torres postou

  1. Seu primo possui um micro igual ao seu só que o dele é muito mais rápido? Talvez seja porque a placa-mãe dele é melhor do que a sua! A verdade é esta: pouquíssimos usuários se preocupam com a marca da placa-mãe na hora de comprar um micro. E será que deveriam? Em nosso microteste de hoje testamos em nosso laboratório um bocado de placas-mães de várias marcas e comprovamos que a escolha de uma boa placa-mãe garante mais velocidade para o seu micro. Marca é sinônimo de qualidade Muita gente não sabe, mas placas-mães tem marca. As marcas mais comuns no Brasil são Soyo, ASUS, Alton, QDI, PCChips e Tomato, só para citar algumas. Entretanto, várias placas-mães simplesmente não possuem marca. São placas de baixa qualidade (e baixo desempenho, como provamos no Microteste de hoje) produzidas no extremo oriente, principalmente na china. Portanto, ao adquirir um novo micro ou uma placa-mãe, procure saber sua marca. Muitos profissionais, entretanto, "inventam" marcas. A principal característica de uma placa-mãe é o seu chipset, ou seja, o conjunto de circuitos integrados que nela existem. Há várias marcas de chipset e as mais comuns são Intel, VIA, OPTi e SiS. Muitos técnicos chamam placas-mães com chipset Intel de "placa-mãe Intel", o que está completamente errado, uma vez que a marca da placa-mãe não é Intel, apesar da Intel também produzir placas-mães. Outra confusão comum é o técnico dizer que a placa-mãe é da marca "Triton" quando trata-se de uma placa-mãe sem marca com chipset da Intel. Os chipsets mais comuns para placas-mães Pentium são os da Intel: 430FX, 430HX, 430VX e 430TX. O chipset 430FX é também conhecido por seu apelido "Triton" e muita gente chama placas-mães que utilizam este chipset de "Triton". Neste caso, "Triton" não é a marca da placa-mãe, mas sim o tipo de chipset utilizado. Os demais chipsets da Intel também são chamados de "Triton", mas, neste caso, devemos citar sua nomenclatura (ex: "Triton 430VX"). Na hora de comprar uma placa-mãe, saber o seu chipset é de extrema importância, principalmente nas placas-mães "sem marca". Quando uma placa-mãe não possui marca, devemos nos orientar pelo seu chipset e pela sua quantidade de memória cache. Uma placa-mãe "sem marca" poderia ser chamada, por exemplo, de "placa-mãe com chipset 430VX e 512 KB de cache de memória", caso ela possuísse estas características. A ABIT (http://www.abit.com.tw) é uma das marcas mais tradicionais e respeitáveis de placas-mães, e isso não ocorre à toa. Em nossos testes de desempenho, o modelo BX6 mostrou ser uma das melhores placas-mães slot 1 do mercado. Para aqueles que não sabem, esse tipo de placa-mãe é utilizada pelos processadores Pentium II, Pentium III e Celeron (SEC). Ela é uma placa-mãe simples, se comparada a outras existentes no mercado, não possuindo áudio on-board. Mas, em compensação, além do desempenho, dois pontos mostram que essa é uma placa indicada para micros de alto desempenho: possui 5 slots PCI e quatro soquetes para memória DIMM. As principais características dessa placa-mãe são: Slot 1. Chipset 440BX, ou seja, funcionamento a até 100 MHz. Essa placa-mãe permite configuração de overclock a até 150 MHz! Não há jumpers de configuração. Toda a configuração da placa é feita através do setup. Formato ATX. Monitoramento do estado das ventoinhas, temperatura e tensões da fonte. Permite que o micro seja ligado através do pressionamento simultâneo das teclas CTRL e F1. Também permite que o micro seja ligado através do mouse, caso ele seja PS/2. Periféricos integrados: Não tem aúdio nem vídeo on-board. Possui duas portas USB e demais periféricos encontrados em placas ATX (mouse PS/2, etc). Possui conector WOL (Wake-up On LAN) e conector para barramento IrDA (infravermelho). Slots: 1 slot AGP, 5 slots PCI e 2 Slots ISA (1 compartilhado). Soquetes de memória: 4 soquetes DIMM. Para realizarmos nossos testes, utilizamos o programa Winbench (você pode baixá-lo em http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Este programa executa três categorias de testes: vídeo, disco e processamento. Como queríamos testar e comparar unicamente diferenças de desempenho que pudessem existir entre as placas-mães testadas, utilizamos sempre as mesmas peças: processador Pentium-133, placa de vídeo Trident 9680 com 1 MB de memória de vídeo, dois módulos SIMM-72 EDO de 8 MB (totalizando 16 MB) e disco rígido Quantum de 850 MB. Dessa maneira, o único componente diferente entre as sessões de teste era mesmo a placa-mãe. Essa é uma das melhores placas-mães slot 1 existentes no mercado. Dentre as placas que testamos, só perde em desempenho de processamento para a Soyo SY-6BE+, mas por muito pouco: 0,24%. Essa placa atingiu desempenho 1,07% superior ao da MSI MS6163, 2,29% superior ao da A-Trend ATC6310 e 3,42% superior ao da ASUS P2L97. Esses resultados você confere no gráfico abaixo. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Utilizamos processador Pentium II-333, 32 MB de memória, disco rígido Quantum de 3,2 GB e placa de vídeo Diamond Viper v330. Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada.
  2. A placa-mãe MS-6163 da MSI (Micro Star International, http://www.msi.com.tw), além de desempenho satisfatório, apresenta uma característica rara: possui áudio on-board com qualidade superior à maioria das placas-mães existentes no mercado, já que usa o chipset ES1373 da Creative Labs. Sua qualidade geral é muito boa e um ponto que chama atenção é a qualidade de seu manual de instruções. Ao contrário da maioria dos manuais de placas-mães, o manual da MS-6163 é bastante explicativo, repleto de fotos e diagramas. Essa placa segue a tendência adotada pelas boas placas-mães do mercado e não possui nenhum jumper de configuração, sendo toda a sua configuração efetuada através do setup, além de possuir recursos de monitoramento das ventoinhas, de temperatura e das tensões da fonte. Outra característica rara nessa placa-mãe é ter um buzzer (pequeno alto-falante) que apita quando há algo de errado com a placa (por exemplo, temperatura alta demais). É destinada a micros com muitos periféricos, pois possui 5 slots PCI. As principais características dessa placa-mãe são: Slot 1. Chipset 440BX, ou seja, funcionamento a até 100 MHz. Não há jumpers de configuração. Toda a configuração da placa é feita através do setup. Formato ATX. Monitoramento do estado das ventoinhas, temperatura e tensões da fonte. Periféricos integrados: Áudio on-board com chip ES1373 da Creative Labs. Possui duas portas USB e demais periféricos encontrados em placas ATX (mouse PS/2, etc). Possui conector WOL (Wake-up On LAN), conector Wake-up On Ring e conector para barramento IrDA (infravermelho). Slots: 1 slot AGP, 5 slots PCI e 2 Slots ISA (1 compartilhado). Soquetes de memória: 3 soquetes DIMM. Essa placa-mãe possui um desempenho satisfatório. O desempenho de processamento medido foi 2,32% maior que o da ASUS P2L97 e 1,21% maior que o da A-Trend 6310. O desempenho dessa placa, entretanto, é menor que o obtido pelas placas ABIT BX6 (1,06%) e Soyo SY-6BE+ (1,30%). Os resultados você confere no gráfico abaixo. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Utilizamos processador Pentium II-333, 32 MB de memória, disco rígido Quantum de 3,2 GB e placa de vídeo Diamond Viper v330. Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Utilizamos processador Pentium II-333, 32 MB de memória, disco rígido Quantum de 3,2 GB e placa de vídeo Diamond Viper v330. Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench (http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp). Utilizamos processador Pentium II-333, 32 MB de memória, disco rígido Quantum de 3,2 GB e placa de vídeo Diamond Viper v330. Entre as sessões de teste, o único periférico diferente era a placa-mãe testada.
  3. Após ler o editorial da semana passada, Cláudio Régis B. Vasconcelos nos enviou o seguinte e-mail: Qual seria a maneira mais segura de se trabalhar quando fazemos um serviço em que não estamos representando uma empresa, pois não temos a garantia de um contrato de prestação de serviços, nem nota fiscal? Pois já me aconteceu de realizar um serviço, até mesmo para empresas, e, ao termino do serviço, cobrar uma quantia x, e o contratante responder: "tá muito caro, vamos fechar o valor nisso e é só o que eu posso te pagar". Bem, acredito eu que todos os técnicos já passaram por situações deste tipo ou pelo menos parecida. Isso me revolta, pois procuro ser o mais profissional possível, sempre deixo bem claro o que o contratante terá que gastar para não ter perigo do serviço fugir ao seu orçamento. Queria saber se teria alguma maneira legal de fazer um contrato de prestação de serviço de pessoa física para pessoa jurídica, ou assinatura de uma nota promissória, ou alguma coisa deste tipo, que pudesse me dar garantia de recorrer aos meus direitos caso haja algum problema de pagamento ou coisa parecida. Pois é, eu mesmo já passei por situações parecidas. O mais importante de tudo é sempre deixar claro para o cliente o quanto custará o serviço, antes de concluí-lo. Assim não haverá problemas futuros. Uma forma de evitar que o cliente aceite o orçamento mas, depois, dê para trás, é o seguinte: faça um orçamento por escrito e, abaixo da descrição do serviço e o valor que custará, adicione uma linha escrito "De acordo", com local e data e faça o seu cliente assinar. Se depois ele encrecar, você terá uma prova concreta de que o valor acertado foi outro. Ao receber qualquer valor, passe a assinar um recibo (RPA, que é vendido em qualquer papelaria) e entregue ao seu cliente. Essa é a prova para ambos os lados do pagamento e recebimento pelo serviço prestado. Eu mesmo já tomei calote e cheques sem fundo de meus clientes. Muitas vezes ocorre de você consertar um micro e o cliente estar "deseperado", precisando do micro "com urgência". Mas, na hora do pagamento, ficam chorando, pedindo mais tempo, dizendo que não tem grana, etc. Eu particularmente adotei a seguinte filosofia: só entrego o micro de volta mediante pagamento, nada de cheques pré-datados nem do famoso "depois a gente acerta". Se o cliente está com pressa de ter o micro, terá de pagar o combinado, não interessa. A não ser, é calro, que na conversa inicial tenha ficado claro que o pagamento seria facilitado e não à vista. Ou seja: não tenho a menor pressa em devolver o micro para o cliente. Quanto ao contrato de manutenção, você poderá assiná-lo mesmo sendo pessoa física, pois entende-se que o contrato é um compromisso profissional sem vínculo empregatício. Você pode dar download do nosso modelo de contrato de manutenção clicando aqui. Em relação à garantia, o mesmo se aplica perfeitamente. Clique aqui para dar download de nosso modelo de certificado de garantia que você poderá usar. Quanto à nota promissória, ela é perfeitamente legal e você compra em qualquer papelaria. Trata-se de um compromisso de pagamento. O ideal é ter a assinatura do cliente reconhecida em cartório, assim você poderá acioná-lo sem problemas, em caso de não pagamento. Eu já operei com esse tipo de Nota e nunca tive problemas. Em todos esses casos, você poderá entrar com ação no Juizado Especial Cívil (JEC, mais conhecido como Tribunal de Pequenas Causas) de sua cidade no caso de discordância com seu cliente.
  4. O mercado de placas de vídeo 3D entrou em uma disputa acirrada neste ano com o lançamento de novos processadores de vídeo mais rápidos e modernos, especialmente o novo chip Voodoo 3, da 3dfx, e o TNT2 da NVIDIA. Além disso, a 3dfx, que no passado só fabricava circuitos, passou a fabricar também placas de vídeo, depois de ter comprado a empresa STB, que produzia placas de vídeo. No microteste de hoje, testamos a nova placa Voodoo 3, da 3dfx, com 16 MB de memória. Os resultados comprovam que ela é a melhor placa de vídeo 3D existente no mercado hoje, pelo menos até as placas TNT2 chegarem às lojas. O poder das placas 3D Para fazer uma imagem tridimensional, o micro executa duas etapas: cálculo geométrico e renderização. Na etapa de cálculo (em geral executada pelo co-processador matemático), o micro calcula todos os elementos que irão compor a imagem 3D na tela. Já na etapa de renderização, os objetos calculados são colocados na tela e sobre eles são aplicadas superfícies (texturas) e efeitos especiais, como sombra e iluminação. Acontece que o processador do micro não é capaz de executar rapidamente a etapa de renderização, isto é, mesmo com um processador topo de linha, o micro não é capaz de apresentar uma animação 3D (utilizada em jogos 3D, por exemplo) com uma boa qualidade. Por esse motivo, a maioria dos jogos 3D necessitam (ou possibilitam opcionalmente) o uso de uma placa aceleradora 3D. Com o uso desse tipo de placa, o processo de renderização não é feito pelo processador do micro, mas sim pelo processador da placa de vídeo 3D. Com isso, as imagens passam a ser extremamente realistas. Quanto mais rápido o processador da placa de vídeo 3D, mais quadros por segundo a placa conseguirá gerar. Com isso, na movimentação dentro do jogo 3D, você sentirá menos "quebras" (pequenas pausas que ocorrem na movimentação quando a placa de vídeo 3D não é rápida o suficiente) bem como a movimentação dentro do jogo será mais rápida e com um grau de detalhamento muito maior. Para você ter uma idéia da diferença de qualidade quando uma placa de vídeo 3D é usada, observe as imagens que capturamos durante nossos testes com o jogo Quake II. Figura 1: Quake II sem placa de vídeo 3D. Figura 2: Mesma imagem gerada por uma placa Diamond Viper v550. Figura 3: Mesma imagem gerada por uma placa 3dfx Voodoo 3. Para testarmos as placas de vídeo 3D, utilizamos um micro com processador Pentium II-333, placa-mãe ABIT BX6, 64 MB de RAM, disco rígido Quantum de 3,2 GB e monitor de vídeo Samsung SyncMaster 510s. A melhor maneira de se testar placas de vídeo 3D é através de jogos 3D, pois diversos jogos 3D executam testes de desempenho. Esses testes medem a quantidade de quadro por segundo que a placa de vídeo 3D é capaz de gerar, executando-se um jogo pré-gravado. Para os nossos testes de desempenho, utilizamos o jogo Quake II. Fizemos testes de desempenho em três resoluções: 640 x 480, 800 x 600 e 1024 x 768. Para cada placa de vídeo, executamos o teste de desempenho três vezes em cada uma dessas resoluções, fazendo uma média aritmética dos resultados, que podem ser conferidos nos gráficos. Os resultados estão em quadros por segundo (também chamado FPS, Frame Per Second). Utilizamos dois jogos que vêm gravados com o próprio Quake II, chamados Demo 1 e Demo 2. O Demo 2 exige mais recursos que o Demo 1 e, por isso, os resultados usando o Demo 2 foram mais baixos. Apresentamos a média de quadros por segundo tanto no Demo 1 quanto no Demo 2 em nossos resultados. Você pode testar a sua placa de vídeo 3D no Quake II da seguinte forma: 1. Entre no console de comando do Quake II pressionando a tecla til. 2. Entre o comando Timedemo 1. 3. Entre o comando demomap demo1.dm2 (para testar usando o jogo Demo 1). 4. Entre o comando demomap demo2.dm2 (para testar usando o jogo Demo 2). Se você tiver uma placa de vídeo 3D, poderá comparar os resultados obtidos por sua placa com as placas que testamos. Placas testadas Marca Modelo Chipset Memória Preço médio * Diamond Viper v550 NVIDIA Riva TNT 16 MB US$ 149,99 Diamond Monster 3D II 3dfx Voodoo 2 12 MB US$ 149,99 3dfx Voodoo 3 - 3000 3dfx Voodoo 3 16 MB US$ 174,99 * Para efeito de comparação, foram listados os preços das placas nas lojas dos Estados Unidos (junho/99), já que a Voodoo 3 ainda não está sendo oficialmente distribuída no Brasil. Os resultados de nossos testes apontam claramente a placa de vídeo Voodoo 3 da 3dfx como a melhor placa de vídeo existente no mercado hoje. Na resolução 640 x 480, usando o jogo Demo 1 do Quake II, ela atingiu quase 60 quadros por segundo, um verdadeiro espanto. É bem verdade que a placa de vídeo Diamond Monster 3D II, que utiliza o chipset de vídeo Voodoo 2 atingiu quase o mesmo resultado. A Diamond Viper v550, que utiliza o chipset NVIDIA Riva TNT, obteve um desempenho 7% inferior ao da Voodoo 3 nesta resolução. 640 x 480 Entretanto, quando aumentamos a resolução para 800 x 600, o desempenho da Voodoo 3 manteve-se o mesmo, enquanto o desempenho das demais placas de vídeo caíram! Nessa resolução, a Voodoo 3 obteve um desempenho 18,60% maior que a Diamond Monster 3D II (Voodoo 2) e 25,25% maior que a Diamond Viper v550 (Riva TNT), nos testes usando o Demo 1. 800 x 600 Os testes na resolução 1024 x 768 provaram a superioridade definitiva da Voodoo 3, já que o seu desempenho manteve-se absolutamente o mesmo (57 quadros por segundo), enquanto o desempenho das outras placas de vídeo caíram bruscamente. Em 1024 x 768, a Voodoo 3 é 46,70% mais rápida que a Diamond Monster 3D II (Voodoo 2) e 53,47% mais rápida que a Diamond Viper v550 (Riva TNT). 1024 x 768 Os principais adversário do Voodoo 3 devem ser os chipsets NVIDIA Riva TNT2 e TNT2 Ultra, usados em placas como a Diamond Viper v770. Essas placas já foram lançadas no mercado norte-americano, mas a procura tem sido tão grande que ainda é bem complicado conseguir uma delas, especialmente aqui no Brasil. Por esse motivo, não testamos nenhuma placa TNT2, mas seu desempenho é considerado pelo menos equivalente ao das Voodoo 3. Algumas das principais características da Viper v770 são os 32 MB de memória SDRAM e o suporte a resoluções de até 2048 x 1536 e barramento AGP 4x. O software que acompanha a placa oferece um recurso curioso: a opção de overclocking. Através desse artifício, o usuário pode aumentar o clock do chip, de 150 MHz para 175 MHz, e da memória, de 183 MHz para 200 MHz - desde que a temperatura da placa seja mantida dentro dos limites aceitáveis. O preço da v770 aqui no Brasil é estimado em 365 dólares, enquanto a v770 Ultra deve sair por algo em torno de US$ 500. Os interessados devem procurar os distribuidores da Diamond no País, como SND, telefone (011) 230-8333, ou Absolut, telefone (071) 245-8810. Infelizmente, aqui no Brasil as placas 3D ainda são bem caras. No site PlugUse (http://www.pluguse.com.br), por exemplo, uma Diamond Monster 3D II (chipset Voodoo 2) de 12 MB custa R$ 649 e uma 3D Blaster Voodoo 2, da Creative Labs, R$ 719. A Viper V550 com 16 MB (chipset NVIDIA Riva TNT) sai por R$ 529. A Voodoo 3, por ser vendida pela própria 3dfx, ainda não conta com uma rede de distribuição no Brasil. Enquanto isso não acontece, a placa pode ser adquirida através de importadores independentes ou pela Internet. Mesmo pagando a taxa de importação, pode valer a pena encomendar um produto assim pela Rede. Se você comprar uma Voodoo 3 - 3000 - a mesma que testamos - pelo site americano Chips and Bits (http://www.cdmag.com), onde ela custa 174,99 dólares, acabará pagando cerca de 331 dólares, já incluindo o imposto e a taxa de remessa. Considerando o câmbio do dólar em R$ 1,75, sua placa terá um custo final de R$ 579, que é inferior ao de uma Voodoo 2 nas lojas brasileiras. Você ainda pode optar por encomendar outros modelos pela Internet. Lá mos Estados Unidos, uma Monster 3D II ou uma V550 custam 149,99 dólares, uma v770 custa 179,99 dólares e a v770 Ultra sai por 229,99 dólares. Se a opção for pelo chipset Voodoo 3, estão disponíveis também os modelos 2000 (um pouco mais lento que o 3000 avaliado, sem saída para TV e único com opção de barramento PCI), por 114,99 dólares, e 3500 (com recepção de TV e rádio), por 244,99 dólares. Tanto as placas baseadas no chipset Voodoo quanto as Voodoo 2 funcionam como auxiliares da sua placa de vídeo tradicional (2D). Dessa forma, é impossível usar um computador equipado apenas com uma placa desse tipo, pois os demais programas não conseguiriam exibir imagem nenhuma sem a utilização de uma placa 2D. Os chipsets da NVIDIA, no entanto, começaram a mudar essa tendência, incorporando aceleração 2D e 3D em um mesmo produto. Agora, com o lançamento do Voodoo 3, a 3dfx mostrou que entendeu o recado, adotando a mesma característica em suas novas placas. Ou seja, quem comprar uma Voodoo 3 não precisará ter duas placas gráficas no micro. O publicitário Rodrigo Medeiros, de 24 anos, mais conhecido como Feijão, é um dos que sempre apostaram nas placas que combinam 2D e 3D. Dono de uma acelereadora equipada com o chipset Voodoo Banshee - uma pouco conhecida variação do Voodoo com suporte a gráficos 2D - ele conta que escolheu o produto justamente por sua função 2D: "A minha placa 2D era muito ruim, uma daquelas Trident antigas. Não ia adiantar botar só uma 3D", explica Feijão.
