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Boa tarde.

Acabei de receber de um amigo um anúncio de uma placa onde o cara (na intenção de fazer um RECAP)

Trocou todos os eletrolíticos por capacitores cerâmicos.

Na minha opinião, acho que o cara deve estar louco, pois segundo aprendi, os cerâmicos comuns não alcançam

a mesma faixa de capacitância dos eletrolíticos.

Então neste caso o sujeito deve ter colocado qualquer valor pra ficar bonito na placa, mas não deve estar servindo pra nada.

Bom talvez sirva pra atrapalhar/danificar ainda mais a placa, acho.

A placa em questão tinha capacitores daqueles cinzas (solido).

O que acham? vejam o anuncio:

image.thumb.png.358dbbc4f2fb15d27f428a7e8bbf5e04.png

Link do anuncio

 

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@Blumer Celta Boa tarde!
Senão me engano capacitores cerâmicos podem ser encontrados por até 1µF, capacitância que é facilmente encontrada em capacitores eletrolíticos e sólidos. Se for exatamente a mesma capacitância, não tem problema. Mas considerando o provável tamanho dos capacitores originais, eu acho difícil que o engenheiro investiria um valor maior em capacitores sólidos ao invés desses cerâmicos SMD minúsculos.

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@Blumer Celta Capacitores SMD do tipo MLCC ( Multi Layer Ceramic Capacitor - capacitor cerâmico multicamadas)  podem atingir algumas dezenas de uF facilmente, os mais comuns são os de ate 47uF:

 

https://pt.aliexpress.com/item/1005006429884598.html

 

Esses capacitores são conseguidos empilhando centenas de camadas de material cerâmico e filme metálico intercalados, a desvantagem deles é que são sensíveis a grandes impactos, boa parte dos eletrônicos que vão pro lixo hoje são devido a esses capacitores MLCC que entram em curto! a vantagem é que se você não judiar deles, eles duram praticamente pra sempre, aguentam altas temperaturas e tem baixíssima ESR.

 

Mas pra tensões abaixo de 4V tem capacitores cerâmicos MLCC que chegam ate 470uF!!! fora isso tem capacitores SMD de tântalo, que chegam fácil a 1000uF com tensões baixas ate 16V

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Olha, a julgar pelo trabalho de solda e limpeza bem feitos, quem fez o serviço sabia muito bem o que estava fazendo. Deve sim ter trocado todos pelo valor correto. 

 

Essa placa já tem mais de 25 anos, e se tem uma coisa que muda na eletrônica com o tempo é o tamanho dos capacitores. 

 

Os originais eram do tipo sólido, e antigamente os valores de capacitancia deles eram baixos (menos de 100uF). Porém duráveis, no anúncio fala sobre eles estarem propícios a vazar, mas é mentira. 

Se são sólidos não tem o que vazar. 

 

 

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13 horas atrás, Renato.88 disse:

Olha, a julgar pelo trabalho de solda e limpeza bem feitos, quem fez o serviço sabia muito bem o que estava fazendo. Deve sim ter trocado todos pelo valor correto. 

 

Essa placa já tem mais de 25 anos, e se tem uma coisa que muda na eletrônica com o tempo é o tamanho dos capacitores. 

 

Os originais eram do tipo sólido, e antigamente os valores de capacitancia deles eram baixos (menos de 100uF). Porém duráveis, no anúncio fala sobre eles estarem propícios a vazar, mas é mentira. 

Se são sólidos não tem o que vazar. 

 

 

Sólido não vaza, mas pode estufar. Já vi capacitores sólidos estufados (normalmente estufam por baixo).
Não sei no caso dessas placas, mas quando se trata de consoles antigos como Super Nintendo, os capacitores mesmo sendo sólidos ficam ruins com o tempo e precisa trocar.

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@Ferox Graxaim Interessante a discussão sobre a vida útil dos capacitores. Dos eletrolíticos sempre houve a má fama de secarem o ácido com o passar dos anos. Eu imaginava que os sólidos, como o multilayer, não tivessem tal tipo de problema desde que respeitadas as tensões e correntes máximas. O que recomenda para projetos de longa duração?

