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Aterramento. Aterra... o que? ATUALIZADO: 22/10/2010


rau

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Rau

E primeiro lugar, ótimo tópico, muito informativo e ilustrativo, isso só enrriquece o nosso forum.

Seguindo, apesar de ler todo o tópico, ficaram algumas dúvidas de como proceder com relação a minha instalação de proteção - Terra aqui onde eu moro (Viamão/RS - casa da minha tia-mãe :)).

Histórico

Naturalmente, como estamos no Brasil, o ******* do arquiteto e a construtora sovina, quando fizeram a casa, além de ficarem rindo da minha perseverança em instalar esse fio terra (mas eu instalei - topologia TT, infelizmente), ainda fizeram o favor de instalar quase toda a fiação por "via aérea", segundo o empreiteiro/carpinteiro/pedreiro/eletrecista/pintor, porque "nós não pedimos", e claro, porque era mais barato pra eles do que usar conduite (usaram nas paredes dupladas, vale lembrar que a casa é de madeira, com exeção da cozinha e banheiros), e já que não tem 'laje', a fiação pode ficar tranquilamente 'exposta' sobre o forro.

Acontece que justamente SOBRE o quadro de distribuição principal, que fica num corredor, no centro da casa, a área do forro tem apenas uns 50cm de altura, por conta de uma sala quefica no segundo andar (:mad: parece que escolheram a dedo o lugar - se é difícil o acesso? então é aqui!). O fato é que mais da metade da fiação da casa passa justamente nesse espaço mínimo, derivando a redes para os quartos, banheiro, etc. Somente a cozinha e a sala de jantar tem acesso realmente livre para se mexer na fiação, embora forro seja f*** de trabalhar, mas com esforço ainda dá.

Por hora isso não me preocupa, já que a casa tem só uns 6 anos e eu sei que a instalação, apesar de confusa inicialmente (fios de cores NÃO padronizadas - mas eu entendo :P), é bem feita até, com fios respeitando as bitolas e a princípio, bem dimensionado. Mas é claro que a Caixa de distribuição comporta apenas os Disjuntores, não tendo sobrado espaço nem pros ratos passarem, hehehe...

Acho que vale destacar também que o neutro se distribui do jeito antigo, isto é: fio principal com derivações secundárias indo até as lampadas/tomadas - e o Terra segue o mesmo estilo, portanto, a menos que se refizesse a fiação, aquela haste do interior da caixa moderna de distribuição (que apareceu derivando os respectivos fios em algumas fotos do tópico), tanto do terra quanto do neutro não faria sentido.

O que me incuca é o seguinte: Sabendo que, por segurança, devo adaptar meu sistema às novas normas, como posso fazer para aproveitar minha topologia TT e transformá-la em uma Topologia TN-S?

Vou postar aqui um link pra duas ilustrações tipo "Paint" que eu fiz mostrando um esboço da ligação externa da casa e depois comento um pouco mais sobre isso:

foto tamanho grande (1492×884 pixels - 450kb)

foto menor (746×442 pixels - 145bk)

Esplicando o sistema:

Trifásico com aterramento do Neutro junto ao medidor - com três disjuntores, sai do medidor passa (direto) por dentro de uma caixa de inspeção, vai por conduite via subterrânea até uma segunda caixa de inspeção (passa apenas), passa por baixo da rampa da garagem e área calçada, chega a uma terceira caixa de inspeção, sendo os fios emendados (com conector próprio) e isolados com fita (muita fita, pois quando chove fica tudo sob a água :eek: e não é um chuveiro comum! :o), de onde vão até a caixa de distribuição, pasando pelos disjuntores e então distribuidos pras tomadas/lampadas, etc.

O fio Terra, que na verdade é um "cabo de 7 pernas" (são uns 7 fios mais finos em vez de centenas de fios torcidos - o cabo comum), vem de uma vareta (padrão) de cobre fincada a uns 5 metros de distância, passa também por essa caixa de inspeção externa e segue o mesmo caminho dos demais.

A princípio, não tem espaço pra aumentar a caixa de distribuição, ficando meio complicado instalar os protetores de surto e os DR ali, mas se for necessário, vamos quebrar/desmontar a parede e colocar uma maior :(.

Pergunta 1: Posso instalar os DRs e os DPS ANTES da caixa de distribuição principal? Instalaria-os na Última caixa de medição, e aproveitaria para trazê-la para cima do piso, para que não inunde! (acho que já devia ter feito isso, mas...)