  5. O processador Celeron é um Pentium II de baixo custo destinado a micros para usuários que não necessitam de muito desempenho de processamento, já que o Celeron possui desempenho inferior a um Pentium II ou Pentium III de mesma freqüência de operação. Existem basicamente dois modelos de Celeron: Celeron sem cache (nome-código Covington), que possui baixo desempenho por causa disso, e Celeron com cache de 128 KB (nome-código Mendoncino), também chamado Celeron-A. Todo Celeron a partir de 333 MHz é Celeron-A. Você poderá encontrar os modelos de 300 MHz nas duas versões: sem cache e com cache. Já os modelos abaixo de 300 MHz são todos sem cache. O processador Celeron (tanto o modelo com cache quanto o sem cache) é tradicionalmente comercializado já soldado em uma placa de circuito impresso, chamada SEPP (Single Edge Processor Package). Essa placa é instalada na placa-mãe através de um conector chamado slot 1 (ou conector de 242 contatos), que é o mesmo tipo de conector utilizado pelos processadores Pentium II e Pentium III. Isso significa que a placa-mãe utilizada pelo Celeron é a mesma utilizada pelos processadores Pentium II e Pentium III. Acontece que esse tipo de placa-mãe é relativamente caro. Como o Celeron é um processador destinado a micros de baixo custo, parece não fazer muito sentido usar uma placa-mãe topo-de-linha. Para diminuir o custo de micros destinados a usuários iniciantes e daqueles que não precisam de tanto poder de processamento (o mercado chamado entry-level), um novo modelo do processador Celeron chegou ao mercado. Esse novo modelo, em vez de vir soldado em uma placa de circuito impresso, é vendido para ser instalado na placa-mãe através de um soquete, similarmente ao que ocorre em processadores como o Pentium, Pentium MMX, MII, K6-2 e K6-III. Esse soquete chama-se soquete 370 e é diferente do soquete 7 utilizado por esses outros processadores, por possuir mais pinos. Dessa forma, o Celeron soquete 370 necessita de uma placa-mãe própria, que utiliza esse tipo de soquete. A maioria dos fabricantes de placas-mães já oferece modelos de placas que utilizam esse soquete. Esse modelo de Celeron é baseado no núcleo Mendoncino e, portanto, possui 128 KB de memória cache L2 integrada dentro do próprio processador, atingindo um bom desempenho.
  6. Quanto e como cobrar? Recebemos a seguinte mensagem do Vanderlei Muller ([email protected]) e que gostaríamos de discutir com todos: "Há pouco tempo comecei a prestar serviços para clientes externos, mas ainda não consegui chegar a um valor definitivo sobre o quanto deve ser cobrado. Gostaria de saber qual é o preço que pode ser praticado, uma vez que os técnicos aqui em minha cidade não decidiram qual o padrão a ser adotado." Não existe isso de os técnicos decidirem o quanto cobrar, até porque cada pode adotar a filosofia de preços que julgar mais adequada. Muitos alunos me perguntam "Gabriel, quanto devo cobrar, pois há técnicos anunciando no jornal que cobram apenas R$ 10,00". Cá entre nós: alguém que cobre R$ 10,00 ou R$ 20,00 para fazer a manutenção de um micro pode ser chamado de técnico? Acho que não, que está mais para um reles "curioso". Todos os sócios do Clube do Hardware têm um objetivo em comum: o aperfeiçoamento profissional. E todos nós sabemos que isso não é barato, pois temos de gastar não só dinheiro para isso, mas principalmente tempo e energia. Infelizmente, por causa do problema educacional em nosso país, poucas pessoas valorizam o conhecimento e vemos mesmo no dia-a-dia técnicos sem a devida formação e sem qualquer preocupação em melhorar profissionalmente, em evoluir. Posso dizer com certeza para todos: os visitantes do Clube do Harwdare estão em uma grande vantagem sobre os demais técnicos que existem no mercado, pois mostra que você está preocupado com a sua própria formação, está preocupado com o futuro, e quer evoluir. E é nesse ponto que você é diferente da maioria dos "profissionais" existentes por aí. Dessa forma, nosso grande conselho: não se espelhe ou se oriente pelos demais profissionais do mercado; faça o seu próprio caminho! Eu particularmente acho que o mínimo que um profissional competente pode cobrar é R$ 40,00 para resolver um problema, mas a maneira com que isso pode ser cobrado varia muito de acordo com a situação: 1. Muitos técnicos cobram por hora. Apesar de em qualquer país de primeiro mundo ser essa a metodologia, no Brasil isso não funciona. Em países civilizados, todos assumem que você é honesto em primeiro lugar. Aqui, todos assumem que prestadores de serviço são picaretas. Dessa forma, tome cuidado, pois muitos clientes ficam desconfiados que o técnico enrola só porque está cobrando por hora. 2. Preço fixo. Cobrar um preço fixo para resolver qualquer problema é uma armadilha. Às vezes, pelo telefone, você passa um orçamento do tipo "custará R$ 40,00 para resolver". Aí, chegando ao cliente, o problema era completamente diferente do que você havia imaginado e, em vez de demorar uma hora, demorará o dia inteiro. Onde ficará a sua cara para dizer que não custará mais o preço combinado? Nossa experiência mostra que a melhor maneira de se cobrar é a seguinte: orçamento sem compromisso. Não dê orçamento pelo telefone. Visite o cliente (sem compromisso) e diga quanto custará para resolver o problema, incluindo em um só preço a mão de obra e as peças que porventura sejam necessárias trocar. Dessa forma, você estará cobrando indiretamente por hora, pois você provavelmente irá cobrar mais se o problema for demorar mais tempo para ser resolvido. Tome cuidado no caso de peças queimadas: se você disser exatamente o problema tim-tim por tim-tim ao cliente ANTES dele acertar que irá fazer o serviço, muito provavelmente ele irá chamar o "primo que entende tudo de informática" para trocar as peças que VOCÊ identificou defeituosas. Outro problema comum: se você disser algo do tipo: "Olha é a placa de vídeo. Uma placa de vídeo Diamond 2000 nova custa R$ 70,00 e a minha mão-de-obra, R$ 70,00, total R$ 140,00", muitas vezes o cliente responderá "tudo isso SÓ para trocar uma placa de vídeo?". Pois é, como dissemos: é difícil por aqui valorizarem o conhecimento... Dá vontade de responder "Se é tão fácil, porque você não trocou?". Mas calma lá: em casos como esse, lembre ao cliente que ele não está pagando ao técnico para trocar placas ou apertar parafusos, mas pelo conhecimento, por saber qual peça trocar e qual parafuso apertar. Lembrei agora de algo que o nosso colaborador Mário Castro ([email protected]) costumava comentar comigo: "Gabriel, não entendo uma coisa: o pessoal é capaz de pagar R$ 30,00 ou R$ 40,00 para o biscateiro da esquina, que muitas vezes sequer tem o 1º grau completo, para consertar qualquer bobagem dentro de casa, mas chia quando um técnico, que tem de ter um estudo super aprimorado e tem de investir bastante para se manter atualizado cobra um pouco mais do que isso". Pois é, dureza... Pessoal, o assunto é de extrema importância para todos. Se você quiser tecer comentários ou discutir mais, fique à vontade, pois pretendemos explorar mais esse assunto (e outros correlatos, como profissionalismo e ética) daqui para frente.
  7. Quem nunca ouviu a história de que figurinhas de chiclete têm LSD? Muito provavelmente você já deve ter visto até cartazes alertando sobre esse perigo. E a história do camarada que foi para o motel com uma garota e acordou em uma banheira cheia de gelo e, quando se deu conta, havia uma cicatriz enorme nas costas, na altura dos rins? Essa história, inclusive, serviu de inspiração para um filme. Bem, mas o que uma história tem a ver com outra? É que ambas são mentiras e são contadas como se fosse verdade. A história da figurinha com LSD, por exemplo, existe desde a década de 70, por exemplo. Se fosse verdade, todas as fábricas de chicletes já haviam sido fechadas há mais de 25 anos. Esse tipo de boato é chamado lenda urbana e faz parte do folclore daqueles que vivem nos grandes centros urbanos. Ok, mas onde é que a informática entra nessa história? Desde que o e-mail passou a ser utilizado por milhões de pessoas, essa tornou-se a forma mais comum de divulgação desse tipo de boato. O problema é que, como a maioria das histórias é bem contada, a maioria das pessoas que recebem e-mails com histórias escabrosas acabam passando a história adiante - o mesmo ocorre com as insuportáveis correntes da sorte. Não é preciso dizer que a divulgação da história cresce rapidamente em progressão geométrica, entupindo a caixa postal de milhares de usuários e congestionando a rede. O grande problema é que raramente as pessoas checam as histórias para ver se elas são verídicas ou trata-se apenas de mais uma lenda urbana e acabam passando a história adiante. Recebemos pelo menos uma história desse tipo por semana e resolvemos checar a veracidade das mais comuns: Xampu cancerígeno: É uma lenda urbana que diz que a substância LSS (Lauril Sulfato de Sódio) usada em xampus é cancerígena. Essa informação é falsa, até porque a maioria dos xampus usa essa substância. Rumores dizem que essa mentira foi inventada por alguma empresa que fabrica xampus sem essa substância, para aumentar suas vendas (mas, como a própria história, pode não passar de um boato). Criança com câncer: Essa é outra mentira deslavada, ainda por cima usando o nome de instituições que existem, como o Hospital Albert Einstein e a Sociedade Americana do Câncer. Nessa mensagem, pede-se que a envie para o maior número possível de pessoas, de forma a atender o último desejo da criança que só tem mais seis meses de vida e que o hospital recompensaria em dinheiro pelo ato. Receita de biscoito: É uma história antiga para burro, existente há mais de 60 anos com várias versões. A história conta que uma pessoa pediu a receita de um biscoito de chocolate que havia comido no hotel Wladorf Astoria de Nova Iorque e que acabou sendo cobrado US$ 250,00 em seu cartão de crédito pela receita e, por vingança, agora pede que a receita seja divulgada pelo mundo inteiro de graça. A história é uma mentira, mas dizem que a receita funciona (veja em http://www.bl.net/forwards/cookie.html). Correntes e totens da sorte: Correntes da sorte existem há anos, mas antes seguiam através de correio tradicional. Agora, com o advento da Internet, ficou muito mais fácil encher a paciência de todos. Ao receber esse tipo de e-mail, não passe adiante. Pode ficar tranqüilo porque, ao contrário do que a mensagem afirma, nenhum raio cairá sobre a sua cabeça nem nenhum ente querido morrerá. Por congestionar a rede e encher a paciência de quem recebe esse tipo de e-mail, recomendamos que você não passe nenhum tipo de história adiante e avise ao remetente que a mensagem trata-se de uma lenda urbana (ou um hoax, no caso de mensagens que informam sobre vírus que não existem, como explicamos na semana passada). Se você quiser, poderá ler mais sobre lendas urbanas nos endereços http://www.urbanlegends.com e http://chainletters.org/ (Agradecemos a Rosana Hermann pelos endereços).
  8. Gabriel Torres

    Hoaxes

    Praticamente todos os usuários que usam a Internet já devem ter recebido mensagens ameaçadoras relatando sobre terríveis novos vírus. Muitas dessas mensagens possuem ainda o requinte de citar a fonte de informação como sendo um técnico ou engenheiro de alguma grande empresa da área de informática. Geralmente essas mensagens avisam que você não deve abrir mensagens de e-mail que possuam um determinado subject (assunto), como "AOL4FREE", "Good Times", "Join The Crew", "Penpal Greetings" e "Win a Holiday" ou, caso contrário, o seu micro será destruído, contaminado ou seja lá o que for. Abaixo você pode ler o trecho de uma dessas mensagens que recebemos recentemente de um leitor aflito. "ALERTA DE VIRUS - Atenção todos os usuários! Se você recebeu um e-mail com o título 'JOIN THE CREW' ou 'PENPALS' não abra, ele irá apagar tudo no seu disco rígido. Mande essa mensagem para o maior número de pessoas possível. Esse é um novo vírus não muito conhecido. Essa informação foi recebida essa manhã pela IBM, por favor compartilhe com todas as pessoas que você puder que utilize a Internet." Pura mentira! Não há como uma simples mensagem de e-mail "destruir" o seu micro! Esse tipo de mensagem é chamada Hoax (boato, em inglês). Caso você receba uma mensagem desse tipo, avise ao remetente que trata-se de uma mentira (é um trote, como uma brincadeira de primeiro de abril) e peça para ele não passar adiante esse tipo de informação falsa. Note que há como pegar vírus através de e-mails, mas somente através de mensagens com arquivos anexados (em attach). Adote o hábito de salvar arquivos recebidos através de e-mail em disco e passar um anti-vírus antes de abri-lo, mesmo que a mensagem tenha vindo de uma pessoa conhecida. O grande problema desse tipo de mensagem é que usuários novatos acreditam nessas histórias e acabam passando o e-mail recebido adiante para todos os seus conhecidos. Dessa forma, a mensagem se alastra em progressão geométrica, espalhando pânico e confusão por aí, similarmente ao que ocorre com as insuportáveis correntes da sorte e lendas urbanas. Embora não seja bem um assunto de informática, semana que vem estaremos comentando mais detalhadamente o caso das lendas urbanas, como, por exemplo, o boato que uma substância chamada LSS (Lauril Sulfato de Sódio) usada em shampoos seria cancerígena. Ou a do camarada que teve o rim extraído pela amante para ser comercializado no mercado negro de transplantes. E, ainda, as falsas campanhas de arrecadação de fundos que são enviadas por e-mail. No endereço http://www.datafellows.com/news/hoax/ há um imenso banco de dados de diversos hoaxes conhecidos. Caso você queira verificar a veracidade de uma mensagem que você tenha recebido avisando sobre um novo vírus, vá até esse endereço conferir se a mensagem procede ou se é apenas um hoax. Já no endereço http://www.urbanlegends.com você poderá conferir se aquela história "escabrosa" que passaram para você por e-mail é verdadeira ou é apenas mais uma lenda.
  9. O K7 da AMD será o primeiro processador que baterá de frente com a Intel. Isso ocorrerá por diversos motivos. Primeiro, assim como ocorre hoje com os processadores Intel, o K7 terá três mercados-alvo: low-end, mid-end e high-end. Os mercados low-end e mid-end, que são destinados a usuários iniciantes e entusiastas, respectivamente, não chega a ser um problema para processadores não-Intel. O problema é o mercado high-end (servidores de rede), onde a supremacia dos Pentium Pro, Pentium II Xeon e Pentium III Xeon é absoluta. É nessa fatia de mercado que o K7 deve bater de frente com os processadores Intel. As principais características desse processador são: Cache L1 de 128 KB, divididoCache L2 de 512 KB a 8 MB, dependendo do modelo. A freqüência de operação do cache será de 1/3, 1/2 ou igual a freqüência de operação do processador, dependendo do mercado-alvo (low-end, mid-end e high-end, respectivamente).freqüência de operação externa de 200 MHzMultiprocessamento simétrico com o padrão alpha EV-6. Esse será o primeiro processador não-Intel a trabalhar com multiprocessamento.Co-processador matemático redesenhado que, segundo a AMD, terá desempenho similar ao do Pentium II/III. Como você pode reparar na foto, o K7 utiliza um cartucho igual ao do Pentium II/III e utiliza o mesmo conector, slot 1. Entretanto, como utiliza um padrão diferente de barramento (EV-6, enquanto o Pentium II/III utiliza o padrão GTL+), placas-mães para o PentiumII/III não poderão ser utilizadas com o K7 e vice-versa, embora o K7 se encaixe no slot 1. O K7 tem tudo para ser um sucesso. Em minha opinião, o problema deverá ser o preço de um micro equipado com esse processador, pois o processador será novo, a placa-mãe e as memórias. A memória será outro fator para encarecer o micro, já que o único tipo de memória capaz de trabalhar a 200 MHz é a Rambus (RDRAM), que ainda não existe no mercado em larga escala. A memória Rambus será vendida em um módulo chamado RIMM, que parecidíssimo com os módulos DIMM, porém com mais terminais. Manteremos todos informados de qualquer novidade sobre o lançamento do K7.
