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A tecnologia SenseMI da AMD realmente aumenta o desempenho?


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A tecnologia SenseMI da AMD realmente aumenta o desempenho?

Introdução

A tecnologia SenseMI da AMD foi anunciada juntamente com a primeira geração dos processadores Ryzen, e melhorada na segunda geração. Ela engloba vários recursos, entre eles o Precision Boost 2 e o XFR2 (Extended Frequency Range 2), que prometem fazer o processador trabalhar a um clock mais alto quando equipado com um sistema de refrigeração melhor. Vamos ver como essa tecnologia funciona na prática.

Há vários anos, os processadores da AMD e da Intel não têm um valor de clock fixo. Mesmo tendo um "clock nominal", os processadores trabalham a um clock mais baixo (e, simultaneamente, menor tensão de alimentação) quando não estão sendo exigidos, para economizar energia. Este recurso é chamado de Cool'n'Quiet nos processadores AMD e Enhanced SpeedStep (EIST) nos processadores Intel.

Além disso, há um recurso que permite aumentar o clock do processador quando é necessário mais desempenho, ou quando apenas poucos núcleos do processador estão sendo utilizados. Nos processadores da AMD esta tecnologia é chamada de Turbo Core, enquanto na Intel é chamada Turbo Boost.

A tecnologia SenseMI da AMD é uma evolução deste sistema. Segundo a AMD, esta tecnologia é um conjunto de cinco recursos: Pure Power (centenas de sensores localizados em vários pontos do processador), Neural Net Prediction (um sistema que utiliza inteligência artificial para otimizar o desempenho), Smart Prefetch (um algoritmo que otimiza o uso da memória cache), Precision Boost 2 (que ajusta o clock em função do número de núcleos em uso) e Extended Frequency Range 2 (XFR2), que aumenta o clock de todos os núcleos quando há um sistema de refrigeração de alto desempenho.

O Precision Boost 2 é o que faz com que a frequência na qual o processador efetivamente trabalha seja maior quando menor for o número de threads sendo utilizadas. Uma das novidades dos Ryzen de segunda geração é a existência de uma curva que relaciona o clock com o número de threads em uso, variando o clock de 25 MHz em 25 MHz. Na geração anterior, havia apenas dois clocks, um mais alto quando apenas uma ou duas threads estavam em uso, e outro mais baixo quando três ou mais threads estavam em uso.

Já o XFR2 permite, segundo a AMD, que o processador trabalhe com um clock mais alto em todos os núcleos quando o sistema detecta que a refrigeração está "dando conta do recado".

Uma coisa que temos de levar em conta é que, quando você configura o processador para trabalhar em overclock, o sistema de ajuste automático de clock é desabilitado, e o processador passa a trabalhar na frequência configurada, de forma fixa. Assim, para que o Precision Boost e o XFR2 funcionem, é necessário que o clock do processador esteja configurado em "auto" no setup da placa-mãe.

Nas próximas páginas, veremos os testes executados e seus resultados.

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Comentários de usuários

Respostas recomendadas

4 horas atrás, Cícero Rodrigues disse:

A Cooler Master fez um excelente trabalho com o Wraith PRISM, quem diria que um cooler a ar de 90mm teria um desempenho tão bom, fora esse designe que ficou bem legal.

Exatamente!

 

Acho que o teste deveria incluir o 2200G ou até mesmo o R7 1700, visto virem com um cooler não tão bom quanto este que foi testado.

 

Mas muito bom ver que esses processadores são espertos para obter vantagem automática do sistema de refrigeração.

 

Eu estou aguardando meu Ryzen vir.

 

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Seria interessante refazer esses testes em um ambiente mais real. Muita gente joga com ambiente a 30° ou acima. Testando com ambiente em 10° ou 14°C não dá pra tirar muita conclusão. É como se essas funções do processador fossem praticamente desnecessárias. 

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  • Membro VIP
57 minutos atrás, Tiago aqui disse:

Seria interessante refazer esses testes em um ambiente mais real. Muita gente joga com ambiente a 30° ou acima. Testando com ambiente em 10° ou 14°C não dá pra tirar muita conclusão. É como se essas funções do processador fossem praticamente desnecessárias. 