Pergunta 2: Devo instalar algum DR ou DPS DEPOIS dos DTM do medidor ou ANTES dos DTM (isso é abreviação de disjuntor, certo)? Estou meio confuso com algumas siglas e os locais apropriados de instalação ainda.

Pergunta 3: Como poderia transformar minha topologia TT em TN-S sem "perder" a instalação atual? O que pensei em fazer foi 'puxar' um fio da haste TT até a caixa do medidor, na entrada do terreno, ligando-o ao 'Terra-Neutro' do relógio. Isso em tese, criaria a equalização necessária? Posso também instalar mais duas hastes, uma em cada caixa de passagem e criar uma malha própria, acho até uma boa ideia, interligaria 4 pontos de aterramento e ainda ficaria um TN-S. O que vocês acham?

Por ultimo, Quando eu fiz a instalação desse fio terra, eu usei 2 ou 3 latões grandes de um preparado químico próprio para aterramento (comprei com essa finalidade, na época eu pesquisei isso), mas nem me lembro mais direito o que era, só sei que ele, em tese, melhoraria a condutividade do solo, embora nunca tenha feito nenhum teste a respeito disso (com terrômetro ou outro aparelho parecido). Queria saber se isso ajuda mesmo e o também com relação a usar sal grosso pra isso? Faz algum efeito?

Aguardo espostas ou comentários. :D

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Enquanto o Windows é reinstalado no outro PC, li novamente sua msg e decidi responder logo:

Sobre o aterramento, pra aproveitar o seu, você pode ligar as hastes com um cabo chamado de cordoalha, um cabo de cobre nu e grosso de bitola igual pelo menos aos fases. Evite cabo flexivel em locais onde tem umidade, os capilares acumulam água entre eles acabando por oxidarem rapidamente e como sao finos, ficam quebradiços e ruim de condução.

então voce manteria o fio terra partindo de onde sai atualmente sendo que as hastes todas estaria interligadas. Mas você nem precisaria aproveitar essa haste caso nao queira, bastaria derivar o fio terra la da caixa do medidor e traze-lo pelo mesmo caminho atual das fases e neutro. Tenha atenção nas conexoes, elas precisa ser firmes e bem isoladas. As das hastes o recomendado e isolar com massa para calafetar. As emendas subterraneas devem ser feitas com fita de autofusão, vendida em elétricas. Tb conhecida como fita de alta tensão. Leia as instruções antes de usa-la.

Uma outra alternativa, mas menos recomendada, seria ligar o seu TT no neutro que passa pela ultima caixa, se entendi bem, a sua malha TT ta dentro da mesma caixa que passa os fase e neutro?

Sobre a caixa de disjuntores, DPS e DR:

Interruptor DR - Sempre deve ser instalado depois do DTM seja geral, seja qualquer outro, sendo o do quadro do medidor ou quando instalado um geral no quadro de distribuiçao. O DR nao deve ser instalado na caixa de medição, mas você tinha falado em "ultima caixa de medição", ué, tem mais de uma??? Não entendi... O DR deve ficar antes da fiacão de distribuição ou seja fases e neutro principais devem obrigatoriamente passar pelo DR antes de serem distribuidos. Se voce por exemplo pegar qualquer fase e levar ao ponto final depois do DR e pegar "emprestado" o neutro antes do DR, o DR desarmará porque detectará um desequilibrio entre fase e neutro.

O ideal era uma nova caixa, padrão para disjuntores DIN IEC - linha branca pra evitar bagunça. Pra fazer bagunçado demais é melhor nem mexer no que ja tá bagunçado, concorda?

Sobre a forma que o neutro foi distribuido ai, se realmente for difícil mudar, pra instalar o DR voce so deve ficar atento pra que o neutro q entra no DR e o que sai seja apenas desse q sai de onde sera feitas as derivaçoes e nunca do neutro principal, antes do DR.

DPS`s: Idealmente sempre antes do DR. Fases indo ao DPS e saindo pelo mesmo lado por outro fio até a entrada do DR - assim que meus novos DPSs chegarem, poso aqui a forma de ligacao deles na caixa de disjuntores. Na saida dos DPS voce liga um fio indo ate o neutro da entrada do DR, parte de cima. Mantendo todos os fios o mais curtos possiveis e evitando curvas "duras" de 90 graus.