  10. O mercado de processadores para PCs é tipicamente disputado pela Intel, Cyrix e AMD. Entretanto, há pouco tempo atrás surgiu um novo concorrente: IDT (Integrated Device Technology). Esse fabricante se especializou na criação de processadores baratos para usuários que não precisam de tanto poder de fogo, concorrendo diretamente com os processadores MII da Cyrix, K6 da AMD e Celeron da Intel, tendo, como grande trunfo, o preço. Recebemos, com exclusividade, um processador WinChip-2-300 da IDT para testes em nosso laboratório no Instituto de Tecnologia ORT. Esse modelo só será lançado no mercado em junho, mas tivemos o privilégio de ter acesso a esse novo processador quase três meses antes de seu lançamento. Confira nossos resultados. Os resultados de nosso testes de desempenho do WinChip-2 não apontam que ele seja um processador de alto desempenho, como ocorre com o Pentium II e o Pentium III da Intel. Nem deveria, pois o processador WinChip-2 é destinado ao mercado de micros para usuários iniciantes ou para aqueles que não necessitam de poder de processamento. Em outras palavras, a grande vantagem desse processador não é o seu poder de processamento, mas sim a sua relação custo/benefício. Para nossa sorte, finalmente alguns fabricantes estão se dando conta de que a necessidade da maioria das pessoas não é um micro possante e caro, mas sim um micro com desempenho médio, que dê para executar bem as principais aplicações do dia a dia, e, principalmente, que seja barato! Afinal de contas, quantas pessoas ainda não tem micros por não possuir condições financeiras que possibilitem a sua compra? O WinChip-2 cumpre aquilo que o fabricante se propõe, conforme os resultados de nossos teste: é um processador com desempenho adequado para a maioria dos usuários e barato. Apesar de o modelo testado ainda não existir comercialmente, o fabricante afirma que seus processadores são mais baratos que os processadores concorrentes da Intel, Cyrix e AMD. Desempenho de processamento: O desempenho de processamento do WinChip-2 é similar ao do Celeron-A, porém bem inferior ao desempenho obtido pelos processadores K6-2 e ao Pentium II. Todavia, é importante notar que o WinChip-2 não é um processador destinado a micros de alto desempenho, mas sim micros baratos. Dessa forma, o WinChip-2 briga de frente com o processador Celeron da Intel, oferecendo uma alternativa mais atraente para micros baratos. É bom lembrar que o modelo testado trabalha internamente a apenas 250 MHz, apesar de sua nomenclatura estampada seja "300". Figura 1: Desempenho de processamento. Desempenho matemático: Como era esperado, o WinChip-2 não oferece bom desempenho matemático. Nesse ponto a IDT não está só: os processadores da Cyrix e da AMD também apresentam desempenho matemático muito inferior ao obtido por processadores Intel. Se você pretende utilizar esse processador para aplicações matemáticas ou jogos 3D, esqueça. O desempenho dele é 24,41% inferior ao desempenho matemático do K6-2-300 e 58,53% inferior ao desempenho matemático do processador Celeron-A-333. Figura 2: Desempenho matemático. Desempenho de vídeo: O desempenho de vídeo apresentado pelo WinChip-2 é bom, sendo apenas 3,54% inferior ao desempenho obtido pelo processador Pentium II-266 testado. Figura 3: Desempenho de vídeo. Desempenho de disco: O desempenho de disco obtido no teste do WinChip-2 é exatamente igual ao do K6-2-300 e ligeiramente superior (2%) ao desempenho medido com o K6-2-333. Figura 4: Desempenho de disco. O WinChip-2 é um processador que utiliza pinagem soquete 7 (o mesmo padrão do Pentium, Pentium MMX, MII, K6, K6-2 e K6-III) e possui os mesmos recursos do K6-2 da AMD. Trabalha externamente a 100 MHz e possui a tecnologia 3DNow!. Possui o co-processador e a sua unidade MMX em arquitetura superescalar, o que permite que duas instruções MMX ou matemáticas possam ser executadas simultaneamente. Da mesma forma que o K6-2, alguns modelos do WinChip-2 trabalham externamente a 66 MHz, como você pode conferir na tabela. Como esse processador é alimentado com 3,52 V, os modelos de 66 MHz podem ser instalados em qualquer placa-mãe originalmente desenhada para o processador Pentium, ou seja, qualquer placa-mãe soquete 7 aceita os processadores WinChip-2 de 66 MHz. Já os modelos de 100 MHz necessitam obrigatoriamente de placas-mães Super7, que são placas-mães soquete 7 que operam a 100 MHz. Além disso, o uso de memórias PC-100 é imprescindível. Na hora da escolha de uma placa-mãe para os modelos de 100 MHz, você deverá verificar se a placa-mãe é capaz de alimentar o processador com 3,52V, caso contrário você poderá encontrar problemas. Isso ocorreu em nossos testes. Inicialmente queríamos testar o processador em uma placa-mãe FIC VA-503+, mas essa placa-mãe não possui essa tensão de alimentação. Experimentamos configurá-la com 3,2 V, porém o micro ficou congelando. A solução foi a utilização de outra placa-mãe que possuía a tensão requerida pelo processador (no caso, a AGP Pro da PCChips). Um detalhe muito importante de ser notado é o fato dos modelos que trabalham externamente a 100 MHz utilizarem a nomenclatura "PR", da mesma forma que o processador MII da Cyrix. Essa nomenclatura indica o desempenho do processado e não a sua freqüência de operação. O modelo testado, WinChip-2-300, trabalha a 250 MHz e não a 300 MHz, como poderia se supor. Mas, como ele oferece um desempenho similar ao de um Celeron-A-300, o fabricante informa que ele é um modelo de desempenho "300". O mesmo ocorre com o WinChip-2-266, que trabalha a apenas 233 MHz. Modelo freqüência de operação interna freqüência de operação externa WinChip-2-200 200MHz 66MHz WinChip-2-233 233MHz 66MHz WinChip-2-266 233MHz 100MHz WinChip-2-300 250MHz 100MHz Segundo planos confidenciais da IDT e que recebemos em primeira mão, será lançado, ainda esse ano, o WinChip-3. Esse processador terá 128 KB de cache L2 integrado, similarmente ao que ocorre no processador Celeron-A da Intel. A diferença, porém, é que o WinChip-3 continuará sendo destinado a placas-mães Super7 e, com isso, ele poderá utilizar o cache de memória existente na placa-mãe como um cache L3, o que aumentará muito o seu desempenho. Essa mesma arquitetura é utilizada pelo processador K6-III da AMD. A IDT planeja o lançamento também do WinChip-4 no início do ano 2000. Ainda sabe-se pouco sobre esse processador, mas, com certeza, ele irá ser baseado no WinChip-3. Prometemos executar novos testes de desempenho tão logo tenhamos acesso a esses processadores. Os testes foram realizados com o auxílio do programa Winbench, disponível na Internet em http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp. Utilizamos um micro com 64 MB de memória RAM PC-100, disco rígido Quantum de 3,2 GB e placa de vídeo Diamond Viper V330 PCI com 4 MB de memória de vídeo. Nos testes com os processadores soquete 7 (WinChip-2, K6-2 e Pentium MMX), utilizamos uma placa-mãe AGP Pro da PCChips, que utiliza o chipset VIA MVP3. Já para os testes de desempenho do Celeron e Pentium II, utilizamos uma placa-mãe ASUS P2L97, que utiliza o chipset Intel 440LX. O programa reproduz resultados em três grupos básicos: processamento, disco e vídeo. No caso do processamento, há resultados diferenciados para o processamento convencional e o processamento matemático, que é feito através do co-processador matemático embutido dentro do processador. Dessa forma, os testes de desempenho matemático apontam o desempenho do co-processador do processador. Já para os testes de vídeo, utilizamos a resolução de 800 x 600 em modo CMYK True Color (4 bilhões de cores simultâneas). O mais importante em um teste como esse é fazer com que os resultados expressem a mudança de desempenho introduzida somente pelo componente que está sendo testado, no caso o processador. Dessa maneira, todos os demais componentes entre as sessões de teste eram exatamente os mesmos, para que não houvesse diferença nos resultados introduzida por algum outro componente, por exemplo, uma outra marca de memória ou placa de vídeo. Os primeiros modelos do WinChip-2 foram lançados há pouco tempo nos EUA. Diversos modelos - inclusive o que nós testamos - ainda não foram lançados comercialmente. A IDT não possui representantes no Brasil e não há distribuidores desse processador em nosso país. Entretanto, alguns distribuidores americanos vendem e entregam o processador aqui (veja a lista completa de distribuidores em http://www.winchip.com). Se você trabalha em um distribuidor ou uma revenda, uma boa oportunidade de negócios é se transformar em um distribuidor oficial do WinChip para o Brasil. Para mais informações, entre em contato com James Harrington da IDT (E-mail: [email protected], Tel: 001-408-654-6971, Fax: 001-408-492-8547).
  11. Aqueles que nos acompanham atentamente devem se lembrar do teste que fizemos com o processador Celeron quando ele foi lançado. Como esse processador não tinha cache de memória L2, o seu desempenho era muito menor do que todos os processadores existentes no mercado. Incrivelmente, o Celeron-266 era muito mais lento que o Pentium MMX-233, como pudemos provar naquela ocasião. A Intel, para corrigir esse problema de desempenho, lançou um novo modelo de Celeron, chamado Celeron-A, que possui uma memória cache L2 de 128 KB embutida dentro dele. Testamos em nosso laboratório esse novo modelo de Celeron e comparamos o seu desempenho com os processadores Pentium II e K6-2. Confira os resultados. Pentium II: O Pentium II é um processador de 6ª geração da Intel e utiliza o mesmo núcleo de processamento do Pentium Pro. Possui 512 KB de cache de memória L2, sendo acessado na metade da freqüência de operação do processador. No Pentium II-333, o cache L2 é acessado a 166 MHz. Celeron: É um Pentium II sem cache L2 e, por esse motivo, possui um péssimo desempenho. Em testes realizados anteriormente, o Celeron-266 era mais lento que um Pentium MMX-233 por causa dessa ausência do cache. Esse problema foi corrigido no Celeron-A. Utiliza o mesmo tipo de placa-mãe que o Pentium II. Aliás, como você pode reparar em nossos resultados, o Celeron sem cache atingiu o último lugar em todos os testes de desempenho executados. Celeron-A: É um Celeron com cache L2 de 128 KB trabalhando na mesma freqüência de operação do processador. Todo Celeron a partir de 333 MHz possui cache. No caso do Celeron de 300 MHz, existem dois modelos: com cache (chamado Celeron-300A) e sem cache (simplesmente Celeron-300). Portanto, tome cuidado ao escolher o modelo de Celeron, para ter certeza de que ele possui cache de memória. No Celeron-333, o seu cache L2 é acessado a 333 MHz (no Pentium II de mesma freqüência, o cache é acessado à metade dessa freqüência, ou seja, 166 MHz). O Celeron-A é mais lento que o Pentium II de mesma freqüência por causa do tamanho do seu cache L2, que é muito menor. Se o Celeron-A também tivesse 512 KB de cache, ele seria mais rápido do que o Pentium II, por causa da freqüência de operação. K6-2: É o sucessor do K6, o processador de 6ª geração da AMD. Utiliza a mesma placa-mãe que o Pentium clássico, chamada soquete 7. Consegue ser rápido porque trabalha externamente a 100 MHz, ao contrário dos demais processadores testados, que trabalham a apenas 66 MHz. Em contrapartida, como o cache L2 desse processador localiza-se na placa-mãe e não dentro do processador, ele é acessado somente a 100 MHz. Por causa das diferenças existentes na arquitetura desses processadores e na arquitetura do cache de memória, é muito difícil dizer sem executar testes de desempenho em laboratório qual processador é o mais rápido. A adição do cache de memória ao Celeron deu a esse processador um bom desempenho de processamento. Repare no gráfico com os nossos resultados que a diferença de processamento entre o Celeron-266 e o Celeron-333 chega a 80%! Esse aumento extraordinário de desempenho é causado pelo cache e não pelo o aumento da freqüência de operação. Repare, por exemplo, que a diferença de processamento entre um Pentium II-266 e um Pentium II-333 é de apenas 19%, pois ambos possuem a mesma arquitetura interna. É claro que o Celeron-333 nem se compara ao Pentium II-333: O Pentium II-333 é 25% mais rápido que o Celeron-333, muito embora ambos possuam a mesma freqüência de operação. Isso ocorre por causa da diferença da arquitetura de cache L2: enquanto o Celeron possui 128 KB de cache, o Pentium II possui 512 KB. Interessante notar que o desempenho do Pentium II-266 é ligeiramente superior (5%) ao do Celeron-333. Em outras palavras, o desempenho do Celeron-333 é parecido com o desempenho do Pentium II-266. Desempenho de Processamento Força da AMD O Pentium II-333 é apenas 3% mais rápido que o K6-2-333 da AMD e, dessa forma, o processador da AMD é um digno concorrente, principalmente por causa do preço: enquanto um Pentium II-333 custa R$ 568,00, o K6-2-333 custa apenas R$ 280,00. Isso sem contar a placa-mãe, pois a placa-mãe utilizada pelo Pentium II é mais cara (a ASUS P2L97 que usamos em nossos testes custa R$ 255,00, enquanto a FIC VA-503+, R$ 240,00). Ou seja, você pode ter um micro com desempenho de processamento similar pagando cerca de R$ 300,00 a menos. (Preços de mercado colhidos no dia 26/02/99). O co-processador matemático do Celeron-333 é melhor do que o de todos os outros processadores testados, como você pode observar no gráfico, apresentando um desempenho 4% superior ao do Pentium II-333 e 60% superior ao do K6-2-333. Realmente, o grande ponto fraco dos processadores não-Intel é o co-processador matemático. O co-processador está embutido dentro do processador e é também chamado unidade de ponto flutuante ou FPU. Ter um bom co-processador significa um bom desempenho especialmente para jogos 3D. Desempenho do Co-processador Matemático Outro fator que determina o desempenho do micro - especialmente para jogos - é o desempenho de vídeo. Nesse ponto o Pentium II-333 traz uma pequena vantagem de 2,9% sobre o Celeron-333 e de 6,9% sobre o K6-2-333. É válido lembrar que nossos testes foram executados com a mesma placa de vídeo (Diamond Viper v330), com os mesmos drivers e com a mesma configuração (800 x 600 x 4 bilhões de cores) e, portanto, a diferença do desempenho do vídeo foi causada apenas pelo uso de diferentes processadores. Desempenho de Vídeo O desempenho de disco é outro ponto importante a ser testado. Como o disco rígido é um elemento mecânico, ele não consegue ser tão rápido quanto o processador ou a memória RAM. Por esse motivo, o acesso à ele é muito lento. Quanto mais rápido pudermos acessar o disco, melhor, pois mais rápido programas serão carregados para a memória RAM (ou seja, você sentirá o seu micro mais rápido). Os resultados foram bem parecidos para os processadores Pentium II-333, Celeron-333 e K6-2-333. O Pentium II-333 levou uma minúscula vantagem de 0,8%, enquanto os outros dois processadores obtiveram exatamente o mesmo resultado. Desempenho de Disco Os nossos testes foram executados, mais uma vez, através do programa Winbench, que pode ser conseguido na Internet em http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp. Para que as demais peças do micro não influenciassem no desempenho, utilizamos sempre as mesmas peças, trocando apenas o processador ou a placa-mãe, quando necessário. A nossa configuração básica era: placa de vídeo Diamond Viper v330, 64 MB de memória PC-100, disco rígido Quantum de 3,2 GB. Para os testes utilizando os processadores Pentium II e Celeron, a placa-mãe utilizada foi a ASUS P2L97. Já para os testes do K6-2, utilizamos a placa-mãe FIC VA-503+. Executamos quatro testes: processamento, processamento matemático, desempenho de disco e desempenho de vídeo, utilizando o sistema operacional Windows 98.
  12. Os gravadores de CD caseiro estão cada vez mais acessíveis para o usuário final. Com isso, muita gente anda correndo de loja em loja atrás do gravador que atenda melhor às suas necessidades. No Microteste de hoje comparamos os principais modelos existentes em nosso mercado e ensinamos tudo o que você precisa saber sobre gravadores de CD. Ter um gravador de CD pode ser muito útil. Com ele você poderá gravar CDs de dados e CDs de áudio diretamente em seu micro. O CD gerado com o seu gravador poderá ser lido em qualquer unidade de CD-ROM ou em qualquer aparelho de CD de áudio convencional, caso você grave um CD de áudio (um CD com músicas, por exemplo). Em um CD de dados cabem 650 MB de informações, o que, em áudio, equivale a 74 minutos. Porém, qual modelo comprar? No geral, todos os gravadores de CD existentes no mercado possuem boa qualidade. O que faz diferença entre eles são pequenos recursos que não afetarão a qualidade da gravação, somente o preço. Você deverá pensar nos seguintes pontos para decidir qual modelo comprar: Desempenho: A unidade usada para representar o desempenho de um gravador é a mesma utilizada em unidades de CD-ROM. A taxa de transferência básica é 150 KB/s e, dessa forma, uma unidade com consiga gravar em "4x" consegue um desempenho de 600 KB/s para gravação. Para você entender melhor a questão do desempenho: a gravação de um CD-ROM "cheio", com 650 MB de dados, em um gravador "1x" demora 74 minutos. Já a gravação desse CD em um gravador "2x" demora a metade, 37 minutos, e em um gravador "4x" um quarto, ou seja, 18 minutos e meio. Você deve comprar uma unidade que possua desempenho compatível com a sua paciência na demora da gravação! Normalmente os gravadores possuem um desempenho para a leitura maior do que para a gravação. Alguns gravadores, como o HP 8100, possuem desempenho menor ainda na gravação de CDs-RW. Tipo de mídia: Existem dois tipos de mídia que o gravador de CD pode aceitar: CD-R (CD Recordable, CD gravável) e CD-RW (CD Read and Write, CD Regravável). Enquanto o primeiro tipo permite somente a gravação de dados, o segundo tipo permite que os dados sejam apagados e o CD, reutilizado. A maioria dos gravadores existente hoje no mercado aceita os dois tipos de mídia. Tipo de interface: IDE, SCSI ou porta paralela. Os modelos IDE e SCSI em geral são internos e os de porta paralela, externos. Os modelos SCSI oferecem melhor desempenho e menos erros, porém são mais caros. Programas: Todo gravador de CD vem com diversos programas para a sua utilização. Dependendo do preço do gravador, os programas são de melhor ou pior qualidade, especialmente em relação aos recursos oferecidos. Extração de trilhas de áudio: Todos os gravadores de CD possuem essa característica, que permite transformar faixas de CDs de áudio diretamente em arquivos no disco rígido sem qualquer tipo de conversão. Com isso, a qualidade da cópia da faixa de áudio (ou seja, da música) será idêntica à faixa original. Na tabela abaixo listamos os principais modelos encontrados no mercado brasileiro. Marca Modelo Interface Desempenho Leitura Desempenho Escrita (CD-R) Desempenho Re-escrita (CD-RW) Buffer HP 8100i / 8110i IDE 24x 4x 2x 1 MB HP 7200e Paralela 6x 2x 2x 1 MB HP 7200i IDE 6x 2x 2x 1 MB Yamaha CRW4416E IDE 16x 4x 4x 2 MB Yamaha CRW4416S SCSI 16x 4x 4x 2 MB Como instalar corretamente gravadores de CD Você deve tomar cuidado com a instalação do gravador, para que não ocorra o fatídico erro de buffer underrun. Os modelos de porta paralela são externos e obviamente conectados na porta paralela do micro. No setup do computador (na opção Integrated Peripherals ou Peripheral Setup), a porta paralela deverá estar configurada como ECP+EPP ou ECP e configurada para utilizar o canal de DMA 3. Caso isso não ocorra, o gravador não funcionará, funcionará lento demais ou você terá excesso de erros de buffer underrun. Já os modelos SCSI são bem simples de serem instalados. Em geral acompanha com esse tipo de gravador uma placa SCSI e, a menos que você tenha uma porção de periféricos SCSI conectados na mesma placa, você não encontrará dificuldades na instalação e dificilmente terá erros de buffer underrrun. Já o modelo mais popular de gravador, o IDE, possui algum detalhe de instalação importante que deverá ser observado, ou caso contrário você terá diversos erros de buffer underrrun, o que fará com que você perca o CD que estiver sendo gravado: o gravador de CD IDE deve ser instalado preferencialmente como master na porta IDE secundária da placa-mãe. Muitos usuários instalam o gravador de CD como slave do disco rígido na porta IDE primária ou então como slave de um segundo disco rígido na porta IDE secundária. Essas instalações não são recomendadas. Como nesses casos o gravador estará compartilhando um mesmo cabo com outro dispositivo, o desempenho será afetado (a taxa de transferência diminui), o que inevitavelmente acarretará em erros de buffer underrun. Para gravar um CD, o gravador necessita que o fluxo de dados que é enviado à cabeça de gravação seja constante. Caso esse fluxo não seja constante (ou seja, for interrompido), a cabeça pára de gravar o CD, acusando a mensagem de erro buffer underrun. Quando isso ocorre, você perde o disco que estava sendo gravado e não há como reutilizá-lo. Esse é o erro mais comum encontrado na gravação de CDs. Alguns gravadores tentam diminuir a incidência desses erros aumentando o tamanho do buffer interno do gravador, o que faz com que a probabilidade do fluxo de dados ser interrompido seja menor. Por exemplo, os gravadores da Yamaha possuem um buffer de 2 MB, enquanto os da HP possuem um buffer menor, de 1 MB. Com isso, os gravadores da Yamaha são menos suscetíveis a erros de buffer underrun. Além disso, o tipo de conexão com que o gravador de CD faz com o micro influi diretamente nesse problema. Dificilmente você encontrará problemas de buffer underrun com gravadores SCSI, enquanto é extremamente comum haver esse erro com gravadores de porta paralela e IDE. Há uma série de medidas que evitam esse problema. Se você estiver tendo esse tipo de problema, verifique os seguintes pontos: Verifique a instalação do gravador: se for de porta paralela, verifique se a porta paralela está configurada como ECP no setup do micro, utilizando o canal DMA3. Se o gravador for IDE, instale-o como master na porta IDE secundária. Apague todos os arquivos temporários: para isso, dê um boot com a opção Somente Prompt (pressionando a tecla F8 durante a carga do sistema operacional) e entre os seguintes comandos: deltree c:\\windows\\temp /y md c:\\windows\\temp Faça uma desfragmentação completa do disco rígido. Se o disco rígido estiver muito fragmentado, ele demorará mais tempo para entregar dados ao gravador. A desfragmentação pode ser feita com o Desfragmentador de Discos do Windows 9x ou com o Norton Speed Disk, parte integrante do pacote Norton Utilities. Desabilite a proteção de tela: Desabilitando a proteção de tela você garantirá que nenhum programa atrapalhará a gravação do CD. Feche todos os programas que estão sendo executados, inclusive os que estão em segundo plano. Isso pode ser feito pressionando-se as teclas Ctrl Alt Del e selecionando cada programa da lista que aparecerá e clicando em seguida na caixa Finalizar tarefa. Isso garantirá que nenhum programa entrará em ação durante a gravação do CD. Durante a gravação do CD, não faça nada! Uma "inocente" partida do seu joguinho predileto poderá causar o erro. Existem basicamente três tipos de mídia no mercado: verde, dourada e azul. A cor da mídia pode ser vista no lado da gravação do CD (ou seja, no lado "de baixo" do CD) e ela indica o material químico fotossensível utilizado para compor a camada de gravação do CD. Por causa da existência de diferentes materiais químicos que podem ser usados, a cor da mídia indica a qualidade do material. As mídias verdes são as que apresentam pior qualidade, enquanto as azuis, a melhor. O CD-R é formado de um disco de plástico transparente com uma camada do substrato fotossensível aplicado por cima. Apesar de o lado de gravação do CD-R ser o de baixo, a mídia onde são armazenadas as informações fica na parte de cima do CD-R, virada para baixo. Como o laser atravessa o plástico transparente do CD, não há problema algum. Entretanto, se você colar uma etiqueta na parte de cima do CD-R, pode acontecer um desastre: ao tentar remover uma etiqueta, a sua cola pode puxar a fina camada protetora da mídia e o substrato fotossensível (a mídia em si) pode vir junto com a etiqueta, inutilizando completamente o CD, fazendo com que você perca todos os dados nele escritos. Portanto, evite colar etiquetas sobre CDs. Se você quiser fazer alguma marcação, utilize caneta para retroprojetor, que não apresenta nenhum problema. Atualmente os gravadores de CD permitem a execução de dois métodos de gravação: escrita única (write once) e multisessão. O método de escrita única (write once) é o mais tradicional e os gravadores de CD mais antigos só permitem esse método. Através desse método, o conteúdo do CD é gravado todo de uma só vez e, uma vez o CD pronto, você não poderá acrescentar mais dados a ele. Já o método multisessão permite que você grave mais dados no CD depois dele pronto, caso ainda exista espaço disponível. Por exemplo, se você tiver um CD com 400 MB ocupados, você poderá gravar os 250 MB restantes em outra ocasião. Posso gravar meus antigos discos de vinil em CD? Embora isso seja possível, a gravação não ficará com boa qualidade e, por esse motivo, não é recomendado esse procedimento. Para começar, a gravação ficará com os estalos e chiados existentes no disco de vinil. Além disso, você gravará o áudio através da sua placa de som, que muito provavelmente não possui uma boa relação sinal/ruído e acabará injetando mais ruído no arquivo a ser gravado. Por incrível que pareça, gravar um CD de áudio nessas condições fará com que o som saia igual ou pior do que o original em vinil. Embora existam programas para a remoção dos ruídos, a resposta dinâmica de discos de vinil é menor que a de CDs, o que fará com que o resultado final não fique com boa qualidade. Em outras palavras, vale mais a pena colocar a mão no bolso e refazer a sua coleção de músicas comprando CDs originais do que tentando gravar os seus discos de vinil. Posso gravar uma fita "demo" da minha banda em CD? Pelo mesmo motivo anterior, vale mais a pena gravar um novo CD "demo". Praticamente todos os estúdios de gravação gravam diretamente em CD. Posso apagar os dados de um CD para utilizá-lo novamente? Somente em CDs-RW, que são discos regraváveis. Posso utilizar os CDs gravados em qualquer aparelho de CD? Um CD-R gravado pode ser lido em qualquer unidade de CD-ROM. Caso você tenha gravado um CD de áudio, esse CD poderá ser utilizado em qualquer aparelho de CD convencional. Já o caso do CD-RW é um pouco mais complicado. Esse tipo de CD só pode ser lido em unidades de CD-ROM que possuam circuito de controle automático de ganho (AGC). Unidades que possuem esse tipo de circuito também são conhecidas como "Multi Read". Gravei um CD mas ele não é lido em algumas unidades de CD-ROM. O problema é do CD ou das unidades? Existe um modo de gravação chamado multisessão, que permite que você grave dados no CD em sessões de gravação diferentes. Se você gravar CDs nesse modo, somente conseguirá ler os CDs gravados em unidades de CD-ROM que também sejam multisessão. Às vezes, mesmo gravando CDs em uma única sessão, esse problema ocorre. Isso acontece porque você esqueceu de "fechar" o CD (opção "Close Disc" do programa de gravação) e, por causa disso, a unidade "pensa" que o CD é multisessão.
