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A eletrônica como fim ou como meio?


Ir à solução Resolvido por Sérgio Lembo,

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A eletrônica tem que ser a finalidade do estudo ou uma ponte para algo?

Explicarei minha dúvida com minha situação atual:

No meu trabalho hoje a energia sofreu um queda muito rápida de energia e a impressora parou de imprimir. Ela liga mas não consegue imprimir pois aparece uma mensagem escrito "Abra e substitua o Toner".

Eu já substitui o toner. Já fiz o reset do cilindro. Já fiz de tudo de procedimento de trocas.

Só que minha dúvida não é sobre a impressora ela é sobre se:
 

Citação

"Quem aprende eletrônica ele consegue entender eletrônica em qualquer situação ou as pessoas especializam-se e dominam uma área da eletrônica?"



Eu estou estudando essa área e já consegui resolver problemas simples elétricos / eletrônicos. Por exemplo: portas USBs de notebooks. Só que nessa situação da impressora eu fico receoso pois não tenho conhecimento de todos os componentes e me arrisco dizer que algum componente responsável por manter a tensão constante em alguma parte do sensor do cilindro está queimado.

A empresa que eu trabalho sugeriu que eu levasse em uma loja especializada e eu acatei pois eles dizem que é uma urgência e que não há tempo para análises. Eu entendo o lado da empresa.

Estudar eletrônica permite entender funcionamentos dos componentes. Mas será que ela tem que ser focada para a área de trabalho? Tipo, quem trabalha na VIVO foca em telecomunicações mas não conseguiria resolver o problema de uma máquina de solda com defeitos em sua parte eletrônica por não ser focada em transmissão?
 

A eletrônica é uma ponte para entender todos os circuitos? Ou o indivíduo precisa se focar? Em sistemas de potência (máquinas de solda), torres de transmissão (telecomunicações)...

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Seus questionamentos não estão restritos a eletrônica. Eles são antigos e dizem respeito a pedagogia. Uma formação generalista sempre foi bem vinda. A especialização pode significar alienação. Hoje prefere-se o meio-termo da multidisciplinaridade. A grande maioria dos seres humanos não tem dotes naturais para ser um generalista prático, em tempo hábil a aplicações do cotidiano. É exatamente quebrar esta barreira computacional humana o quê se pretende com uma inteligência artificial geral.

 

Promoção de especialização só interessa aos espíritos de controle que delegam.

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Para seu entendimento vou fazer um paralelo com programação de computadores. Um programador conhece todos os programas existentes e todas as aplicações ou estuda os recursos de programação e as principais aplicações? 

Na eletrônica estudamos os componentes básicos e os circuitos de uso recorrente. Isso nos dá a base para a compreensão de circuitos diferentes e projetos de coisas novas. As especializações costumam se dar pela prática, diferente da medicina onde o estágio (residência) se faz na especialização escolhida. 

6 minutos atrás, alexandre.mbm disse:

A especialização pode significar alienação. Hoje prefere-se o meio-termo da multidisciplinaridade.

Não sei se entendi corretamente sua afirmação mas, na minha vivência, quem conhece de tudo um pouco não conhece nada, não consegue ascender na vida independente de ser empregado ou não. As oportunidades que apareceram me guiaram apara a eletrônica industrial, nunca consertei um rádio, amplificador de áudio ou uma TV. Também não sei mexer com rádio frequência e suas antenas.

No meu caminho andei pelo controle de motores, acionamentos precisos de hidráulica, balanças industriais, temperatura e afins além de conhecimentos básicos de comando elétrico. O que descrevi é uma parcela pequena do campo de trabalho, envolveu muita dedicação e me tornou diferenciado no mercado. Só lia anúncios grandes no Estadão pois, quem economiza com anúncio não quer gastar com o contratado. Quem lê as respostas do @aphawk, do @MOR_AL, da @.if e do @Mega Blaster percebe que trilharam outros caminhos, mas sempre numa especialização

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29 minutos atrás, Sérgio Lembo disse:

Não sei se entendi corretamente sua afirmação mas, na minha vivência, quem conhece de tudo um pouco não conhece nada, não consegue ascender na vida independente de ser empregado ou não.