O ambiente em que os testes foram feitos é real. A menos que eu viva em uma simulação...

adicionado 1 minuto depois
7 horas atrás, Orlando666 disse:

No final, só uma correção: a não ser que você vá fazer ou a menos que você vá fazer. Esse "for" aí tá bem mal colocado. 

Obrigado, corrigido.

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11 horas atrás, Tiago aqui disse:

Seria interessante refazer esses testes em um ambiente mais real. Muita gente joga com ambiente a 30° ou acima. Testando com ambiente em 10° ou 14°C não dá pra tirar muita conclusão. É como se essas funções do processador fossem praticamente desnecessárias. 

Levando em consideração que ele só reduz o clock por volta dos 60~65ºc, testar a ~10c da muita margem para o cooler stock mesmo, H115i poderia estar pegando 40 e o wraith 55, performance não seria drasticamente afetada.

 

porém...subindo para os 25 ambiente, 55 no H115i e 70 no Wraith prism desabilitaria o PB2 e XF2, causando uma redução de 150~300Mhz no boost

 

Seria bom ter os gráficos com temperatura, e flutuação de clock que podem causar variações de frametimes que não seriam vistos na media.

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  • Administrador

@Tiago aqui @Atretador Conforme o Prof. Rafael Coelho já explicou inúmeras vezes, o que importa é a diferença entre a temperatura do processador e a temperatura ambiente e não a temperatura ambiente isoladamente. O Rafael Coelho é físico e professor universitário sobre este assunto, trata-se de uma questão de termodinâmica que eu mesmo não sei explicar mas ele já explicou várias vezes. Vou pedir para ele escrever um artigo explicando os detalhes técnicos, pois é um questionamento comum.

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@Gabriel Torres Neste caso, importa. SenseMI regula o clock de acordo com a temperatura do processador independente do diferencial térmico do ambiente para o processador. E entendo porque usar esta medida, fiz a mesma coisa para demonstrar os resultados do cooler stock vs meu Custom loop na minha HD 7950.

 

Se o processador esta a 50 ele vai pegar 4.3~4.4 Ghz no single-core e variar os outros núcleos para os 3.8 ~3.9 se ele esta a 60 ja vai cair para os 4.0~4.1Ghz no single, que é onde entra o XFR2 e o PB2, e tem mais o PBO - que não tenho muita informação, mas tambem afeta o clock- tudo dependente da temperatura.

 

Por isso, o meu exemplo acima, com a temperatura a 10c mesmo que haja uma variação de 15c entre o Wraith Prism que é um cooler excelente, e um H115i, ambos estando abaixo da faixa dos 60c vão apresentar a mesma performance, com a temp variando de acordo com o stress do processador. Se com ambiente a 10c o 2700X+H115i apresentar 30c e o 2700X+Wraith Prism apresentar 55c, ambos vão estar dentro da margem do XF2\PB2\PBO, no momento que você passa para um ambiente de 20c(que ao meu ver, seria bem mais realista que 10c, mas...aqui no sul bate 9c as vezes, então entendo), o wraith prism ja estaria batendo 65c e perdendo XFR2\PB2, que daria uma queda de frequencia em todos os núcleos e um boost single\dual core reduzido.

 

Por isso gostaria de ver os graficos com temperatura, variação de clock, frametime, etc.

 

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@Gabriel Torres

 

O problema neste caso não é a eficiência do cooler mas sim que o SenseMI é variável de acordo com a temperatura interna do die.

 

Agora, refazer o teste só por causa disso acho bobagem, porque a temperatura ambiente irá variar de local para local e não há solução viável para isso.

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  • Membro VIP
2 horas atrás, Phoenyx disse:

@Gabriel Torres

 

O problema neste caso não é a eficiência do cooler mas sim que o SenseMI é variável de acordo com a temperatura interna do die.

 

Agora, refazer o teste só por causa disso acho bobagem, porque a temperatura ambiente irá variar de local para local e não há solução viável para isso.

Exatamente, uma ideia seria refazer o teste em um dia quente de verão, daí teríamos os dois extremos.