  13. Diversos gabinetes ATX estão vindo de fábrica com um problema muito sério: a ventoinha da fonte de alimentação, que serve para fazer com que o calor produzido pelos componentes do micro seja removido, está invertida. Como conseqüência dessa instalação errônea da ventoinha do gabinete, o micro superaquece e faz com que ocorram diversos erros no micro, como "congelamentos", "travamentos", resets aleatórios, excesso de erros de Falha Geral de Proteção ("Esse programa executou uma operação ilegal e será fechado") e muito mais. Em um gabinete minitorre, a circulação de ar é forçada através de uma ventoinha instalada na fonte de alimentação do micro, que funciona no sentido de exaustão, ou seja, jogando o ar de dentro do micro para fora. Como é ensinado nas escolas, o ar quente sobe e o frio, desce. Com isso, o ar que é aquecido pelos componentes do micro (placa-mãe, disco rígido, processador, memória RAM, etc) sobe para o topo do gabinete. Através de ranhuras existentes na fonte de alimentação, esse ar sai do gabinete com o auxílio da ventoinha. Como conseqüência, ar frio acaba entrando automaticamente pelas ranhuras existentes no painel frontal do gabinete, criando um fluxo de ar constante e inevitável, como você pode observar na Figura 1. Em gabinetes onde a ventoinha foi instalada de forma errada (invertida), o ar, em vez de sair, entra. Com isso, o ar quente do gabinete não tem por onde sair (pois a tendência natural do ar quente é subir), criando um superaquecimento no gabinete, como você pode observar na Figura 2. Você notará que, em gabinetes com esse problema, os CDs inseridos na unidade de CD-ROM ficam mais quentes que o normal. Micros instalados com a ventoinha da fonte invertida apresentam diversos problemas por causa do superaquecimento. Identificar um gabinete com esse problema é simples. Basta colocar a mão em frente à ventoinha da fonte de alimentação com o micro ligado e sentir se o ar está entrando ou saindo. O correto é o ar estar saindo (você sentirá um vento relativamente forte saindo do micro). Caso o seu micro esteja com a ventoinha invertida, a solução é simples. Basta você desmontar a fonte de alimentação e desinvertê-la. Caso você ache que não tem requisitos técnicos necessários para esse procedimento, contrate um técnico para fazê-lo. Atenção: Se o seu micro ainda estiver na garantia, não mexa em nada, pois, abrir o gabinete (e ainda mais a fonte de alimentação) anula a garantia. Nesse caso, entre em contato com a empresa que vendeu o seu micro de modo a providenciar o reparo. Figura 1: Correta circulação de ar em um gabinete minitorre. Figura 2: Circulação de ar em um gabinete com ventoinha invertida.
  14. ATX é o nome de um novo formato de placas-mães que tem sido bastante utilizado. Esse formato foi criado de forma a melhorar alguns problemas encontrados no tradicional formato de placas-mães (o formato tradicional chama-se Baby-AT), como: Dissipação térmica: placas-mães ATX apresentam melhor ventilação para seus componentes. Posição dos cabos: em placas-mães ATX os conectores para cabos ficam próximos do disco rígido, da unidade de CD-ROM e da unidade de disquete, não fazendo com que os cabos fiquem embolados dentro do gabinete, como ocorre quando o micro possui uma placa-mãe Baby-AT. Posição do processador: em placas-mães Baby-AT o processador é instalado próximo aos slots ISA, impedindo a instalação de placas periféricas que sejam maiores que o slot, como, por exemplo, placas de som. Já em placas-mães ATX, o processador é instalado longe dos slots, de forma a não atrapalhar a inserção de placas periféricas. Posição da memória RAM: Em placas-mães Baby-AT, os módulos de memória RAM ficam "espremidos" ao lado da fonte de alimentação do gabinete, dificultando a instalação de memória. Na placa-mãe ATX isso não ocorre, pois os soquetes para a instalação dos módulos de memória ficam em outra posição. Outra grande diferença é que placas-mães ATX necessariamente precisam ser instaladas em gabinetes do tipo ATX pois, como você pode reparar nas figuras, as placas-mães ATX são mais "largas" (possuem um comprimento maior) e mais "curtas" (possuem uma largura menor) que placas-mães Baby-AT. Além disso, a fonte de alimentação dos gabinetes ATX possuem um conector diferente, apropriado para placas-mães ATX. Eletronicamente falando, as fontes de gabinetes ATX possuem mais sinais. Interessante notar que algumas placas-mães Baby-AT podem ser instaladas em gabinetes ATX, desde que a placa-mãe possua conector de alimentação ATX, o que tem ocorrido com as placas-mães mais modernas. Entre outras vantagens, a fonte de alimentação ATX permite que o micro seja desligado por software, o que pode ser muito útil em tarefas agendadas (por exemplo, você pode programar o micro para fazer um download de um arquivo da Internet e se auto-desligar após o download). Figura 1: Placa-mãe Baby-AT. Figura 2: Placa-mãe ATX.
  15. Na hora de comprar um novo micro, muita gente não se preocupa com a marca da placa-mãe. Acontece que o modelo de placa-mãe pode influenciar no desempenho geral do micro! Com tantas marcas de placa-mãe no mercado fica difícil saber qual é a melhor. Para ajudar nossos leitores, fizemos testes de desempenho em nosso laboratório no Instituto de Tecnologia ORT com as marcas de placa-mãe mais comuns em nosso mercado. Confira nas páginas 4 e 5. O que você deve saber Nosso microteste de hoje é sobre uma das peças mais importantes do micro: a placa-mãe. Levamos para o nosso laboratório sete marcas diferentes de placas-mães e comparamos o desempenho obtido. Nosso teste foi feito com placas-mães soquete 7, ou seja, placas-mães utilizadas para processadores com a mesma pinagem do Pentium, tais como o Pentium MMX, Cyrix MII, Cyrix 6x86, AMD K5, AMD K6 e AMD K6-2. Três das placas-mães testadas eram "Super 7", isto é, permitiam trabalhar a até 100 MHz, frequência de operação utilizada externamente pelo processador K6-2 (os demais processadores, como o Pentium MMX, trabalham externamente somente a 66 MHz). Também fizemos testes para apurar qual era a melhor placa-mãe Super 7 para o processador AMD K6-2. Não testamos placas-mães slot 1, que são utilizadas pelos processadores Pentium II e Celeron, pois não há como comparar o desempenho de placas-mães que utilizam processadores com o encaixe diferente (comparar uma placa-mãe com um Pentium MMX e uma com um Pentium II é, no mínimo, desproporcional, já que os processadores instalados são totalmente diferentes e apresentam desempenhos igualmente diferentes). Prometemos realizar em breve testes com esse tipo de placa-mãe. Muita gente não sabe, mas placa-mãe tem marca. Caso você não saiba a marca de sua placa-mãe, utilize um dos programas Hwinfo, o Sandra ou o AIDA para descobrir. As placas-mães possuem características particulares muito importantes. Para poder comparar placas-mães e, consequentemente, o seu desempenho, você deverá saber a marca e modelo do chipset (conjunto de circuitos presentes na placa-mãe; as marcas de chipsets mais comuns são Intel, VIA, SiS e ALi), o tamanho do cache de memória L2 e a frequência de operação máxima da placa. Este último ponto é muito importante se você for instalar na placa-mãe um processador que opere acima de 66 MHz. O processador K6-2-300, por exemplo, trabalha externamente a 100 MHz e não deve ser instalado em placas-mães que não trabalhem a 100 MHz. Placas-mãe capazes de trabalhar a 100 MHz são chamadas "Super 7". A fábrica PCChips tem como hábito renomear alguns chipsets de suas placas-mães. Por exemplo, o chipset SiS 5598 é marcado como sendo "TX Pro II" e o chipset VIA MVP3 como sendo "TX AGP Pro". Na verdade, o chipset TX Pro II é o mesmo circuito SiS 5598, apenas com nomenclatura diferente. O mesmo ocorre com os demais chipsets que utilizam a nomenclatura "Pro". Nome Estampado Verdadeiro Chipset HX Pro ALi Aladdin III VX Pro VIA Apollo VP-1 VX Pro+ VIA Apollo VPX VX Pro II Utron UT801x TX Pro ALi Aladdin IV+ TX Pro II SiS 5598 TX AGP Pro VIA Apollo MVP3 Algumas placas-mães atualmente possuem vídeo "on board", dispensando o uso de uma placa de vídeo adicional. Na maioria das vezes, é o chipset que desempenha o papel de placa de vídeo, como é o caso das placas-mães que utilizam o chipset SiS 5598 ("TX Pro II"). Acontece que esse esquema "rouba" memória RAM para formar a memória de vídeo. Ou seja, se você configurar o micro para ter 1 MB de memória de vídeo, o micro terá 1 MB a menos de RAM. Aproveitamos nossos testes para testar também o vídeo "on board". Para o nosso microteste de placas-mães, tentamos testar as marcas de placas-mães mais comuns em nosso mercado, como Soyo, ASUS, PCChips, FIC e Biostar. Das placas testadas, somente a FIC VA-503+, Biostar M5ALA e PCChips M577 são Super 7, por possuírem chipset que trabalham a 100 MHz. Marca Modelo Chipset Cache L2 ASUS SP97V SiS5598 512 KB Biostar M5ALA ALi Aladdin V 512 KB FIC VA-503+ VIA MVP3 512 KB PCChips M571 TX Pro II (SiS 5598) 512 KB PCChips M577 TX AGP Pro (VIA MVP3) 1 MB PC-Partner VP3 VIA Apollo VP3 512 Kb Soyo 5BT Intel 430 TX 512 KB Zida (Tomato) 5DTX Intel 430 TX 512 KB Queríamos testar o desempenho das placas-mães trabalhando tanto a 66 MHz quanto a 100 MHz. É claro que somente as placas-mães "Super 7" são capazes de trabalhar a 100 MHz. Para isso, fizemos basicamente dois testes. Primeiro, testamos todas as placas-mães com o processador Pentium MMX-233, que trabalha externamente a 66 MHz. Em seguida, repetimos o teste utilizando o processador K6-2-300, que trabalha externamente a 100 MHz, em conjunto com as placas-mães "Super 7". Aproveitamos também para testar o desempenho do vídeo "on board" que algumas placas-mães possuem e que, a princípio, faz o micro dispensar a placa de vídeo. Nesse tipo de placa-mãe - como a PCChips M571 e ASUS SP97V - realizamos dois testes de desempenho: primeiro, com o vídeo "on board". Depois, com o vídeo "on board" desabilitado e uma placa de vídeo Trident 9680 instalada no micro. Entre as sessões de teste, o único item trocado foi a placa-mãe. Nos testes de desempenho a 66 MHz utilizamos 32 MB de memória SDRAM, disco rígido Quantum de 3,2 GB e placa de vídeo Trident 9680. Já para os testes de desempenho a 100 MHz, tivemos que utilizar uma memória PC-100 de 64 MB para que o micro conseguisse trabalhar corretamente a 100 MHz. O programa utilizado para os testes de desempenho foi, mais uma vez, o Winbench 98, que pode ser conseguido na Internet em http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp. Esse programa apresenta diversos resultados de desempenho. Utilizamos em nosso microteste apenas os testes de vídeo, disco, processamento e processamento matemático. Ao analisarmos os resultados de nossos testes, um fato nos surpreendeu: o desempenho do vídeo "on board". Apesar da má fama no mercado, as placas de vídeo PCChips M571 e ASUS SP97V - ambas com vídeo "on board" - foram as que apresentaram melhor desempenho de vídeo! Aparentemente esse resultado parece ser bom, mas não é. Como é o próprio chipset que tem que gerar o vídeo, o desempenho de processamento cai drasticamente quando o vídeo "on board" é utilizado! A placa-mãe que apresentou o melhor desempenho de processamento, a PCChips M577, é 19% mais rápida que a ASUS SP97V e 17,2% mais rápida que a PCChips M571! O que adianta ter um vídeo mais rápido se o desempenho é o pior de todas as placas testadas? Além disso, não devemos nos esquecer que utilizamos em nossos testes uma placa de vídeo Trident 9680 que, como testamos anteriormente aqui em nossa coluna Microteste, é a placa de vídeo que oferece o pior desempenho do mercado. Excetuando-se as placas-mães com video "on board", as que obtiveram melhor desempenho de vídeo foram a Biostar M5ALA, Soyo 5BT e FIC VA-503+, muito embora todas as placas tenham obtido desempenho de vídeo bem parecido. Já no desempenho de disco, a placa-mãe que obteve o melhor desempenho foi a ASUS SP97V - muito embora esta placa apresente péssimo desempenho de processamento - seguida da Biostar M5ALA (que obteve desempenho de disco 5,32% maior que uma das placas-mães mais vendidas do mercado, a Soyo 5BT) e da FIC VA-503+. Já no desempenho de processamento - que talvez seja o melhor teste para saber o desempenho geral da placa-mãe - as placas que tiveram desempenho superior foram a PCChips M577, a FIC VA-503+, a Zida "Tomato" 5DTX e a Soyo 5BT. Desempenho de Vídeo (1) Com vídeo "on board" (2) Com placa de vídeo Trident 9680 Desempenho de Disco (1) Com vídeo "on board" (2) Com placa de vídeo Trident 9680 Desempenho de Processamento (1) Com vídeo "on board" (2) Com placa de vídeo Trident 9680 Testamos três placas-mães Super 7: PCChips M577 ("TX AGP Pro"), Biostar M5ALA e FIC VA-503+. O desempenho de vídeo dessas três placas ficou bem parecido, com uma leve vantagem para a placa da FIC. Já nos testes de disco, a placa-mãe da Biostar apresentou desempenho superior às demais placas, sendo 4,7% mais rápida para vídeo que a placa-mãe da PCChips e 1,85% mais rápida que a placa-mãe da FIC. Já no desempenho de processamento, as placas-mães da FIC e da PCChips ficaram empatadas, obtendo o mesmo resultado. Ambas foram 12,6% mais rápidas que a placa-mãe da Biostar. No final das contas, analisando os resultados de nossos testes podemos considerar a placa-mãe FIC VA-503+ como a melhor placa-mãe Super 7 testada. Desempenho de vídeo das placas-mães Super 7. Desempenho de disco das placas-mães Super 7. Desempenho de processamento das placas-mães Super 7. Os resultados estão em milhares de bytes por segundo.
  16. Parece que a AMD acertou em cheio com o seu K6-2, tanto em desempenho quanto em preço. Competindo no mesmo mercado que o Pentium II, o K6-2 é mais rápido e barato que o concorrente da Intel. Entretanto, os novos lançamentos da Intel, o Pentium II-350 e superiores, onde o processador passa a trabalhar externamente a 100 MHz a exemplo do que ocorre no K6-2, tendem a abalar um pouco o aumento de mercado que a AMD tem conseguido. A Intel só será capaz de frear a AMD se baixar os seus preços, pois os novos processadores da AMD, o K6-III e o K7 serão processadores extremamente poderosos e, é claro, bem mais baratos que os produtos Intel. Processador K6-III O K6-III (nome-código "Sharptooth") é um K6-2 com um cache de memória L2 de 256 KB integrado dentro do processador, a exemplo do que ocorre no Pentium Pro e no Celeron-A. Além disso, esse é o primeiro processador a aceitar um cache de memória L3, ou seja, além dos dois caches de memória dentro do processador, o K6-III ainda permite um terceiro cache de memória na placa-mãe. Além disso, a grande vantagem do K6-III é utilizar placas-mães "super 7", ou seja, placas-mães que utilizam o mesmo soquete do Pentium (soquete 7), mas com barramento de 100 MHz. Esse é o tipo de placa-mãe atualmente utilizado pelo K6-2. Processador K7 O K7 apresenta diversas inovações tecnológicas sobre os atuais processadores existentes no mercado. Entre elas, o seu barramento externo, que deverá ser de 200 MHz e aumentará consideravelmente o desempenho do micro (veja gráfico). Até hoje, só foram lançados processadores com barramento externo de, no máximo, 100 MHz (K6-2, Xeon e Pentium II a partir de 350 MHz). Os futuros processadores da Intel deverão utilizar barramento de "apenas" 133 MHz. É esperado que uma das primeiras versões a ser lançadas do K7 seja a de 500 MHz, que multiplica o clock externo por 2,5x. Além disso, seu cache de memória L1 deverá ser de 128 KB, dividido em um de 64 KB para dados e outros de 64 KB para instruções. Atualmente o K6-2 apresenta um cache L1 de 64 KB e o Pentium II, de 32 KB. Já o cache L2 será integrado como ocorre no Pentium II. É esperado que as primeiras versões do K7 apresentem seu cache L2 trabalhando a apenas 1/3 da freqüência de operação interna (ou seja, 166 MHz no caso do K7 de 500 MHz, por exemplo). Entretanto, ao contrário de todos os processadores existentes, o cache L2 pode ser de 512 KB até 8 MB, dependendo da versão do processador (o cache L2 do Pentium II é de 512 KB). Além disso, sua estrutura interna é "animal": possui arquitetura superescalar com 9 canalizações (isto é, consegue executar até 9 instruções simultaneamente, como se internamente ele tivesse 9 processadores embutidos), além de seu coprocessador matemático interno ter 3 canalizações (ou seja, conseguir executar simultaneamente 3 instruções do coprocessador matemático, MMX ou 3Dnow! - já que estes dois conjuntos de instrução compartilham o circuito do coprocessador matemático). Outra grande mudança está no barramento externo do processador. O K7 é o primeiro processador para PCs a utilizar o protocolo EV6, o mesmo utilizado pelos processadores Alpha, os processadores mais rápidos do mercado e que são utilizados basicamente em grande servidores de rede. Com isso, a tendência é que os processadores K7 tragam para o universo PC freqüências de clock nunca antes vistas. Fisicamente, o K7 utilizará um conector chamado "Slot A". Esse slot, apesar de ser conceitualmente parecido com o Slot 1 do Pentium II, não é compatível com este. Com isso, o K7 necessitará de placas-mães próprias, contendo esse conector. Taxa de transferência do barramento local (em MB/s) Comparação da taxa de transferência do barramento local. O K7, por ter o barramento operando a 200 MHz, deixará os atuais processadores de 66 MHz e 100 MHz comendo poeira.