Em TN-S você só precisa usar um DPS por fase contra o neutro. Apenas de a construção ficar distante mais de 10 metros do padrão é que é recomendado instalar um DPS tb entre neutro e aterramento, por precaução, pra uma nova equipotencialização temporária quando esse DPS atuar, mas mesmo em 10 metros isso seria muito difícil de acontecer, uma sobretensão entre neutro e ateramento em TN-S.

você tinha falando que as fases saem de tres disjuntores do quadro de medicao. O certo e sair de um disjuntor apenas do tipo tripolar - trifasico, que desliga todas as fases ao mesmo tempo

O preparado quimico, se for proprio pra aterramento, beleza, sem problema! Agora sal grosso não, nunca! Ele vai melhorar a condutividade do solo, mas tb vai atacar o cobre.

Se ficou algo sem responder, posta novamente.

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Enquanto o Windows é reinstalado no outro PC, li novamente sua msg e decidi responder logo:

Sobre o aterramento, pra aproveitar o seu, você pode ligar as hastes com um cabo chamado de cordoalha, um cabo de cobre nu e grosso de bitola igual pelo menos aos fases. Evite cabo flexivel em locais onde tem umidade, os capilares acumulam água entre eles acabando por oxidarem rapidamente e como sao finos, ficam quebradiços e ruim de condução.

Entendo, sei que cabo não é aconselhado, mas depois procuro algum pedaço dele e posto uma foto pra mostrar, ele parece um trançado de fios de 1mm

então voce manteria o fio terra partindo de onde sai atualmente sendo que as hastes todas estaria interligadas. Mas você nem precisaria aproveitar essa haste caso nao queira, bastaria derivar o fio terra la da caixa do medidor e traze-lo pelo mesmo caminho atual das fases e neutro. Tenha atenção nas conexoes, elas precisa ser firmes e bem isoladas. As das hastes o recomendado e isolar com massa para calafetar. As emendas subterraneas devem ser feitas com fita de autofusão, vendida em elétricas. Tb conhecida como fita de alta tensão. Leia as instruções antes de usa-la.

Vou procurar essa fita quando for comprar os DPS e DR

Uma outra alternativa, mas menos recomendada, seria ligar o seu TT no neutro que passa pela ultima caixa, se entendi bem, a sua malha TT ta dentro da mesma caixa que passa os fase e neutro?

Sim, tá na mesma caixa de inspeção, mas se não há problemas, acho que vou levar o fio até a caixa do medidor (o padrão)

Sobre a caixa de disjuntores, DPS e DR:

Interruptor DR - Sempre deve ser instalado depois do DTM seja geral, seja qualquer outro, sendo o do quadro do medidor ou quando instalado um geral no quadro de distribuiçao. O DR nao deve ser instalado na caixa de medição, mas você tinha falado em "ultima caixa de medição", ué, tem mais de uma??? Não entendi... O DR deve ficar antes da fiacão de distribuição ou seja fases e neutro principais devem obrigatoriamente passar pelo DR antes de serem distribuidos. Se voce por exemplo pegar qualquer fase e levar ao ponto final depois do DR e pegar "emprestado" o neutro antes do DR, o DR desarmará porque detectará um desequilibrio entre fase e neutro.

Tenho só um PADRÂO, as caixas que tem mais é as de inspeção, porque o padrão é na entrada do terreno, e a casa é bem no fundo, uns 30 metros

do medidor até os DTM de distribuição interna, acho que me esprecei mal.

O ideal era uma nova caixa, padrão para disjuntores DIN IEC - linha branca pra evitar bagunça. Pra fazer bagunçado demais é melhor nem mexer no que ja tá bagunçado, concorda?

Concordo, só queria saber se posso trocar esses DTM grandes pretos pelos menores, esses branquinhos, parecidos no tamanho com os DR e DPS que que tem no site da Clamper? Ai penso em comprar uma caixa do tamanho certo, que caiba tudo sem problemas

Sobre a forma que o neutro foi distribuido ai, se realmente for difícil mudar, pra instalar o DR voce so deve ficar atento pra que o neutro q entra no DR e o que sai seja apenas desse q sai de onde sera feitas as derivaçoes e nunca do neutro principal, antes do DR.

Acho que o neutro que deriva da caixa dos DTM é um fio só, no máximo dois, então fica fácil de fazer essa passagem pelos DR.