 

Minha mensagem anterior não faz discordância disso. Nela eu afirmo que a grande maioria dos seres humanos não tem dotes naturais para ser generalista na vida prática. E neste super conjunto de mais limitados eu me incluo. Contudo, sabemos da existência de personalidades históricas excepcionais que, no contexto delas, pareceram — ao menos "pareceram" — serem generalistas. Na verdade, o conhecimento humano, presume-se, não estava mesmo tão vasto quanto hoje.

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48 minutos atrás, alexandre.mbm disse:

Seus questionamentos não estão restritos a eletrônica. Eles são antigos e dizem respeito a pedagogia


Boa noite @alexandre.mbm ! Realmente é algo que me veio a mente mente era se eu estava aprendendo com a intenção e mentalidade correta!

 

 

49 minutos atrás, Sérgio Lembo disse:

Um programador conhece todos os programas existentes e todas as aplicações ou estuda os recursos de programação e as principais aplicações? 


Boa noite @Sérgio Lembo! Realmente não dá para saber programar em todas as linguagens. Entendi a analogia! 😅

 

 

50 minutos atrás, Sérgio Lembo disse:

Na eletrônica estudamos os componentes básicos e os circuitos de uso recorrente. Isso nos dá a base para a compreensão de circuitos diferentes e projetos de coisas novas. As especializações costumam se dar pela prática

 
Que é o que eu estou experienciando exatamente agora! Eu vejo máquinas que transformam luz em energia através de painéis e inversores solares, maquinas a diesel (geradores) que transformam energia mecânica em elétrica.

 

 

53 minutos atrás, Sérgio Lembo disse:

quem conhece de tudo um pouco não conhece nada, não consegue ascender na vida independente de ser empregado


Preciso! É exatamente essa a minha intuição, só que como não possuo experiência era isso que eu estava buscando consultar dos senhores colegas de fórum!
 

 

55 minutos atrás, Sérgio Lembo disse:

As oportunidades que apareceram me guiaram apara a eletrônica industrial


Bacana! 😲
 

 

56 minutos atrás, Sérgio Lembo disse:

No meu caminho andei pelo controle de motores, acionamentos precisos de hidráulica, balanças industriais, temperatura e afins além de conhecimentos básicos de comando elétrico. O que descrevi é uma parcela pequena do campo de trabalho, envolveu muita dedicação e me tornou diferenciado no mercado.


Muito envolvente ler isso!!! É tipo pegar toda a "bagagem" de um colega, colocar em um "mapa" e "desbravar" uma "floresta densa" para atingir um lugar específico. Obrigado pelo guia! 🫡
 

 

58 minutos atrás, Sérgio Lembo disse:

Quem lê as respostas do @aphawk, do @MOR_AL, da @.if e do @Mega Blaster percebe que trilharam outros caminhos, mas sempre numa especialização


Os colegas citados @aphawk, @.if e @Mega Blaster eu já vi me ajudando em posts assim como você caro Sérgio! Realmente são sumidades no tocante a ensino de eletrônica. É incrivel como tudo é muito vasto e que a experiência individual de cada um pode agregar no caminhar de outras pessoas como o sr fez agora comigo.

Finalizo este meu post, obrigado pela "bussola". Vou usá-la para me guiar nessa parte!
 

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36 minutos atrás, HROGDev disse:

Muito envolvente ler isso!!! É tipo pegar toda a "bagagem" de um colega, colocar em um "mapa" e "desbravar" uma "floresta densa" para atingir um lugar específico. Obrigado pelo guia! 🫡

 

Uma cultura quase que universal chama de "seguir a voz da experiência". No oriente há a guia dos mestres. No ocidente, o lembrete "científico" de que não somos ilhas.

 

Há quem considere o desejo do impossível uma insanidade. Mas quando constata-se em todos a fome de ser mais, vê-se que não passa de retórica. Especialização é instrumento de adaptação social, e só.

