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Controle dos MOSFETs com TL494


GuilhermeGB

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Estive olhando alguns circuitos que usam o CI TL494 para conversores de tensão e reparei que algumas configurações utilizam BJT PNP para acionar os MOSFETs (com coletor ligado ao gate e emissor em 12V), e alguns ligam o emissor dos transistores internos diretamente nos gates dos MOSFETs. Pelo que li o TL494 não fornece uma tensão de saída nos emissores suficiente para que os MOSFETs de potência funcionem corretamente, e faz sentido, pois dei uma olhada no diagrama interno e a base dos transistores são alimentadas com a tensão de referência interna de 5V, portanto os emissores teriam uma tensão menor que 5V na configuração seguidor-emissor. O problema é que eu vou ter que verificar algumas sucatas para tentar encontrar algum transistor PNP, mas gostaria de saber se preciso verificar alguma especificação especial sobre o transistor, ou basta que ele suporte uma tensão superior a -12V no coletor para que o MOSFET seja acionado corretamente?

 

Eu pretendo fazer um inversos push-pull de 12V para 127V ou 220V contínuos com regulação de tensão, futuramente estudarei a possibilidade de fazer uma ponte para gerar um sinal senoidal. Eu encomendei alguns MOSFETs IRFZ44N na internet (minha região carece de lojas para componentes eletrônicos), mas logo depois vi que seria mais vantajoso o modelo IRF3205 que possui especificações melhores. Em sucata de no-break encontrei quatro IRF2807 que pretendo fazer alguns testes também. Estou com alguns núcleos de ferrite retirados de fontes genéricas de 200W, pretendo fazer um enrolamento neles e ver o que consigo. Sou estudante de Engenharia Elétrica e estou me aventurando um pouca na área de eletrônica, apesar de que a faculdade onde eu estudo é mais focada na parte de potência (que é o mercado aqui), e eu ainda não tive a matéria de Eletrônica de Potência que trataria melhor desses assuntos, estou estudando por curiosidade mesmo. Se tiverem alguma sugestão, será bem vinda. Agradeço desde já.

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@Isadora Ferraz desculpe a falta de informação. Na verdade eu ainda não tenho o circuito definitivo, estou seguindo os exemplos já existentes na internet e estudando como vai ficar meu próprio projeto (quero entender como tudo funciona antes). A imagem abaixo mostra o esquema do circuito exemplo projetado por um cara do Youtube (RFilhoAltos)

 

1062893324_PlaquinhaTL494.thumb.jpg.1be45bd12f798dd40e0add43da89e1ab.jpg

 

Existem outros projetos aqui: https://drive.google.com/drive/folders/1joD_cGF1ylm5k8AyHmcLeDSZTYKJoEwV

Na internet a fora você acha circuitos como esses outros abaixo (geralmente para baixas frequências):

 

maxresdefault.jpg

 

67f976f5329683d1bdf39245b0bf211e.png

 

Já estive aqui no fórum um tempo atrás com um tópico sobre um assunto parecido, mas minha ideia antes era usar um Arduino como controlador para os MOSFETs e gerar uma onda senoidal via SPWM, você até me deu uma ajuda. Mas vi que a eficiência daquele tipo de circuito não é muito boa, principalmente por conta do tamanho do transformador e na questão de regulagem de tensão no outro lado. Daquele dia pra cá estudei bastante sobre assunto e agora decidi usar um CI como o TL494 (que eu possuo atualmente) ou um SG3525 para fazer um circuito de alta frequência (tipo algo de 20 a 50kHz) e também conseguir controlar a tensão e corrente (contínuas) de saída através dos amplificadores de erro, o que não está sendo feito no circuito acima. Futuramente penso na parte da onda senoidal.