DPS`s: Idealmente sempre antes do DR. Fases indo ao DPS e saindo pelo mesmo lado por outro fio até a entrada do DR - assim que meus novos DPSs chegarem, posto aqui a forma de ligacao deles na caixa de disjuntores. Na saida dos DPS voce liga um fio indo ate o neutro da entrada do DR, parte de cima. Mantendo todos os fios o mais curtos possiveis e evitando curvas "duras" de 90 graus.

Pelo que entendi, então o correto é configurar desse modo:

Rua -> DTM -> DPS -> DR -> Tomadas

Em TN-S você só precisa usar um DPS por fase contra o neutro. Apenas de a construção ficar distante mais de 10 metros do padrão é que é recomendado instalar um DPS tb entre neutro e aterramento, por precaução, pra uma nova equipotencialização temporária quando esse DPS atuar, mas mesmo em 10 metros isso seria muito difícil de acontecer, uma sobretensão entre neutro e ateramento em TN-S.

No meu caso, que tem uns 25 ou 30 metros do relógio padrão até os DTM internos, deveria usar o tal de DPS centelhador a gás? mas onde devo colocar isso? entre o terra e o neutro, lá na ligação do parafuso do padrão? fiquei na dúvida nesse ponto.

você tinha falando que as fases saem de tres disjuntores do quadro de medicao. O certo e sair de um disjuntor apenas do tipo tripolar - trifasico, que desliga todas as fases ao mesmo tempo

Falei mesmo, mas acho que foi erro de espressão:seila:, depois eu olho lá e tiro a dúvida,:( e se precisar, troco eles, porque agora tá 3 graus :ahh: na rua :o:cool: não dá pra sair la fora, hihihi.

O preparado quimico, se for proprio pra aterramento, beleza, sem problema! Agora sal grosso não, nunca! Ele vai melhorar a condutividade do solo, mas tb vai atacar o cobre.

Pior, nunca tinha pensado sob esse ponto de vista, cortei o sal grosso do "cardápio" já, hehehe.

Se ficou algo sem responder, posta novamente.

A princípo, foi muito proveitosa sua ajuda, agora vou ter de pesquisar os peços e me preparar pra por a mão na massa mês que vem, hehehe :D:D:D:D:D

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Pessoal, eu não dispenso de um aterramento e de um estabilizador, pois isso me evitou vários prejuizos. quando eu era um simples leigo, meu pc ficava ligado diretamente em uma tomada simples e sem aterramento, e com isso tive prejuizos com queima de placas e outros por causa da eletro estática produzida naturalmente pelos componentes internos do PC. Esse problema só foi resolvido com a instalação de um aterramento e de um bom estabilizador, q no momento uso um de 1000 VA, mas não se esquessam de uma coisa, o fuzivel do estabilizador não pode ser muito superior a tensão utilizada pelos dispositivos conectados ao estabilizador, pois se passar uma carga maior do que seus dispositivos suportarem, ai vocês ficarão no preju.

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A princípo, foi muito proveitosa sua ajuda, agora vou ter de pesquisar os peços e me preparar pra por a mão na massa mês que vem, hehehe :D:D:D:D:D

Todas suas afirmações estão corretas. Quanto a informação que seu padrão está a uns 30 metros da construção eu só aconselho uma coisa, atenção na bitola dos fase e neutro utilizada até a caixa de disjuntores. A queda de tensão em 30 metros é muito grande pra usar a corrente máxima disponibilizada pelo disjuntor geral, o que fica no padrão, pode causar uma queda de tensão muito alta. A norma exige 2% desse ponto até a caixa de disjuntores, com 30 metros a queda é muito maior. No total a queda não deveria ser maior do que 4%, do ramal na rua até o ponto de uso mais longe. Pra diminuir a queda de tensão, a fiação deve ter "bitola" maior.

Sobre o cabo usado, nao tem problema, eu falo desses cabinhos flexiveis, que tem os capilares bem fininhos.

O centelhador à gás, ou o modelo com varistor mesmo, não tem tanto problema se for de alta capacidade, tipo uns 45, 60kA ou maior, deve ser colocado dentro de casa, no quadro e não na entrada. Na entrada não tem necessidade, neutro e terra equipotencializados aí não terão DDP nesse ponto. O problema é a distância, quanto maior o lance de fio neutro e terra até o ponto final de uso, aumenta-se as chances de ocorrer uma DDP entre ambos. Nesse teu caso eu diria que um DPS de 40KA entre Neutro e terra estaria mais do que suficiente.