Mas sinceramente, estamos falando em mudar a temperatura ambiente de 14 graus Celsius (um dia frio) como foi feito, para 24 graus Celsius (uma média) ou para 34 graus Celsius (uma temperatura representativa de um ambiente muito quente). Mas esta variação é pequena se comparada à temperatura que o processador atinge com um cooler básico, que passa tranquilamente dos 70 graus Celsius. Assim, poderíamos ter uma variação maior de desempenho em clima mais quente? Sim, poderíamos. Mas talvez o ganho de desempenho passasse de 2% para 3%, quando muito.

A própria AMD divulgou um comparativo de desempenho deste recurso, onde diz que o Wraith PRISM dá um ganho de 4% sobre um cooler básico, enquanto um cooler topo de linha daria um ganho de 7%. Ou seja, entre o PRISM e um cooler topo de linha, 3% de ganho. Só que eles fizeram a medição com a temperatura ambiente de 32 graus Celsius no teste com o PRISM e 20 graus Celsius com o topo de linha.

Assim, podemos concluir que:

1) o uso de um cooler topo de linha resulta em aumento de desempenho por causa da tecnologia SenseMI? Sim, mas muito pequeno.

2) uma temperatura ambiente mais baixa resulta em aumento de desempenho por causa da tecnologia SenseMI? Sim, mas muito pequeno.

Lembrando ainda que, caso você faça um overclock (mesmo que pequeno), a tecnologia SenseMI é desabilitada.

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Entendo a colocação de todos. Mas o recurso foi pensado em cenários ruins, onde a temperatura poderia se elevar muito, por exemplo um cooler mal dimensionado ou mal instalado, ou mesmo com defeito. Nesses cenários é que veríamos de fato o recurso trabalhar.

 

Comprei ontem uma Aorus X470 Gaming 7 + R2700x + 4x8 GB Kingston HiperX Pretator 2.933Mhz + ArticSilver 5, e assim que montar minha máquina vou fazer um teste usando os mesmos programas... aqui apesar de ser inverno ao dia a temperatura chega a uns 30 graus, então vou executar os testes la em casa com o ar desligado e escritorio totalmente fehcado, creio que consigo uns 35 graus.

 

Não desmerecendo o trabalho do admirável Rafael Coelho, o qual me traz muita satifação quando leio seus testes e avaliações, e agradeço a todos vocês por isso, pois leva conhecimento a quem busca e nos enriquece a mente, porém quero ver o recurso trabalhando em cenários críticos, gosto de ver isso, sou apaixonado por hardware e parece que quanto mais envelheço mais me apaixano.

 

Na parte de storage meu setup vai contar com uma matriz em raid 0 com dois SSD's WD Blue de 250GB.

 

Quando eu executar os testes compartilharei com vocês os detalhes e minhas impressões.

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11 minutos atrás, WandersonPerin disse:

Entendo a colocação de todos. Mas o recurso foi pensado em cenários ruins, onde a temperatura poderia se elevar muito, por exemplo um cooler mal dimensionado ou mal instalado, ou mesmo com defeito. Nesses cenários é que veríamos de fato o recurso trabalhar.

 

Comprei ontem uma Aorus X470 Gaming 7 + R2700x + 4x8 GB Kingston HiperX Pretator 2.933Mhz + ArticSilver 5, e assim que montar minha máquina vou fazer um teste usando os mesmos programas... aqui apesar de ser inverno ao dia a temperatura chega a uns 30 graus, então vou executar os testes la em casa com o ar desligado e escritorio totalmente fehcado, creio que consigo uns 35 graus.

 

Não desmerecendo o trabalho do admirável Rafael Coelho, o qual me traz muita satifação quando leio seus testes e avaliações, e agradeço a todos vocês por isso, pois leva conhecimento a quem busca e nos enriquece a mente, porém quero ver o recurso trabalhando em cenários críticos, gosto de ver isso, sou apaixonado por hardware e parece que quanto mais envelheço mais me apaixano.

 

Na parte de storage meu setup vai contar com uma matriz em raid 0 com dois SSD's WD Blue de 250GB.

 

Quando eu executar os testes compartilharei com vocês os detalhes e minhas impressões.

Com certeza, mostrar dados obtidos em um cenário crítico (temperatura ambiente alta) vai ser bem útil, por favor poste assim que concluir os testes. Obrigado!

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