Conclusões
A microarquitetura dos processadores mudou bastante de 2008 para cá. Se pensarmos apenas nos modelos da Intel, o controlador de memória e o motor gráfico foram incorporados ao processador, a microarquitetura Core avançou quatro gerações, e o processo de fabricação foi reduzido de 45 nm para 14 nm. Com isso, um processador intermediário/básico como o Core i3-4150 consegue ser consistentemente mais rápido do que o Core 2 Quad Q8300, que era um processador topo de linha, mesmo tendo apenas dois núcleos físicos, contra os quatro núcleos do Core 2 Quad Q8300.
Porém, os processadores realmente básicos como o Pentium N3700 e o Athlon 5150, mesmo tendo também quatro núcleos, ainda não alcançaram o nível de desempenho de processamento do Core 2 Quad Q8300. Claro, eles são baseados em microarquiteturas que priorizam o baixo consumo, e não o desempenho. E convenhamos, para muitas das aplicações atuais, vale mais a pena utilizar um processador que consome 6 W como o Pentium N3700 do que o Core 2 Quad Q8300, que tem um desempenho entre 4% e 81% superior, mas consome (e dissipa) mais de 15 vezes mais energia elétrica.
Outro ponto interessante diz respeito ao vídeo integrado. No Core 2 Quad Q8300 (assim como em todos os processadores soquete LGA775), o vídeo integrado era controlado pelo chipset, não pelo processador. Pudemos notar que o vídeo integrado, mesmo dos processadores básicos, é muito mais potente nos modelos atuais do que o do chipset que utilizamos com o Q8300 (Intel G41). Com isso, podemos concluir que a dependência de uma placa de vídeo independente para ter um desempenho de utilização razoável do computador é muito menor hoje em dia do que a alguns anos; hoje uma placa de vídeo só é mesmo necessária para jogos, para aplicações específicas que demandem desempenho de vídeo ou caso você rode aplicações que explicitamente se beneficiem da técnica GPGPU (uso do processador gráfico para processamento de instruções “comuns”).
Assim, a nossa pergunta original não tem uma resposta única: um processador antigo pode, em certos casos, ser mais potente do que um atual. Mas, dependendo de quão antigo for o seu processador, mesmo sendo um modelo considerado de alto desempenho na época, ele pode sim ser superado por um processador intermediário atual, ou mesmo por um bem básico.
Não deixe de conferir a Parte 2 deste teste.
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