 

É certo que sem as receitas todos ainda estaríamos num grande risco de envenenamento.

 

Eu penso que sobrevivencialismo e auto-defesa são coisas a se resgatar. Resiliência é valor para a vida. Triste, ver especialistas variados que se fazem vulneráveis a um dia de sede numa mata, a uma insolação na praia, ao cartão de crédito estourado ou à torneira quebrada.

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@HROGDev Fui citado. cai aqui por esse paraquedas.

 

Todos nós temos um dom natural. Sem exceções. Cada qual com seu cada um. Entretanto, o desenvolvimento desses dons dá-se conforme o meio em que está-se inserido. Um pai, avô, amigo, conhecido, enfim.. um ente que pode estimular esse dom. Ou um ambiente que o sufoque. Enfim, independentemente dos estímulos internos ou externos, se isso vier acorrentado na alma, na essência do caráter e da índole da pessoa, em algum momento da vida aparecerá como uma força indelével, uma curiosidade insana ou latente que procura  por essa curiosidade. E nesse momento é que se descobre o que esse ser quer fazer na e da vida. @Sérgio Lembo achou sua trilha num universo fantástico. @.if , nem imagino (ô mente complexa!) mas queria MUITO te conhecer pessoalmente!. Acho que não teria escola que pudesse igualar tanto conhecimento e didática de ensino, @aphawk, @MOR_AL, @Renato.88 são arcabouços de técnicas refinadas e uma dinâmica de explicação suscinta, clara e concisa. O humor de cada um traz também uma delicada e perigosa lâmina que fica entre o sarcástico (que odeio) e o desdém (?...) quando o postulante parece ser non sense.  Ficaria grato em saber suas motivações, bem como de todos os outros que não citei. Temos nossas diferenças, complacências, humores, técnicas e ... tudo o resto.

 

22 horas atrás, HROGDev disse:

A eletrônica tem que ser a finalidade do estudo ou uma ponte para algo?

Tem que ser o que te agrada, que te chama a atenção, que te estimule a um caminho, a algo que te seduz, que te agrade e que diga: "SIM, é o que quero"! Vai ter um ponto, um sinal, algo que te chamará a atenção e dirá, lá no teu íntimo: "É isso que quero fazer!" Quando entender, ouvir e aceitar isso, ai sim, vem a ESPECIALIZAÇÃO! Nesse momento, dedique tudo para te tornar o melhor que puder ser nessa área! Eu amo de paixão as 3 áreas em que atuo. Sou ótimo em todas elas, pois não sou um falso modesto. Eu sou muito bom no que faço. Quando achar teu amor numa área, entenderá esse post no futuro. Precisa descobrir tua paixão e ela exalará perfumes de sucessos e satisfações que nunca conseguirá descrever, tamanha será a satisfação que isso te trará. Então terá descoberto teu DOM natural, ao qual nasceste para fazer.

 

21 horas atrás, alexandre.mbm disse:

Minha mensagem anterior não faz discordância disso. Nela eu afirmo que a grande maioria dos seres humanos não tem dotes naturais para ser generalista na vida prática.

Posso não saber fazer, mas tenho o número do telefone de quem sabe! 

21 horas atrás, alexandre.mbm disse:

E neste super conjunto de mais limitados eu me incluo.

Estás te diminuindo de propósito ou quer compaixão? Todos nós temos nossos valores. Não te diminua e nem queira complacência. Seja quem és, com tuas limitações e sabedorias, capacidades e limitações. Tens teu valor. Sempre que apresenta opinião em tópicos, traz a luz uma veia teórica e opinião subliminar, por vezes sem respaldo técnico ou que não elucida a dúvida do postulante, mas expões uma opinião. O que te faz um ser pensante disposto a errar e tentar acertar. Cada um de nós procura um nicho em que podemos responder para conseguir resolver as questões. Muitas vezes erramos fragorasamente e temos uma decepção horrorosa. Faz parte. Precisamos aprender e evoluir. Cada erro é uma chance para um novo acerto.

