Testando o Psyko
O slogan do produto diz que ele é “o início da era do som como arma”. Parece algo saído da adaptação de Duna para os cinemas, em que uma arma sônica é usada pelos rebeldes do planeta desértico Arrakis (arma que só existe no filme, não no livro). Referências nerd à parte, a ideia do Psyko é que a imersão e ambiência sejam fatores que auxiliem o jogador a melhorar o desempenho. Quem joga FPS, os jogos de tiro em primeira pessoa, sabe como a informação da aproximação de um inimigo e da direção de um combate pode determinar a sobrevivência ou não, em alguns casos. E, claro, um grave retumbante e efeitos sonoros bem reproduzidos dão a sensação de se estar em pleno combate, aumentando a adrenalina e a curtição do jogo.
Antes de jogarmos, testamos a configuração do som 5.1 e do desempenho técnico do headset. Usamos faixas de áudio disponíveis na internet para esse fim, como os oferecidos gratuitamente pelo site Lynne Music e Stealth Settings. O primeiro oferece um arquivo em que uma voz identifica, um a um, o canal que está sendo tocado. O outro site contém faixas com testes de som da THX, alguns com elementos de vários filmes e games, outros que exigem bastante do subwoofer. O teste foi impressionante, especialmente com o som que saiu das caixas traseiras. Ele realmente surgiu por trás do ouvido, envolvendo o fone. Não é preciso ter ouvido musical para captar as nuances, mas quem tiver mais aptidão vai curtir o envolvimento sonoro.
Para curtir todo o potencial do headset, colocamos o jogo que julgamos o melhor em termos de som dos últimos tempos: Battlefield Bad Company 2. O game já impressiona em um headset normal, mas quando o Psyko entrou em cena foi preciso recalibrar o volume do jogo e a potência do amplificador para não sermos sobrepujados pelo som em si. Com tudo certinho, a imersão foi de cinema. Um dos momentos mais impressionantes do teste foi tentar escapar do helicóptero inimigo. Ao corrermos para o abrigo de uma casamata, foi possível ter noção do posicionamento da aeronave pelo som surround retumbando no headset, sem precisar confiar no minimapa. Escapamos pelo outro lado e ainda deu para chegar a uma artilharia com vida. É uma sensação que só quem joga aprecia, especialmente quando o equipamento aumenta a percepção de realismo.
O peso é um fator a ser considerado: apesar de ser mais leve do que aparenta, o Psyko ainda assim é mais pesado e “trambolho” que a concorrência, e isso ao longo do tempo cansa mais do que o normal. As soluções para torná-lo confortável são eficientes, mas o nível de tolerância vai depender de cada um. Só ressaltamos que ele realmente não é pesado como o design leva a crer. O ideal seria poder prová-lo, mas como ele é um produto importado no Brasil, não é possível tirá-lo de uma prateleira para testar o conforto.
O headset proporcionou uma sensação de surround parecida com aquela encontrada no ambiente externo de um home theater, cumprindo a promessa de seu criador James Hildebrandt, que havia dito que a experiência ocorria de forma natural, sem parecer uma simulação de surround.
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