  17. As novas placas de vídeo AGP surgiram como sendo uma esperança de mais poder de fogo aos jogos 3D. Testamos em nosso laboratório no Instituto de Tecnologia ORT a placa de vídeo Diamond Viper V330 - uma das melhores placas aceleradoras 3D disponíveis no mercado hoje - em duas versões: a tradicional PCI e a novíssima AGP. Os resultados comprovaram que não há diferença de desempenho entre elas. O barramento AGP apareceu como sendo uma grande salvação para o desempenho de placas de vídeo 3D, prejudicadas pela a aparentemente baixa taxa de transferência do barramento PCI. Tradicionalmente, a memória de vídeo fica localizada na própria placa de vídeo. Nessa memória são armazenados todas as informações que estão presentes no vídeo. No caso de placas de vídeo 3D, além de informações tradicionais do estado dos pontos da tela, ainda há dois dados problemáticos: texturas, que são "superfícies" aplicadas sobre elementos tridimensionais, e o z-buffer, que indica o vetor de profundidade de elementos 3D. Esses dois últimos valores são complicados. Aparentemente o barramento PCI - onde as placas de vídeo são conectadas e que possui uma taxa de transferência máxima teórica de 132 MB/s -- é lento para a comunicação do processador do micro com a placa de vídeo 3D, gerando queda no número de quadros por segundo que a aplicação 3D (em geral games) é capaz de produzir. A solução criada pela Intel responde pelo nome de AGP (Accelerated Graphics Port), que é um slot à parte na placa-mãe do micro que permite à placa de vídeo armazenar os dados de texturas e z-buffering diretamente na memória RAM do micro. A vantagem desse procedimento é que o processador pode acessar a memória RAM diretamente, sem utilizar o barramento PCI, teoricamente aumento o desempenho para a manipulação desses dois dados. No caso de processadores que operam externamente a 66 MHz (como o Pentium II), a taxa de transferência máxima do barramento local (barramento responsável pela conexão do processador à memória RAM) é de 528 MB/s, 4 vezes mais rápido que o barramento PCI. Em processadores que trabalham externamente a 100 MHz (como é o caso do Pentium II a partir de 350 MHz e do K6-2), a taxa de transferência do barramento local sobe para 800 MB/s. Parece ser muita vantagem, porém os resultados de nossos testes provaram que, na prática, não há a menor diferença de desempenho entre aceleradoras 3D PCI e AGP. Já publicamos o funcionamento do barramento AGP em uma série na coluna Dicas do Prof. Gabriel. Clique aqui para ler. Os resultados apresentados neste Microteste foram obtidos em um micro com processador Pentium II-300, 64 MB de memória SDRAM, CD-ROM Creative 32x e disco rígido Quantum de 3,2 GB, com o Windows 98 instalado. Também chegamos a repetir os testes com um K6-2-300 com placa-mãe Biostar M5ALA, porém os resultados obtidos foram os mesmos. Para os testes de desempenho de vídeo tradicional (2D), utilizamos o programa Winbench 98, que pode ser baixado na Internet em http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp. Já para os testes de desempenho 3D, utilizamos o jogo Turok Dinosaur Hunter, que possui um módulo de teste de desempenho de vídeo 3D. Você mesmo pode testar o desempenho de sua placa de vídeo 3D usando esse programa. Para isso, basta baixar a versão demo do jogo na Internet em http://www.acclaim.net/games/turok /demo/W95TurokDemov101.exe e executar o programa em uma janela DOS, com os parâmetros -benchmark -alldrivers. Ao executar o jogo em seu modo de teste, há uma janela contendo opções para a seleção de resolução, efeitos visuais e o driver de vídeo utilizado. Em nossos testes, usamos a resolução 640 x 480, ativamos todos os efeitos e usamos o driver para a Diamond Viper V330 do próprio jogo. Para montar os resultados de nossos testes 3D, consideramos a média de quadros por segundo apresentada pelo programa do final da primeira cena. Para corretamente compararmos a diferença de desempenho influenciada pelo barramento da placa de vídeo, testamos a versão PCI e a versão AGP de uma mesma placa de vídeo: a Diamond Viper V330, que utiliza o chipset de vídeo NVIDIA Riva 128 e possui 4 MB de memória SGRAM. Como era de se esperar, não houve diferença de desempenho de vídeo 2D entre as placas Diamond Viper V330 PCI e Diamond Viper V330 AGP. Como as telas do Windows e de aplicativos tradicionais - como processadores de textos e planilhas eletrônicas - não usam recursos 3D, aplicações tradicionais (chamadas aqui de "2D") não são beneficiadas pela utilização do barramento AGP. Em um segundo teste, experimentamos alterar o driver de vídeo: em vez de utilizarmos o driver que acompanha o próprio Windows 98 e que é instalado automaticamente, resolvemos instalar a última versão do driver, baixada do site do fabricante na Internet (no caso, no site da Diamond, que fica em http://www.diamondmm.com). Como você pode observar no gráfico comparativo, o desempenho do vídeo aumentou 24%. Os resultados do gráfico estão em milhares de pixels por segundo. A dica é válida para qualquer placa de vídeo, independentemente se ela é uma aceleradora 3D ou não: instalar os drivers mais atualizados fornecidos pelo fabricante na Internet faz com que o vídeo fique mais rápido. Figura 1: Comparando os resultados do desempenho de vídeo 2D. Os resultados estão em milhares de pixels por segundo. Entretanto, surpreendemo-nos com os resultados de desempenho 3D. Esperávamos que a placa de vídeo AGP tivesse um desempenho muito superior à placa de vídeo PCI. Porém não foi isso o que ocorreu. Utilizando os drivers de vídeo que acompanham o próprio Windows 98, o desempenho obtido pela placa de vídeo Diamond Viper V330 PCI foi idêntico ao obtido pela placa Diamond Viper V330 AGP (35 quadros por segundo). Similarmente ao teste de desempenho 2D, resolvemos alterar o driver de vídeo que acompanha o Windows 98 pela última versão do driver fornecida pelo fabricante. O desempenho 3D aumentou 34%, passando de 35 para 47 quadros por segundo, com um ligeiro aumento de performance na placa de vídeo AGP, que atingiu a média de 47,3 quadros por segundo - um aumento de desempenho de apenas 0,6% em relação à placa de vídeo PCI. Pensamos que isso poderia ter sido ocasionado pelo gargalo no barramento, já que o processador utilizado em nossos testes - Pentium II-300 - trabalha externamente a apenas 66 MHz. Resolvemos repetir o teste utilizando o processador K6-2-300, que trabalha externamente a 100 MHz e, teoricamente, deveria melhorar o desempenho do vídeo AGP. Entretanto, os resultados obtidos foram absolutamente os mesmos. Figura 2: Comparando os resultados do desempenho de vídeo 3D. Os resultados estão em quadros por segundo. Conclusão: apesar de na teoria o barramento AGP apresentar um desempenho superior ao barramento PCI, não é isso o que ocorre na prática. A melhor maneira de aumentar o desempenho de vídeo do micro é instalar a última versão do driver de vídeo, disponível no site do fabricante na Internet. Ou então trocar a sua placa de vídeo por outra de maior desempenho. Ter uma placa aceleradora 3D AGP não significa obrigatoriamente que ela seja uma placa boa. A escolha deve ser feita com base no chipset (controlador de vídeo) que a placa usa. As melhores placas 3D do mercado - que utilizam o chipset Voodoo 2 - não têm versão AGP. Tome cuidado, pois existem muitas placas AGP com péssimo desempenho. No momento, os melhores chipsets são: NVIDIA Riva 128 (utilizado pela Diamond Viper V330 e STB 128, por exemplo), 3Dfx Voodoo Graphics (Monster 3D e Righteous 3D), 3Dfx Voodoo Graphics 2 (Monster 3D II e Creative Voodoo 2) e Intel i740 (Diamond G460, Prolink ProGraphics 3D Ultra III e Intel Express). Se você realmente gosta de jogos, as placas 3D com o chip Voodoo 2 é a melhor opção, não só pelo desempenho, mas também pelo número de jogos compatíveis. Mas se você não quer transformar seu micro em um video-game, você pode optar por uma placa como a Diamond 3D 4000 AGP, que também apresenta um bom desempenho 2D. Por Walter Corrêa Uma nova safra de chipsets 3D está pronta para invadir o mercado. Até o final do ano, 3Dfx, NVIDIA, S3, Matrox estarão lançando novas versões de seus chipsets. Outros chipsets da Rendition, Videologic e 3Dlabs são apenas promessas, mas que podem ser lançados ainda esse ano. Todos os chipsets são 2D/3D, confirmando a tendência do mercado de acabar com placas aceleradoras unicamente 3D. No entanto, o que fará realmente diferença para a escolha de um chipset 2D/3D será a suo desempenho 3D, já que o desempenho 2D parece ter chegado ao limite. Testes de performance realizados com a maioria desses chipsets mostram uma diferença de, no máximo, 2% entre o desempenho 2D de uma placa e outra. 3Dfx Banshe O Banshe é o primeiro chipset 3D/2D lançado pela 3Dfx, conhecida pelo chipset Voodoo Graphics (das famosas placas Diamond Monster 3D). A 3Dfx já havia feito um chipset que poderia ser usado numa placa 2D/3D, o Voodoo Rush, mas esse chipset precisava que a placa tivesse seu próprio controlador gráfico 2D. A Diamond já anunciou uma placa que usará o Banshe (Diamond Monster Fusion) e seu desempenho será próximo ao do Voodoo Graphics 2, atualmente o chipset 3D mais poderoso do mercado. A desvantagem do Banshe em relação ao Voodoo 2 é ter apenas uma unidade de processamento de textura, enquanto o Voodoo 2 tem duas. Com duas unidades de textura, o Voodoo 2 pode processar duas texturas ao mesmo tempo, enquanto o Banshe tem que processar uma de cada vez. Em jogos como Quake 2, por exemplo, há um mapa de textura e um mapa de iluminação. Quando um pixel vai ser renderizado, os dois mapas devem ser levados em consideração. Então, primeiro renderiza-se o pixel usando o mapa de textura, e depois aplicasse o mapa de iluminação. Com duas unidades de textura é possível fazer esses dois passos de uma vez só, aumentando bem o desempenho. No momento, somente alguns jogos usam multi-textura (como Quake 2 e Unreal), mas isso deve mudar no futuro. Mas, mesmo que o software venha a usar multi-textura, o Banshe não faz feio, tendo umo desempenho apenas um pouco menor que a do Voodoo 2. Em jogos que não usem multi-textura, o desempenho do Banshe poderá ser até maior que o do Voodoo 2, já que ele trabalha num clock mais elevado (100 ou 125 MHz, contra 90 MHz do Voodoo 2). Mas a maior vantagem estará no preço. Uma Monster Fusion com 16 MB deverá custar (nos EUA) em torno de U$ 200,00, enquanto uma Monster II de 8 MB, que só é 3D, está acima dos U$ 250,00. NVIDIA Riva TNT A NVIDIA está lançando o Riva TNT. Bem mais poderoso que seu predecessor (Riva 128), o TNT não melhora somente o desempenho como também melhora a criticada qualidade de imagem do Riva 128. O desempenho 3D deste chipset é realmente impressionante, superando o Banshe da 3Dfx. Assim como o Voodoo 2, o TNT tem duas unidades de processamento de textura, mantendo a ótimo desempenho em jogos que usam multi-textura. Diamond e Creative Labs já anunciaram placas com o Riva TNT, que devem custar em torno de U$ 200,00 com 16MB! Que também é um excelente preço se comparado ao caro Voodoo 2. S3 Savage A S3 já foi uma das líderes no mercado de chipsets de vídeo de alto desempenho para PC. Mas, há uns 2 ou 3 anos, começou a ficar para trás. Placas com chipsets S3 começaram a ser chamadas de "desaceladoras" 3D. Chipsets como o Virge DX (Diamond 3D 2000 Pro), são bons para 2D, mas são péssimos para 3D. Agora a S3 quer dar a volta por cima e recuperar o tempo perdido. Ela está fazendo uma pesada campanha de marketing para o S3 Savage com o slogan "Voodoo 2 performance at S3 prices" (Performance de Voodoo 2, com preço de S3). Mas o chipset não é lá essa coisa toda. Alguns testes com o Savage mostraram uma boo desempenho, mas apesar das especificações técnicas, a qualidade da imagem deixa a desejar. Segundo a S3, isso é devido a problemas com os drivers, que ainda não estão totalmente prontos. Mas de qualquer maneira, a suo desempenho ainda não é melhor que a do Banshe nem do Riva TNT. Uma caraterística interessante do Savage é a compressão de texturas. Com texturas muito grandes o tráfego de dados pelo barramento pode ficar muito intenso. Usando a compressão de texturas, pode-se diminuir o tráfego de dados pelo barramento. No futuro, quando o tráfego de texturas for maior que a largura de banda do barramento, essa pode ser uma alternativa interessante. Apesar do slogan, ainda não há preço definido. Matrox G200 A Matrox finalmente lançou um bom acelerador 3D. O G200 não tem a melhor performance dos novos chipsets, mas ainda assim é muito bom. Com z-buffer de 32 bits e renderização em cores de 32 bits, a qualidade de imagem do G200 é excelente! Custa em torno de U$ 170,00 nos EUA. Videologic Power VR - Segunda geração Esse chipset está para ser lançado há mais de um ano. Algumas fotos com imagens de jogos usando o segundo Power VR já foram divulgadas e são muito boas. O chipset já está bastante atrasado. Dizem que isso está ocorrendo porque a Videologic anda muito ocupada com o desenvolvimento de um novo chipset para um novo video-game da Sega. Se o chipset para PC for tão bom quanto o chipset do video-game da Sega, provavelmente será um chipset muito bom. Já estão disponíveis alguns vídeos com imagens dos jogos do video-game, e a qualidade da imagem impressiona muito. Rendition Verite 3000 e 3Dlabs Permidia 3 Pouco se sabe ainda sobre esses dois chipsets, mas a julgar por suas versões anteriores, eles deverão ser muito bons. Rumores dizem que ambos terão duas unidades de processamento de texturas como o Voodoo 2 e não terão compressão de texturas como o Savage. Em pouco tempo, tanto a Rendition quanto a 3Dlabs, deverão divulgar mais informações sobre esses chipsets. Por Walter Corrêa
  18. O sistema de arquivos FAT-32, presente no Windows 95 OSR2 ("Windows 95 B") e Windows 98 permite romper algumas limitações do tradicional sistema FAT-16. As duas principais são o limite de 2 GB por partição existente no sistema FAT-16 (no sistema FAT-32 cada partição pode ser de até 2 Terabytes) e a diminuição de desperdício em disco. O desperdício em disco - também conhecido como slack space - são áreas marcadas como sendo usadas porém fisicamente estão vazias. Isso ocorre porque o sistema FAT armazena arquivos em unidades lógicas chamadas clusters (ou aglomerados). Caso o arquivo não tenha um tamanho múltiplo do tamanho do cluster que estiver sendo utilizado, o arquivo ocupa mais espaço em disco do que é necessário. Por exemplo, se o disco rígido estiver utilizando clusters de 32 KB, um arquivo de 100 KB obrigatoriamente ocupará 128 KB (4 clusters de 32 KB), pois não é possível alocar "metades" de cluster, somente o cluster inteiro. Nesse nosso exemplo, 28 KB seriam desperdiçados. O tamanho do cluster utilizado pelo disco rígido é decidido pelo sistema operacional na hora da formatação do disco, conforme as tabelas. Por exemplo, um disco rígido de 1,6 GB formatado em FAT-16 utilizará clusters de 32 KB. Esse mesmo disco formatado no sistema FAT-32 utilizará clusters de 4 KB, diminuindo consideravelmente o desperdício. FAT-16 Tamanho do Cluster Capacidade Máxima de Armazenamento 2 KB 128 MB 4 KB 256 MB 8 KB 512 MB 16 KB 1 GB 32 KB 2 GB FAT-32 Tamanho do Cluster Capacidade Máxima de Armazenamento 512 bytes 512 bytes 4 KB 8 GB 8 KB 16 GB 16 KB 32 GB 32 KB 2 TB Para comprovarmos a eficiência do sistema FAT-32, fizemos um pequeno teste em laboratório. Com um disco rígido de 3,2 GB com o Windows 98 e aplicativos mais comuns instalados, utilizamos inicialmente o sistema FAT-16 (Figura 1). Depois, convertemos o disco rígido para o sistema FAT-32 (Figura 2). Como você pode observar, o espaço ocupado por arquivos diminuiu, aumentando o espaço livre. Em nosso exemplo, conseguimos recuperar cerca de 100 MB de espaço que estava sendo desperdiçado. É importante notar que, embora o disco rígido testado fosse de 3,2 GB, tivemos que formatá-lo em duas partições, uma de 2 GB e outra com cerca de 1 GB, uma vez que o sistema FAT-16 não enxerga partições maiores que 2 GB. No sistema FAT-32, mantivemos essa mesma configuração para que pudéssemos comparar os resultados. Figura 1: Disco rígido com o sistema FAT-16. Figura 2: Mesmo disco rígido com o sistema FAT-32. Para converter o seu disco rígido de FAT-16 para FAT-32, você deverá ter o Windows 95 OSR 2 ou 2.5 instalado (Windows 95 B ou C) ou o Windows 98. Para saber qual a versão do sistema operacional que está instalada em sua máquina, basta clicar no ícone "Sistema" do Painel de Controle. A versão vem estampada na guia "Geral". Se a versão do seu Windows 95 não for uma dessas, você terá que fazer upgrade do sistema operacional. O Windows 98 vem com um utilitário chamado "Conversor de Unidade", que converte discos de FAT-16 para FAT-32 (ver Figura 3). Esse utilitário pode ser acessado através do menu Iniciar, em Programas, Acessórios, Ferramentas de Sistema. Se você tiver o Windows 98 mas não encontrar o Conversor de Unidade, muito provavelmente ele não foi instalado. Nesse caso, entre em Adicionar ou Remover Programas, presente no Painel de Controle. Na guia "Instalação do Windows", habilite a caixa de verificação ao lado de "Conversor de Unidade (FAT-32)" presente em "Ferramentas de Sistema", como mostra a Figura 3. A utilização do utilitário é bastante simples e extremamente auto-explicativa. Figura 3: Conversor de Unidade, do Windows 98, converte discos de FAT-16 para FAT-32. Figura 4: Instalando o utilitário de conversão. O único problema desse utilitário é que ele não permite redimensionar as partições do disco rígido. Se em seu micro o seu disco rígido é maior que 2 GB, então você teve que obrigatoriamente particioná-lo, pois o sistema FAT-16 não acessa discos maiores que 2 GB. Um disco rígido de 3,2 GB pode ter sido dividido em uma partição de 2 GB e outra com a capacidade restante (cerca de 1,2 GB), por exemplo. Após converter a unidade para o sistema FAT-32 - que acessa diretamente discos de até 2 Terabytes -, o programa não permite que você "junte" as partições em uma só, formando, por exemplo, uma única partição de 3,2 GB. Isso só é possível se você tiver formatado o disco rígido inteiro em FAT-32 no processo de instalação do sistema operacional. No caso do Windows 95 versões B e C não há utilitário similar, sendo necessária a utilização de algum utilitário para a conversão. Dentre os utilitários existentes no mercado, o melhor é o Partition Magic, da PowerQuest. Esse programa, além de converter discos rígidos do sistema FAT-16 para o sistema FAT-32, consegue reparticionar o disco rígido - ou seja, com esse programa é possível juntar todas as partições existentes no disco rígido em uma só (desde que você converta o disco rígido para FAT-32 e o sistema operacional instalado seja o Windows 95 B ou superior, é claro). Figura 5: Partition Magic, programa para a conversão de FAT-16 para FAT-32. Um ponto interessante a ser notado no sistema FAT-32 é o seu desempenho. Apesar de o desperdício em disco reduzir assustadoramente (convertendo seu disco rígido de FAT-16 para FAT-32 você ganha mais espaço livre) e de você poder acessar em uma única partição discos rígidos de até 2 Terabytes (no sistema FAT-16 só podemos acessar 2 GB por partição), há outro ponto que é pouco discutido: o desempenho. Como o sistema de arquivos passa a ter mais unidades de alocação (clusters), o controle e acesso passam a ser mais lentos. Para confirmarmos isso, fizemos um teste simples em laboratório. Em um micro com processador Pentium II-266, placa-mãe ASUS P2L97, 32 MB de memória SDRAM e disco rígido Quantum de 3,2 GB, medimos o desempenho de disco tanto com o sistema de arquivos FAT-16 quanto com o sistema FAT-32. O sistema operacional instalado era o Windows 98, com os programas mais usuais também instalados. Utilizamos o utilitário do próprio Windows 98 para converter o disco rígido de FAT-16 para FAT-32. Para nossos testes, utilizamos o programa Winbench 98, que apresenta dois resultados básicos de desempenho de disco. O primeiro, chamado "Business", apresenta os resultados com acesso de disco típico, simulando o uso do micro por um usuário "comum". Já o resultado "high-end" apresenta os resultados de acesso intenso ao disco. Além disso, esse programa simula o acesso ao disco rígido feito através dos programas mais comuns, como browsers Internet (Netscape Navigator e Internet Explorer), processadores de texto, banco de dados, editoração eletrônica, Photoshop, Premiere, etc. Os resultados, que você confere na Figura 6, estão em milhares de bytes por segundo. Figura 6: Comparando o desempenho do sistema FAT-16 com o FAT-32. Mas, cá entre nós: quem vai se preocupar muito com o fato do sistema FAT-16 ser 6% mais rápido que o FAT-32 diante das vantagens de se utilizar o sistema FAT-32?