 

Enfim, @HROGDev, não tem um manual para isso. Existe um rumo, uma trilha, em que no teu tempo e rumo, irás descobrir o que te faz feliz e te atrai. E quando descobrir, terá o prazer de trabalhar e lucrar com isso, então poderá dizer: " E ainda me pagam por isso!"

 

É como me sinto hoje: " E ainda me pagam por isso!" E ganho muito bem, dentro da minha realidade!.

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Olha, vou te falar por minha experiência com técnicos de eletrônica e outros engenheiros com quem trabalhei.

 

Eletrônica é uma palavra que abrange uma área muito grande !  Temos de dividir em áreas onde ter uma pequena especialização permite você entender o funcionamento e poder consertar o problema, por exemplo, Eletrônica Industrial, voltada a equipamento utilizados na Industria e quase sempre de grande porte; Eletrônica de Áudio voltada para usos em sistemas de som, envolvendo as nuances especificas da área como distorção, ruído, casamento de impedâncias entre partes, etc ;  Eletrônica de Celulares que envolve um conhecimento de baixo nível mas com uso de módulos, baterias e displays; Eletrônica Solar ( kkk ) envolvendo uso de placas solares, inversores, carregadores de baterias, elementos de tarifação e sistemas de acompanhamento; Eletrônica de CLP envolvendo o uso de programadores tipo CLP, suas interfaces com o mundo externo, e programação ; Eletrônica de Computadores que envolve novamente um conhecimento de baixo nível mas especializado em troca de módulos de memória, SSD, HD, placas de interfaces como Vídeo e USB, placas para jogos, e também uma parte de alto nível que envolve o conserto de uma placa descobrindo CIs danificados e fazendo a sua substituição; e muitas outras áreas que ainda não citei aqui kkkkkkk

 

Não existe ninguém que seja apto a trabalhar em todas as áreas !  Mas claro que um bom conhecimento teórico e prático das bases da Eletrônica permite um aprendizado mais rápido para poder escolher a sua área de trabalho !

 

Todos deveriam começar aprendendo os fundamentos : tensão, corrente, potência, resistores, capacitores, indutores, diodos, transistores, polarização, circuitos básicos, lei das malhas, análise de circuits, e por ai vai. Esse conhecimento nunca é desperdiçado.

 

O que importa é você ter esse conhecimento básico, e daí se especializar em alguma dessas áreas, será uma outra jornada, mas bem mais fácil, porquê será algo que você escolheu porque gosta !

 

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1 hora atrás, Mega Blaster disse:

Estás te diminuindo de propósito ou quer compaixão? Todos nós temos nossos valores. Não te diminua e nem queira complacência. Seja quem és, com tuas limitações e sabedorias, capacidades e limitações. Tens teu valor.

 

Diminuindo para o real, o justo. Supondo ter sido elevado a uma fantasia, talvez como mero recurso de jogo social.

 

Eu não sei o que é complacência neste contexto que você explorou. O Michaelis está me sugerindo que seria ter o desejo de agradar. Sim, eu quis ser mais digerível. Mas com verdade. Não foram palavras vazias. Querer agradar não é de todo mau. Eu já fui muito desagradável desnecessariamente.

 

Quanto a "compaixão", não vou nem arriscar o dicionário. Se eu fosse o GPT, este seria o instante de começar a alucinar.

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Não sei se todos aqui escolheram de forma detalhada o que desejavam fazer. Meu primeiro emprego foi na Varig, fazia a manutenção de bordo das aeronaves no aeroporto de Congonhas. Nesse trabalho tudo é modular, semelhante a trocar módulos de computador. Não me adaptei, devo ter sido o pior funcionário que a Varig contratou para a função. Ainda novo, pouca experiência, fiquei sabendo com amigos em um bar que uma empresa carioca estava contratando. Conversei com o representante paulista no bar que me informou ser para manutenção de maquinário hidráulico com controle eletrônico. Eu, que só conhecia de hidráulica a descarga da privada, tomei a iniciativa de comprar um livro sobre hidráulica industrial. Devorei o livro antes da entrevista. Passei fácil na entrevista. Mesmo vendo uma válvula hidráulica industrial pela primeira vez no treinamento o estudo prévio tornou o aprendizado muito fácil.

