Conclusões
Primeiramente, lembre-se que os resultados obtidos são válidos para os jogos utilizados e na configuração de vídeo utilizada. Em outros jogos, é possível que um processador que se saiu bem em nosso comparativo não seja a melhor escolha, ou que um processador que obteve desempenho relativamente baixo saia-se bem. Além disso, rodamos os testes com uma placa-mãe topo de linha, em resolução Full HD e qualidade de imagem média ou alta, com o objetivo de não introduzir um gargalo na placa de vídeo. Se utilizássemos uma placa de vídeo de baixo custo, com qualidade de imagem no máximo e resolução 4K, por exemplo, é bem possível que os resultados de desempenho fossem os mesmos para todos os processadores, já que o gargalo (clique aqui para saber mais sobre isso) estaria na placa de vídeo.
Dito isso, nossa primeira conclusão é que quase todos os processadores testados mostraram desempenho mais do que suficiente para uma excelente jogabilidade; as exceções são o A8-9600 e o Celeron G3930, o que já era de se esperar por serem processadores de entrada, voltada a PCs básicos, e não para computadores para jogos. Estes dois modelos até são boa opções caso você queira uma máquina barata para uso simples (digitação de texto, navegação na Internet), mas se você pretende montar um computador para jogos, esqueça estes modelos.
Nos demais, a taxa de quadros ficou acima de 100 fps em todos os jogos, o que é excelente. Assim, nenhum destes processadores pode ser considerado "ruim para jogos". A diferença de desempenho é pequena se compararmos à diferença de preço.
O que nos leva a uma importante constatação: processadores topo de linha como o Ryzen 7 1700X, o Core i7-7700K e o Core i7-8700K são excelentes para tarefas de renderização (e demais aplicações que demandam alto desempenho multitarefa), mas não são uma boa escolha para computadores voltados para jogos, simplesmente porque são mais caros e não apresentam vantagem frente às respectivas famílias intermediárias do mesmo fabricante (Ryzen 5 e Core i5).
Também fica claro que o Pentium G4600 (e o Pentium G4560, por extensão) é o campeão na relação custo/benefício: é um processador barato que "aguenta" todos os jogos testados com excelente desempenho (para o seu preço).
Também vemos que o Core i3-7100 da Intel e o Ryzen 3 1200 da AMD são excelentes escolhas para computadores voltados a jogos com foco na relação custo/benefício: se você tem um orçamento apertado para montar um computador "gamer", é interessante utilizar um desses processadores e investir em uma placa de vídeo de bom desempenho.
Por outro lado, se você está montando uma máquina poderosa para jogar em alto desempenho, o Core i5-8400 é a melhor escolha: apresenta o mesmo desempenho dos modelos Core i7, e oferece uma relação custo/benefício bem melhor.
Restam, porém, algumas observações. Uma delas é quanto ao desempenho do Core i3-8100, já lançado, mas ainda não disponível no Brasil; é possível que ele entre forte nesse páreo. Além disso, é óbvio que o preço (e a disponibilidade) das placas-mãe também importa. Por exemplo, neste momento as placas-mãe para processadores Core i de oitava geração estão caras e escassas no mercado nacional, e os próprios processadores não estão amplamente disponíveis. É possível que distribuidores e lojas estejam tentando limpar os estoques de processadores anteriores antes de investir nos modelos mais novos, mas é só uma questão de tempo até que os processadores "Coffee Lake" estejam amplamente disponíveis.
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