  19. Temos recebido reclamações de diversos leitores, que acabaram comprando o processador Celeron como se fosse o Pentium II. Ou por culpa do vendedor, ou por culpa da desinformação. O Celeron é um Pentium II sem cache L2. Ambos utilizam o mesmo modelo de placa-mãe, mas o grande problema é o desempenho. Segundo nossos testes, o Pentium II-266 é 89% mais rápido que o Celeron-266, e o Pentium MMX-233, 27% mais rápido. Como o núcleo do Celeron é o mesmo do Pentium II, o Windows 98 detecta o processador como se fosse um Pentium II, enganando muita gente por aí... E não é só isso: placas-mães fabricadas antes do Celeron ter sido lançado no mercado identificam o processador instalado como se fosse um Pentium II. Figura 1: O grande problema: o Windows 98 detecta o Celeron como se fosse um Pentium II... Fisicamente falando, o Pentium II e o Celeron não se parecem. Enquanto o Pentium II vem acondicionado em um cartucho chamado SEC - que parece um cartucho de videogame -, o Celeron vem sem cartucho algum: você manuseia diretamente a plaquinha de circuito impresso contendo o processador. O problema é que, na maioria das vezes, não podemos abrir o micro para ver qual o processador está instalado, de modo a não perder a garantia dada pelo vendedor. Portanto, devemos detectar o processador instalado através de software. Para isso, utilize a última versão do programa PC-Config (versão 8.66 ou superior), que está disponível para download de graça na Internet em http://www.holin.com/cindex.html. Através desse programa - que deverá ser obrigatoriamente executado no DOS, sem o Windows 9x estar carregado em memória (isso pode ser feito pressionando-se a tecla F8 durante o boot ou então através da opção "Reiniciar o computador em modo MS-DOS") - você poderá descobrir qual o verdadeiro processador instalado em seu micro. Se o programa apontar que o processador é um Celeron, não há dúvidas: o processador de seu micro é o Celeron. Resta saber se o micro foi vendido como se fosse um Pentium II ou um Celeron. No caso de você ter comprado gato por lebre, procure o vendedor para que esse grave erro seja corrigido. Figura 2: Identificando o processador instalado através do programa PC-Config
  20. Qual é o melhor processador para o seu micro? Com tantas opções atualmente disponíveis - Pentium MMX, Pentium II e Celeron da Intel, MII da Cyrix e K6-2 da AMD - fica realmente muito difícil responder a essa pergunta - já que cada fabricante diz ter o "melhor" processador do mercado. Para ajudar os nossos leitores, testamos todos esses processadores em nosso laboratório de testes, no Instituto de Tecnologia ORT. Nossos testes provaram que você pode economizar cerca de R$ 330,00 levando para casa o K6-2-300, que possui melhor preço e desempenho superior ao Pentium II-300. Os testes também elegeram o mico do ano: o processador Celeron, da Intel, o pior processador existente atualmente. Confira os resultados. Já foi-se o tempo em que desempenho do micro era comparado pelo clock do processador. Atualmente, como os processadores possuem arquiteturas internas diferentes, não há como comparar o desempenho através da freqüência de operação. A maioria dos processadores trabalha externamente a 66 MHz. Portanto, não há diferença de desempenho fora do processador entre um Pentium-100, um Pentium MMX-233 e um Pentium II-300, já que todos acessam a memória RAM e a memória cache a 66 MHz. A freqüência de operação estampada no processador só é atingida dentro do chip é só influi diretamente no desempenho de processamento bruto e matemático (a freqüência de operação interna influi indiretamente nos demais testes de desempenho, como vídeo e disco). Esse limite de 66 MHz só é quebrado em alguns processadores, como o K6-2, o Pentium II a partir de 350 MHz (Pentium II "Deschutes") e o Xeon, que operam externamente a 100 MHz, aumentando diretamente o desempenho do micro não só para processamento, mas também para vídeo e disco. Outro exemplo a ser lembrado: o Pentium II acessa o seu cache de memória L2 à metade de sua freqüência de operação (ou seja, 133 MHz no caso do Pentium II-266 e 150 MHz no caso do Pentium II-300), enquanto o Pentium MMX e o MII acessam o cache de memória L2 a somente 66 MHz. Já o K6-2 acessa o cache de memória a 100 MHz. Essa diferença na taxa de transferência influi diretamente no desempenho global do micro e não necessariamente está relacionado à freqüência de operação interna do processador. Não é só a arquitetura do processador que influi no desempenho do micro. Se você utilizar uma placa de vídeo de melhor qualidade, o desempenho de vídeo melhorará e você perceberá que o micro está mais rápido. Da mesma forma, a quantidade da memória RAM e a sua tecnologia, o disco rígido entre outros inúmeros fatores influem no desempenho da máquina. Testes em laboratório são realmente necessários, pois os resultados divulgados por fabricantes em geral são tendenciosos e apresentam máquinas desproporcionais - em geral o conjunto favorece o micro contendo o processador do fabricante - ou o desempenho somente do processador, fora da máquina - condição atingida somente no laboratório do fabricante. Por causa desses motivos, testamos os processadores em laboratório utilizando as mesmas peças de hardware, para que não componentes diferentes não influenciassem no desempenho obtido. Pentium MMX: Atualmente é o processador mais barato da Intel e está ficando cada vez mais difícil de encontrá-lo, pois a Intel não o fabrica mais. Utiliza placas-mães com o padrão de pinagem soquete 7 e trabalha externamente a 66 MHz. Possui um cache de memória interno (L1) de 32 KB. Seu cache externo (L2) encontra-se na placa-mãe e seu tamanho varia conforme o modelo de placa-mãe. Em nossos testes, utilizamos a placa-mãe Soyo SY-5BT5 - que possui chipset Intel 430TX e 512 KB de cache de memória L2 - em conjunto com esse processador. Pentium II: Para ganhar desempenho, a Intel tirou o cache L2 da placa-mãe e colocou ele ao lado do processador dentro de um cartucho chamado SEC. O cache L2 do Pentium II é de 512 KB e o processador acessa o cache à metade de sua freqüência de operação interna. Um Pentium II-300 acessa o cache L2 a 150 MHz, por exemplo, enquanto no Pentium MMX e no MII, o cache L2 é acessado a apenas 66 MHz - daí a diferença de desempenho. Por estar alojado em um cartucho, esse processador necessita de uma placa-mãe que possua um conector chamado Slot 1, onde o processador é encaixado. Em nossos testes utilizamos a placa-mãe ASUS P2L97 em conjunto com esse processador. O seu cache de memória interno (L1) é também de 32 KB. Celeron: É um Pentium II sem o cache de memória L2 de 512 KB e, por esse motivo, possui um desempenho abaixo dos outros processadores testados. Também é encaixado na placa-mãe através do slot 1 e, dessa forma, utiliza o mesmo modelo de placa-mãe que o Pentium II. Em nossos testes com o Celeron também utilizamos a placa-mãe ASUS P2L97. K6-2: Sua grande diferença para os demais processadores testados é a sua freqüência de operação externa. Enquanto todos os outros processadores testados operam externamente a 66 MHz, o K6-2 opera a 100 MHz, conseguindo uma taxa de transferência mais elevada com a memória RAM, com o cache de memória e com outros dispositivos do micros - especialmente o vídeo e o disco. Seu padrão de pinagem é soquete 7, o mesmo padrão do Pentium, Pentium MMX e MII. Entretanto, por trabalhar externamente a 100 MHz, necessita de uma placa-mãe soquete 7 que consiga trabalhar a essa freqüência de operação. Esse tipo de placa-mãe é conhecido como "Super 7". Em nossos testes utilizamos a placa-mãe Biostar M5ALA em conjunto com esse processador. Essa placa-mãe possui 512 KB de cache de memória externo (L2) e utiliza o chipset ALi Aladdin V. O cache interno (L1) do K6-2 é de 64 KB. MII: MII é o novo nome do processador 6x86MX da Cyrix que, por questões de marketing, resolveram trocar o nome. O grande cuidado a ser tomado com esse processador é a sua nomenclatura "PR", que indica a equivalência do desempenho do processador a um Pentium MMX. O processador testado foi um MII-PR300, que trabalha internamente a 233 MHz, similarmente a um Pentium MMX - ou seja, segundo o fabricante, esse processador teria um desempenho equivalente a um Pentium MMX-300. Como não existe no mercado o processador Pentium MMX-300, não pudemos comprovar se a nomenclatura "PR-300" é verdadeira ou não. Em nossos testes utilizamos a placa-mãe Soyo SY-5BT5, a mesma utilizada para testar o desempenho do Pentium MMX. O cache de memória interno (L1) desse processador é de 64 KB e ele opera externamente a 66 MHz. Testar processadores diferentes não é uma tarefa fácil, já que a freqüência de operação do processador não significa muita coisa - por exemplo, o MII-PR300, apesar de trabalhar internamente a 233 MHz, é mais rápido que o Pentium MMX-233. A única maneira de se testar o desempenho de micros é utilizando programas específicos para teste de desempenho. Entre esses programas, os mais conhecidos são o Winstone e o Winbench. Ambos estão disponíveis na Internet em http://www.etestinglabs.com/main/services/zdmbmks.asp. Esse tipo de programa executa tarefas pré-estabelecidas e compara o tempo que o processador (ou outros dispositivos de hardware, dependendo do teste) demora para executá-las. Só assim podemos comparar o desempenho de micros diferentes. Não é só o processador que influi no desempenho do micro. O tipo e a quantidade de memória RAM, a marca da placa-mãe, o modelo de placa de vídeo, o tamanho da memória cache, o disco rígido, enfim, todo o conjunto faz com que um micro seja mais rápido ou mais lento que o outro. Dessa maneira, tentamos utilizar as mesmas peças em todos os micros, para que não houvesse diferença de desempenho provocada por outra fonte que não exclusivamente o processador. Testamos todos os micros com um módulo de 32 MB de memória SDRAM, placa de vídeo Trident 1 MB, 512 KB de memória cache, disco rígido Quantum de 3,2 GB e CD-ROM Creative 32x, usando o Windows 98 e o programa Winbench 98. O único componente que tivemos que trocar além do processador foi a placa-mãe, já que cada modelo de processador exige um modelo de placa-mãe diferente. As placas-mães que utilizamos foram todas de alta qualidade: ASUS P2L97 (utilizada nos testes do Pentium II e do Celeron), Soyo SY-5BT5 (utilizada nos testes do Pentium MMX e do MII) e Biostar M5ALA (utilizada nos testes do K6-2). Já os processadores testados foram um Pentium MMX-233, um Pentium II-266, um Pentium II-300, um Celeron-266, um K6-2-300 e um MII-PR300 (que opera a 233 MHz). Muito embora o desempenho de processamento seja um valor real para dizermos o quanto um processador é mais rápido que outro, devemos nos lembrar que tão importante quanto o seu desempenho de processamento bruto é seu desempenho de processamento matemático, de vídeo e de disco - afinal, o micro é um conjunto de peças e não somente o processador isolado. O K6-2 da AMD foi uma revelação: o K6-2-300 testado obteve um desempenho de processamento 5% superior ao do Pentium II-300 e 70% superior ao Pentium MMX-233. O MII-PR300 da Cyrix, apesar de ter obtido um desempenho 36,5% inferior ao do K6-2-300 e 33,24% inferior ao do Pentium II-300, é 8% mais rápido que o Pentium MMX-233. É válido lembrar que o MII-PR300 trabalha internamente a 233 MHz. Nossos testes também apontaram o mico do ano: o processador Celeron, da Intel. Com desempenho 52,9% inferior ao do Pentium II-266 (o Celeron testado era de 266 MHz), esse é o pior processador atualmente existente no mercado. O Pentium MMX-233, apesar de trabalhar a "apenas" 233 MHz, consegue ser 27% mais rápido que o Celeron-266. Figura 1: Desempenho de processamento bruto dos processadores testados. Atualmente, com uma porção de programas 3D no mercado - especialmente games -, medir o desempenho de processamento do coprocessador matemático do processador é de extrema importância, pois programas 3D (e científicos de uma maneira geral) o utilizam à beça. A partir do 486, o coprocessador passou a vir integrado dentro do próprio processador e não em um circuito à parte, como era antigamente. Dessa forma, a velocidade de processamento matemático é inerente ao processador e não como aumentá-la, a não ser trocando o próprio chip. Unidade de Ponto Flutuante (FPU, Floating Point Unit) é outro nome pelo qual o coprocessador matemático é também chamado. Conferindo os resultados dos nossos testes, podemos observar que a Intel é quem possui verdadeiro know-how para a construção desse circuito. Dessa forma, os processadores da Intel são imbatíveis para aplicações 3D e científicas de um modo geral. Basta comparar o desempenho da unidade de ponto flutuante do Pentium II-300 e do K6-2-300 testados: o processador da Intel possui desempenho matemático 58% superior ao processador da AMD. Até mesmo o Celeron, o processador-mico da Intel, possui alto desempenho matemático. Apesar de barato, os processadores da Cyrix devem ser evitados por maníacos por jogos 3D, já que o MII é o processador que oferece pior desempenho matemático: segundo nossos testes o Pentium MMX-233 possui desempenho matemático 72% superior ao processador MII-PR300. Comparar o desempenho matemático do MII com o do Pentium II ou do K6-2 é até covardia: o do K6-2-300 é 86% maior que o do MII-PR300, e o do Pentium II-300, 193%. Figura 2: Processadores Intel possuem o melhor desempenho para cálculos. Poderíamos ter testado o desempenho de vídeo utilizando uma placa de vídeo mais avançada, é verdade. Mas preferimos manter nossos micros de testes com a mesma placa de vídeo que quase todo mundo tem - a Trident 9680. Dessa forma, acreditamos que os resultados tenham sido os mais próximos da realidade de nossos leitores. Não é preciso comentar a importância do desempenho de vídeo. Sendo a principal forma de comunicação do micro com o usuário, logo percebemos que o micro está "uma lesma" caso o vídeo demore a ser apresentado. Em nossos testes de desempenho de vídeo, o processador que surpreendeu foi o MII-PR300. Trabalhando internamente a "apenas" 233 MHz, conseguiu obter um desempenho de vídeo ligeiramente superior (1%) ao do Pentium II-300 e 8,6% superior ao do Pentium MMX-233. Como você pode reparar, não há tanta diferença de desempenho de vídeo entre os processadores testados. Isso se deve a um motivo básico: a freqüência de operação externa do processador. Todos os processadores testados - com exceção do K6-2 - operam externamente a 66 MHz. Já o K6-2 trabalha externamente a 100 MHz e, por esse motivo, conseguiu obter o melhor desempenho de vídeo de nossos testes, com 5% de vantagem sobre o Pentium II-300 e 12% mais rápido em vídeo que o Pentium MMX-233. O Celeron-266, coitado, foi o processador que apresentou os piores resultados: vídeo 15% mais lento que o Pentium II-266, mesmo operando tanto interna quanto externamente à mesma freqüência de operação. Figura 3: Resultados dos testes de desempenho de vídeo. Os resultados estão em milhares de pixels por segundo. Depois do desempenho de vídeo, é no desempenho de disco que o usuário percebe com mais facilidade se o micro está lento ou não. Como o disco rígido é um sistema mecânico, ele é muito mais lento que o processador. Qualquer demora na transferência de dados do disco para a memória RAM é percebida imediatamente pelo usuário. Por exemplo, se ao chamar um programa o micro demorar mais tempo que o usual (aquele que o usuário está acostumado), obviamente iremos achar o micro inteiro está lento. Em nossos testes, todos os processadores não-Intel se saíram bem. Obviamente o destaque vai para o K6-2 pois, como ele opera externamente a 100 MHz e não a 66 MHz como os demais processadores, consegue obter um desempenho de disco superior - muito embora não tenhamos encontrado diferenças gritantes de desempenho de disco. O Celeron, coitado, foi o pior processador em nossos testes de desempenho de disco. Fizemos dois testes de desempenho de disco. O primeiro, chamado "business", testa o micro nas situações do dia-a-dia do usuário comum. Já o segundo teste, chamado "high-end", testa o micro em situações de acesso excessivo a disco - situações encontradas por usuários "pesados" e servidores de arquivo de redes locais. Figura 4: Desempenho de disco "Business". Figura 5: Desempenho de disco "High end". O desempenho do Celeron é sofrível. O grande problema são as afirmações da Intel sobre o desempenho do Celeron, que geralmente não levam em conta o desempenho do micro, mas somente o desempenho do processador, testado isoladamente em laboratório. Muitas vezes a Intel compara o desempenho do Celeron com o do Pentium MMX em condições iguais, ou seja, instalando o Pentium MMX em uma placa-mãe sem cache de memória. Só dessa maneira que o Celeron consegue ser mais rápido que o Pentium MMX. Como ninguém hoje em dia compra uma placa-mãe soquete 7 sem cache de memória, as comparações feitas pela Intel e publicadas por aí são falsas. Foi o caso na palestra dada pela Intel no lançamento oficial do Celeron no Brasil. Perguntamos se o Celeron não iria ficar por volta de 30% mais lento que o Pentium MMX, já que ele não possui cache de memória L2. A resposta dada por Ronaldo Miranda, gerente de marketing e vendas da Intel do Brasil foi "o Celeron-266 será cerca de 40% mais rápido que o Pentium MMX-233". Os testes estão aí para provar que isso não é verdade. Em processamento puro, o Pentium II-266 e o Pentium MMX-233 são, respectivamente, 89% e 27% mais rápidos que o Celeron-266. Em vídeo, o Pentium II-266 é 15% mais rápido e o Pentium MMX-233, 8,7% mais rápido que o Celeron-266. Em disco, o Pentium II-266 é 10,7% mais rápido em desempenho simples ("business") e 16% mais rápido em desempenho de alto acesso a disco ("high-end"). O Pentium MMX-233 ficou mais rápido 6,25% e 7% nos mesmos testes. O único ponto forte do Celeron é o seu coprocessador matemático. Mas, cá entre nós: o que adianta ter um bom desempenho matemático se os desempenhos de processamento bruto, vídeo e disco são os piores do mercado? O pior você ainda não sabe: muitos vendedores inescrupulosos estão vendendo processadores Celeron como se fosse Pentium II. Como o núcleo do Celeron é o mesmo do Pentium II, o Windows 98 detecta o processador como se fosse um Pentium II, enganando muita gente por aí... E não é só isso: placas-mães fabricadas antes do Celeron ter sido lançado no mercado identificam o processador instalado como um Pentium II. Figura 6: O grande problema: o Windows 98 detecta o Celeron como se fosse um Pentium II... Se você quiser descobrir qual o processador está realmente instalado em seu micro sem abri-lo - pois esse procedimento em geral acarreta em perda da garantia -, utilize a última versão do programa PC-Config (versão 8.66 ou superior), que está disponível para download de graça na Internet em http://www.holin.com/indexe.html. Através desse programa - que deverá ser obrigatoriamente executado no DOS, sem o Windows 9x estar carregado em memória (isso pode ser feito pressionando-se a tecla F8 durante o boot ou então através da opção "Reiniciar o computador em modo MS-DOS" - você poderá descobrir qual o verdadeiro processador instalado em seu micro. Se o programa apontar que o processador é um Celeron, não há dúvidas: o processador de seu micro é o Celeron. Resta saber se o micro foi vendido como se fosse um Pentium II ou um Celeron. No caso de você ter comprado gato por lebre, procure o vendedor para que esse grave erro seja corrigido. Figura 7: Identificando o processador instalado através do programa PC-Config. O.k., o preço do Celeron deve compensar, você deve estar pensando. Acontece que o tal "baixo custo" pregado pela Intel é para os padrões dela, é claro. Como o Celeron utiliza placas-mães slot 1 - o mesmo tipo de placa-mãe desenvolvida para o Pentium II - o conjunto processador + placa-mãe do Celeron sai bem mais caro que o do Pentium MMX, por exemplo. O problema é que a Intel não fabrica mais Pentium MMX, aí você já viu, né... Dessa forma, antes de sair por aí comprando o Celeron porque atualmente é o processador mais barato da Intel, pense duas vezes e veja se não vale a pena comprar um K6-2 ou um MII. O conjunto placa-mãe ASUS P2L97 + processador Celeron-266 sai por volta de R$ 495,00, enquanto o conjunto placa-mãe Biostar M5ALA + processador K6-2 sai por volta de R$ 515,00 e placa-mãe + processador MII-PR300 você encontra por volta de R$ 415,00. Para micros mais baratos o ideal seria usar mesmo o Pentium MMX-233 - isso se você ainda encontrá-lo à venda, é claro - pois o conjunto placa-mãe + processador sai por somente R$ 340,00. Já o Pentium II não é para qualquer um: a placa-mãe (ASUS P2L97) + o Pentium II-266 sai por volta de R$ 715,00 e o conjunto placa-mãe + Pentium II-300 gira em torno de R$ 845,00. Seguindo os resultados de desempenho e os preços, a melhor relação custo/benefício é do processador K6-2 da AMD. Não marque bobeira: o conjunto processador + placa-mãe do K6-2-300 sai R$ 330,00 mais barato que o mesmo conjunto do Pentium II-300 e você ainda leva um micro com desempenho superior ao do Pentium II-300. Nota: Preços (média de mercado) de agosto/98. Participaram de nossos testes: Fabiano Alves Pinheiro, Gabriel Torres, Helton Lima e Walter Corrêa.