Nos demais conhecimentos que colecionei a iniciativa de procurar boas companhias e indicações de boa literatura sempre me trouxeram bons resultados. As pessoas costumam ser generosas com quem busca conhecimento, aproveite essa característica e retribua quando te fizerem perguntas. Sobre motores DC e seus controles me emprestaram muitas apostilas de treinamento para que eu tirasse cópia. Quando apareceu uma boa oportunidade na área de motores DC o estudo prévio, mesmo sem prática, estimulou a Sigla (que na época representava a Alstom no Brasil) a me contratar para treinamento (que foi rápido) na área de conversores e controladores de potência. Um pouco de sorte ajuda mas sem uma boa dose de iniciativas positivas as coisas não vão pra frente.

20240529_220128[1].jpg

O bom é inimigo do ótimo. Sempre dá para melhorar.

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Esqueci de falar sobre o objetivo deste Fórum ( pelo menos é o meu....) :

Ajudar a quem quer aprender !

Ajudar a quem precisa de verdade, mas não dando o peixe, e sim tentando fazer desta pessoa um pescador, que entenda que muitos de nós podem se sacrificar durante um dia inteiro para ajudar quem mostra boa vontade em aprender, mas se dermos a solução pronta, ou seja, dermos o peixe já limpo no prato, essa pessoa vai desistir de tentar por sí própria !

 

@Mega Blaster fez uma pergunta interessante : o que nos motiva ?

 

Eu me motivo acreditando que muita gente apenas precisa de um empurrão na direção certa, tento ser um ombro amigo para os momentos em que a dificuldade impede o progresso, pois eu tive um professor no Laboratório da E.E.Mauá que simplesmente se realizava quando alguém pedia uma explicação ou uma ajuda, e ele sempre sorrindo não se incomodava em explicar até mesmo fora do horärio da aula !

Pensei que seria uma grande alegria para mim poder fazer a mesma coisa que ele, e muitas vezes consegui fazer isso no trabalho com meus colegas. 

Tento fazer isto aqui quando encontro algo que minha experiência acumulada me permite opinar , mas confesso que mudo muito rápido de humor se percebo que querem apenas resolver um problema para ganharem dinheiro em cima de meu conhecimento, ou se percebo que a pessoa ė falsa, ou querendo demonstrar superioridade mesmo sendo um completo ignorante no assunto.

Quantos espertinhos postando circuitos milagrosos de amplificadores de áudio medianos dizendo que eram projetos fantásticos aparecem aqui todo ano ?

Såo vários, e quase todos se julgam melhor que nós que estamos na área faz muito tempo... Eu principalmente que trabalhei alguns anos com áudio de alta qualidade não suporto os tais "tècnicos de áudio" que aparecem do nada apregoando milagres.

Peço desculpas se muitas vezes fui sarcástico, se fui arrogante, mas realmente alguns conseguem me tirar do sério.

Mesmo assim, AMO estar aqui  no CDH, e agradeço a todos os colegas que também participam dos tópicos !

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O Chivas está sobre os livros para lembrar que sem uma boa base não ser alcança os prazeres.

47 minutos atrás, aphawk disse:

Såo vários, e quase todos se julgam melhor que nós que estamos na área faz muito tempo... Eu principalmente que trabalhei alguns anos com áudio de alta qualidade não suporto os tais "tècnicos de áudio" que aparecem do nada apregoando milagres.

Sei que existe o ruído térmico dos transistores, que a Toshiba é recomendada como melhor fabricante para áudio mas nunca trabalhei com isso. Agradeço aos profissionais da sua área pelos amplificadores Hi-Fi, um prazer diferenciado.

51 minutos atrás, aphawk disse:

Peço desculpas se muitas vezes fui sarcástico, se fui arrogante, mas realmente alguns conseguem me tirar do sério.