 

A maioria dos projetos na forma que procuro estão em vídeos do Youtube que são feitos de forma meio amadora, sem muitas informações e explicações, só mostram a montagem e o projeto pronto. Eu ainda tenho dúvida sobre a potência desses transformadores de ferrite, já que são produzidos sob medida para determinadas aplicações, os parâmetros variam bastante, as dimensões do núcleo mudam, às vezes não batem com o datasheet do modelo escrito em cima deles (quando eles têm algum modelo), e a potência de um mesmo tipo de núcleo também varia conforme o tipo de aplicação. Existe até um suposto inversor de 1000W projetado pelo cara que falei no começo usando um transformador comum de fonte de PC sem qualquer modificação, ainda não tive paciência para assistir os vídeos. Parece que vou ter que aprender mais por meio da tentativa e erro.

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Me fez lembrar...

Certa feita há loooooooong time ago fiz um com o 3525 .usei 2n3055 e a 60Hz. Quando uma tv P&B funcionou a bateria quase tive um treco. De fato a próxima evolução seria a realimentação a qual teorizei uma amostra da saída a realimentar o pwm. Mas pena que não saiu da teoria pois drenei minhas energias pra outros ramos...

Nosso sumido amigo @albert_emuleé o phd nisso. Espero que ele se encontre bem. Se achar que deve poderá participar. Se não, consulte o forum sobre tal assunto e verás muitas publicações e videos dele.

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Vamos falar sobre transformador de ferrite: são adequados para alta frequência e o tamanho é proporcional a energia que consegue transferir em cada ciclo. Não confunda energia com potência, potência é energia ao longo de 1s. Dessa forma quanto maior a frequência mais potência se consegue com o mesmo núcleo.

Altas frequências acabam resultando em outros problemas. Existe uma quantidade de energia que se transforma em calor em cada ciclo durante a transição on/off do transistor. Multiplicando-se pela frequência, dependendo do valor esse pequeno montante deixa de ser tão pequeno. De forma prática com mosfet se usa entre 60kHz e 100kHz. Com IGBT entre 20kHz e 40kHz, se bem que tem havido uma grande evolução dos IGBTs.

Os integrados citados são antigos mas para primeira montagem de quem deseja aprender é até melhor que um mais moderno ou microprocessado. A simplicidade do circuito te manterá focado no processo de transformação de energia, deixe o microprocessado para quando dominar a transformação. Aproveitarás todo o estágio de potência, apenas o controle será trocado e poderás focar em como controlar de forma mais refinada.

O caminho que propuseste de iniciar por algo mais simples e posteriormente ir sofisticando é o melhor para quem deseja aprender.

Parabéns pela escolha.

Boa sorte.

 

4 horas atrás, GuilhermeGB disse:

Pelo que li o TL494 não fornece uma tensão de saída nos emissores suficiente para que os MOSFETs de potência funcionem corretamente, e faz sentido, pois dei uma olhada no diagrama interno e a base dos transistores são alimentadas com a tensão de referência interna de 5V,

 Aqui deste uma escorregada. A referência de 5V é usada nas entradas dos comparadores internos e ainda alimenta um pino para circuito externo que venha a necessitar de uma referência. A alimentação de todos os módulos que compõe o integrado é a externa que pode ir de 7V a 40V. O fato dos transistores serem excitados por porta lógica não implica em 5V, posso construir uma porta lógica operando em 200V se desejar, basta usar os transistores adequados. Sobre os comparadores, o funcionamento deles é simples: quando a entrada positiva supera a negativa a saída vai para o valor da alimentação positiva. Se a negativa superar a saída satura no zero ou no negativo (com fonte simétrica, não é nosso caso).

segue datasheet: https://pdf1.alldatasheet.com/datasheet-pdf/view/175445/ONSEMI/TL494ING.html

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1 hora atrás, Isadora Ferraz disse:

Certa feita há loooooooong time ago fiz um com o 3525

SG3525 e TL494 são quase a lesma lerda, como você mesmo diz... 

A diferença entre eles é a faixa de frequência, o 3525 fica na casa dos Hz e o 494 na casa dos khz, este segundo é o tradicional ci das fontes de PC xing ling. 