  21. No setup do micro você pode definir uma senha, que poderá ser solicitada sempre em que o micro for ligado. Essa opção é excelente para você manter bisbilhoteiros longe de seu micro, principalmente seu irmão caçula que resolve jogar aquele joguinho das minhocas assassinas quando você não está e sai mexendo em seu micro... Para aqueles que não sabem, o setup do micro é geralmente chamado pressionando-se a tecla Del durante a contagem de memória. A senha é definida na opção "Change Password". Para desabilitar a senha, basta entrar uma senha "em branco", pressionando a tecla Enter. No setup avançado (Advanced Setup), você pode definir, através da opção "Password Checking Option" (ou "Security Option", dependendo do micro), quando a senha será solicitada: toda a vez em que o micro for ligado (opção "System" ou "Always") ou se somente quando o usuário tentar entrar no setup (opção "Setup"). Essa segunda opção é excelente para proteger o setup do micro em locais onde existam muitos engraçadinhos que gostam de fuçar o setup mas precisam ter, ao mesmo tempo, acesso ao equipamento - como em cursos de informática, por exemplo. Socorro! Qual era a senha!?! Muitos usuários nos escrevem perguntando como fazer para "burlar" a senha do setup. Em muitos casos, lojas de informática vendem micros com senha no setup para evitar que o usuário faça alguma bobagem, desconfigurando o micro sem querer. Em outros casos, o usuário acaba esquecendo a senha configurada. Seja qual for o seu caso, há como facilmente eliminar a senha do setup. Vejamos como. Se a senha é solicitada somente quando tentamos entrar no setup e o micro carrega o sistema operacional normalmente, a maneira mais fácil de eliminar a senha do setup é através do comando Debug do MS-DOS. No caso do Windows 9x, basta abrir uma janela DOS através do ícone Prompt do MS-DOS e chamar o Debug. Abaixo estão os comandos que deverão ser entrados: debug -o 70 e2 -o 71 ff -q Por outro lado, se a senha é solicitada sempre que o micro é ligado e você não consegue nem carregar o sistema operacional, você precisará adotar uma atitude mais drástica. Na placa-mãe do micro existe um jumper com a finalidade de descarregar o conteúdo da memória de configuração (CMOS). Esse jumper geralmente fica na parte traseira da placa-mãe e você deverá alterá-lo de posição com o micro desligado. Ligue o micro (talvez o micro nem ligue). Desligue o micro e retorne o jumper para sua posição original. O micro não irá mais solicitar a senha. Outra alternativa é o uso do programa KillCMOS, disponível aqui. Nota: o KillCMOS é identificado como arquivo malicioso por muitos programas antivírus, visto que ele apaga o conteúdo da memória CMOS. Seja qual for a medida tomada, atenção: todos os procedimentos descritos descarregam por completo o conteúdo da memória de configuração (CMOS) do micro. Isso significa que você precisará reconfigurar o setup após o procedimento de anulação de senha. Se você não souber configurar o setup, é melhor não seguir a dica apresentada hoje. Nesse caso, o melhor é procurar algum profissional da área de manutenção e configuração de micros para lhe ajudar.
  22. A AMD criou recentemente a tecnologia 3DNow! um recurso novo e inovador do processador AMD K6-2. As vantagens proporcionadas por essa nova tecnologia incluem maior quantidade de quadros por segundo em imagens de alta resolução, modelagem física muito melhor de ambientes reais, imagens 3D mais nítidas e detalhadas, playback de vídeo mais contínuo e áudio com qualidade próxima a de cinema. Um dos benefícios mais comentados dessa tecnologia é a sua capacidade de melhorar drasticamente gráficos 3D. Para ajudá-lo a entender o recente universo de 3D, nós relacionamos para você uma lista com algumas noções sobre 3D. essa lista não pretende ser um documento altamente técnico, mas sim um simples guia para que você compreenda melhor a terminologia normalmente utilizada. API (Application Programming Interface, Interface de Programacao de Aplicativo): Um conjunto de rotinas que um aplicativo utiliza para solicitar e conduzir serviços de baixo nível executados por um sistema operacional de computador. Ou, em uma linguagem mais "humana", um conjunto de rotinas que localiza-se entre o hardware (CPU e Processador de vídeo, por exemplo) e o aplicativo de software (um jogo, por exemplo). Os programadores só precisam escrever o código uma vez para a API , permitindo que ele rode no hardware de qualquer fabricante. DirectX: Uma API do Windows voltada para o desenvolvimento de programas com conteúdo multimídia. Segundo a Microsoft, ela oferece o primeiro conjunto completo de ferramentas que permite aos programadores acessar a flexibilidade multi-plataformas da Internet e as poderosas capacidades de multimídia do computador pessoal. O DirectX 6.0 é otimizada para 3DNow! e está disponível para aumentar o desempenho dos PCs baseados em processadores AMD-K6-2. Direct3D: Uma API do DirectX utilizada especificamente para gráficos 3D. O Direct3D está sendo fortemente promovida pela Microsoft como sendo uma importante API para jogos e outras aplicações 3D. O Direct3D, sendo uma parte do DirectX 6.0, é otimizada para tecnologia 3DNow!. OpenGL: Uma API utilizada há bastante tempo em estações de trabalho 3D de ponta. Muitos fabricantes de jogos também estão usando essa API. O OpenGL será otimizada para tecnologia 3DNow!. AGP (Accelerated Graphics Port): O AGP é uma conexão ponto-a-ponto de alta velocidade entre o chipset do sistema (ponte norte) e o chip gráfico. O AGP destina-se a aumentar a qualidade, a taxa de quadros por segundo e a interatividade de aplicativos 3D e otimizar o custo do equipamento. A característica-chave do AGP é sua interface de alta velocidade com a memória principal (RAM). Isto significa que o buffer de quadros (e, mais significativamente, as funções de cache do buffer de quadros) pode localizar-se na memória principal, em vez de na placa (reduzindo o custo). Dessa forma, recursos 3D tais como mapas de textura podem ser maiores e armazenados na memória RAM, em vez de no buffer de quadros. Assim, mantém-se o buffer de quadros menor. Cores de 16, 24 e 32 bits: Cada pixel é representado por uma cor. O modo 16 bits pode produzir 65.536 cores, enquanto o modo 24 bits pode produzir 16,7 milhões de cores. O modo 32 bits proporciona o mesmo número de cores que o modo 24 bits, mas gráficos de 32 bits podem ser manipulados muito mais rapidamente do que gráficos de 24 bits. Além disso, gráficos de 32 bits requerem cerca de 25% a mais de memória. Como o ser humano não consegue diferenciar mais do que 10 milhões de cores diferentes, considera-se que tanto gráficos de 24 bits como de 32 bits possuem qualidade fotográfica. Taxa de "Blit" (Blit Rate): O processo de copiar uma seqüência de dados da memória principal do PC para a da placa de vídeo é chamado de "Blitting". A velocidade dessa operação é a taxa de "blit". Taxa de Preenchimento (Fill Rate): Uma medida de quantos pixels uma placa 3D pode desenhar em um segundo. Sprite: Um objeto gráfico (freqüentemente, um caractere ou cursor) que pode ser movimentado sobre uma imagem de fundo. Engine: A parte de um programa de software que gerencia e atualiza os gráficos 3D em tempo real. Polígono: Uma figura fechada, separando uma área interna de uma externa, formada por pelo menos três linhas - um triângulo, por exemplo. Triângulos (polígonos simples de três lados) formam a base para objetos criados no ambiente 3D. Na maioria dos aplicativos 3D, os objetos são feitos de polígonos dispostos em uma variedade de maneiras, de modo a criar uma imagem realística. Na maioria das vezes, centenas ou milhares de polígonos são necessários para um único objeto 3D, criando uma enorme quantidade de dados a serem gerados e manipulados. A tecnologia 3DNow! é idealmente adequada a esse tipo de ambiente. Pixel - PI(X)cture ELement (Elemento de Imagem): A menor unidade de gráficos gerada por um adaptador de vídeo, geralmente do tamanho de uma cabeça de alfinete. Pixels podem possuir praticamente qualquer cor, dependendo das capacidades do adaptador. Texel - TE(X)ture ELement (Elemento de Textura): Um pixel de um mapa de textura que foi aplicado a um polígono. Malha: Termo para um objeto ou cena 3D - assim denominado por possuir a aparência de fios entrelaçados (como em uma rede). Estrutura de Arame (wireframe): Uma exibição bruta de um objeto, utilizando linhas para representar as bordas dos polígonos, o que a faz lembrar uma escultura feita de uma malha de arame. Sombreamento Plano (Flat Shading): Mostra a superfície e as cores, de uma maneira simples. Os objetos parecem, freqüentemente, facetados (pouca ou nenhuma suavidade entre os polígonos). Sombreamento Suave (Goraud Shading): Mostra a superfície com cor e suavização. E um modo de exibição muito popular atualmente, pois o hardware pode suporta-lo. Ainda assim, requer muito poder de processamento. Texturização suave: Começa a parecer-se com uma renderização pronta. Exige uma quantidade enorme de poder de processamento da CPU e de memória. Iluminação: São necessárias luzes para iluminar objetos em rotação, de forma que eles pareçam o mais realísticos possível na renderização final. Quatro tipos principais de luzes são utilizadas em software 3D: 1. Luzes Omni: Como uma lâmpada, iluminando objetos em todas as direções. 2. Luzes Spot: Destacam uma porção de um objeto. 3. Luzes Distantes: Usadas para simular fontes distantes de luz, tais como a lua, que cria sombras paralelas. 4. Luz Ambiente: Presente em todos os lugares, em um espaço 3D. Usada para simular a luz refletida por outros objetos. Brilhos Especulares: Os reflexos brilhantes de luz vistos em objetos polidos. Renderização: O processo de um computador interpretar todos os dados de objetos e iluminação, e então criar uma imagem finalizada, vista pela perspectiva escolhida. Renderizacao "Chata" (Flat): Cria superfícies de polígonos com contornos nítidos, cada uma preenchida por uma só cor. Um meio muito rápido, porem bruto, de renderizar uma cena. Sombreado Gouraud: Une suavemente superfícies de objetos, tornando-os muito mais realísticos do que superfícies com renderizacao "chata". Muitos dos jogos e simuladores de vôo 3D em tempo real mais novos utilizam sombreado Gouraud (também conhecido com sombreado suave). Sombreado Phong: Uma forma de sombreado mais realística e complexa do que Gouraud, e que requer ainda mais poder de processamento. Ray Tracing (Traçado de Raios): O mais alto nível de qualidade de renderizacao disponível através da maioria de aplicativos de desenvolvimento 3D em computadores desktop. Permite que um raio seja refletido em superfícies e distorcido, exatamente como a luz real. O resultado obtido é muito realístico, com sobras extremamente precisas, reflexões e até mesmo refração. Transformações: Operações que alteram a posição, o tamanho ou a orientação de um objeto. Transformações comuns incluem Mover, Ampliar/Reduzir e Rotacionar. Deformações: Semelhante as transformações, mas alteram objetos de maneiras como Torcer, Entortar, Enviesar etc. Corte (Clipping): Eliminação de quaisquer polígonos fora do campo de visão do observador. Mapeamento de Textura: É o processo de desenvolver e designar atributos de material a um objeto, para proporcionar uma aparência realística. Antes de as texturas serem aplicadas, todos os objetos em um programa 3D possuem uma aparência padrão de plástico, seja cinza ou em algumas cores. O mapeamento dá ao objeto uma cor, acabamento, ou textura específicos. O segredo para criar cenas 3D convincentes é a prática - a prática que leva a imperfeição! Na realidade, os objetos possuem contornos brutos e imperfeições. O mapeamento de texturas permite este tipo de realismo. Pense em uma pedra: Uma parede composta por retângulos levemente irregulares, todos com superfícies chatas e cinzas e tão pouco convincente quanto uma parede feita de blocos perfeitos. Mas quando a textura de uma "pedra", com suas imperfeições, e adicionada aos objetos, os blocos anteriormente cinzas e simples adquirem a aparência de pedras verdadeiras. Os recursos mais importantes de mapeamento de texturas são correção de perspectiva, mapeamento MIP e filtragem bilinear. Textura: Uma imagem em bitmap, seja digitalizada ou pintada, que proporciona a um material qualidades realísticas. Bitmap (BMP): Um formato comum de imagens de 24 bits. Originalmente desenvolvido pela Microsoft como o formato nativo para ícones e imagens no ambiente Windows. JPG: Usado normalmente para armazenar imagens fotográficas - muito popular na Internet. GIF: Usado amplamente por programas comerciais e shareware - freqüentemente usado como formato padrão de imagens na Internet - também inclui um formato animado, utilizado na Internet em muitas animações gráficas simples. Correção de Perspectiva: Corrige as texturas, ajustando-as a perspectiva do observador. Os jogos, hoje em dia, tendem a utilizar triângulos relativamente grandes e empregar mapas de textura para dar a aparência de muito mais detalhe do que seria possível de outra forma. Apesar de a manutenção da perspectiva correta exigir poder de processamento, as abordagens alternativas resultam em distorção visível e texturas flutuantes, o que provoca perda de atenção na cena em doses brandas e enjôo em doses maiores! Mapeamento MIP: essa técnica melhora a qualidade de imagem de objetos 3D distantes. Mapas MIP são texturas múltiplas com diferentes resoluções, que representam a textura quando vista de distâncias variadas e são substituídas na textura conforme o ponto de vista aproxima-se (ou afasta-se) do objeto. esse recurso evita que objetos distantes tenham uma aparência caótica. Filtragem bilinear e trilinear: A filtragem bilinear é uma das maneiras mais simples de evitar um efeito "pixelated" (aparência de mosaico, ou em blocos) nas texturas, o que pode se tornar especialmente obvio quando o observador aproxima-se de um objeto com mapeamento de textura, tal como uma parede. esse recurso suaviza a textura, colorindo cada texel com uma media ponderada dos valores das cores dos quatro texels ao redor. A diferença da qualidade resultante é dramática, especialmente nos casos em que mapas de textura são ampliados. Anti-aliasing: Pelo fato de imagens digitais serem basicamente constituídas por uma matriz de pontos, as linhas que não sejam perfeitamente horizontais ou verticais podem criar objetos com linhas serrilhadas (com a aparência de uma "escada"). Essas imagens com os cantos quadrados são chamadas, freqüentemente, de "jaggies". O Anti-aliasing reduz esse efeito, preenchendo os pixels nas regiões "serrilhadas" como cores intermediárias entre a cor da linha e a cor de fundo, suavizando as bordas e tornando a linha mais fluida. Névoa (Fogging): Um dos efeitos atmosféricos mais comuns - permite que objetos próximos sejam vistos claramente, ao passo em que objetos distantes podem parecer esmaecidos. Por exemplo, os objetos podem parecer dissolver-se na névoa distante. esse efeito e não somente atmosférico, mas os programadores gostam dele porque pode-se reduzir a quantidade de detalhes contidos ao mesmo tempo em uma cena, reduzindo-se assim o peso sobre a CPU e o acelerador gráfico. Buffer Z: Um recurso relativamente novo e popular, serve para coordenar precisamente a superposição de objetos no espaço 3D. Usado freqüentemente para a criação de efeitos de névoa. Em vez de armazenar apenas a posição espacial de um pixel (x,y), o buffer z armazena também a profundidade. Um buffer contendo estes valores de profundidade é denominado buffer z. Combinação Alfa (Alpha Blending): Método de misturar texturas, permitindo muitos efeitos visuais, como reflexões ou transparência parcial. Os objetos podem adquirir um alto grau de transparência, tal como água límpida, ou uma translucência parcial, como explosões.
