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GNOME é tão pesado assim?


Marcos FRM

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XFCE é leve e funciona. Tenho noção, contudo, dos seus problemas. Apenas há pouco tempo o gerenciamento de energia passou a evitar o desligamento de tela quando um vídeo está em execução no Firefox (e o recurso está apresentando problemas); a integração com protetores/bloqueadores de tela era um caos, resolvido também recentemente, com alguns probleminhas pendentes ainda. Não há um gerenciador de login com integração completa ao ambiente como no GNOME (GDM) e KDE (SDDM).

 

Destaco duas questões estruturais, que demandarão muita mão de obra, possivelmente inviáveis no curto prazo:

 

➡️ Reformar xfce4-session para usar systemd --user na execução os aplicativos: isso GNOME e KDE fazem há algum tempo. Aumenta muito a robustez do ambiente e principalmente a resiliência em situações de pressão de memória (link).

 

➡️ Criar um compositor Wayland integrado ao ambiente: xfwm4 é puramente X11. Comparado ao GNOME (Mutter) e KDE (Kwin), ambos Wayland por padrão, está muito, mas muito atrás. X11 é totalmente obsoleto e o único lugar onde deveria viver é no XWayland, um servidor X fornecendo compatibilidade para aplicativos não nativos em compositores Wayland.

 

Não custa lembrar desta antológica apresentação, de 2013!, de Daniel Stone:

 

 

Então resolvi entrar na modernidade num notebook Acer antigo mencionado aqui:

 

 

GNOME enxuto do Arch. Grupo "gnome", mais alguns pacotes escolhidos a dedo. Apenas os serviços básicos: systemd-oomd, gdm, avahi, cups, NetworkManager, bluetooth. Duas extensões: a obrigatória Dash to Panel, com "isolar espaços de trabalho" habilitado (do contrário fica confuso), e Removable Drive Menu.

 

Demora pouco mais para iniciar, consome pouco mais de memória -- tendo uns 4 GB não tem importância, basta ter swap (que é importante para o systemd-oomd funcionar a contento). De resto? Super usável! Parece que o ponto de corte do Firefox para aceleração gráfica (Intel Sandy Bridge) é uma boa referência para máquinas capazes de rodarem razoavelmente o GNOME, com Wayland e tudo. Firefox usa X11 ainda (sua implementação do Wayland não está pronta); XWayland está por baixo do capô fazendo funcionar.

 

Tenho a impressão que a má fama do GNOME como pesado vem das más escolhas de pacotes instalados pelas distribuições. Posso falar com propriedade do Fedora: um absurdo a quantidade de porcaria instalada. Mais um motivo para amar o Arch. 🥰

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  • Membro VIP

18 guias no Firefox: primeira tocando um vídeo em 720p (VA-API ativa); algumas com bastante imagens (Pexels, Unsplash, galeria de fotos da Folha de São Paulo).

 

gnome44_recursos.thumb.jpg.8e0b6b8712ab161c805727066d711c1e.jpg

 

O relativo alto uso de swap engana: o sistema está razoavelmente responsivo. Não é mais aquele horror de uma década atrás, como explica este artigo:

 

https://chrisdown.name/2018/01/02/in-defence-of-swap.html

 

Máquina de ~11 anos atrás, com processador fraco, pouca memória para os padrões atuais (4 GiB), cujo único upgrade foi um SSD. Com essa instalação do GNOME, serve tranquilo para acessar a internet. Pouca diferença para o XFCE que estava antes em termos de desempenho, que é compensada com um ambiente mais desenvolvido.

 

Uma coisa é certa: esses cacarecos precisam de SSD, da mesma forma que máquinas novas!

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@Marcos FRM

Opa!

 

Na minha fase de testar várias distros até encontrar uma que se enquadrasse melhor nos meus gostos, passei por três com gnome atual: ubuntu, manjaro e pop_os. Realmente, achei bem mais pesado que as demais. Em idle, somente com o sistema rodando, o consumo de ram ficava na casa dos 2,4Gb na máquina que usava (processador intel 3470 e 8Gb de ram).

O wayland realmente faz muita diferença em aplicações gráficas. Eu experimentei essas 3 distros na época por que só com wayland uma aplicação web que eu queria ver era perfeitamente carregada. Mas achei um preço alto demais para usar só uma vez ou outra e em algo sem muita importância pra mim.

 

Depois de muito rodar esses anos em distros para usuários iniciantes/básicos, encontrei no Kubuntu meu amor para a vida (por enquanto rsrs). Mas é incrível como ele já vem muito pronto, até mais que o Mint, é bem econômico (1,3Gb em idle) e rápido e tem uma certa beleza.

 

Em 23/06/2023 às 21:44, Marcos FRM disse:

Fedora: um absurdo a quantidade de porcaria instalada.

Senti isso no Big. Apesar de ser muito rápido, isso me fez não permanecer com ele.

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  • Coordenador

Ao longo dos anos, testei uma infinidade de distros. Contudo, sempre me mantive focado em dois ambientes: GNOME e KDE Plasma. Sempre achei os demais meio... Distantes desses dois.

 

Em minha experiência, eu diria que o KDE Plasma tendeu, no geral, a ser um pouco mais responsivo. Mas isso também tem total relação com a distro sendo utilizada e de como foi configurada. A rigor, a diferença é bem pequena no final das contas para dois sistemas-base configurados da mesma forma. Além disso, cabe ressaltar como o GNOME 40 trouxe imensa melhoria na responsividade da interface. Existe muito "misticismo" sobre o quanto o GNOME é "absurdamente" pesado... E a prática mostra que não é bem assim.