 

Mas voltando ao projeto do dono do tópico.... 

5 horas atrás, GuilhermeGB disse:

Pelo que li o TL494 não fornece uma tensão de saída nos emissores suficiente para que os MOSFETs de potência funcionem corretamente, e faz sentido, pois dei uma olhada no diagrama interno e a base dos transistores são alimentadas com a tensão de referência interna de 5V, portanto os emissores teriam uma tensão menor que 5V na configuração seguidor-emissor. 

Realmente não fornece tensão nenhuma mesmo, o coletor e o emissor estão livres para você fazer o que bem entender com eles. 

Para acionar mosfets tem que aterrar o emissor e acionar o mosfet usando um resistor ligado aos 12V. 

 

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1 hora atrás, Sérgio Lembo disse:

Vamos falar sobre transformador de ferrite: são adequados para alta frequência e o tamanho é proporcional a energia que consegue transferir em cada ciclo. Não confunda energia com potência, potência é energia ao longo de 1s. Dessa forma quanto maior a frequência mais potência se consegue com o mesmo núcleo.

Já dei uma olhada em diversos tipos de documentos técnicos sobre esses núcleos mais comuns que o pessoal usa no Youtube, e na maioria deles esses modelos são classificados para 200W ou menos, isso considerando uma frequência de 100 kHz. A maioria do pessoal a Youtube a fora usa esses mesmos núcleos para potências muito mais altas e com frequências abaixo de 50 kHz, na maioria dos casos. Se vai funcionar bem ou se vai queimar alguma coisa de uma hora pra outra, eu não sei.

 

1 hora atrás, Sérgio Lembo disse:

A alimentação de todos os módulos que compõe o integrado é a externa que pode ir de 7V a 40V. O fato dos transistores serem excitados por porta lógica não implica em 5V, posso construir uma porta lógica operando em 200V se desejar, basta usar os transistores adequados. Sobre os comparadores, o funcionamento deles é simples: quando a entrada positiva supera a negativa a saída vai para o valor da alimentação positiva. Se a negativa superar a saída satura no zero ou no negativo (com fonte simétrica, não é nosso caso).

segue datasheet: https://pdf1.alldatasheet.com/datasheet-pdf/view/175445/ONSEMI/TL494ING.html

 

Eu usei como base o datasheet do Texas Instruments, não sei se interpretei de forma errada, mas pelo que entendi, todas as etapas que controlam os transistores são alimentadas com a tensão regulada de 5V.

 

Citação

The TL494 internal 5-V reference regulator output is the REF pin. In addition to providing a stable reference, it acts as a preregulator and establishes a stable supply from which the output-control logic, pulse-steering flip-flop, oscillator, dead-time control comparator, and PWM comparator are powered.

 

Se me lembro bem como funciona o BJT (talvez esteja confundindo, pois faz um bom tempo que estudei sobre isso), se existir um resistor no emissor, a tensão em cima dele é a tensão da base menos a tensão de polarização base-emissor (0.6~0.7 V).

 

48 minutos atrás, Renato.88 disse:

SG3525 e TL494 são quase a lesma lerda, como você mesmo diz... 

A diferença entre eles é a faixa de frequência, o 3525 fica na casa dos Hz e o 494 na casa dos khz, este segundo é o tradicional ci das fontes de PC xing ling. 

 

Mas voltando ao projeto do dono do tópico.... 

Realmente não fornece tensão nenhuma mesmo, o coletor e o emissor estão livres para você fazer o que bem entender com eles. 

Para acionar mosfets tem que aterrar o emissor e acionar o mosfet usando um resistor ligado aos 12V. 

 

 

Sim, encontrei dois TL494 em fontes xing ling mesmo. O SG3525 parece ser mais popular, não sei se é melhor para trabalhar com ele.