  23. A AMD acaba de anunciar o lançamento de seu novo processador, chamado K6-2. Este processador utiliza a mesma pinagem do Pentium e Pentium MMX (soquete 7) trazendo, porém, duas inovações tecnológicas importantes. A primeira, que freqüentemente falamos por aqui, é a utilização do barramento externo de 100 MHz. Quase todos os processadores hoje trabalham externamente a 66 MHz, atingindo uma taxa de transferência externa máxima teórica de 528 MB/s (essa taxa é utilizada na comunicação entre o processador e a memória RAM). Utilizando o barramento a 100 MHz, esta taxa pula para 800 MB/s. Outro processador que operar externamente a 100 MHz é o Pentium II "Deschutes" (Pentium II a partir de 350 MHz). É válido ressaltar que os processadores Intel são tradicionalmente bem mais caros que os processadores concorrentes. Isso significa que um K6-2 pode apresentar umo desempenho igual ou superior a um Pentium II sob mesma freqüência de operação, só que por um preço bem mais em conta. O aumento da freqüência de operação externa faz com que haja um ganho real de performance. Por exemplo, comparar um Pentium II-300 ou mesmo um Pentium II-266 com um K6-2-300 é um pouco complicado, já que o primeiro processador usa barramento de 66 MHz e o segundo, de 100 MHz. Outro ganho de performance importante é no barramento AGP. Esse barramento exclusivo para placas de vídeo 3D e presente em algumas placas-mães pode operar em basicamente dois modos de operação: x1 (264 MB/s) e x2 (528 MB/s). Apesar de a maioria dos chipsets (circuitos da placa-mãe) oficialmente operarem o AGP a até 528 MB/s, na prática esso desempenho nunca era atingida, já que o barramento local também trabalhava a essa taxa: não sobrava "espaço" para intercalar duas transferências com alta taxa de velocidade. Como conseqüência, a taxa de transferência caía para que as duas transferências pudessem ser executadas. Como o barramento local do K6-2 trabalha a 800 MB/s, sobra "espaço" para uma transferência do barramento AGP a 528 MB/s sem ter de diminuir o desempenho do micro. Outra vantagem interessante é a utilização do soquete 7, o mesmo padrão do Pentium e do Pentium MMX, ao contrário do Pentium II que utiliza um conector proprietário chamado slot 1. A tendência é que as placas-mães para o K6-2 sejam, portanto, bem mais baratas que as placas-mães para Pentium II. Por falar nisso, para aproveitar toda o desempenho do processador K6-2, a placa-mãe deverá ser capaz de trabalhar a 100 MHz. Atualmente o melhor chipset para operar a 100 MHz é o MVP-3 da VIA Technologies. Portanto, na escolha de uma placa-mãe para o K6-2, dê preferência a comprar uma que utilize o chipset VIA MVP-3. A segunda inovação tecnológica é a tecnologia 3D Now. Essa tecnologia consiste na adição de mais 21 instruções ao conjunto de instruções MMX. Todo o conceito do MMX continua inalterado, ou seja, as instruções 3D são instruções que utilizam o conceito SIMD (Single Instruction, Multiple Data), capazes de processar mais de um dado por vez, fazendo com que o desempenho aumente. Enquanto as instruções MMX são instruções simples baseadas nas instruções de manipulação de números inteiros, as instruções 3D são um pouco mais "poderosas", formada basicamente por instruções de manipulação de números de ponto flutuante (instruções do coprocessador matemático). A princípio, só se beneficia da tecnologia 3D Now os programas que forem escritos com instruções 3D Now (da mesma forma que só se beneficia da tecnologia MMX os programas que forem MMX). Ou seja, essa tecnologia não aumentará a velocidade de seu aplicativo gráfico ou de seu processador de textos. Acontece que essa tecnologia foi desenvolvida em parceiria com a Microsoft e outros fabricantes. A Microsoft já garantiu que a sua interface de programação multimídia DirectX 6.0 (a ser lançada em breve) terá suporte total à tecnologia 3D Now. Isso significa que programas escritos baseados no DirectX (jogos 3D, por exemplo) ficarão mais rápidos em processadores com a tecnologia 3D Now caso você tenha o DirectX 6.0 instalado em sua máquina (caso contrário o programa não se beneficiará da tecnologia 3D Now). O DirectX "traduz" as instruções do programa para instruções baseadas na tecnologia 3D Now. A AMD também já avisou que será lançada uma nova versão do OpenGL (outra interface de programação multimídia muito usada) com suporte total a essa nova tecnologia.
  24. Diversos modelos de placa-mãe estão trazendo vídeo "on board", ou seja, placa de vídeo embutida na própria placa-mãe. Desta forma, não é necessário o uso de nenhuma placa de vídeo adicional. Há duas técnicas básicas utilizadas para a construção desse tipo de placa-mãe. No passado, as placas-mães utilizavam somente um processo de simples integração da placa de vídeo à placa-mãe. Na placa-mãe havia o processador de vídeo e a memória de vídeo à parte, como ocorre em um micro onde a placa de vídeo é instalada em um dos slots da placa-mãe. Atualmente, entretanto, diversas placas-mães estão utilizando a arquitetura UMA (Unified Memory Architecture). Essa arquitetura faz com que parte da memória RAM do micro seja usada como memória de vídeo, ao invés da memória de vídeo ser formada por circuitos à parte na placa-mãe. Essa arquitetura é utilizada por placas-mães que não possuem chipsets Intel (os chipsets Intel não permitem a arquitetura UMA), como os chipsets SiS 5598 ("TX Pro 2" e "Super TX", que são outros nomes para este chipset) e VX Pro 2. Obviamente a quantidade de memória RAM disponível para aplicativos será menor, já que a memória de vídeo será formada por parte da memória RAM. Se você configurar o micro a ter 2 MB de memória de vídeo, você terá 2 MB de memória a menos. Um micro com 16 MB de RAM ficaria com somente 14 MB disponíveis, por exemplo. Muitos leitores têm perguntado sobre as placas-mães VX Pro 2 com 4 MB de memória de vídeo. Na verdade, como o chipset VX Pro 2 usa a arquitetura UMA, esses "incríveis" 4 MB de vídeo são da memória RAM. Se você configurar o micro a usar 4 MB de memória de vídeo, ele ficará com 4 MB a menos para aplicativos. Nesse tipo de placa-mãe, a configuração da quantidade de memória de vídeo que o micro utilizará é feita no setup (basta pressionar a tecla "DEL" durante a contagem de memória). Em geral há três configurações possíveis: 1 MB, 2 MB e 4 MB. A configuração do vídeo é feita da mesma forma que as placas de vídeo comum. Você precisará do disquete ou CD-ROM contendo os drivers de vídeo, que acompanha a placa-mãe. Caso a sua placa não tenha vindo com os drivers ou então caso você tenha perdido o disquete ou CD-ROM, você poderá baixá-los na Internet no site do fabricante da placa. Por falar em vídeo "on board", algumas dessas placas-mães também possuem áudio "on board", ou seja, uma placa de som integrada na própria placa-mãe. Alguns usuários estão encontrando dificuldades para instalar e configurar o áudio "on board". Em geral a solução é a utilização de um driver atualizado.
  25. No ar em 27 de maio de 1998 Atualizado em 01 de junho de 1998 Placas de redes Existem basicamente dois tipos de placas de rede: ISA e PCI. A diferença fica por conta da taxa de transferência máxima que pode ser obtida. A comunicação em placas de rede ISA chega a somente 10 Mbit/s, enquanto em placas de rede PCI a comunicação pode atingir até 100 Mbit/s. No caso de você optar por utilizar placas PCI, tome cuidado com o tipo de cabo e outros periféricos que serão utilizados (como hubs), já que nem todos trabalham com taxas acima de 10 Mbit/s. Por exemplo, há hubs que trabalham somente a 10 Mbit/s. Mesmo que sua rede seja composta somente por micros com placas de rede PCI, a taxa ficará limitada pela taxa do hub de 10 Mbit/s. Da mesma forma, há cabos do tipo para trançado (por exemplo, categoria 3 ou categoria 4) que não são indicados a trabalhar a 100 Mbit/s. Além disso, devemos adquirir placas de rede de acordo com o tipo de cabo a ser utilizado. Na Figura 1 você observa uma placa de rede ISA contendo 3 conectores. Nem todas as placas possuem todos esses conectores. Você pode encontrar em placas de rede basicamente três tipos de conectores: Conector RJ-45: Para a conexão de cabos do tipo par trançado. Conector AUI: Permite a conexão de transceptores (transceivers), para a utilização de cabo coaxial do tipo grosso (10Base5) ou outras mídias. Conector BNC: Para a conexão de cabos do tipo coaxial. Figura 1: Placa de rede ISA contendo todos os conectores. Quando você for comprar uma placa de rede, ela deverá vir obrigatoriamente com manual e um disquete contendo seus drivers. No caso de placas de rede com conector BNC, elas vêm também com um conector BNC do tipo "T". Cabos É claro que você deverá utilizar alguma mídia para conectar os micros de sua rede. A mídia mais utilizada é o cabo. Existem diversos tipos de cabos e estaremos discutindo os tipos mais utilizados, suas vantgens e suas desvantagens, bem como veremos como deve ser preparado o cabo para uso. Cabo Coaxial No passado esse era o tipo de cabo mais utilizado. Atualmente, por causa de suas desvantagens, está cada vez mais caindo em desuso, sendo, portanto, só recomendado para redes pequenas. Entre essas desvantagens está o problema de mau contato nos conectores utilizados, a difícil manipulação do cabo (como ele é rígido, dificulta a instalação em ambientes comerciais, por exemplo, passá-lo através de conduítes) e o problema da topologia. A topologia mais utilizada com esse cabo é a topologia linear (também chamada topologia em barramento) que, como veremos em outra aula, faz com que a rede inteira saia do ar caso haja o rompimento ou mau contato de algum trecho do cabeamento da rede. Como a rede inteira cai, fica difícil determinar o ponto exato onde está o problema, muito embora existam no mercado instrumentos digitais próprios para a detecção desse tipo de problema. Vantagens: Fácil instalação Barato Desvantagens: Mau contato Difícil manipulação Lento para muitos micros Em geral utilizado em topologia linear Existem dois tipos básicos de cabo coaxial: fino e grosso. Na hora de comprar cabo coaxial, você deverá observar a sua impedância. Por exemplo, o cabo coaxial utilizado em sistemas de antena de TV possui impedância de 75 ohms. O cabo coaxial utilizado em redes possui impedância de 50 ohms. Nota: Estamos nos referindo ao padrão de redes Ethernet, o mais utilizado. Existem outros padrão esdrúxulos (e pouco usados) que utilizam cabos com outras impedâncias. Como exemplo, o padrão Arcnet, onde o cabo deve ter impedância de 93 ohms. Cabo Coaxial Fino (10Base2) Esse é o tipo de cabo coaxial mais utilizado. É chamado "fino" porque sua bitola é menor que o cabo coaxial grosso, que veremos a seguir. É também chamado "Thin Ethernet" ou 10Base2. Nesta nomenclatura, "10" significa taxa de transferência de 10 Mbit/s e "2" a extensão máxima de cada segmento da rede, neste caso 200 m (na verdade o tamanho real é menor). Figura 2: Cabo coaxial fino. Características do cabo coaxial fino: Utiliza a especificação RG-58 A/U Cada segmento da rede pode ter, no máximo, 185 metros Cada segmento pode ter, no máximo, 30 nós Distância mínima de 0,5 m entre cada nó da rede Utilizado com conector BNC Nota: "Nó" (do inglês "Node") significa "ponto da rede". Em geral é uma placa de rede (um micro), mas existem periféricos que também contam como um ponto da rede. No caso do cabo coaxial, podemos citar repetidores e impressoras de rede (existem impressoras que tem um conector BNC para serem ligadas diretamente ao cabo coaxial da rede). Cabo Coaxial Grosso (10Base5) Esse tipo de cabo coaxial é pouco utilizado. É também chamado "Thick Ethernet" ou 10Base5. Analogamente ao 10Base2, 10Base5 significa 10 Mbit/s de taxa de transferência e que cada segmento da rede pode ter até 500 metros de comprimento. É conectado à placa de rede através de um transceiver. Figura 3: Cabo coaxial grosso. Características do cabo coaxial grosso: Especificaçao RG-213 A/U Cada segmento de rede pode ter, no máximo, 500 metros Cada segmento de rede pode ter, no máximo, 100 nós Distância mínima de 2,5 m entre cada nós da rede Utilizado com transceiver Preparação do cabo coaxial Embora o cabo coaxial possa ser soldado ao seu respectivo conector BNC, esse método não é o mais apropriado. Os conectores BNC a serem utilizados com o cabo coaxial funcionam na base da pressão ("crimp"), economizando um tempo enorme na confecção de cada cabo. Para preparar um cabo coaxial, você necessitará de duas ferramentas: Descascador de cabo coaxial Alicate para crimp Figura 4: Descascador de cabo coaxial Figura 5: Alicate para crimp Cabo Par Trançado Esse é o tipo de cabo mais utilizado atualmente. Existem basicamente dois tipos de cabo par trançado: sem blindagem (UTP, Unshielded Twisted Pair) e com blindagem (STP, Shielded Twisted Pair). A diferença óbvia é a existência de uma malha (blindagem) no cabo com blindagem, que ajuda a diminuir a interferência eletromagnética e, com isso, aumentar a taxa de transferência obtida na prática. Figura 6: Par Trançado sem Blindagem (UTP). Figura 7: Par Trançado com Blindagem (STP). O par trançado, ao contrário do cabo coaxial, só permite a conexão de 2 pontos da rede. Por este motivo é obrigatório a utilização de um dispositivo concentrador (hub ou switch), o que dá uma maior flexibilidade e segurança à rede. A única exceção é na conexão direta de dois micros usando uma configuração chamada cross-over, utilizada para montar uma rede com apenas esses dois micros. O par trançado é também chamado 10BaseT ou 100BaseT, dependendo da taxa de transferência da rede, se é de 10 Mbit/s ou 100 Mbit/s. Vantagens: Fácil instalação Barato Instalação flexível Desvantagens: Cabo curto (máximo de 90 metros) Interferência eletromagnética Interferência eletromagnética Você deve ter sempre em mente a existência da interferência eletromagnética em cabos UTP, principalmente se o cabo tiver de passar por fortes campos eletromagnéticos, especialmente motores e quadros de luz. É muito problemático passar cabos UTP muito próximos a geladeiras, condicionadores de ar e quadros de luz. O campo eletromagnético impedirá um correto funcionamento daquele trecho da rede. Se a rede for ser instalada em um parque industrial - onde a interferência é inevitável - outro tipo de cabo deve ser escolhido para a instalação da rede, como o próprio cabo coaxial ou a fibra ótica. Categorias Ao comprar um cabo par trançado, é importantíssimo notar qual a sua categoria. Embora as categorias 3 e 4 trabalhem bem para redes de 10 Mbit/s, o ideal é trabalharmos somente com cabos de categoria 5, que conseguem atingir até 100 Mbit/s. Com isso já estaremos preparando o cabeamento para comportar uma rede de 100 Mbit/s: mesmo que atualmente a rede trabalhe a apenas 10 Mbit/s, ela já estará preparada para um futuro aumento da taxa de transferência. Categoria 3: até 10 Mbit/s Categoria 4: até 16 Mbit/s Categoria 5: até 100 Mbit/s Pinagem Ao contrário do cabo coaxial que possui somente dois fios - um interno e uma malha metálica ao redor, que elimina a interferência eletromagnética -, o par trançado é composto de oito fios (4 pares), cada um com uma cor diferente. Cada trecho de cabo par trançado utiliza em suas pontas um conector do tipo RJ-45, que justamente possui 8 pinos, um para cada fio do cabo. Figura 8: Conector RJ-45 Teoricamente os cabos podem ser feitos de qualquer maneira, desde que o pino 1 de uma extremidade seja conectado ao pino 1 da outra extremidade e assim sucessivamente para todos os 8 pinos dos conectores, ou seja, se você conectar o fio marrom ao pino 1 de uma extremidade, deverá conectar o pino 1 ao fio marrom da outra extremidade do cabo. O problema desse procedimento é que você criará um padrão de cabos só seu e que só funcionará naquela determinada rede. No futuro, se um técnico precisar fazer a manutenção em um cabo, ele ficará simplesmente perdido. Nota: A modificação aleatória do ordem dos fios pode causar a "Paradiafonia", que é o vazamento de energia elétrica entre pares de fios do mesmo cabo, podendo causar problemas na rede. Nós observamos que, como o própio nome diz ao cabo, os fios formam pares trançados onde estas tranças protegem os sinais da interferência externa. Esta proteção só existe quando estes pares fazem parte do mesmo circuito. (Ricardo Rodrigues) Para evitar esses tipos de problemas, existem dois padrão internacionais amplamente utilizados: T568A e T568B. Desta forma, basta optar por um dos dois padrões e fazer os cabos de acordo com a ordem dos fios impostas por eles. Assim não haverá dúvidas na hora de montar os cabos e na sua manutenção. Nas figuras 9 e 10 você observa a ordem dos fios desses dois padrões. Figura 9: Padrão T568A. Figura 10: Padrão T568B. Nota: os pares são formados por um fio que é azul, laranja, verde ou marrom, e um segundo fio que é branco. Em alguns cabos, como nas figuras acima, os fios de cor branca possuem listras finas de acordo com a cor do par que pertencem (azul, laranja, verde ou marrom). Na maioria das vezes, no entanto, o fio será totalmente branco. Para saber a qual par pertecem, basta ver com que fio colorido o fio branco está "enroscado". Por exemplo, o fio branco do par marrom estará trançado com o fio marrom e assim por diante. Assim, nas figuras acima as listras coloridas que colocamos nos fios brancos servem para você saber de qual par é o fio branco que estamos nos referindo, embora na prática os fios brancos não tenham tais listras. Preparação do cabo Para preparar o cabo em si você precisará, além de conectores RJ-45, um alicate para "crimp". Da mesma forma que os conectores BNC usados no cabo coaxial, os fios do cabo par trançado são presos ao conector RJ-45 por pressão. Basta alinhar os fios do pino 1 ao pino 8 do conector de acordo com o padrão a ser utilizado (T568A ou T568B) e pressionar o conector com o alicate. Não é necessário descascar os fios, pois o próprio conector RJ-45 possui seus pinos em forma de lâmina, descascando automaticamente os fios durante a montagem do cabo. Figura 11: Alicate para "crimp" de conectores RJ-45. Instalação do cabo O projeto de como e por onde os cabos irão ser fisicamente instalados no ambiente onde a rede está sendo implementada é muito importante. A melhor maneira de se instalar cabos é criando pontos de rede fixos, através de caixas conectoras. Os micros serão conectados a essas caixas através de um cabo de menor comprimento, enquanto as caixas são ligadas a outras caixas conectoras perto do concentrador (hub ou switch). Este procedimento além de facilitar a instalação das estações da rede, facilita a manutenção. Como na maioria das vezes problemas de cabo partido ocorrem na porção perto da estação de trabalho, bastará substituir apenas um pequeno trecho do cabo. Na figura você observa vários modelos de caixas conectoras. Existem tanto caixas internas a serem instaladas embutidas na parede quanto modelo externos. Lembre-se de comprar caixas aprovadas para trabalhar com categoria 5. Figura 12: Caixas conectores para cabo de par trançado Para fixar os fios na caixa conectora, você precisará de uma ferramenta de inserção. Figura 13: Ferramenta de inserção. Patch Panel Em redes de grande porte, os cabos UTP/STP provenientes dos diversos pontos de rede (caixas conectoras junto aos micros) são conectados a blocos de distribuição fixos em estruturas metálicas. Este conjunto é denominado Patch Panel. A ligação dos blocos de distribuição citados aos hubs e/ou switches se dá através de patch cords. A utilização de Patch Panels confere melhor organização, maior flexibilidade e consequentemente, facilita a manutenção. (Otto Fuchshuber Filho) Fibra ótica A grande vantagem da fibra ótica não é nem o fato de ser uma mídia rápida, mas sim o fato de ela ser totalmente imune a interferências eletromagnéticas. Na instalação de redes em ambientes com muita interferência (como em uma indústria, por exemplo), a melhor solução é a utilização da fibra ótica. A fibra ótica, sob o aspecto construtivo, é similar ao cabo coaxial sendo que o núcleo e a casca são feitos de sílica dopada (uma espécie de vidro) ou até mesmo plástico, da espessura de um fio de cabelo. No núcleo é injetado um sinal de luz proveniente de um LED ou laser, modulado pelo sinal transmitido, que percorre a fibra se refletindo na casca. As fibras podem ser multimodo ou monomodo. Em linhas gerais, sem a utilização de amplificadores, a primeira tem capacidade de transmissão da ordem de 100 Mbit/s a até cerca de 10 km (mais empregadas em redes locais), enquanto que a segunda alcança algo em torno de 1 Gbit/s a uma distância de por volta de 100 km (empregadas em redes de longa distância). Além das características de transmissão superiores aos cabos metálicos, a fibra, por utilizar luz, tem imunidade eletromagnética. Em contrapartida, seu custo é superior, é mais frágil requerendo que seja encapsulada em materiais que lhe confiram uma boa proteção mecânica e necessita de equipamentos microscopicamente precisos para sua conectorização, instalação e manutenção. Em redes locais de grande porte, normalmente se emprega a fibra ótica interligando os hubs, colapsados em switches e/ou roteadores que isolam os diversos segmentos, formando assim o backbone (espinha dorsal) da rede. (Otto Fuchshuber Filho) Figura 14: Fibra ótica. Vantagens: Velocidade Isolamento elétrico O cabo pode ser longo Alta taxa de transferência Desvantagens: Muito caro Difícil de instalar Quebra com facilidade Difícil de ser remendado

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