Veja q essa recomendação do DPS entre N e T nesse tipo de condição, não é minha, é da Clamper que participou da criação da seção da NBR5410:2004 que trata de sobretensões.

Já que só tem dois fios partindo do neutro principal, espero que eles sejam de bitola correta pelo menos, você pode ligar os dois fios na saida do DR, porque dá, ele comporta até cabo de 35mm2.

Ah sim, ia me esquecendo, pode trocar o DTM do medidor pelo tipo branco tripolar, respeitando a corrente. Por exemplo, se os pretinhos são de 35A, o branco teria q ser de 32A, porque de 32A pula pra 40A, da linha branca. Tem que ver a fixação tb, porque eles sao fixados de forma diferente, por meio de trilhos.

Pessoal, eu não dispenso de um aterramento e de um estabilizador, pois isso me evitou vários prejuizos. quando eu era um simples leigo, meu pc ficava ligado diretamente em uma tomada simples e sem aterramento, e com isso tive prejuizos com queima de placas e outros por causa da eletro estática produzida naturalmente pelos componentes internos do PC. Esse problema só foi resolvido com a instalação de um aterramento e de um bom estabilizador, q no momento uso um de 1000 VA, mas não se esquessam de uma coisa, o fuzivel do estabilizador não pode ser muito superior a tensão utilizada pelos dispositivos conectados ao estabilizador, pois se passar uma carga maior do que seus dispositivos suportarem, ai vocês ficarão no preju.

Eu sugiro você procurar, aqui no forum mesmo, sobre a verdade dos estabilizadores. Se informe um pouco mais. ;) Fusível de tensão maior??? Não seria corrente? E o mesmo não tem nada a ver com a proteção contra sobretensões e picos de tensão se você quer saber.

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Ontem, na residência do meu irmão, ocorreu o que dois eletricistas aqui no Rio de Janeiro chamam de "neutro partido" (neutro com corrente) retornando 220 volts em um sistema trifásico de 110 volts.

Resultado, queimou a geladeira, um fax e uma central de alarme.

Pergunto, por que queimaram essas máquinas se o neutro na caixa do relógio estava aterrado (pelo menos tem um fio que liga o neutro da rua ao chão; instalação de mais de 20 anos) ?

A casa não tem tomadas de três pinos apenas de dois.

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Causa óbvia: Rompimento do neutro

Causa secundária: Mal aterramento do neutro. 20 anos? Talvez não tenha nem haste de aterramento mais, dependendo do solo, já deve tá corroída. E uma haste só não faz milagres. Por isso a recomendação de se reforçar o aterramento do padrão.

O que ocorreu é que o neutro deve ter quebrado no ponto de entrada do padrão ou na ligação com a rede de baixa tensão da rua, se perde o fio neutro nesses pontos, a instalação inteira fica dependente do aterramento local do neutro, que nunca é medido para se saber sua eficiência, infelizmente. Então, rompendo nesses pontos específicos perde-se a conexã com os outros pontos aterrado do neutro ao longo de toda vizinhança. Dentro de casa duas ou três fases se "encontram" no neutro e se esse neutro não tem uma referencia boa com a Terra, já era, as fases se somam em cima do neutro e aí é sobretensão na instalação inteira. O nível dessa sobretensão vai depender do que tava ligado entre as fases e da qualidade do aterramento local. Se o aterramento do padrão fosse relativamente bom, sua casa ficaria pendurada só na malha local e com alguns equipamentos de baixo consumo provavelmente funcionando, mas como não era, ele se "saturou" e a tensão se elevou demais entre fases e neutro interno.

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Difícil para eu entender como essa coisa funciona :wacko: mesmo lendo o seu texto. Se o neutro da rua partiu, então as máquinas param de funcionar penso eu. Mas por que terá partido ?

O coisa ruim de entender ...

Então vem a questão, a concessionária vai pagar o estrago ou vai dizer que a culpa não é dela mas sim minha pela instalação mal feita ?

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O condutor neutro serve de retorno, pra "fechar" o circuito e fazer a corrente elétrica fluir. Esse condutor, por questões funcionais, é aterrado em vários pontos da rede de distribuição elétrica, ele é muito bem aterrado...

As correntes das fases, num total máximo de três fases, retornam todas por um mesmo condutor neutro. No Brasil temos basicamente duas tensões monofásicas, 127 ou 220V. Essas tensões de 127 (110-127V) ou 220V podem ser conseguidas de duas formas:

1 - 127V de qualquer uma das três fases contra um referencial 0V, que seria o neutro.