 

A ideia seria usar um resistor para aterrar o emissor, ligar a base do MOSFET antes do resistor para aproveitar a diferença de potencial, mas se realmente for 5 V a alimentação da base, eu teria por volta de 4.3 V no gate do MOSFET, sendo que para uma boa corrente drain-source seria necessário pelo menos uns 10 V.

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5 horas atrás, GuilhermeGB disse:

A ideia seria usar um resistor para aterrar o emissor, ligar a base do MOSFET antes do resistor para aproveitar a diferença de potencial, mas se realmente for 5 V a alimentação da base, eu teria por volta de 4.3 V no gate do MOSFET, sendo que para uma boa corrente drain-source seria necessário pelo menos uns 10 V.

Não. 

O mosfet trabalha ao contrário, a corrente que faz ele ligar é menor do que a que faz ele desligar. 

 

Esse esquema que você já postou antes, é a melhor maneira para fazer com que seu circuito funcione:

maxresdefault.jpg

O mosfet tem uma capacitancia interna, se o transistor interno do TL494 aterrar o gate, a carga acaba quase que imediatamente. 

Porém se aterrar via resistor, vai criar um temporizador. Então por um momento terá os dois mosfets acionados, o que irá causar um curto circuito momentâneo. 

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Off topics ... meio on... eu acho bem louvável (e divertido) neguinho querendo projetar e construir um inversor sendo que tem no m.l. por uns 40,00. Como disse, me faz relembrar meus hormônios técnicos do passado. E claro, não vá por mim não. Continue suas experiências e estudos senão o país não vai pra frente.

O silêncio do amigo @albert_emuletá sinistro... França, dá um alô mesmo que off topic pra nós aí...

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17 horas atrás, Renato.88 disse:

O mosfet tem uma capacitancia interna, se o transistor interno do TL494 aterrar o gate, a carga acaba quase que imediatamente. 

Porém se aterrar via resistor, vai criar um temporizador. Então por um momento terá os dois mosfets acionados, o que irá causar um curto circuito momentâneo. 


Obrigado pela explicação. Agora que analisei o circuito com mais cuidado vi que você tem razão. Eu respeito o conhecimento de vocês, que é infinitamente superior ao meu, portanto vou seguir a dica. Eu tinha falado do exemplo que eu pretendia usar de um transistor PNP externo com emissor no +12V e coletor no gate, mas não encontrei mais a imagem, só encontrei diversas outras variações usando transistores externos de outras maneiras. Mas acabei encontrando um esquema um pouco mais próximo do que eu procuro com realimentação para controle de tensão e corrente, sei que dessa forma aí é um arriscado, tirando a isolação entre os lados primário e secundário, mas vejo isso depois. E pensando no que você disse, agora me pergunto se esses resistores ali aterrando os gates dos MOSFETs não criariam um temporizador também (até no próprio transistor existe uma resistência interna, então o potencial no gate do MOSFET não é zero no momento do aterramento)?

 

hqdefault.jpg

 

14 horas atrás, Isadora Ferraz disse:

Off topics ... meio on... eu acho bem louvável (e divertido) neguinho querendo projetar e construir um inversor sendo que tem no m.l. por uns 40,00. Como disse, me faz relembrar meus hormônios técnicos do passado. E claro, não vá por mim não. Continue suas experiências e estudos senão o país não vai pra frente.

 

O divertido é fazer e não comprar pronto, além de aprender no processo :D. Quando eu tiver conhecimento o suficiente, posso até pensar em aplicações práticas, como inversor para placa solar (uma área que posso atuar depois de formado).

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17 horas atrás, GuilhermeGB disse:

 E pensando no que você disse, agora me pergunto se esses resistores ali aterrando os gates dos MOSFETs não criariam um temporizador também (até no próprio transistor existe uma resistência interna, então o potencial no gate do MOSFET não é zero no momento do aterramento)?

É, eu também já fiz um inversor desses e dessa forma aí pelo menos no meu caso não deu certo. 