Nem a pau, Juvenal!!! Ser altivo pelos conhecimentos alcançados me custou muitas horas de dedicação. Não conheço ninguém que tenha alcançado um bom nível sem muita dedicação. Os medíocres chamam isso de arrogância. A eles o 51, a nós o Chivas e se for aguardente, é de Salinas pra cima.

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@alexandre.mbm o Chivas nos lembra que também temos prazeres que não podemos dispensar. A vida é feita de equilíbrio. Nunca muito demais, sempre nunca de menos. 

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Enquanto um conhecimento geral de eletrônica é valioso e fornece a base para resolver problemas variados, a especialização em uma área específica é necessária para se destacar profissionalmente e resolver problemas complexos de forma eficaz.

 

Para alguém que está começando ou está em uma fase de transição, meu conselho seria obter uma base sólida na teoria e nos princípios fundamentais da eletrônica. Em seguida, buscar áreas de especialização que se alinhem com seus interesses e objetivos profissionais. A interdisciplinaridade e a capacidade de aplicar conhecimentos em contextos diversos são habilidades valiosas no mercado de trabalho atual.

Portanto, a eletrônica deve ser entendida tanto como um fim, pelo valor do conhecimento em si, quanto como um meio, pelas inúmeras aplicações práticas que ela possibilita. A chave está em equilibrar esses dois aspectos de acordo com as necessidades e objetivos específicos de cada indivíduo.

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Em 30/05/2024 às 14:52, alexandre.mbm disse:

Quase travei. "Não exagerar, mas não faltar."

Cruel, né? Gosto disso. Faz-nos melhorar nosso português!

24 minutos atrás, albert_emule disse:

Portanto, a eletrônica deve ser entendida tanto como um fim, pelo valor do conhecimento em si, quanto como um meio, pelas inúmeras aplicações práticas que ela possibilita. A chave está em equilibrar esses dois aspectos de acordo com as necessidades e objetivos específicos de cada indivíduo.

Amplie esta declaração a todo profissional de qualquer área. Tem uma coisa que me incomoda a muitos anos: "Ahhhh... é um faz tudo, não sabe nada!"...... Porém, o sujeito foi tentar resolver um problema fora da área dele, pelo conhecimento global adquirido. Não era expert, mas detinha o básico, a lógica, o princípio. Não foi covarde, apenas tentou ajudar a resolver. 

 

Tirando fatos específicos, coisas pontuais, TODO conhecimento GENERALIZADO ajuda um indivíduo a construir pontes, soluções, agregações e pró atividade em prol do coletivo. Seu destaque, pode trazer futuros prêmios por capacidade, onde sobressair-se-á a INICIATIVA. antes mesmo da capacidade. Conhecimento não ocupa espaço. Uma mente que agrega valor ao que tinha, nunca mais será do mesmo tamanho! Então, ser generalista como dito pelo amigo @alexandre.mbm não é ruim. Só é mal visto pelos incompetentes e pelos que não tem iniciativa. Eu dou ideias fora do meu escopo, mas aviso, não as porei em prática por não deter o expertise necessário, onde a discussão trará mais luz ao fato, que por conseguinte, profissionais mais qualificados poderão corroborar ou desqualificar. Assim é a prática profissional. Cada qual com seu cada um, mas não significa que não deva palpitar, sugerir, questionar. O sucesso sempre será coletivo com o apoio individual de cada especialidade, mostrando que a capacitação leva ao sucesso, e sendo o líder honesto, dará o devido crédito a quem merece. 

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Em 29/05/2024 às 23:35, Sérgio Lembo disse:

Sei que existe o ruído térmico dos transistores, que a Toshiba é recomendada como melhor fabricante para áudio mas nunca trabalhei com isso. Agradeço aos profissionais da sua área pelos amplificadores Hi-Fi, um prazer diferenciado.

 

Na linha X da Quasar tudo era escolhido a dedo, inclusive os capacitores dos prés eram medidos um a um ants da separação de cada placa a ser montada. 

 

Os transistores de baixa potência eram todos medidos e selecionados quanto a ganho e ruído apresentado.