2 - 220V - Fase contra Fase.

3 - 220V - Qualquer uma das três fases contra um neutro

Temos várias outras tensões, inclusive 380V em três fases, sem neutro, ou 230V com duas fases apenas, sem neutro, mas to tentando não complicar demais a explicação.

Todos esses valores dependem da região do país, qual escolha fizeram no sistema a ser utilizado. Todas essas fases, sempre que pegamos qualquer uma delas contra um neutro, temos uma tensão mais baixa, 127 ou 220V, dependendo do sistema utilizado. Podemos assim ter até três fases de 127V sendo utilizadas ao mesmo tempo, num mesmo neutro e elas sempre ficarão próximas desse valor nominal pra cada fase. Como eu falei, todas essas fases se encontram no neutro, com um certo grau de defasagem em relação à outra, mas o problema é perder esse referencial de tensão 0V do neutro, aí dependendo da situação de consumo das fases, temos a somatória das tensões de uma fase contra outras no comprimento de fiação que vai do ponto onde partiu o neutro até uma tomada, podendo então ter uma sobretensão de até 380V.

Se esse neutro tivesse partido no pé do transformador e a casa fosse mais pra perto do final do ramal desse transformador, talvez não teria acontecido nenhum dano, porque o neutro ainda estaria aterrado em vários pontos, em cada casa, até chegar ao transformador.

As máquinas param de funcionar sem o neutro, mas se você tem duas ou três fases distribuidas dentro de sua casa, a energia continua chegando nelas e retornando para o neutro, agora partido em algum ponto. Vai uma fase contra a outra, sem o referencial do neutro, aí já era! Entenda apenas que a perda do neutro dentro de uma instalação vai fazer com que as fases vão diretamente contra a outra, somando suas tensões.

Bem, é o melhor que sei explicar de forma simples.

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:D:D

O que importa então é você saber que isso acontece, perda do neutro causa uma sobretensão, mas APENAS em instalações que possuem mais de uma fase. Se sua casa só tem uma Fase + Neutro, pode quebrar o neutro que não tem problema.

Acrescentando, se o neutro for quebrado numa tomada, não ocorre sobretensão. Isso só acontece se o neutro "tronco" se partir, já que nas tomadas de uso geral há apenas há uma fase chegando, ao contrário do neutro tronco, onde podem haver até três.

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perda do neutro causa uma sobretensão, mas APENAS em instalações que possuem mais de uma fase. Se sua casa só tem uma Fase + Neutro, pode quebrar o neutro que não tem problema.

Rau.

Como a distribuição de energia secundária geralmente é feita na configuração estrela, com o rompimento do neutro no transformador qualquer desequilíbrio nas linhas, reflete em aumento e/ou redução nas fases. Quer tenha o consumidor uma, duas ou três fases.

.

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Mas o rompimento do neutro no padrão só daquela unidade consumidora monofásica ou logo na ligação do ramal deste cliente com a rede de BT, não vai causar problema nenhum, só falta de energia mesmo para aquele consumidor, isso que quis dizer.

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:D:D

O que importa então é você saber que isso acontece, perda do neutro causa uma sobretensão, mas APENAS em instalações que possuem mais de uma fase. Se sua casa só tem uma Fase + Neutro, pode quebrar o neutro que não tem problema.

Rau.

Como a distribuição de energia secundária geralmente é feita na configuração estrela, com o rompimento do neutro no transformador qualquer desequilíbrio nas linhas, reflete em aumento e/ou redução nas fases. Quer tenha o consumidor uma, duas ou três fases.

.

Isso depende do ponto onde o neutro romper, explico: Se o neutro de apenas um ponto consumidor (medidor) monofásico romper nada acontecerá, agora se o neutro romper em um ponto mais distante e vários pontos consumidores ficarem sem o neutro provavelmente a tensão varie, mesmo nos pontos monofásicos.

EDITADO: O _rau_ chegou antes...

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Olá a todos, estive lendo o topico, e estou com algumas duvidas. Alguem pode me ajudar ?

Tenho aqui um aterramento (esquema TT), e justamente por ser um esquema TT não o estou utilizando.

Se eu simplesmente o equipotencializar com o neutro na caixa de medição, posso utiliza-lo sem problemas mesmo sem as devidas proteçoes (DR's e DPS's) até instala-las ?