17 horas atrás, GuilhermeGB disse:

Mas acabei encontrando um esquema um pouco mais próximo do que eu procuro com realimentação para controle de tensão e corrente, sei que dessa forma aí é um arriscado, tirando a isolação entre os lados primário e secundário, mas vejo isso depois

Pra isso você pode usar transformador ou opto acoplador pra fazer o isolamento. 

Com transformador fica bem simples de adaptar no circuito atual. 

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3 horas atrás, Renato.88 disse:

É, eu também já fiz um inversor desses e dessa forma aí pelo menos no meu caso não deu certo. 

Pra isso você pode usar transformador ou opto acoplador pra fazer o isolamento. 

Com transformador fica bem simples de adaptar no circuito atual. 

Obrigado pela ajuda. Assim que tiver tempo farei alguns testes e posto os resultados aqui.

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@GuilhermeGB

Eu ainda alteraria um pouco o seu circuito.

É improvável que tanto os mosfets como os tempos do PWM sejam perfeitos. Isso pode gerar um nível cc de corrente no trafo, levando-o a saturar. Costuma-se introduzir um capacitor em série com o circuito. Caso haja desequilíbrio no sistema, o capacitor ficará com o nível cc impedindo a corrente cc no trafo e, consequentemente, impedindo-o de saturar (por este motivo).

Pesquise por fontes half-brigde, mas observe a presença do tal capacitor.

MOR_AL

circuit diagram - block diagram.jpg

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9 minutos atrás, Isadora Ferraz disse:

A observação do Moris está correcta. Penso que pra freq baixa (50...60Hz) o capacitor deve ser bem alto. Só não sei o valor ou se é viável

Uma forma de se contornar isso é o circuito com trafo de tape central. Outra é circuito com dead time.

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29 minutos atrás, Sérgio Lembo disse:

circuito com dead time

Talvez o 3525 já tenha sido concebido com esta caracteŕistica.. Não li o d.s. dele. Também estou com dificuldade mental etílica de ver a relação entre o dead time, capacitor de acoplamento e freq.baixa...É muito pra minha cabeça ...

 

30 minutos atrás, Sérgio Lembo disse:

o circuito com trafo de tape central

é o projeto original do garoto

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13 horas atrás, Sérgio Lembo disse:

Uma forma de se contornar isso é o circuito com trafo de tape central. Outra é circuito com dead time.

 

Com tape central não impede a saturação devido a corrente CC. Com esses CIs, que fornecem um PWM mais simétrico e com os dead times, que evitam a condução dos dois mosfets ou dos dois transistores, simultaneamente, o problema fica minimizado. Porém, a corrente equivalente no primário do trafo tem uma componente cc devido a resistência da carga multiplicada pela relação (Np / Ns)^2, somada a corrente de magnetização. Essa corrente de magnetização tem que ser desviada para um componente, caso contrário, vai ser entregue aos mosfets ou aos transistores. Daí a presença de snubbers.

 

A corrente equivalente cc segue a forma de onda quadrada do PWM somada à corrente de magnetização, que começa com uma reta inclinada positivamente e essa inclinação pode aumentar devido a entrada na região do joelho da curva BxH do núcleo. Se o tempo de condução for maior ainda, a corrente de magnetização entra na região de saturação, quando o circuito equivalente do trafo se comporta como um trafo com núcleo de ar. Aí a limitação da correte é ditada pela fonte retificada. A queda de tensão no primário cai muito, ficando esta diferença nos mosfets ou nos transistores. Eles então queimarão, ou devido ao excesso de corrente, ou devido ao excesso de potência neles.

MOR_AL

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@MOR , vou aproveitar para aprender mais um pouco (magnetismo é terrível).

Quando estudamos um circuito buck, boost ou flyback vem a preocupação da saturação e se for projeto DCM um monitoramento para evitar um CCM descontrolado. Nessas 3 formas acima citadas a corrente passa em sentido único pela bobina. No chaveamento desse tópico os sentidos se alternam. Sua postagem me faz pensar num crédito/débito onde os semiciclos  se não simétricos geram um saldo residual cumulativo. É esse o entendimento?