 

Já os excitadores eram usados um par NPN/PNP que eram sempre um da NEC e outro da Toshiba. Realmente eram diferenciados em relação a tudo o que eu conhecia, pois as curvas de ganho eram totalmente lineares até a tensão limite de VCE, e o ruído era baixíssimo. Pareciam as curvas que tinham nos livros da faculdade !

Podia sair de uma corrente de base minima para a máxima do testador e as curvas eram sempre paralelas e totalmente lineares !

 

Já os BC e BD .... meu Deus do céu ..... mesmo com corrente de base pequena não tinham nenhuma linearidade quando ao VCE variado; e pior, conforme aumentava a corrente de base, o coeficiente da pseudo reta aumentava, entre a primeira reta no traçador e a ultima reta tinha uma diferenca de mais de 40 graus entre elas !

Naquela época ainda não tinha disponível os transistores de potência MJ15xxx , o que tínhamos eram os 2n3055, e eram testados também pois tinham vários que não aguentavam nem 50V de VCE.....  quando aparecia um lote de 2n3773, que eram bem mais caros e muito mais difíceis de encontrar, era uma alegria porque não falhava um no lote inteiro ....

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17 horas atrás, albert_emule disse:

Para alguém que está começando ou está em uma fase de transição, meu conselho seria obter uma base sólida na teoria e nos princípios fundamentais da eletrônica. Em seguida, buscar áreas de especialização que se alinhem com seus interesses e objetivos profissionais. A interdisciplinaridade e a capacidade de aplicar conhecimentos em contextos diversos são habilidades valiosas no mercado de trabalho atual.

Caro @albert_emule , na sua afirmação discordo da última palavra (atual). A interdisciplina sempre foi valorizada na indústria. Tomo como exemplo o start-up da fábrica de plásticos da DuPont em Camaçari-BA. O coração da fábrica é uma extrusora com 6 zonas de temperatura. Diversos fornecedores presentes. O procedimento inicial foi uma palestra do químico da DuPont explicando o que esperava do conjunto para obter um produto de qualidade. Meu fornecimento eram os 6 controladores de potência das zonas da extrusora excitados pelos 4-20mA enviados pelo fornecedor da instrumentação. A energia pulsante que meu equipamento enviava podia ser regulada para um período de 100ms a 1s com o duty comandado pela instrumentação. O teste dos equipamentos funcionando já havia sido feita (comissionamento). No start-up se fazem os ajustes para funcionamento integrado dos equipamentos que compõe a fábrica. Coube ao instrumentista a seleção do período dos pulsos de energia para cada uma das 6 zonas, todos os fornecedores concentrados em produzir um bom plástico mesmo nunca tendo feito isso antes. Na fábrica da Santa Maria em Caçapava-SP foi a mesma situação, mas a palestra foi sobre vidro.

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Ninguém sabe tudo de eletrônica... aliás ninguém sabe tudo de qualquer área de conhecimento. Além disso o conhecimento que se tem hoje, amanhã já fica superado. E não dá para acumular sem limite: o conhecimento que a gente precisa no momento, amanhã joga fora para que "caiba" outro no lugar. Depende muito da memória que, para cada pessoa, é diferente.

 

Claro que algumas coisas a gente acaba decorando de tanto repetir o uso, mas é por isso que a gente (humanos) escreve manuais: talvez seja mais importante saber onde tem do que ter...

 

Agora, quanto à questão de "teoria ou prática", acho que precisa das duas. Uma vai dialogando com a outra, nenhuma é superior nem inferior à outra, uma não vale nada sem a outra.

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No que tange a capacidade de informação, vale à pena estar todo o tempo comparando um modelo humano e um modelo de máquina. A arquitetura de Von Neumann é um norte espetacular. Perto dela os "científicos" das psicologias são crianças fantasiosas. A grande maioria de nós, quando atentos e ativos, somos como arcaico computador corretamente programado. Ambos computarão, mas não a tempo, e o mercado elimina. Então é melhor "especializar o chip"...

 

Não à toa, os neurocientistas da atualidade usam muito do paradigma da neuro-plasticidade. A saúde nela nada mais é do que atualização e robustez de hardware humano.

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