Essa barra isolada, do aterramento TT, está longe da caixa de medição, porém perto da tomada na qual preciso de aterramento, por ela estar longe da caixa, qual a melhor coisa a fazer:

Liga-la com o neutro na caixa de medição, fazendo assim a equipotencializaçao,

ou somente derivar um fio do neutro da caixa de medição, direto para o conector terra da tomada, sem ligar esta outra haste nele ?

Tenho aqui um bom filtro de linha da apc, isso ajuda alguma coisa no casa de algum problema entre o neutro e o terra ?

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Ontem, na residência do meu irmão, ocorreu o que dois eletricistas aqui no Rio de Janeiro chamam de "neutro partido" (neutro com corrente) retornando 220 volts em um sistema trifásico de 110 volts.

Resultado, queimou a geladeira, um fax e uma central de alarme.

Pergunto, por que queimaram essas máquinas se o neutro na caixa do relógio estava aterrado (pelo menos tem um fio que liga o neutro da rua ao chão; instalação de mais de 20 anos) ?

A casa não tem tomadas de três pinos apenas de dois.

Henrique.

Essa variação ocorreu somente na sua casa?

Ela é alimentada por 3 fases?

.

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Tá vendo como a coisa é complicada ...

O problema aconteceu só na casa de meu irmão e possui três fases (trifásico).

Estivemos olhando no poste e realmente o cabo do neutro está partido.

Hoje instalou-se mais uma haste cobreada para tentar melhorar o aterramento que já existe e evitar que o problema ocorra novamente no futuro. Como não temos terrômetro vamos testar com o multímetro (entre neutro e terra tendo que dar menos de 3.0v pelo que diz o manual).

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Tá vendo como a coisa é complicada ...

O problema aconteceu só na casa de meu irmão e possui três fases (trifásico).

Estivemos olhando no poste e realmente o cabo do neutro está partido.

Não existe nenhuma complicação. É mais comum do que você imagina.

Devido o desequilíbrio de cargas a falta do neutro gerou desequilíbrio de tensão entre as fases. Exatamente como eu disse.

Como o neutro foi rompido no consumidor, somente este foi "presenteado". Caso fosse rompido entre o transformador e os consumidores servidos, todos sentiriam o evento. Independentemente da distância do rompimento ou das condições do aterramento destes.

Não adianta ter um ótimo aterramento, já que a referencia do neutro do transformador foi perdida. O comportamento é de um circuito aberto.

.

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Olá a todos, estive lendo o topico, e estou com algumas duvidas. Alguem pode me ajudar ?

Tenho aqui um aterramento (esquema TT), e justamente por ser um esquema TT não o estou utilizando.

Se eu simplesmente o equipotencializar com o neutro na caixa de medição, posso utiliza-lo sem problemas mesmo sem as devidas proteçoes (DR's e DPS's) até instala-las ?

Essa barra isolada, do aterramento TT, está longe da caixa de medição, porém perto da tomada na qual preciso de aterramento, por ela estar longe da caixa, qual a melhor coisa a fazer:

Liga-la com o neutro na caixa de medição, fazendo assim a equipotencializaçao,

ou somente derivar um fio do neutro da caixa de medição, direto para o conector terra da tomada, sem ligar esta outra haste nele ?

Tenho aqui um bom filtro de linha da apc, isso ajuda alguma coisa no casa de algum problema entre o neutro e o terra ?

A equipotencialização é um tanto quanto melhor quanto mais próximo do solo ela for feita. A equipotencialização na própria malha, malha à malha, é a melhor delas! O ideal era que você puxasse o fio terra só lá do padrão ou interligasse por baixo as duas hastes. Sai mais caro fazer dessa ultima forma. É melhor puxar o fio terra do padrão.

Não existe nenhuma complicação. É mais comum do que você imagina.

Devido o desequilíbrio de cargas a falta do neutro gerou desequilíbrio de tensão entre as fases. Exatamente como eu disse.

Como o neutro foi rompido no consumidor, somente este foi "presenteado". Caso fosse rompido entre o transformador e os consumidores servidos, todos sentiriam o evento. Independentemente da distância do rompimento ou das condições do aterramento destes.

Não adianta ter um ótimo aterramento, já que a referencia do neutro do transformador foi perdida. O comportamento é de um circuito aberto.

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Se for um aterramento TT, não adianta nada, mas se for um aterramento equipotencializado com o do neutro ou mesma malha, ajuda não? Se não ajuda então vai contra o que aprendi e porque cargas d'aguas então é necessário aterrar o neutro no padrão? Pra mim essa haste local ajudaria nesses eventos e uma malha bem feita conseguiria proteger contra esse evento.