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4 horas atrás, Sérgio Lembo disse:

Sua postagem me faz pensar num crédito/débito onde os semiciclos  se não simétricos geram um saldo residual cumulativo. É esse o entendimento?

Não entendi direito o que você quis dizer.

Numa fonte com transformador do tipo push-pull, ou half-bridge,com semiciclos assimétricos, geram um saldo residual de tensão cc no enrolamento primário, que cria uma corrente cc. Esta corrente altera o ponto de operação da curva BxH. A variação da corrente alternada no primário pode levar o núcleo à saturação. Dependendo do núcleo, o valor de B, para H=0, pode ser pequeno ou pode ser grande. Quando for grande, as chances de saturar são maiores e vice-versa.

MOR_AL

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@MOR , entendi mas não compreendi. Desculpe-me por abusar da sua paciência.

No circuito ponte (inteira ou meia), quando uma braço abre e o outro entra enxergo nesse ciclo um momento em que a corrente primária inverte o sentido. Nessa dinâmica não consigo enxergar em que ponto da malha a corrente CC conseguiria sobreviver.

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20 horas atrás, MOR disse:

@GuilhermeGB

Eu ainda alteraria um pouco o seu circuito.

É improvável que tanto os mosfets como os tempos do PWM sejam perfeitos. Isso pode gerar um nível cc de corrente no trafo, levando-o a saturar. Costuma-se introduzir um capacitor em série com o circuito. Caso haja desequilíbrio no sistema, o capacitor ficará com o nível cc impedindo a corrente cc no trafo e, consequentemente, impedindo-o de saturar (por este motivo).

Pesquise por fontes half-brigde, mas observe a presença do tal capacitor.

MOR_AL

circuit diagram - block diagram.jpg

 

Eu estive lendo um documento falando sobre conversores push pull, que diz assim (tradução):

 

Citação

O conversor push-pull normalmente apresenta desequilíbrios de fluxo no transformador e, como resultado, a corrente de magnetização não é zerada. Em ciclos consecutivos, a densidade do fluxo no núcleo se acumula para níveis cada vez mais altos, levando o núcleo à saturação. Portanto, o controle no modo de corrente deve ser usado para garantir a reinicialização correta e completa do transformador.

 

Fonte: http://www.ti.com/lit/an/snva603/snva603.pdf

 

Esse controle de modo corrente que ele se referre seria essa configuração com capacitores? O TL494 tem controle de dead-time no pino 4 de 3% a 100% aplicando uma tensão entre 0 e 3.3 V (segundo o datasheet). O exemplo que eu postei usa um divisor de tensão com um capacitor em paralelo para gerar um soft-start, aplicando uma tensão de 5 V inicialmente e diminuindo conforme o capacitor carrega, chegando a 2.5 V (pelo divisor de tensão). Eu ainda não entendi muito bem como funciona esse dead-time e como ele poderia afetar o funcionamento do circuito (se ele poderia ajudar com esse problema).

 

21 horas atrás, albert_emule disse:

 

 

O CI é o SG3525

Divirta-se. 

86723438_575452723045105_215207540612608

 

Obrigado pela sugestão, irei analisar. Eu até usaria o SG3525 se tivesse um aqui, vou ver se consigo um. É bem complicado tentar aprender eletrônica na prática aqui na minha cidade (interior), pois só consigo ter acesso a componentes por meio de sucatas ou pedindo da internet. E pra pedir da internet precisa ser muitos de uma vez para compensar (o frete é caro).

 

O pedido que fiz com alguns resistores e capacitores ainda não chegou, estou tentando montar um protótipo aqui da forma mais básica possível utilizando só sucatas, e tá bem difícil encontrar os resistores. Estou tendo que colocar alguns valores diferentes aqui e nem sei quando isso pode afetar o funcionamento do circuito.