 

Atualmente, estou usando Debian 12 GNOME em três máquinas. No desktop pouco importa, porque há processador e RAM de sobra. No laptop de 10 anos atrás? Pouco importa também... É como você disse: basta um SSD que um cacareco "cria asas". Meu ASUS S46CB com um Core i7 3537U, 8GB de RAM e Crucial BX500 240GB voa baixo com qualquer distro. Inclusive, chega a ser engraçado: é muito comum eu terminar alguma aula prática com o laptop e vir algum aluno comentar que o computador responde muito rápido. Quando digo que a máquina é de 2013, as pessoas não acreditam. Tenho até pena daqueles que estão, com computadores novinhos, rodando Windows 10 em "ferrugem giratória". Muitas vezes as pessoas compram pelo "maior número", daí a máquina com HDD de 500GB acaba tendo preferência frente a uma com SSD de 240GB.

 

Para você ter ideia, eu fui mais longe: instalei o mesmíssimo Debian 12 GNOME em um tablet ASUS T100TA com Atom Z3775 e 2GB de RAM. Como o troço tem memória eMMC, acabei optando por fazer swap em um cartão SD decente (de forma a poupar os minúsculos 32GB de armazenamento interno de um excesso de escritas). Usando ZRAM na proporção de 1:1, e com 4GB de swap no cartão, o negócio está surpreendentemente usável. Não é a melhor experiência do mundo (nem de longe), mas para navegar em poucas abas do Firefox e editar um documento no LibreOffice Writer ele dá pro gasto.

 

SSD baratinho + Linux bem otimizadinho = Cacareco go vrummmm. 😜

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Admiro quem usa distros "raiz" como Debian e Arch rsrs

 

18 horas atrás, KairanD disse:

No laptop de 10 anos

Eu uso meu notebook de 12 anos de idade (core i3 2ª geração, 4Gb de ram e HD de 512gb original ainda) com Lubuntu. Não voa, mas responde bastante bem com essa distro. Pretendo dar um up justamente com SSD.

 

Uma dúvida quanto a Debian e Arch: existe um tutorial confiável de como deixar ele "mais pronto" pra uso, com drivers e codecs de áudio/vídeo? Na época que pensei em instalá-los, vi que eles vinham sem absolutamente nada disso, principalmente o debian, pela filosofia e tal. Posso estar falando besteira, me corrijam por gentileza.

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O Arch tem um instalador oficial de uns tempos para cá. Automatiza um pouco a tarefa.

 

https://archlinux.org/news/installation-medium-with-installer/

 

Arch, igual ao Debian, tem todos os pacotes multimídia no repositório: é só saber o que instalar.

 

Algo a destacar é que o aplicativo "Programas" do GNOME é compilado, no Arch, sem suporte ao PackageKit. Assim, atualizações do sistema e instalação de programas dos repositórios oficiais não estão disponíveis nele. É uma decisão proposital. Citando o mantenedor:

 

Handling system packages via packagekit is just fundamentally incompatible with our high-maintenance rolling release distro, where any update might leave the system in an unbootable or otherwise unusable state if the user does not take care reading pacman's logs or merging pacnew files before rebooting.

 

https://github.com/archlinux/archinstall/issues/1321#issuecomment-1151343223

 

Portanto, apenas Flatpaks são suportados no aplicativo "Programas". Para o resto, tem que usar o pacman no terminal -- ou procurar um frontend gráfico, caso exista.

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18 horas atrás, Neto_S.Cruz disse:

Eu uso meu notebook de 12 anos de idade (core i3 2ª geração, 4Gb de ram e HD de 512gb original ainda) com Lubuntu. Não voa, mas responde bastante bem com essa distro. Pretendo dar um up justamente com SSD.

Esse hardware vai funcionar super bem assim que você colocar um SSD. Creio que qualquer distro, com qualquer ambiente de interface, vai rodar suave aí.

 

Muita gente condena hardware antigo como "lento" ou "incapaz", mas na maioria das vezes isso se resume a "ferrugem giratória" ou erros do usuário. Tem muita máquina com mais de 10 anos por aí que funciona com bastante folga para tarefas comuns.

 

18 horas atrás, Neto_S.Cruz disse:

Uma dúvida quanto a Debian e Arch: existe um tutorial confiável de como deixar ele "mais pronto" pra uso, com drivers e codecs de áudio/vídeo? Na época que pensei em instalá-los, vi que eles vinham sem absolutamente nada disso, principalmente o debian, pela filosofia e tal. Posso estar falando besteira, me corrijam por gentileza.

As coisas mudaram bastante nos últimos tempos. Para você ter ideia, agora o Debian começou a incluir firmwares proprietários de forma oficial na .iso stable.

 

Definitivamente não são distros amigáveis para quem estiver começando (não sei qual é seu nível de experiência), mas ao mesmo tempo não são "bichos de sete cabeças". Usando o modo expert para instalar o Debian ou o script Archinstall do Arch Linux, a maior parte do trabalho será feita automaticamente.

 

Escrevi um tutorial sobre o Debian há um tempo atrás, mas já está bastante defasado e com alguns conceitos que hoje eu alteraria: https://www.clubedohardware.com.br/forums/topic/1549563-debian-descomplicado-da-formatação-à-produtividade/

 

Devo escrever tutoriais atualizados tanto para o Debian quanto para o Arch, mas me faltam o tempo e a paciência, rs. Qualquer dia faço isso. Debian e Arch Linux foram as distros que usei por mais tempo. O que acho mais bacana é o tanto que são flexíveis: você consegue deixar o sistema exatamente como quer. As wikis de ambos também são super completas.

 

Outro sistema que me agradou muito foi o KDE Neon: https://www.clubedohardware.com.br/forums/topic/1609906-kde-neon-a-distribuição-linux-kde-ideal-minha-experiência-com-o-sistema/

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