Adicionalmente o que não recomenda para projetos de longa duração?

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outra questão importante de se observar (principalmente se a capacitância exata é crítica para o funcionamento do circuito (osciladores e filtros de frequência por exemplo) é que os capacitores cerâmicos costumam ter menor precisão de valores, desta forma quando utilizados é recomendado usar um capacímetro para certificar que a capacitância está no valor mais próximo possível do valor necessário.

outra diferença que costuma trazer maior robustez em capacitores cerâmicos é a classe de tensão deles que costuma ser muito mais alta que os eletrolíticos e por isso sofrem bem menos com oscilações de energia.

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Recentemente vi alguém comentando também sobre:

 

Frequência de operação (eletrolíticos seriam próprios para filtragem de ruídos e estabilização de tensões), filtragem de transeuntes etc.


Penso que: "dependendo do circuito", pode ter problemas o fato do cerâmico não ter polaridade.

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3 horas atrás, Blumer Celta disse:

Frequência de operação (eletrolíticos seriam próprios para filtragem de ruídos e estabilização de tensões), filtragem de transeuntes etc.

eu vi um material num forum de eletronica de audio onde o pessoal sugere colocar um cerâmico em paralelo ao eletrolitico em filtragem de transeuntes de alta frequência (se existentes, normalmente presente em algumas fontes chaveadas de baixa qualidade ou originários de radiofrequencia)

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18 horas atrás, Eder Neumann disse:

normalmente presente em algumas fontes chaveadas de baixa qualidade

Isso foi comentado em alguns lugares que pesquisei, onde falam que o cara que propôs esse recap, usou uma fonte de bancada (em teoria melhor que a original do videogame):

 

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18 horas atrás, Eder Neumann disse:

eu vi um material num forum de eletronica de audio onde o pessoal sugere colocar um cerâmico em paralelo ao eletrolitico em filtragem de transeuntes de alta frequência (se existentes, normalmente presente em algumas fontes chaveadas de baixa qualidade ou originários de radiofrequencia)

Não só em áudio, mas em circuitos digitais lógicos, de automação e computadores também é necessário. 

Essas interferências atrapalham o funcionamento desses componentes, pois são sensíveis a RF e interferências dessas fontes. 

Muitas pessoas aparecem aqui no fórum com defeito nesses tipos de circuito e as vezes o problema é só a falta do capacitor. 

 

Em tempo...

Já faz tempo que desmontei um computador da década de 80, um CP500 muito diferente dos de hoje. 

A placa-mãe dele tinha 64 circuitos integrados, todos do tipo PTH (desses que se encaixam na proto Board) a maioria TTL, os outros eram memórias da época e o processador Z80. 

Ao lado de cada CI desses um capacitor cerâmico de 100nF, e na entrada onde estava o conector da fonte um eletrolitico de 1000uF. 

Nas placas mãe modernas ainda é a mesma coisa, mas os capacitores são tão pequenos que quase não se percebe. 

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14 minutos atrás, Renato.88 disse:

Ao lado de cada CI desses um capacitor cerâmico de 100nF

É o tal capacitor de desacoplamento que mencionei agora há pouco noutro tópico.  O que me fez lembrar... num experimento meio complexo com ci's lógicos num protoboard lá nos anos 1900 e num interessa, um grupo de alunos percebeu que leds acendiam aleatoriamente. Ficaram se entreolhando com cara de ponto interrogação. A provável causa era a falta do dito cujo. Apesar que eu tinha certeza que os leds haviam criado vida própria e não quis por medo neles 🤪

 

18 horas atrás, Eder Neumann disse:

um cerâmico em paralelo ao eletrolitico em filtragem de transeuntes de alta frequência

De fato em baixo da cpu de um pc/note/do gênero existem vários capacitores em paralelo com a alimentação. Cada 1 de um valor de uF's passando por nF e indo até pF. Todos na mesma alimentação e em posição diferente. Cada 1 responsável pra limpar uma faixa de frequência.