 

Estou mandando para os amplificadores de erro uma tensão de 2.5V usando o referencial de 5V só pra colocar o CI pra funcionar. O pino 3 que é a saída dos comparadores precisa ser realimentada no pino 2, o pessoal costuma usar um resistor de 510R e 51K para divisão de tensão, não tenho esses valores, vou ter que jogar aqui 1K e 100K e ver o que dá. Vou tentar primeiro num transformador da fonte sem modificar o enrolamento, suponho que a tensão de saída do secundário seria por volta de 300 V (tensão de pico da rede 220 V), ou seria menos? Alguém que conheça bem o funcionamento dessas fontes de PC?

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21 horas atrás, MOR disse:

@GuilhermeGB

Eu ainda alteraria um pouco o seu circuito.

É improvável que tanto os mosfets como os tempos do PWM sejam perfeitos. Isso pode gerar um nível cc de corrente no trafo, levando-o a saturar. Costuma-se introduzir um capacitor em série com o circuito. Caso haja desequilíbrio no sistema, o capacitor ficará com o nível cc impedindo a corrente cc no trafo e, consequentemente, impedindo-o de saturar (por este motivo).

Pesquise por fontes half-brigde, mas observe a presença do tal capacitor.

MOR_AL

circuit diagram - block diagram.jpg

 

 

Sua teoria está certa. 

 

Contudo nenhum fabricante usa essa técnica em conversores que elevam de 12V para tensões maiores. 

O custo do capacitor, como você mesmo costuma dizer, seria proibitivo 😁😁😁😁

 

Imagina você colocar alí capacitores que suportam 50 amperes?

 

É comum os fabricantes limitarem a potência em 500 watts por transformador de ferrite. Daí vão pondo vários conversores em paralelo para alcançar potências enormes. 

Muitas vezes limitam a potência em uns 300 watts por núcleo de ferrite. 

 

Não costumam fazer um só núcleo de ferrite com potências enormes. 

Parece que os transformadores de ferrite costumam ter uma pequena indutância não acoplada que faz uma limitação natural de potência e se fizessem apenas um núcleo, mesmo que este único núcleo tivesse condições de prover altas potências, as altas correntes em baixas tensões fariam dar umas quedas de tensão nas indutâncias parasitas, fazendo limitar potência. 

 

 

 

 

 

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1 hora atrás, GuilhermeGB disse:

Eu ainda não entendi muito bem como funciona esse dead-time

Quando vemos um circuito associamos a presença de tensão no gate ou base de um transistor ao chaveamento dele. Da mesma forma vemos a abertura do transistor quando a tensão da base/gate é suprimida. Ocorre que não existe instantâniedade em eletrônica, tudo leva um tempo para acontecer mesmo que seja de apenas alguns nano segundos. É nesses nano segundos que atua o dead time. Na sua última postagem a primeira imagem apresenta 2 transistores em série entre o VCC e o GND que irão chavear de forma alternada. Ao mesmo tempo que se desliga o superior se liga o  inferior (é o chaveamento que se espera nesse tipo de circuito). Caso o transistor inferior seja mais rápido em ligar que o inferior em desligar temos um curto momentâneo entre VCC e GNG. O dead time (tempo morto) é a inserção de um tempo entre o desligamento de um transistor e o ligamento do outro para garantir que não haja condução simultânea entre eles. Consultando o datasheet de um mosfet verá na tabela de características 4 valores de tempo:

O primeiro representa o retardo para que se inicie a comutação

O segundo o tempo em que fica na região linear durante a comutação

O terceiro o retardo para desligar.

O quarto o tempo em que fica na região linear durante o desligamento.

 

Sem título.png

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O esquema que postei está todo pronto. 

Tem partida suave.

Está calculado para uns 25Kz

Está com tempo morto adequado. 

Pode-se até implementar proteção de sobrecarga e curto-circuito. 

 

Só não tem controle PWM, pois esta primeira etapa de inversores, geralmente não precisa de controle PWM, pois o controle é feito na própria etapa que gera a senoide.   

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