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Não existe nenhuma complicação. É mais comum do que você imagina.

Devido o desequilíbrio de cargas a falta do neutro gerou desequilíbrio de tensão entre as fases. Exatamente como eu disse.

Como o neutro foi rompido no consumidor, somente este foi "presenteado". Caso fosse rompido entre o transformador e os consumidores servidos, todos sentiriam o evento. Independentemente da distância do rompimento ou das condições do aterramento destes.

Não adianta ter um ótimo aterramento, já que a referencia do neutro do transformador foi perdida. O comportamento é de um circuito aberto.

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Marco

Impressionante como ficou depois de instalada a nova haste e ligada á antiga haste do terra no quadro do relógio: todas as lâmpadas da casa acendem agora, mesmo sem o neutro da rede. É, acho que se tivesse feito isso antes de partir o neutro as máquinas realmente não teriam queimado.

Outra coisa, um eletricista experiente me disse que o aterramento de um computador tem que ser do tipo TT por ser uma máquina sensível (o terra da tomada do micro não pode ser compartilhado) além do TN-S geral.

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Se for um aterramento TT, não adianta nada, mas se for um aterramento equipotencializado com o do neutro ou mesma malha, ajuda não? Se não ajuda então vai contra o que aprendi e porque cargas d'aguas então é necessário aterrar o neutro no padrão? Pra mim essa haste local ajudaria nesses eventos e uma malha bem feita conseguiria proteger contra esse evento.

São coisas totalmente distintas. Equipotencialização tem a função de eliminar ou atenuar as DDP entre diversos pontos da (s) edificação (ões) e também proteger contra riscos de tnsões desenvolvidas no solo devido as faltas à terra, descargas atmosféricas, manobras na linha primária...

Caso ocorra o rompimento do neutro "do transformador" o comportamento será o de um circuito aberto, ou melhor, o circuito estará aberto. Como ocorre em qualquer circuito trifásico desequilibrado sem neutro, as variações das tensões nas linhas refletirão nas fases. O desequilibrio ocorre no transformador (linhas).

Vamos analisar uma instalação hipotética:

"Um transformador de "X" kVA monofásico alimenta um consumidor. O que ocorre se o neutro do referido transformador sofrer um rompimento? Não importa se o consumidor possuir o melhor aterramento do mundo (0.0 ohm). O transformador perdeu seu caminho de retorno e consequentemente sua referência. Nesse caso como é um circuito monofásico, os danos serão inexistentes. Ocorrerá somente a interrupção da energia elétrica.

Para os problemas existentes em uma instalação trifásica existem os relês de proteção.

Marco

Impressionante como ficou depois de instalada a nova haste e ligada á antiga haste do terra no quadro do relógio: todas as lâmpadas da casa acendem agora, mesmo sem o neutro da rede. É, acho que se tivesse feito isso antes de partir o neutro as máquinas realmente não teriam queimado.

Não existe relação quanto a nova haste e o comportamento atual da sua instalação elétrica. O comportamento está relacionado à boa conexão com o neutro da concessionária. Mesmo sem nenhuma haste de aterramento o comportamento deve ser o mesmo.

Outra coisa, um eletricista experiente me disse que o aterramento de um computador tem que ser do tipo TT por ser uma máquina sensível (o terra da tomada do micro não pode ser compartilhado) além do TN-S geral.

Sinto lhe dizer, por mais experiente que seja seu eletricista, este comete os mesmos pecados que muitos outros conhecidos meus. Faltam-lhe conceituação técnica e conhecimentos dos preceitos normativos.

- a ABNT, COBEI, Abracopel e Procobre através da NBR5410 recomendam,

- a DS recomenda,

- a IEC recomenda,

- a CENELEC recomenda,

- a DIN/VDE (Alemanha) recomenda,

- a JISC (Japao) recomenda,

- a UTE (Franca) recomenda,

- a NEK (Noruega) recomenda,

- a SAA (Australia) recomenda,

- a NEN recomenda,

- a Diretiva Europeia CEM 89/336/CEE, sinônimo de seriedade em qualidade de energia elétrica no mundo, recomenda...

...enfim todos os órgãos normativos internacionais recomendam e os motivos já foram discutidos aqui no tópico.

Qual o motivo para seu eletricista duvidar?

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