 

Pra concluir... outra lembrança

Em certa fase de minha [pré] história, por poucos momentos pensei algo como .. 'mas pra quê um C de 100nF em paralelo com 1000uF? Porque raios o sistema precisa de 1000.1uF?

😁

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Em 17/10/2024 às 12:29, Sérgio Lembo disse:

Interessante a discussão sobre a vida útil dos capacitores. Dos eletrolíticos sempre houve a má fama de secarem o ácido com o passar dos anos. Eu imaginava que os sólidos, como o multilayer, não tivessem tal tipo de problema desde que respeitadas as tensões e correntes máximas. O que recomenda para projetos de longa duração?

Adicionalmente o que não recomenda para projetos de longa duração?

Os capacitores sólidos, se forem de boa qualidade, tendem a durar infinitamente mais do que um eletrolítico convencional. Então essa é a recomendação para projetos de longa duração.
Quando não houver capacitor sólido disponível para a aplicação desejada, então escolha eletrolíticos de boa marca, como Nichicon, Rubycon, EPCOS, Siemens, Panasonic, Chemicon, ELNA, etc.

Em 17/10/2024 às 16:32, Blumer Celta disse:

Penso que: "dependendo do circuito", pode ter problemas o fato do cerâmico não ter polaridade.

Na verdade ser polarizado ou não não é problema, pode usar capacitores bipolares no lugar de polarizados sem medo.
A única coisa que faz com que usem sempre eletrolíticos unipolares é o custo: eletrolítico bipolar é mais caro, então não faz sentido usar onde não precisa. Mas já tiveram casos que eu não encontrei capacitor unipolar de boa marca, aí eu coloquei um bipolar no lugar.

O que não pode fazer é usar capacitor unipolar em circuito que exige bipolar.

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Em 19/10/2024 às 17:53, Ferox Graxaim disse:

Os capacitores sólidos, se forem de boa qualidade, tendem a durar infinitamente mais do que um eletrolítico convencional. Então essa é a recomendação para projetos de longa duração.
Quando não houver capacitor sólido disponível para a aplicação desejada, então escolha eletrolíticos de boa marca, como Nichicon, Rubycon, EPCOS, Siemens, Panasonic, Chemicon, ELNA, etc.

Em 17/10/2024 às 16:32, Blumer Celta disse:

Penso que: "dependendo do circuito", pode ter problemas o fato do cerâmico não ter polaridade.

Na verdade ser polarizado ou não não é problema, pode usar capacitores bipolares no lugar de polarizados sem medo.
A única coisa que faz com que usem sempre eletrolíticos unipolares é o custo: eletrolítico bipolar é mais caro, então não faz sentido usar onde não precisa. Mas já tiveram casos que eu não encontrei capacitor unipolar de boa marca, aí eu coloquei um bipolar no lugar.

O que não pode fazer é usar capacitor unipolar em circuito que exige bipolar.

ótimas dicas.

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3 horas atrás, Blumer Celta disse:

eletrolíticos de boa marca, como Nichicon, Rubycon, EPCOS, Siemens, Panasonic, Chemicon, ELNA, etc.

Tirando o Epcos, essas outras marcas só vejo em coisa antiga de 30, 40 anos atrás. 

Mas realmente são bons, em aparelhos que consertei raramente troquei um desses. Não gosto dessa "cultura" de recap. 

 

Dentre essas marcas famosas mais antigas, os ruins são Philips, Lorenzetti e Sanyo. 

 

Atualmente, o que vejo é só marca chinesa bem mais ou menos com uma durabilidade aleatória. 

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1 hora atrás, Felipe Alves 2207 disse:

@Renato.88 o philips azul ????

O próprio:

images?q=tbn:ANd9GcS5tjc8hDEd0U9lQkZPV96

Quando novo, beleza. 

Mas é comum pra quem conserta aparelho antigo, pegar coisas que o defeito é só neles ou causado por eles. 

 

Também, já tentei usar uns de sucata. Não funcionou. 

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